A confissão de Lúcio

A confissão de Lúcio Mário de Sá-Carneiro




Resenhas - A Confissão de Lúcio


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Ana 07/02/2018

Nada é o que parece
A confissão de Lúcio é um livro de Mário de Sá-Carneiro que flerta com a fronteira entre fantasia e realidade, e aproxima-se da literatura fantástica.
É um livro que passa-se nos anos finais do século 19.
A história é narrada por Lúcio, que conta os fatos que vivenciou, sendo acusado por uma morte que não cometeu; caberá ao leitor julgar a veracidade dos fatos, tendo como norte apenas a palavra de Lúcio, analisando se ele fala a verdade ou não.
No princípio parece apenas a história de um triângulo amoroso que resultou em um crime passional comum, mas à medida em que a história avança, podemos perceber que não se trata disso.
Em uma festa, Lúcio, narrador-personagem, é apresentado a Ricardo Loureiro.
Os dois tornam-se amigos, com uma certa amizade platônica que aproxima-se do homoerotismo; mas no caso dos dois, sem erotismo, pois Ricardo acredita que não pode possuir alguém do mesmo sexo; só se ele ou o outro trocassem de sexo. Essa já é uma dica do rumo que a história tomará.
Tempos depois, Ricardo apresenta a Lúcio sua esposa, Marta.
Lúcio chega a sentir inveja de Ricardo, apaixona-se por Marta, loura, linda, e os dois mantém um affair tão descarado que para Lúcio é impossível pensar que Ricardo não saiba. Talvez ele finja não saber; mas se sabe do caso de Marta e Lúcio, por qual motivo não faz nada a respeito?
Outra dica do rumo real da história.
Depois de certo tempo, Marta pára de ver Lúcio e ele sofre ao perceber que ela está encontrando-se com Sérgio, um belo rapaz que também frequenta a casa de Ricardo.
Marta, a esposa, requer uma leitura mais atenta, pois ela será o estopim da absurda situação final.
Esse livro não deixará o leitor indiferente. Em A confissão de Lúcio, nada é o que parece.



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Fabio Michelete 27/01/2012

Surpreende
Bem elaborada, a obra conta o relato de Lúcio sobre o crime que o prendeu por 10 anos. Ele conta sobre sua vida de escritor, alternando-se entre Paris e Lisboa, seus hábitos e amizades. Dentre as amizades, a do casal com quem aprofunda relações, tornando-se amante da esposa do amigo.

Relato muito interessante da vida dos intelectuais no inicio do séc.XX. Me pareceu moderno para a época e de muito talento, mas ao mesmo tempo dá para ver a imaturidade do jovem escritor (pelo prefácio, suicidou-se aos 26 anos).

Em sua pouca idade, as verdades são absolutas, inexoráveis. Deve ter sido isso que o matou.

Mais reflexões em meu blog fmichelete.blogspot.com
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Mari 07/09/2011

Um livro penetrante, quando começa a ler é tudo o mais normal possível... mas quando acaba, um eterno mistério! Este é aquete livro que fica em sua cabeça por dias tentando descobrir o que houve por trás de toda a história.
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Cho 28/10/2022

Delírio
A história é narrada por Lúcio, escritor que depois de 10 anos preso resolve confessar que não cometeu um crime. O crime é um ato passional que envolve ele, Ricardo de Loureiro (seu amigo) e Marta, esposa de Ricardo.

Há uma linha muito tênue entre o que é realidade e delírio nesse livro. O narrador contribui muito para isso.

O crime passional não é provocado por razões machistas, questão de honra ou coisa que o valha, como muitos poderiam pensar. Na verdade, esse livro aborda um tema muito curioso para a época e o contexto em que foi escrito. Mario de Sá -Carneiro é português, escreveu a obra em 1914, num país tão religioso/cristão como Portugal é até hoje.

Confesso que a narrativa me irritou muito, o delírio de Lúcio me fez questionar várias vezes se o que eu estava lendo era real. A ponto de duvidar da existência de Marta, a qual se torna inacreditável com o desfecho do livro. Não acredito em nenhuma palavra que Lúcio escreveu. Mas não quero entrar no mérito de tentar provar coisa alguma.

O ineditismo da obra está no fato de o autor abordar o tema da homossexualidade, — ou ainda da transgeneridade, a depender a ótica adotada — em uma época e lugar nos quais ela não seria bem aceita. Está claro para mim que Ricardo tem desejos homossexuais por Lúcio, no entanto não sei até que ponto essa confissão é de Lúcio ou de Ricardo.

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Leticia 27/03/2018

A arte da indefinição
Quando minha professora de Análise e Crítica Literária nos pediu para ler A Confissão de Lúcio, de Mário de Sá Carneiro, dei um suspiro interno de tédio, cheia de expectativas ruins sobre o livro. Como diria minha mãe, cuspi para cima e caiu na testa, porque esse é um dos livros mais fascinantes que já tive o prazer de ler.

Primeiro de tudo, Lisboa e Paris são os destaques dessa narrativa tão rica. As duas cidades transmitem sentimentos totalmente opostos no leitor e é um recurso que o autor usa para estabelecer o ritmo diferente das duas capitais e do comportamento dos personagens em diferentes cenários. Lúcio, nosso narrador, está contando sua história com seu amigo Ricardo e a esposa dele, Marta. Esse trio e suas diversas formas de envolvimento são o centro da narrativa, que usa de pano de fundo toda a organização social da época do Modernismo para ilustrar a relação entre esses três.

site: https://viciovelho.com/2018/03/27/a-confissao-de-lucio/
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Afonso 05/04/2023

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A vida...
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Becca 23/05/2023

A Confissão de Lúcio
Pra ser bem sincera, A Confissão de Lúcio é um livro caótico e muito confuso. Neste livro temos Lúcio, que foi acusado de matar um de seus amigos mais próximos: Ricardo de Loureiro. Ao decorrer da narrativa temos Lúcio contando a história do momento em que ele conheceu Ricardo até a sua morte. Esse livro é de um dos escritores mais importantes da Literatura Portuguesa que é o Mário de Sá-Carneiro. Como disse acima, achei um livro muito confuso e misterioso, com muitos detalhes desnecessários também. Me deixou com um ponto de interrogação na cabeça, e talvez com um final aberto despertando curiosidade no leitor. Não seria um livro que eu leria por livre espontânea vontade, já que li para um trabalho escolar, mas vale a pena a leitura eu acho!
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Rhuan C. S. 08/03/2022

Impactante o final.
Um livro que arrebata com o seu final surreal e impactante. Fechamos o livro com a sensação de que tudo foi uma loucura.
Os personagens são interessantes, o livro é breve e possui uma linguagem aprazível. Dá o que pensar!
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Jonathan153 28/06/2023

Obra-prima da chamada Literatura Homo-erótica. Suspense muito bom com elementos fantásticos. Essencial.
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omgitselly 22/04/2024

A confissão de Lúcio
O livro que mais gostei até agora, achei o final surpreendente! basicamente, Lúcio cumpriu 10 anos de sentença por um crime que ele não cometeu, o livro tem o propósito de relembrar sua vida e seus momentos com escritores (pois ele é um), então ele passa muito tempo no meio literário. tem um tom reflexivo e momentos em que a lucidez não está presente, ele mesmo diz que sua confissão terá momentos que, sim, parece inverossímil. conta seus pensamentos, frustrações (muitas) e seu amor. um livro que inicia e acaba muito bom, recomendo.
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Inês Montenegro 12/05/2018

"Associamos confissão à admissão de algo negativo, de algo feito de mau e para o qual desejamos expiação. Apesar de ser, a seu modo, uma expiação, a história contraria essa ideia, começando assim por surpreender o leitor logo no início: algo que torna a relação título/obra num factor de engenho. (...)"

Opinião completa em:

site: https://booktalesblog.wordpress.com/2018/05/12/a-confissao-de-lucio-mario-de-sa-carneiro/
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Prof. Edivaldo 10/01/2015

Mistério...
Tenho preferências por livros narrados em primeira pessoa. Há muito gostaria de ter lido “A confissão de Lúcio” e agora, depois de o fazê-lo, eis ,minhas impressões da leitura: Confesso que no início da narrativa fiquei um tanto entediado. A personagem Lúcio frequentando aqueles ambientes da alta sociedade parisiense conhece, por intermédio de um escultor, um artista com o qual mantém uma intensa amizade, Ricardo de Loureiro. Este lhe faz confidências, mergulhando em sentimentalismos (lamúrias amorosas não correspondidas), o que me fez lembrar do romance “Mademoiselle de Maupin” de Theóphile Gautier. Do meio para o fim é que a narrativa toma um ritmo mais intenso, forte e com requintes de sensualismo o que vai culminar com o desfecho trágico e “estrambótico” (termo reiteradamente repetida pelo autor). Notem que esta é minha impressão da leitura, feita no âmbito da narrativa em si, desprovida do caráter técnico da crítica.
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IsaacRoberto1 08/04/2023

Nada é o que parece
Esse é um livro curto, mas que não deixa de ser denso e, ao mesmo tempo, leve.
Toda a história do Mário de Sá-Carneiro em "A confissão de Lúcio" é intrigante; seja pelo fato de somente depois de 10 anos após ser preso que nosso personagem decide falar a verdade, mesmo que inverossímil ou pelo fato de você terminar o livro e se perguntar: 'eu li direito essa história? É realmente isso que estou pensando que aconteceu?'.
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