Bru | @umoceanodehistorias 15/09/2015Faz 18 anos que o avião caiu. Havia 169 passageiros, 168 morreram e apenas uma menina de três meses sobreviveu, milagrosamente. A alegria da família durou pouco. O que ninguém poderia imaginar era que havia duas crianças de três meses no avião, Lyse-Rose e Emilie, a primeira nascida em berço de ouro e a segunda pobre.
Nenhum dos parentes tinha foto das meninas, ninguém sabia que roupa ela vestiria no voo e, principalmente, não existia exame de DNA, portanto, de quem era a filha? Essa decisão ficou a cargo do juiz, depois de analisar algumas provas.
Após a decisão, uma das famílias contrata um detetive particular, Crédule Grand-Duc, para investigar e trazer uma solução plausível. Dezoito anos de investigação se passam e Crédule ainda não conseguiu solucionar o caso. Sua decisão é cometer o suicídio, mas, antes, deixa um diário com todas suas anotações para Lylie (LYse + EmiLIE). O que ocorre é que, quando ele olha para o primeiro jornal que publicou sobre o acidente, descobre a solução do caso.
Depois de ler o diário, Lylie o deixa com Marc – seu irmão – e desaparece. De acordo com o que ela disse, precisava fazer algo muito importante. A partir desse ponto, Marc começa uma busca desenfreada para descobrir quem Lylie é, se Lyse ou Emilie.
O início do livro é extremamente intrigante. Crédule descobre a solução para o caso em um jornal que foi publicado há 18 anos, mas não sabemos o que estava escrito naquela matéria e isso nos deixa extremamente ansiosos para solucionar o caso. A princípio, devorei o livro, mas, chegou um momento, que a narrativa tornou-se enrolada. Vejam, não é que eu não tenha gostado do livro, eu gostei, apenas me decepcionei com a velocidade que a narrativa teve. Chegou um momento, que tínhamos coisas que poderiam ser dispensadas, pois elas não nos levariam à solução do caso.
Lylie é uma personagem que esta extremamente preocupada em descobrir quem é – e eu também estaria em seu lugar – entretanto, a culpa disso é dos avós, ou melhor, dos avós que perderam a guarda, pois sentem necessidade de provar que ela é neta deles. Marc é um amor de pessoa, mas extremamente medroso. E Crédule não me transmitiu segurança sobre o que fazia em nenhum momento.
Devo confessar que havia solucionado o caso pouco depois da metade do livro, simplesmente, achei que só poderia ser aquilo e estava certa. Apesar da solução antecipada, de minha parte, a leitura ainda foi bacana, pois soube como aconteceu. Enfim, recomendo o livro, só falo para não ir com muita sede ao pote.
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