Dona Flor E Seus Dois Maridos

Dona Flor E Seus Dois Maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Leo 26/10/2014

O maior mérito desta obra é o retrato eficaz da realidade brasileira, principalmente no nível mental e religioso. O vocabulário utilizado é riquíssimo e reflete precisamente esse fantástico multiculturalismo próprio do Estado da Bahia, onde se desenrola a ação.

A religiosidade que mistura ao mesmo tempo o catolicismo e o candomblé, colocando as personagens do candomblé lado a lado com os santos e heróis do catolicismo (algo que, na verdade, se enquadra na religiosidade baiana, já que Salvador tem mais igrejas que qualquer outra cidade do Brasil e ainda assim é centro das religiões de origem africana).

A outra característica incrível é o fato de que Vadinho e Teodoro são metáforas para o id e o superego, respectivamente.

Vadinho é rebelde, impulsivo, espontâneo e dado ao caos (no seu caso, o jogo); Teodoro é metódico e controlado ("Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar" é seu lema, pendurado na farmácia).

Assim, a imagem de Flor pacificamente com os dois, totalmente feliz, invoca o ideal de equilíbrio entre os dois.

Não é, a meu ver, uma obra de grande alcance literário: excelentes descrições, humor excelente, linguagem muito atrativa e um vocabulário rico não compensam a falta de profundidade das ideias expostas. Nem seria talvez essa a intenção de Amado.

Mas é precisamente a leveza, a graciosidade, que impedem essa abrangência, essa profundidade que caracterizam as obras-primas. Talvez estas características ajudem a explicar o sucesso das adaptações de Amado às novelas.

Enfim, um livro que se lê com agrado, mas do qual pouco fica no arquivo da memória.
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Gabriel 04/05/2016

Muito Legal!
Achei o livro bem divertido! Gostei tanto quanto Capitães da Areia mas o livro exige muita da sua atenção.
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ravany 27/08/2016

O que acha de receber uma má noticia em plena época de festa? Principalmente quando essa tal festa é o carnaval, época boa, esperada durante todo o ano?! Bem recebida ela não será, isso quando não surge aquela dúvida de “Será que não é brincadeira com a minha cara?”.

É... Foi perto do que ocorreu com Dona Flor, ou melhor, Florípedes, uma professora de culinária, que recebeu essa “triste” notícia. Seu marido até então vivo, Vadinho, que não era aquele marido muito fiel, havia falecido. Após muito tempo pensando em que ele teria feito contra ela em seu tempo de vida, e até mesmo de luto, ela reage! Nova e com muito ainda pra viver, ela se envolve freneticamente com Dr. Teodoro, um farmacêutico comportado, logo se casando, e vivendo um grande amor.

Mas o que acha que aconteceria se por acaso, o seu antigo marido voltasse? Pode parecer meio estranho e surreal, mas foi o que aconteceu. Ah, mas com um lado positivo: Vadinho só era visto por Dona Flor, o que deixava com um toque diferencial. Apesar de seus defeitos, ele era um porreta, assim como descrito em seu funeral, e consequentemente também era entre quatro paredes. Seguindo o triangulo amoroso, ela terá a difícil escolha a ser feita... Ou seria melhor ficar com os dois?!
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Daniel 17/11/2016

A Literatura Quase Real de Jorge Amado
Jorge Amado, a partir da década de 60, começa a se tornar uma das mais significativas referências da literatura moderna, no mundo todo. Traduzido para mais de 20 línguas e dono de uma prosa bastante leve e cujas temáticas são bem representativas da cultura baiana, Jorge Amado nos apresenta, em Dona Flori e Seus Dois Maridos, uma narrativa bastante intrigante, em que uma mulher perde seu marido, Vadinho, e, depois de algum tempo, volta a se casar, dessa vez com Teodoro. Porém, algo fazia falta em sua vida bastante convencional para os padrões da sociedade baiana. Então, Flor vai a um terreiro e pede para que Vadinho volte. Dessa maneira, a personagem principal começa a se sentir mais feliz com seus dois maridos. A linguagem utilizada na obra é uma linguagem fluida, objetiva, com a valorização dos espaços e, sobretudo, da própria narrativa, em si. Seus personagens são típicos da cultura baiana. A intertextualidade presente dentro da narrativa também chama a atenção. Vemos a presença de Zélia Gatai, esposa do romancista, e de Sílvio Caldas, um dos maiores nomes da música popular do começo do século. A obra de Jorge Amado foi retextualizada duas vezes: uma para a televisão, como minissérie, e a outra para o cinema, elevando cada vez mais o valor e a importância da obra para a literatura brasileira.
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Dani 13/02/2011

Obra maravilhosa!!!
Com certeza um clássico da nossa Literatura! E é claro que não poderia vir grandeza menos considerável do nosso querido Jorge Amado.

"Por que se há de precisar sempre de dois amores, por que um só não basta ao coração da gente?"

A resposta para essa pergunta, mesmo que não seja precisamente respondida, nos leva a uma viagem pelas páginas deste livro, à procura de um sentido, mesmo que incompreensível, para o nosso confuso coração.

Dona Flor encontrou em seu primeiro marido tudo o que faltava no segundo e, vice-versa. Talvez seja essa a razão pela qual nos sentimos divididos: as pessoas não são completas de sentido, ninguém possui em seu ser todos os defeitos ou todas as virtudes do mundo. E essa busca pela junção dessas duas coisas que nos tornam humanos, é o que nos faz procurar em outra pessoa principalmente o que nos falta. E quando encontramos, ah! quando encontramos descobrimos que a nossa busca apenas começou...

"Não foi amando que aprendi a amar, não foi vivendo que aprendi a viver?"

E viver nada mais é do que aprender... Aprender a aceitar, a conviver. E embora não nos caiba de uma só vez todos os sentimentos do mundo, o maior deles sempre acaba por prevalecer. Nossa vontade sucumbe perante os nossos instintos.

"Flor compreendeu ao fim daqueles perfeitos e rápidos dias não lhe ser mais possível viver sem a graça, a alegria, a louca presença do rapaz."

Porque por mais que se divida o coração, o amor é um só.

"Entenda quem quiser o coração humano."
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isaasantosf 07/06/2011

vo abandonar.. pq nao tava tendo pique pra ler e é da biblioteca da facul!!
semestre que vem eu pego!
maas o livro é bom!
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Antonio Maluco 30/06/2019

Filme
o livro conta mais que o filme dona flor e seus 2 maridos
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Rosi 21/04/2010

Transgressor
Aspectos da sociedade baiana da década de 50 são postos em evidêcia nesse romance através da tríade amorosa entre os personagens Vadinho, D.Flor e o Dr. Teodoro, aliados aos pitorescos personagens coadjuvantes, tipos baianos, tanto da elite da época quanto do povo simples e humilde, expondo o seu cotidiano repleto de contrastes e desigualdades.
Mas o que percebi de mais expoente fora a reflexão acerca do papel da mulher naqueles tempo: nascida para casar, procriar e servir ao seu marido. Não sendo-lhe permitido gozar de outros prazeres que não fossem em conssonância com o que a sociedade lhe impunha.Jorge Amado rompe com tudo isso (imagine o escândalo de uma obra dessa), ao permitir a uma mulher usufruir dos prazeres sexuais com seus DOIS maridos! Corajosamente, ele dá autonomia à mulher,mostra que esta pode e deve se permitir viver uma vida plena, trabalhando e amando ao seu bel prazer!
A linguagem é, ao mesmo tempo, rebuscada (com palavras em desuso, claro) e chula! Usa o palavriado das prostitutas e dos baianos "porretas"!

A leitura, no entanto, é cansativa, pois o autor é extremamente detalhista ao descrever a vida e ações de todos os personagens, desviando o foco do enredo principal. Descrição minunciosa que nos causa uma certa "preguiça"... Mas vale a pena ir até ao final!

Grande obra!
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Bruna Domênico 19/07/2018

Dona flor e seus dois maridos
Um livro inteiro e ainda não consegui definir se adoro ou odeio Vadinho. Rs trata-se de um clássico que em determinados momentos nos emociona, mas com certeza a cada página nos arranca boas risadas! Leitura leve e gostosa, adorei.
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Lilica 31/08/2010

Com toda a malemolencia da Bahia...
Um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Livro consagrado de um dos nossos maiores escritores. Inumeras vezes adaptado para o cinema, teatro e TV. História com toda a malemolencia de ginga da Bahia. Engraçado, sensual, cheio de ginga e de girias... Um pedacinho da Bahia e de seu povo como só um baiano saberia descrever...
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Angela Anyelle 13/03/2019

É um livro muito bom, mas quase chegando no final, na minha opinião, ficou um pouco monótono. Poderia facilmente ser reduzido a metade e eu teria gostado mais.
No geral, amo Jorge Amado e como ele escreve. Sem dúvidas, meu autor nacional preferido
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