Uma casa no meio do caminho

Uma casa no meio do caminho Barry Martin...




Resenhas - Uma casa no meio do caminho


48 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Daniela 24/02/2019

História linda e real sobre altruísmo e amizade verdadeira
A história se passa em torno de Edith Wilson Macefield, uma senhora durona que luta para permanecer na sua casa, mesmo com o assédio constante de construtores que, a todo custo (oferecendo até dez vezes o valor da casa) querem comprar a propriedade dela para construir um shopping no local. Ela era a única pessoa que não queria vender a casa no entorno, algo que me marcou porque vi um caso parecido perto de onde moro, talvez por isso eu tenha gostado tanto da história, que além de tudo é baseada em fatos reais.

Barry Martin é o superintendente para construção do referido shopping e é do seu feitio falar com os moradores vizinhos à obra, para que entrem em contato caso tenham algum problema, uma vez que ele sempre procura se colocar no lugar dos outros, como descreve nessa passagem: “Se alguém estivesse construindo um prédio na minha rua, gostaria que fizessem o mesmo”. O que ele não contava era ter sido bem recebido pela já conhecida, teimosa e ranzinza, Edith, quando foi se apresentar e comunicar ser o responsável pela obra, como fez com outros moradores da região: “Às vezes, as pessoas não são como nós pensamos.”

O livro permite também que conheçamos um pouco da vida de Edith, através das histórias contadas por ela: “É engraçado como as conversas mais importantes da sua vida – ou as que apenas mais tarde têm seu valor reconhecido – podem parecer, no momento em que acontecem, muito banais”.

Barry acaba ficando admirado por Edith resistir ao progresso e daí acaba surgindo uma bela e duradoura amizade entre eles, que acaba envolvendo até a família dele. É uma história inspiradora, de amor ao próximo, sem querer nada em troca, e que mostra como fazer o bem é gratificante, tanto que Barry descreve que o relacionamento com Edith acabou ajudando mais tarde nos cuidados de uma pessoa importante para ele: “Se não fosse por tudo que aprendi com Edith, não teria sabido como lidar com aquilo e aceitar o que estava acontecendo com ele, nem como ajudá-lo”.
comentários(0)comente



Jzanella 27/08/2018

Enfim...
Coloquei muita expectativa, a história é até que interessante no começo mas logo se torna entediante e cansativa. Porém gosto não se discuti.
comentários(0)comente



cris.leal 09/07/2018

Lição de fraternidade...
Edith Wilson Macefield, uma senhora de 84 anos, moradora do bairro de Ballard, em Seattle, recebeu atenção mundial depois que se recusou a vender sua humilde residência para uma construtora que planejava erguer um complexo comercial no local. Edith recusou 1 milhão de dólares e a construtora acabou construindo, em 2006, um shopping center em torno de sua pequena casa.

Barry Martin (à esquerda) trabalhava como superintendente encarregado do projeto de construção do shopping center. Ele supervisionava a obra de um trailer que ficava a apenas algumas dezenas de metros da casa de Edith e não demorou muito para que os dois se conhecessem e iniciassem uma bonita amizade. Ficamos conhecendo melhor o altruísta Barry e a durona Edith, através de suas muitas conversas. Edith não só contou para Barry o real motivo de querer permanecer na casa, como narrou detalhes fascinantes e intrigantes da sua história. Aos pouquinhos Barry foi ficando cada vez mais ligado à Edith e preocupado com o seu bem estar. Sempre por perto e à disposição, ele a levava ao salão de beleza, às consultas médicas, comprava seus remédios e preparava as refeições.

Barry cuidou de Edith até ela falecer em 2008. Foram dois anos de dedicação total e em retribuição, ela deixou para ele a tão disputada casa. Barry a vendeu por 300 mil dólares e usou o dinheiro para pagar a educação de seus filhos na faculdade.

Narrado pelo próprio Barry Martin, “Uma Casa no Meio do Caminho” comove por ser repleto de valores humanos reais e necessários, como fraternidade, respeito e amizade.


site: https://www.newsdacris.com.br/2018/07/resenha-uma-casa-no-meio-do-caminho-de.html
comentários(0)comente



Vanessaf 04/05/2018

O cara que escreveu esse livro se acha Deus na Terra!!!! O cara se acha o máximo e o melhor de todos....com isso, o livro fica fraco, com pequenas partes que realmente valem a pena. Esperava muito mais!
Alcione13 04/05/2018minha estante
Então nem vou ler.


Vanessaf 06/05/2018minha estante
Tente, quem sabe, gosto não se discute, né??? KKKKKKKK!!!!!


Alcione13 06/05/2018minha estante
Pois é.


Alcione13 06/05/2018minha estante
Rsrsrs




Nana 28/11/2017

Não me convenceu muito...
Inicialmente quero dizer que o que vou colocar aqui é somente uma "opinião pessoal", pois vi que os comentários abaixo são todos elogiando as atitudes do autor e estou sendo um pouco mais crítica nas minhas observações.
Este livro conta uma história simples e bonita, mas que me fez parar e pensar: até que ponto o Barry se dedicou a Edith por compaixão e bondade? Será que não foi um pouco por interesse financeiro e reconhecimento público?
Entendo que o que ele fez foi muito digno, ao cuidar por dois anos de uma senhora idosa totalmente desconhecida e ainda com um temperamento bem difícil de tratar. Acredito também que com o passar do tempo ele tenha realmente se afeiçoado a ela.
O que me incomodou nesta história foi o fato dele aceitar que ela mudasse seu testamento deixando tudo pra ele, principalmente a casa. Com isso, me deu a impressão de que estava sendo recompensado pelo bem que fez. Além disso ele ganhou fama, entrevistas e até um livro.
Enquanto ele cuidava da Edith , seu pai foi diagnosticado com alzheimer, sua mãe estava sobrecarregada tratando sozinha do pai, e ele mesmo conta que, neste período, poucos vezes procurou a família e que não tinha paciência nenhuma com o pai..
Então eu parei para refletir e me perguntar o porquê, que a maioria das pessoas, costuma ser gentil e atencioso com estranhos e tem bem menos paciência e tolerância com os parentes próximos? Será que é porque com os estranhos temos um "reconhecimento" e com os parentes não é nada mais do que nossa "obrigação"?
Sei lá, não quero ser injusta, mas para mim ele se aproveitou um pouco da situação. Acho lindo que se faça o bem, desde que não se peça nada em troca. Quando se faz de coração aberto e por bondade, não fica legal aceitar bens e se aproveitar da fama pra ganhar dinheiro.
​Como diz o ditado: " Fazer o bem sem olhar a quem!"
Jeanne 28/11/2017minha estante
Nana, quando li esse livro pensei o mesmo que você!


Nana 28/11/2017minha estante
Ebaaa, pelo menos alguém pensa como eu! Já estava me sentindo muito má por ver as opiniões todas favoráveis ao Barry, enquanto eu não consegui sentir esta verdade nele.


Jeanne 28/11/2017minha estante
Eu também dei só 3 estrelas, justamente, por causa disso. Achei interesse puro!




Edna 19/11/2017

Abnegação
Uma casa no meio do caminho - A dramática história autobiográfica de Barry Martin e de Edite Wilson Macefield, narrada por ele mesmo com Philip Lerman.
.
Edith é uma velhinha de 84 anos que insiste em continuar morando sozinha em uma casa que mesmo sendo a única que não fora vendida para a construção de uma grande obra, desprezando as ofertas de milhões de dólares oferecida pela Empresa Construtora.
.
Barry é responsável pela Supervisão Arquitetônica do Shopping e designado para continuar as tentativas de negociação com a Velhinha durona como é chamada pela mídia.
.
Com a aproximação Barry conhece uma pessoa maravilhosa e trava uma história de amizade e altruísmo e conforme as visitas vão se intensificando, ela vai contando pedaços soltos de seu passado, como era musicista foi fácil para ser admitida como Expiã Nazista e após ter sido descoberta fora enviada à Dachau um campo de concentração de onde fugiu com 13 crianças mesmo não tendo sobrevivido todos, ela os adotou e criou-os em um Castelo na Cornualla na Inglaterra, perdeu o filho de 13 anos fruto de um grande amor, retornando após muitos anos para cuidar da mãe idosa nos Estados Unidos.
.
Ela é escritora, fato que Barry ao ouvir suas histórias de tão incríveis o faz imaginar verdadeiras ou ficção, e vai descobrir tantas verdades como o Livro que escreveu um calhamaço "Weber the Yester Day Began" (Onde o ontem começou, assim como objetos sentimentais com dedicatórias e passa a ama-la como a própria família, vai aprender com ela, vai entender o que sente um idoso e o respeito que eles precisam, sabem que são dependentes mas não querem perder a dignidade.
.
Você vai chorar, vai ler desde as especificações da editora, prólogo ao epílogo e vai se emocionar com os agradecimentos do autor e desejar que ñ tivesse terminado. 5/5
.
Citações:
1. Ñ sei se eu estava pronto p/dar um nome àquele sentimento, mas sabia que era o que a maioria das pessoas tem que. pensa em Deus.
2. Na verdade é td.muito simples. Vc.descobre qual a coisa certa a fazer e faz.
3. Coloquei meus pensamentos aqui escondidos nestas págs. então agora sei que vai me visitar qdo.quiser.
.
O livro que inspirou a divulgação do filme "Up: Altas Aventuras.
comentários(0)comente



Rotina Agridoce 14/02/2017

Quando eu fiquei sabendo que esse livro contava uma história real e que essa história real havia inspirado o filme Up, confesso que fiquei louca para ler. Minhas expectativas eram muito altas e, talvez por isso, a leitura tenha me decepcionado um pouco. No entanto, a história é linda e merece ser lida.

“Com Edith, era sempre uma batalha para ver quem cedia primeiro.” p. 7

Edith Wilson Macefield é uma senhora muito independente, durona, misteriosa, audaciosa, vaidosa e não gosta de ser contrariada. Ela mora no local onde um shopping será construído e foi a única moradora que não aceitou vender sua propriedade, mesmo depois de receber propostas muito boas.

“Todos pensavam que eu estava tentando persuadi-la a mudar de ideia, mas a verdade era outra. Fiz tudo o que pude para garantir que ela ficasse.” p. 10

Barry tem 50 anos e, gentilmente, vai até a casa dos moradores ao redor da construção para lhes dar seu número caso eles precisem de algo. Um desses moradores é Edith, cuja fama de ranzinza faz com que Barry seja cauteloso ao se aproximar dela. No entanto, o que ele não esperava é que nasceria aí uma grande amizade.

“Às vezes as pessoas não são como nós pensamos.” p. 16

A verdade é que, apesar de se achar muito independente, Edith é idosa e precisa de cuidados. Barry, com sua personalidade bondosa e altruísta, está disposto a ajudar. No entanto, tudo fica mais difícil levando em consideração a personalidade de Edith. Mesmo assim, Barry aguenta e logo assume um papel essencial na vida de Edith. Edith tem muitas histórias para contar e, por vezes, as histórias até parecem fantasias de tão fantásticas que são.

“A maioria das pessoas reclama do que não tem; ali havia alguém fazendo o melhor com o pouco que possuía.” p. 18

O tempo que Barry passou com Edith se constituiu como um tempo de aprendizagem, de amizade e de companheirismo. É interessante a forma sútil como o livro trás assuntos tão pesados como a morte, a dependência e os sacrifícios que fazemos por aqueles que amamos.

“Eu era o homem trazendo as mudanças, ela era a mulher que resistia a elas.” p. 21

O livro permite que nos deliciemos com as histórias contadas por Edith e nos apaixonemos pelas atitudes e a coragem de Barry. É um livro singelo e tocante, narrado em primeira pessoa por Barry, com letras grandes e capítulos relativamente curtos.

site: http://www.lostgirlygirl.com/2016/02/resenha-821-uma-casa-no-meio-do-caminho.html
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Letícia 09/08/2016

O livro Uma Casa No Meio do Caminho foi escrito por Barry Martin e Philip Lerman, publicado no Brasil pela editora Sextante no ano de 2015 e é uma espécie de autobiografia. Para quem gosta de animações, este livro serviu como inspiração para uma campanha de divulgação do filme Up - Altas Aventuras.

Eu disse que é uma espécie de autobiografia porque, ao mesmo tempo em que Barry conta sua vida ele faz a biografia de Edith Wilson Macefield, uma senhora de 85 anos que mora há anos no bairro de Ballard, um bairro na cidade de Seattle que mistura área industrial e residencial e que está em decadência.

Uma construtora compra no bairro de Edith um terreno muito grande para construir um shopping. Só há um problema nessa compra: Edith não quer vender sua casa e ela está no meio da construção.

Apesar de muita insistência e preços muito altos, a Srta. Macefield não aceita a venda. Acaba tornando-se então um símbolo na mídia, que condena a construtora por tentar tirar a pobre velhinha cheia de princípios de sua casa, e um empecilho para os construtores.

É aí que Barry entra na história: ele foi contratado para ser o responsável pela construção e acaba conhecendo Edith. E é aí que descobrimos que, de "pobre velhinha", ela não tinha nada! Ela era uma senhora bastante resoluta, firme, independente e rabugenta quando precisava. E conseguia ser um amor de pessoa também.

Barry deixa seu cartão com Edith, para o caso de ela se incomodar com algo na obra e quiser reclamar para ele. Alguns dias depois ela liga para pedir que ele a leve no cabeleireiro. E então, aos poucos, começa uma grande amizade entre os dois. Em algum tempo Barry está a levando também ao médico, fazendo suas compras, marcando suas consultas, fazendo suas refeições e ouvindo suas histórias.

Em um ato muito tocante e nobre, Barry passa a cuidar de Edith e faz tudo ao seu alcance para evitar que ela seja levada para uma casa de repouso. E ele aprende muitas coisas com a Srta. Macefield também. Ele passa a ter paciência com os idosos, algo muito útil em sua vida posteriormente, e uma lição excelente para nós também. Além disso, Edith tem uma história de vida surpreendente que, tenho que confessar, em boa parte do livro, acreditei que fosse invenção dela.

A relação entre os dois claro que não é um mar de rosas. Edith é bastante geniosa e, em algumas partes, você chega a sentir raiva dela. Apesar disso é uma amizade linda, um amor puro e sincero, que é tocante de presenciar, mesmo através da leitura. Edith é uma mulher ímpar, notável e Barry um homem incrível.

O livro é uma leitura rápida, fácil e muito gostosa. Com toda a lição que ele passa, ainda te faz rir, ficar triste ou com raiva em questão de páginas. É inspirador, cativante, emocionante e uma super lição de vida! Recomendo que todos leiam, deem de presente, indiquem para amigos e parentes...

site: http://madminds.weebly.com/blog/resenha-uma-casa-no-meio-do-caminho
comentários(0)comente



Manuella_3 08/08/2016

Uma história que resgata o valor das lembranças e a importância de manter-se fiel aos sentimentos. Que fala de altruísmo. Esta é a premissa do livro Uma Casa no Meio do Caminho (Sextante, 240 páginas): um apanhado de lições que o autor, Barry Martin, oferta ao leitor a partir de sua convivência com a octogenária Edith.

A dependência de um idoso, nos últimos anos da vida, envolve todos os familiares. Enquanto vivencia a decadência física, também as pessoas que o cercam são abaladas e levadas a pensar na própria vida, na inevitável finitude, além dos aspectos mais práticos que a perda da autonomia impõe.

Barry é um engenheiro, supervisor encarregado da obra de um shopping center em um antigo bairro de Seattle. Em meio à demolição de antigas propriedades uma casinha resiste bravamente. Edith Wilson Macefield, 85 anos, não vai sair, não vai. A casa tem um valor sentimental importante demais para ela. Edith não se desfaz dos objetos que contam sua trajetória: vinis dos músicos que conheceu, livros que supostamente escrevera, quadros e souvenirs de viagens, bibelôs que acumulou durante uma vida intensa e cheia de aventuras. Teria mesmo sido uma espiã infiltrada entre os nazistas na segunda guerra? Teria vivido em um castelo e cuidado de crianças? Barry não sabe se acredita nas histórias que a velhinha conta aos poucos e sem detalhes. Cabe a ele costurar as informações que recebe para reconstruir uma personagem curiosa, corajosa e muito, muito ranzinza.

Como seu trailer fica pertinho da casa de Edith, Barry passa a visitá-la diariamente, para saber se precisa de alguma coisa. Toda a área circunvizinha será do shopping, que envolverá a casinha antiga de Edith, porque ela não quer vender, não aceita os altos valores que são oferecidos. Não precisa de dinheiro, precisa ficar onde esteve durante boa parte de seus últimos anos. E onde está o seu coração.

Percebendo as dificuldades que ela enfrenta, começa a ajudá-la em pequenas tarefas diárias e, quando percebe, está fazendo as refeições de Edith, levando-a ao médico e preocupando-se tanto, como se fosse alguém da família... Um lindo laço de amizade e afeto os une, mas é Barry quem luta para que a harmonia predomine. Edith não é fácil, não é mesmo!

A leitura é reflexiva, especialmente para o leitor que convive com um idoso. Mostra como Edith vai perdendo a capacidade de fazer coisas simples, mas não aceita ajuda e não quer reconhecer que não pode mais permanecer sem auxílio.

Há momentos divertidos, especialmente quando Barry tenta manter a calma diante da impertinência, teimosia e até grosseria de Edith. E há também passagens onde sentimos uma compaixão imensa pelo homem que se dedica incansavelmente ao bem-estar da velhinha que só reclama. Barry passa, aos poucos, a cozinhar para Edith, a cuidar dos pormenores que a mantêm saudável e confortável. Cada vez mais ela exige a presença dele, que, enquanto dirige a grandiosa obra no entorno da casa, fica de olho nas necessidades da velha senhora. A coisa vai tomando dimensões sufocantes: Barry deixa de jantar com a família e, às vezes, até dorme na casa de Edith... Uma relação um tanto mal conduzida, mas que trará preciosas lições sobre a liberdade e os limites de cada um, dentre outras tantas, além de fazê-lo experimentar uma melhor relação com o pai, que adoece e precisa dele.

(...)
Continue lendo no blog e deixe seu comentário: http://www.lerparadivertir.com/2015/07/uma-casa-no-meio-do-caminho-barry-martin.html
comentários(0)comente



Van Ribeiro 19/05/2016

Relacionamentos que mudam a forma de ver as pessoas
O relacionamento de amizade e respeito entre Barry e Edith os ajudaram a ter uma visão diferente um do outro e de si mesmo.
Sim, indico esse livro. É uma leitura agradável e proveitosa.

Existe uma resenha completa desse livro no Blog Enchendo a Caixa. Link aqui embaixo!

site: http://enchendoacaixa.blogspot.com.br/2016/05/resenha-uma-casa-no-meio-do-caminho.html
comentários(0)comente



Mar 19/03/2016

Leitura leve, cotidiana e reflexiva
Mais do que uma história sob a persistência de uma casa que se ofuscou perante a construção de um shopping center, é a história de Barry Martin, que ficou totalmente transformada após o encontro com a velhinha Edith Wilson Macefield. O livro traz um emaranhado de situações cotidianas. Por se tratar de uma história real, a leitura em muitos pontos tem ritmo pacato e apesar de ser leve, traz boas reflexões. Boas questões são levantadas a partir da valorização das relações interpessoais: até que ponto é possível ajudar um idoso sem atentar contra sua independência, dignidade e individualidade? Barry Martin traçou essa linha algumas vezes enquanto lidava com uma velhinha impetuosa, rabugenta e... doente. Outra questão que traz grande reflexão é o altruísmo. Nessa história intrigante a convivência de B. Martin com a velhinha inicialmente desconhecida chegou a ser maior do que com a própria família. Durante três anos o autor abdicou da convivência com os filhos, dos jantares com a esposa, dos cuidados com o pai que tinha Alzheimer para que pudesse se dedicar inteiramente à relação com a senhora Edith Wilson Macefield. A leitura desse livro com certeza acrescenta uma outra visão sobre o mundo, sobre as pessoas a sua volta e, especialmente, sobre o tratamento aos idosos.
comentários(0)comente



Renata 21/01/2016

Uma história comovente e um exemplo
O livro conta a história de Barry Martin, um homem de 50 anos que é um dos responsáveis pela construção de um shopping center. Um dos principais problemas da obra é uma casinha no meio da construção. Eles tentaram de tudo para compra-la, mas quem disse que Edith, uma idosa com temperamento difícil, queria vende-la? E é assim que Barry conhece uma das pessoas mais importantes da sua vida. Ele narra como ficou amigo dela ao longo do tempo e como foi a sua experiência dedicando grande parte do seu tempo para cuidar dessa senhora.
O livro faz você, de uma certa forma, parar e pensar em assuntos que não damos tanto valor como devíamos: a situação dos idosos na sociedade. Será que temos no mínimo um amigo, com pelo menos mais de 70 anos, sem ser algum parente? E se sim, damos devida atenção a ele?
Outro aspecto importante na leitura é em como devemos tratar os idosos, dando para eles o direito de tomar suas própria decisões.
comentários(0)comente



Suelen 26/11/2015

Ao fim do caminho: uma lição.
O que encontrar nesse livro? Uma grande lição. Baseado em fatos reais, o que me encanta muito, a história real me emociona. Barry Martin é um supervisor de projetos de construção e é chamado para construir um shopping em Ballard, um bairro pacato e tradicional na cidade de Seattle, WA, EUA, que começava a receber as mudanças dos grandes empreendimentos. O desafio era erguer o shopping em volta da casa de uma velhinha que nunca aceitou vender sua casa para a imobiliária dona do empreendimento, apesar de todas das propostas e o assédio aumentarem cada vez mais.

Por algum motivo Barry tenta diversas vezes a aproximação com Edith Macefield, dona da casa e de uma personalidade tão forte que fazia muitas pessoas até fugirem ao serem recebidos aos gritos em sua casa. Edith queria apenas ficar em paz em sua casa, porém, sua atitude de não querer sair do seu canto e fazer o engenheiros pensarem em um projeto diferente de modo que seja construído em volta de sua casa, acaba chamando muita atenção da mídia e curiosos, onde ela vira símbolo de força e perseverança.

Aos 82 anos, na época, Edith era muito independente e muito ativa na medida do possível, onde estava sempre a limpar a casa, e o pátio, nesses momentos que estava pra fora de casa Barry aproveitava para conversar com ela, mas já conhecia a fama da idosa de ser muito ranzinza, porém de forma muito inteligente e sutil ele se aproxima dela, só não imaginava que se aproximaria tanto.

Barry de forma muito perspicaz entendeu que existiam limites na aproximação com ela e ele respeitou todos, mas conforme o tempo foi passando e a amizade deles aumentando e a necessidade que Edith tinha de que alguém a cuidasse aumentava cada vez mais. E ele logo começará a ajudar Edith em suas atividades diárias, tudo começa quando ela pede para ele levá-la ao salão de beleza para dar um trato nos cabelos. Barry fica muito feliz e lisonjeado por ter recebido aquele pedido e vai sem titubear.

A partir de então de maneira muito altruísta Barry estará cada vez mais envolvido em cuidar de Edith. Paralelo ao seu trabalho da construção do shopping ele fará seu café da manhã, depois seu almoço e logo está lá preparando seu jantar, lavando sua louça, cuidando dos seus remédios e horários do médico.

No entanto, a convivência não é nada fácil considerando o temperamento forte de Edith e ele passa por situações bem desgastantes com ela. O que podemos compreender é a personalidade extremamente sensível de Barry que aceita e compreende todos os ataques que a velhinha tem, mas Edith fica cada vez mais dependente de Barry e agora ele disponibiliza também seus finais de semana no cuidado com ela.

Sua esposa, seus dois filhos adolescentes e seus pais nunca reclamaram de sua ausência enquanto cuidava de Edith. Inclusive podia contar com a ajuda da esposa e da filha para tomar conta dela e algumas vezes até limpar sua casa. Que exemplo de pessoas!

Em meio ao convívio com Edith, Barry descobre muitas historias sobre a vida dela e muitas vezes fica se perguntando se era verdade mesmo ou era só fantasia da cabeça dela. São história muito incríveis e realmente difíceis de acreditar, Edith teria tido um vida com passagens de cinema. Com a toda a dúvida que permeava os contos, Barry sempre achava algum vestígio que o levava a notar que aquelas histórias de fato eram reais.
Barry passa quase três anos dispensando cuidados a Edith e nos últimos tempos com a descoberta de uma doença séria, que levará Edith a morte, ele passará cada vez mais envolvido. Falar isso não é spoiler por que logo nas primeiras páginas ele já narra o momento em que está na casa de Edith pensando no que fará com as coisas (ela o inclui em seu testamento).

O livro nos passa essa singela e simples história de um homem que percebe a necessidade de cuidar de outro alguém e principalmente como lidar com pessoas que necessitam de cuidados especiais e idosos, muito mais do que o fato de Edith não querer vender e se manter firme em sua decisão, na realidade essa situação fica em segundo plano quando sabemos tudo que Barry faz para manter essa senhora o mais confortável possível e o modo como ele é grato a ela por ensinar isso a ele. O que ele utilizará no trato com seu pai que descobre que tem Alzheimer, e ter vivido esse tempo com Edith contribuiu para que ele tivesse um tato maior com ele.

Enfim, é uma narrativa simples, mas com profunda mensagem. É conhecendo essas historias que nos faz ter ainda fé no homem e sim, pessoas como Barry existem, isso é um privilegio.


site: http://vivalivraria.blogspot.com.br/2015/11/uma-casa-no-meio-do-caminho-barry-martin.html
comentários(0)comente



zabela 16/11/2015

Edith Macefield, uma história de amor e amizade, Up e... Ocupe Estelita?
Edith Macefield é... incrível. E assim também foram os últimos anos de sua vida.

“Uma Casa no Meio do Caminho” é um livro que fala de altruísmo e amor, mas não o romântico. Barry Martin propõe-se a documentar sobre sua amizade com Edith anos após a morte desta, uma velhinha durona que se recusou a vender sua pequena casa por um milhão de dólares para uma empreiteira (a qual o objetivo – que foi alcançado, exceto pela área da casa de Edith – era construir um shopping no quarteirão), valor extremamente acima do avaliado para o terreno. É uma história real, por mais que aparente ser fictícia. Foi com a casa de Edith, inclusive, que se deu a divulgação da animação Up! – Altas Aventuras.

Barry descreve como, para muitas pessoas, especialmente militantes, Edith era tida como um foco de resistência contra as construtoras e contra a verticalização da cidade. Lembra muito movimentos como o Ocupe Estelita, não é? Mas só lembra, uma vez que, para Edith, a relutância para sair da casa não se dava por questões sociais, como era de se imaginar, mas sentimentais. Ao longo do livro nós vamos descobrindo os verdadeiros motivos para essa velhinha não querer sair do seu lugar, mas querer morrer ali, em seu sofá, no mesmo lugar que sua mãe, muitos anos antes, havia morrido.

Aliás, é sobre isso que o livro, em muitas de suas passagens, fala: a morte, ou como nos prepararmos para perder pessoas queridas. E o mais importante disso talvez seja como aprender com essas pessoas, e como tirar o melhor de cada experiência. O tempo que Barry passou com Edith não deve ser traduzido só como um ato altruísta, tampouco como simples amizade, mas sim como aprendizagem. Desde o começo, o autor fala sobre como o tempo que ele passou com a velhinha ajudou-o a aprender a lidar com seu pai, também idoso, portador de Alzheimer. Mas é preciso enfatizar que não só Barry consegue tirar lições de vida do seu tempo com Edith, como também o leitor pode fazê-lo, e talvez seja por isso que o livro seja tão simples e, ao mesmo tempo, complexo: os dois anos de convivência de Edith e Barry e a documentação desse tempo serve também de aprendizagem para pessoas que convivem com pessoas idosas e, erroneamente, as infantilizam ou negligenciam.

Ao longo das suas 240 páginas – ao menos na edição de 2015, capa azul, da Sextante – aprendemos um pouco mais da vida de Edith e de sua trajetória. Seu livro sob o pseudônimo de Domilini – Where the Yesterday Began –, o parentesco com Benny Goodman, o romance com Richard Tauber, a amizade com Jimmy e Tommy Dorsey e inúmeros outros famosos, a juventude no período da Segunda Guerra Mundial e como escapou de um campo de concentração, o orfanato e as crianças das quais cuidou... Enfim, choramos e nos emocionamos com Edith, mesmo sem nunca tê-la conhecido. Talvez, no final das contas, o maior legado da vida dela tenha sido essa história brilhante contada por Barry Martin. Porque, como a própria velhinha diria, prédios e casas vêm e vão, uma vez que em 25 anos são destruídos para dar espaço para outras construções mais luxuosas, mas uma história como essa, a história de Edith Wilson Macefield, não vai – ou ao menos não deveria – se apagar com tanta facilidade.

"Obrigado, Edith. Por todas as lições que me ensinou.
Por todas as suas histórias.
E por mudar a minha vida."
comentários(0)comente



48 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR