Mari 28/10/2012
''Às vezes, sinto-me culpado por ter sobrevivido. Minha mãe morreu no primeiro campo; meu pai, no último. Por que eu sobrevivi? O que determinou que eu vivesse e outros morressem? Por mais de dez vezes, estive diante da morte e, por ação do acaso ou de
Entrei no Facebook hoje e vi que é aniversário do segundo homem que mais admiro (sim gente, ele tem Facebook). Conheci Aleksander Henryk Laks no dia 20 de outubro de 2010 em uma palestra no meu antigo colégio. Quando anunciaram que ele iria lá logo fiquei surpresa. Até então não sabia que existiam sobreviventes do holocausto aqui no Rio de Janeiro e ter a oportunidade de conhecê-lo me deixou muito feliz. Desde que comecei a estudar sobre a Segunda Guerra Mundial fui mais a fundo no assunto: via filmes, lia livros, pesquisava na internet e principalmente conversava com duas grandes amigas minhas que são judias (uma que mora aqui no Rio e outra é Israelense) tanto para poder saber mais não só sobre o que aconteceu naquela época, como saber sobre a religião judaica. Sou católica, mas tudo o que aquele povo passou me fez ficar impressionada e independente de religião, admiro o Sr. Laks com todas as minhas forças.
Aleksander Henryk Laks é um judeu nascido em Lodz, na Polônia. Sua mãe faleceu após as complicações de seu parto. Aos doze anos ele viu sua cidade virar ''o gueto'', um lugar onde somente judeus viviam, e que acabou se tornando um lugar seguro para eles apesar dos maus tratos que eles sofriam dos nazistas, que faziam de tudo para humilhar os judeus sem nenhum motivo. Aleksander nem era um adolescente quando já tinha que lidar com fome, morte e miséria.
Depois de um tempo judeus começaram a sair diariamente do gueto e eram levados para um lugar que Aleksander viria a conhecer no futuro, mas que até então, não sabia se era melhor ou pior do que onde estava. A busca por comida começou a ficar mais e mais difícil, até que Aleksander teve que embarcar com sua família para o lugar que até então era uma incógnita, mas agora tinha um nome: Auschwitz, um campo de concentração/extermínio onde tudo iria piorar mais.
Foi em Auschwitz que Aleksander viveu 6 anos em meio a fome, viu sua segunda mãe caminhar para a morte, viu seu pai morrer de disenteria e se viu sozinho tendo que recomeçar do zero quando se ficou livre de Auchwitz. Seu pai tinha uma irmã no Rio de Janeiro, e ao lembrar-se de que seu pai havia dito à família que caso eles se separassem, o encontro seria no Rio de Janeiro, ele enviou uma carta ao Comitê Judaico do Rio de Janeiro. Essa carta foi publicada em um jornal e chegou por acaso nas mãos da família dele (por acaso MESMO, já que a família não era assinantes do jornal e o carteiro entregou o jornal que pertencia a um assinante para o tio de Aleksander).
Chorei ao ler algumas cenas do livro. Ler e pensar que o autor passou por todas as aquelas torturas e barbaridades me fez pensar em como reclamamos de tão pouco no nosso dia-a-dia, quando ao mesmo tempo pessoas estão por aí sem ter o que comer, sem ter como viver e sem ter a família por perto. Aleksander é e foi um guerreiro desde o momento no qual foi retirado de sua casa pelos nazistas quando era pequeno. Ele resistiu por diversas vezes, por diversos motivos, mas não deixou de lutar nem por um minuto, mesmo pensando que não era mais possível.
Chorei ao ler algumas cenas do livro. Ler e pensar que o autor passou por todas as aquelas torturas e barbaridades me fez pensar em como reclamamos de tão pouco no nosso dia-a-dia, quando ao mesmo tempo pessoas estão por aí sem ter o que comer, sem ter como viver e sem ter a família por perto. Aleksander é e foi um guerreiro desde o momento no qual foi retirado de sua casa pelos nazistas quando era pequeno. Ele resistiu por diversas vezes, por diversos motivos, mas não deixou de lutar nem por um minuto, mesmo pensando que não era mais possível.
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