Dona Flor E Seus Dois Maridos

Dona Flor E Seus Dois Maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Dandara Virgínia | @dandaravmachado 19/01/2023

Pra variar, como tudo que Jorge amado escreve, maravilhoso!
Eu só queria que a parte que vadinho volta fosse antes kkk
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Let_almeida 16/01/2023

Paixão sofredora ou conforto carinhoso?
Este é um livro diurno, se há algo do tipo, suas linhas cantam tons quentes e emanam Bahia. Eu pessoalmente sou uma pessoa de interesses noturnos, então n é minha zona de conforto. Dito isso, assim q chegaram os 2 maridos, me puxou como qualquer um dos meus livros favoritos.

É uma obra extremamente bem escrita e história super dinâmica/criativa. Confesso q qnd chega na parte do 2o marido, a narrativa fica mais arrastada (tlvz pq ele mesmo n seja tão exciting qnt o 1o), mas isso n importa muito, pq logo logo fica extremamente cativante e rápido de novo.

Recomendo a leitura para qualquer um q esteja em busca de uma literatura brasileira mais carefree, foco no puro entretenimento.
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Ana Lu 17/11/2022

Estou adorando
Muito gostoso de se ler, narrativa muito boa de maneira que a leitura flui.
Não sou de gostar de livros com palavrões , mas no contexto desse livro em particular eu gostei.
Alem de tudo tem um ótimo humor, que me fez ficar entretida.
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jessica.guabiraba 04/05/2023

Florir
Dona Flor é mulher de talentos, daquelas que não se preocupam com amor, até se deparar com ele. Foi amor e paixão de primeira por Vadinho, que era um belo de um vagabundo, louco pela a esposa e por qualquer outro rabo de saia, morreu moço, viveu intensamente. Deixou a viúva sofrendo, chorando e esquecida de todas as travessuras que ele aprontou. Bem verdade que ele era festeiro, mas sabia deixar Florzinha nas nuvens. Ela tinha o cheiro de tempero, chamava atenção, até que depois de um ano de sua viuvez conheceu um farmacêutico direito querendo casar com ela. No início ela não queria, mas se apegou aos cuidados de Dr. Teodoro, homem inteligente, tímido, amante da rotina. Dona Flor casou, amava o novo marido, mas é bem verdade que ele não a levava para as nuvens, a mulher logo ficou confusa, pois que amor era esse que fazia desejar um defunto? Foi quando Vadinho apareceu com propostas deliciosamente indecentes, moça honrada não queria saber, mas de v4d1ação Vadinho era professor e Dona Flor se rendeu. Ela tinha todo cuidado, ternura e admiração pelo marido vivo, só que era com o marido defunto que ela pegava fogo. E assim seguiu, entre dúvidas e sentimentos, ela resolveu não escolher. Ela se tornou completa com seus dois maridos. É uma trama gostosa de ler, a protagonista é professora de culinária e em casa parte do livro vem uma receita bahiana, tem muita sensualidade, amor, memórias boas, aventuras que só Vadinho poderia passar, a trama é completa. Gosto de como Amado coloca suas protagonistas dona de seus desejos, sem pudor e com muita força. Também gosto dessa memória afetiva que ele cria com os alimentos, dá pra sentir o cheiro dos temperos. Sobre os filmes: assistam, mas antes leiam esta obra incrível ??
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Luis.Henrique 19/02/2020

feliz era jorge que era amado!!!
Essa história escrita por Jorge amado é divertidíssima, faz com que tenhamos um olhar para nós mesmo, Floripedes Paiva, ou dona Flor, se apaixona por um homem de apelido Vadinho,que um dia morre em pleno carnaval, passam-se oito meses e a viúva dona flor conhece o Mrs madureira e se apaixona por ele, o caso é que Vadinho que morreu volta do tumulo como uma alma penada, mas não com o intuito de assombrar, mas sim de vadiar...
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Elis 25/02/2020

Maravilha da literatura nacional
Li esse livro aos meus 15 anos na escola. Era para um trabalho, então foi recomendação da professora. Amei demais e me surpreendi, pois vi as séries e filmes que já haviam sido produzidas pela Globo e devo dizer: o livro é bem melhor! Vale a pena demais a leitura desse livro! Leiam. Não vão se arrepender!
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Jonathan.Ferreira 03/04/2020

Clássico
O livro fala sobre uma mulher que conheceu o melhor de dois homens, sendo o primeiro que levava uma vida Bohemia e desregrada e o segundo o homem dedicado ao trabalho, fiel e inteligente.
Flor ama os dois de maneira intensa mas não é capaz de viver sem um deles para que seja feliz. O conto apesar de uma linguagem extemporânea apresenta uma leitura fácil.
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Jonathan.Queiroz 21/06/2020

Um livro caloroso/quente
Quando os gringos dizem que os brasileiros são um povo quente/caloroso, eu acho que a imagem que eles tem na cabeça é mais ou menos próxima à imagem passada por esse romance. A Bahia, na visão do Jorge Amado, é um lugar mágico, ardente, por vezes úmido, cheio de cheiros e sabores que só lá se encontram. Sem falar nos personagens dos mais interessantes. Acompanhar Dona Flor e os seus dilemas e desejos (causados por seus maridos e por sua consciência) foi uma das melhores experiências que tive nesse período de pandemia. Sobre o enredo, só digo uma coisa: ao fim, dona flor estava certíssima! kkk
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Thiago275 18/05/2021

Interessante
Vadinho, o primeiro marido de Dona Flor, era "pobre, sem vintém, funcionário chinfrim, picareta e facadista, cachaceiro, libertino e jogador". Com ele, ao longo de sete anos de casamento, a protagonista passou poucas e boas, noites em claro à espera do marido, perdido nas roletas, raiva, preocupação, alguns safanões. Mas também viveu um amor tórrido e forte, caloroso e farto.

Morto o primeiro marido (bem num domingo de Carnaval) e após um atribulado período de viuvez, Dona Flor junta-se em segundas núpcias com Dr. Teodoro, da Drogaria Científica, "doutor de diploma e anel de ametista verdadeira, proprietário estabelecido, bonitão, forte de saúde, um homem de bem, soberbo quarentão". Com ele, a professora de culinária experimentará o amor regrado, manso, metódico, sistemático e respeitoso. Sempre fiel às quartas e sábados (e com direto a bis nos sábados).

Um belo dia, o fantasma de Vadinho resolve voltar ao mundo dos vivos e "compartilhar" Dona Flor com Dr. Teodoro. Resistirá ela à lábia do finado?

Com verve e irreverência geniais, Jorge Amado nos apresenta mais uma protagonista forte e complexa. Embora Dona Flor não tenha me conquistado como Tieta (❤️) ouso dizer que ela possui mais complexidade psicológica.

Com bom humor, ácidos comentários e bastante safadeza, Jorge Amado nos apresenta uma mulher que, apesar de envolta nos preconceitos de todos nós, vai descobrindo pouco a pouco dentro de si a dicotomia que existe em todo ser humano: matéria e espírito, amor e paixão, respeito e libertinagem, aventura e aconchego.

Talvez a lição que fique ao final da história é que é justamente essa junção de contrastes que nos faz completos. E só ao saber dosar esses aspectos ficaremos, tal como Dona Flor, plenos. No amor e na vida.
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deimos 04/06/2021

Total perda de tempo. Fui burro de insistido em agonia e cansaço nesse livro.
O livro tem uma ideia interessante e foi desperdiçada. O livro é horrível. A livro todo é sobre uma mulher santinha( que é uma horrível personagem) que virará uma sem-vergonha nas ultimas páginas. O livro é grande demais para uma bosta dessa. Não entendo como as pessoas avaliam de três a cinco estrelas.
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Erica 22/08/2021

Não gostei muito da forma pois várias vezes, são parágrafos e mais parágrafos falando a mesma coisa, quase dava pra falar "ok, já entendi! vamos em frente!"
Mas aí, vendo as lives no @valerumlivro, não tem como desgostar do livro!
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Daniele Freitas Pacheco 25/08/2021

Essa Dona Flor ...
Uma história romântica, sensual, que também presenteia o leitor com delícias culinárias, músicas populares e eruditas. A trama é permeada por dilemas matéria x espírito, razão x emoção... Jorge Amado deu vida a uma personagem inesquecível. Ah, essa Dona Flor!
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Sue 05/09/2021

O certo é ser feliz se não faz mal a ninguém
Jorge Amado fala de amor como ninguém. Independente do que a sociedade acha certo ou errado (ainda mais nos tempos de hoje) ele cria seus personagens e eles amam como querem. Dona Flor é uma mulher e tanto, muito amou, muito sofreu, muito lutou e no fim encontrou a felicidade ao seu jeito. Não negou o amor que muitos lhe diziam que não lhe cabiam, que não lhe era adequado, só o coração dela sabia como saltava, só o coração sabia como era feliz. Jorge Amado é mestre em falar de amor, de desejo, de tensão, de costumes, de culturas, de gente. Vale muito a leitura, mas vá de peito aberto, entre outras, eram outros tempos.
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Julhaodobem 22/09/2021

Mais um Jorge
Ler Jorge Amado desperta várias opiniões no ramo da literatura brasileira, que mesmo possuindo a sua beleza também aparecem seus defeitos quando debatemos sobre a alta e baixa literatura. Um conceito ao meu ver passada da validade pela época antiga onde só uma dúzia de homens burgueses tinham a possibilidade de lançar um livro em um pais com um número alto da população analfabeta. Dona flor e seus dois maridos é uma obra que mesmo sendo considerada "baixa literatura", é uma das poucas histórias criadas em território nacional que consegue vagar entre a uma mídia e outra por diferentes gerações, seja pelo filme em 1970, a minissérie ou outro filme depois dos anos 2000. Mas não podemos esquecer o principal, este lindo calhamaço que deu a visão para todas estas produções culturais, um livro que faz parte da segunda fase de Jorge Amado, um escritor que nesta etapa de sua vida não estava mais ao todo ligado às questões políticas com o partido comunista. Com descrições muito visuais em seus escritos, cria uma imagem dentro da mente do leitor em imaginar perfeitamente uma dona flor ou um vadinho, que com o teor sexual colocado entre os capítulos alguns diziam que "beirava a putaria", fez com que fosse chamado de baixa literatura pois vendeu mais do que devia na época pois as pessoas erem atraídas somente pela ideia da carne, algo que os velhos da alta literatura ditaram uma regra que um bom livro deve ser "puro" e não se aproveitar do dinheiro. Conceitos esdrúxulos pois Jorge Amado deixou, a sua maneira, a sua marca na cultura brasileira em lugares que muitos não aproveitam pois estão muito ocupados com a sombra do capitalismo e o eurocentrismo colocado desde a independência brasileira.

A cultura da Bahia como um dos centros culturais mais ricos do país é o plano de fundo para Dona flor e seus dois maridos, que graças a Jorge respiramos e andamos pelas ruas da cidade com as suas características, se transformando em um Brasil retratado pela Bahia, respeitando sua cultura e as raízes africanas que viveram ali, como a religião que mesmo o autor se considerando ateu, o seu conhecimento e e respeito pelo candomblé são uma inspiração para conhecer mais sobre essa religião que é massacrada a séculos pelo cristianismo aqui no Brasil, mesmo hoje se dizendo um estado laico, algo que a magia do papel permanece. Uma outra característica é a pobreza com uma ascensão social, onde o pobre deve a todo custo esconder como vive para conseguir escalar um passo para se erguer na sociedade elitista. O que me fez refletir sobre como as pessoas pobres são ensinadas a sentirem nojo deles mesmos pelas classes mais privilegiadas para consolidar seu poder de opressão pelo dinheiro, para se sentirem como uma escoria e que a única maneira de melhorar de vida é esconder suas raízes e copiar a burguesia, sem sucesso na maioria das vezes. Está muito forte na nossa sociedade este comportamento, o sucesso é ter o máximo de objetos para ser considerado um cidadão perfeito, onde o livro demonstra também a relação com o dinheiro como um grande poder que transparece uma beleza quase divina para a pessoa que o possui, como um poço da juventude somente quando toca em grandes quantidades de dinheiro, apagando suas características físicas e transformando seu corpo em um grande poder de compra e investimento aos olhos de outros que procuram a sua ascensão na alta classe. Mostrando portanto um reflexo que permeia até hoje, como os brasileiros interpretam o dinheiro como a unica solução tanto para os bens como para o seu próprio corpo, com uma bela poção mágica da beleza social.

Assim, existe em grandes momentos do livro uma luta constante dos personagens pelo poder, se vale entre o rico ou o pobre. Com uma concepção de que a todo momento uma pessoa deve estar dando um golpe na outra, não importa suas ações ou feitos honestos, uma visão cada vez mais atual da sociedade brasileira, onde ter bondade é um sinal de burrice ou fraqueza, então deveríamos sempre sermos golpistas, praticar a dor no outro sempre que pudermos pois somente desta maneira uma pessoa vencerá na vida. Está característica ultrapassada do "jeitinho brasileiro" está exclusivamente colocado em um personagem que mesmo recebendo ajuda não aceita esta bondade, faz de tudo para estar por cima novamente, mesmo que isto signifique o fim de sua própria vida. Parece muito estereotipado mas a sociedade brasileira infelizmente ainda se apoia neste conceito de superioridade como se fosse a única opção de vida. Com isto existe também o sofrimento observado, um certo fetiche social em que as pessoas gostam de ver o sofrimento da sua própria espécie quando perde seu lugar no sistema e se afunda em tantos problemas que gera a loucura, servindo de espetáculo para a plateia, riem, julgam sem oferecer ajuda ou alguma assistência, gostam do sabor da dor que chega dos sofredores. Isto é bem colocado por todo o livro como um reflexo dos próprios personagens e da nossa realidade, com um embate entre as camadas sociais que devemos tirar graças do sofrimento alheio, onde em algumas famílias já ouvimos de algum conhecido que caiu em desgraça mas seus parentes tiram graça de sua vida enquanto julgam seus atos em meio ao riso. Talvez seja algo construído durante nossa vida sem sabermos, uma força mental imposta por nossos pais que é passada de geração a geração, quem promove sente está felicidade sombria, o que em Dona Flor e Seus dois Maridos retrata de uma forma sutil que me fez refletir sobre a maldade humana internamente quando dizemos alguma fofoca sobre outra pessoa para observar sua dor como algo satisfatório para o observador.

A idealização do sexo está presente em grande parte do livro como a força matriz do personagem Vadinho, um dos maridos de Dona flor. O típico malandro brasileiro que engana todo mundo mas em casos peculiares ajuda alguém pelo acaso do destino, ama qualquer mulher bonita e faz de tudo para não trabalhar, o típico esteriótipo do homem brasileiro que em cada geração surge alguma personificação própria do bem ou do mal para mostrar uma parte do povo brasileiro, em alguns casos não passa de uma brincadeira, entretanto pode virar um lobato cancelado. Assim, o cerne de Vadinho é o sexo, talvez o personagem que carrega a curiosidade de todos os leitores, pois é ele que carrega a animação com seus atos na história. Sua principal característica demonstra que o ato do coito não deve ser consumado com vergonha ou as escuras do mundo, deve ser consumido com amor, vontade e com a clareza do corpo porque este foi feito para o toque e ser mostrado na cama. Entretanto isto não faz de Vadinho um protetor do sexo livre , como um típico homem machista de sua época, fora de sua imagem da cama não passa de um salafrário e um completo vagabundo para a sociedade, a única forma que consegue demonstrar afeto é na cama. Assim, é isto que Jorge Amado explora, ele nos faz amar e odiar Vadinho ao mesmo tempo enquanto brinca com a nossa interpretação da história, mesmo ele sendo ruim sentimos sua falta em sua ausência. Mostrando o poder da escrita e sedução ao leitor quando Jorge controla a sua maneira a história para nos enganar e manipular, para entendermos a evolução do personagem e o terrível desfecho do livro.

Com este cenário de sexo divino, a [*****]ção não poderia fazer sentido sem um personagem principal. Dona flor é um exemplo de como uma mulher deve ser em uma sociedade machista. Submissa, um corpo escultural com gordura para tocar e seios perfeitos para os homens sádicos. Flor para mim é um caso curioso da evolução do pensamento de uma mulher moderna, mesmo sendo estereotipada, ela consegue feitos que poucas personagens femininas escritas por homens consegue, pensar por si própria. Com o seu negócio e pensamentos ela se mostra uma mulher que mesmo em seu meio de vida, presa por costumes antigos, tem características de empoderamento feminino que se mistura com o seu outro lado que a sociedade impõe a força, apenas uma escrava social do marido. O que lembra a nossa realidade até hoje em que ainda dizem que as mulheres devem servir e não operar sua vida com o seu dinheiro, causando uma mistura complexa de duas mulheres em uma que entram em conflito mas nunca há uma vencedora, sempre havendo o equilíbrio para satisfazer o momento e as ações necessárias para Dona Flor conseguir passar por seus obstáculos. Como a maldição da mulher moderna com o casamento a força, um ato que deveria ser consentido mas não é respeitado com a mulher. No livro é mostrado que até outras mulheres, que estão casadas, não aceitam uma solteira vagar pelas ruas sem um homem, chegando ao ponto de planejarem uma missão para acharem um marido para ela. Esta forma de vigilância é basicamente o que move a história do livro, como a força feminina pode ser usada para o mal pelo ato do casamento. Me fazendo refletir neste ato simples mas que destrói a vida de milhares de mulheres sonhadoras que só queriam o seu espaço mas foi tirado delas por costumes que a enfraquecem somente para servir como uma empregada até seus últimos anos de vida.

Com isto há uma visão muito distorcida no livro sobre o velório, uma forma de visão que está ligada com a forma que Dona flor é vista quando está sem um marido. A viuvez da mulher se torna um ser medíocre e sem valor, uma pessoa que se torna aos olhos de outros uma maldição e tortura pois ela está sozinha. No livro se torna um grande teor de vigília por todas as personagens, como se a mulher está solteira significa-se uma tristeza universal e que ela necessita de um novo marido. Tornando a viuvez um assunto decorrente da obra e que se assemelha ao comportamento da realidade onde mulheres que perdem seu marido, perdem o seu sentido na vida e assim romantizam a mulher que tira a sua liberdade.

De muitas formas Jorge Amado foi um escritor amado e odiado, até hoje está dualidade existe na sua literatura, seja em sua fase mais Politizada ou aqui em Dona flor e seus dois Maridos, algo mais histórico. Mas, guardando as críticas literárias de lado, uma coisa é certa, este é um dos maiores escritores da era moderna que este Brasil já teve, não é somente por ter produzido histórias profundas, políticas ou populares, ele mostrou um lado no Brasil que é rico em cultura, algo não ligado ao consumismo desenfreado com homens de terno em seus prédios gigantes de metal. Jorge focou no lado humano em seus pequenos detalhes, histórias que passam de boca em boca, de senhoras sentadas na calçada em tardes de quarta feira ou homens aposentados em butecos antigos. Também com o lado negro do país que tentam esconder com o dinheiro. As raízes africanas estão em cada um de nós, seja pelo torturador ou pelo torturado, o autor tinha consciência disto, desta mistura que é a riqueza do pais que é nos ensinado pelas entrelinhas que somos apenas brancos e alguns morenos, forçando mentes jovens a desconhecerem sua origem e a cultura que o povo africano fundou nas terras deste país. Neste livro em torno da Bahia com as religiões de matriz africana, como o candomblé, demonstra que está teoria Cristalizada está errada, somos um povo mais vasto do que imaginamos, com cores, palavras e comidas que foi colocado uma visão de esquecimento diante disto, por isso olhamos para cada povo brasileiro diferente como uma aberração, um inimigo sem inteligência, pois os brancos que foram embora 500 anos atrás sabem que este território pode se virar contra eles, se isto acontecer será o fim do imperialismo que promovem até hoje. Além da mensagem de uma boa história, a revelação de uma cultura da Bahia, uma terra que agora pretendo visitar, a leitura de Dona flor e seus dois Maridos escrita por Jorge Amado mostrou que tudo bem ser misturado, ter uma cultura sem ser nos padrões eurotizado, pois o oxossi ou exu são muito mais poderosos e humanos como os escravos mortos nos navios que hoje são forças de amor nas estrelas.
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