nenos 25/06/2023
“Um Estado que não controla a economia não é digno desse nome.”
Quais os bastidores das intermitências que transformaram o meio universal de troca em um produto que também oscila em função da oferta e procura? A história do dinheiro vai além da etimologia. É entrelaçada há séculos com as mutações da alavancagem, os juros compostos, as deflações, as inflações, as estagflações, os dividendos e as renomadas constantes da natureza, o poder e a manipulação.
O que a Companhias das Índias Orientais da Holanda e da Inglaterra no século XVII, A Grande Depressão de 1929, a bolha .com e a bolha imobiliária de 2008 tem em comum? Expectativas equivocadas que ultrapassaram o limite da racionalidade e geraram os efeitos cascatas já bem conhecidos: falência de instituições mastodônticas, contratos com valores nominais reduzidos a zero, patrimônios evaporados e intervenções governamentais.
A inflação é um conceito mais antigo do que a própria cunhagem da moeda, mas a quem atribuir a continuidade? Como dizia Milton Friedman: “Nenhum desses supostos culpados pela inflação tem as impressoras que produzem aquilo que a gente carrega na carteira.” O fenômeno que retroalimenta a parte podre dos sistemas, excede a quantidade que a economia absorve e ganha um poder inusitado sobre nossas carteiras: o de roubar seu dinheiro sem que você perceba através do imposto invisível.
Das garantias no padrão-ouro para o dinheiro escriturário, Sr. Alexandre nos mostra que as tentativas de tangibilizar um mercado eficiente há milhares de anos são passíveis de crises intermitentes que refletem a tendência do comportamento completamente equivocadas dentro de um sistema imprevisível, uma aproximação da realidade semelhante ao expressionismo abstrato.
Correção monetária, congelamento de preços, confisco da poupança, baderna política, pedido de impeachment, renúncia do Chefe de Estado... isso tudo parece familiar? De mãos dadas com os índices mais altos de inflação na história do Brasil, a tradição de emitir dinheiro como se não houvesse amanhã vale um estudo completo: a psicologia inflacionária do brasileiro e a ganância.
Ações, título público, debênture, título de hipoteca, prime, sub-prime, venda a descoberto, bulls, bears, Bovespa, selic... a atmosfera das finanças é complexa, porém, os conceitos são explicados com uma narrativa cronológica e de paralelo com as relações causais desde a Roma Antiga, Grécia, Europa no intuito de transformar a demagogia incompleta do capital e entender o que parece ser garantido levaram à transição de impérios
Link para meus highlights: https://drive.google.com/file/d/1j8IZv4IsvMAbIO8hPNBhir84ADkgDCAh/view?usp=share_link