Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Ana 30/12/2021

Surpreendente...
Esse romance publicado originalmente em 1958 é o livro mais traduzido do autor Jorge Amado. A história se passa em 1925 e aborda a questão das transformações políticas e o machismo.
Gabriela é uma garota por volta de vinte anos e é ingênua, inocente, mas principalmente livre. Apesar de dar nome ao romance ela só aparece lá pra ela página setenta. Até lá ficamos sabendo de um embate político entre o carioca Raimundo falcão e o coronel Ramiro Bastos. Sendo que o primeiro representa o progresso e o segundo o tradicionalismo herdado do coronelismo. A narrativa é em terceira pessoa e se passa em Ilhéus e tbm em Itabuna na Bahia.
Fiquei positivamente surpresa com esse livro. Não que achava que seria ruim, mas não esperava que fosse tão divertido, interessante, reflexivo e bem escrito.
Amado constrói muito bem seus personagens e parecem reais. As questões que aborda são atemporais. Tanto que nem parece que foi escrito há mais de sessenta anos. Adorei a personagem da Gabriela. Ela é tão atraente, cativante, enxerga a vida de um jeito tão simples.
Um ponto negativo que achei é a banalização ou até a naturalização do estupro. Em determinado momento ficamos sabendo que Gabriela perdeu a virgindade ainda menina com um tio que invadiu sua cama.
Ao analisar por esse prisma é curioso perceber em como isso não prejudicou nem a traumatizou com relação aos homens ou ao sexo.
Sinceramente achei esse ponto estranho. Com exceção disso achei o romance ótimo.
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Karla Borba 27/12/2021

Um retrato da Bahia
O livro foi particularmente especial para mim, pois foi meu retorno às leituras de romances, especialmente brasileiros. Jorge Amado obviamente dispensa apresentações e elogios, sua escrita fluida e realista nos coloca nas ruas de Ilhéus, na praça principal como quem vê todos os acontecimentos ao vivo. Acho importante, ainda mais como mulher, destacar que há sim caricaturas sobre vidas destinadas às mulheres que não queremos mais que se perpetuem, seja pelos espaços limitados que nos destinam, seja pela sexualidade controlada pelo patriarcado, mas não acho que Amado traga essas realidades as defendendo, muito pelo contrário, há sim uma forte crítica no livro sobre os costumes da "alta" sociedade baiana, além da crítica social. Sem dúvida uma forma de repensar o nosso Brasil, sem negar o que fomos, ou que somos, mas que não precisa ser o nosso ponto final. Diferentemente de Gabriela, não precisamos ser sempre assim.
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Ana Passarelli 27/12/2021

Quantas cores e perfumes!
Ler Jorge Amado nesse caso é estar envolto em paisagens, sons, perfumes e sabores!
Perceber-se sorrindo em determinadas passagens e desolada ao perceber o quanto diz do que ainda é tão atual.
E no final, como não querer provar a comida da faceira Gabriela?
Leitura que recomendo.
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Thiago 24/12/2021

Que leitura deliciosa! Dá para sentir o perfume de cravo e ver o sorriso de Gabriela.
A maneira como a história vai passando por cada personagem, desnudando cada personalidade, mesmo os secundários, tornam a leitura desse livro um prazer.
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Mônyca 22/12/2021

Impressionante como a gente de envolve na narrativa de Jorge Amado, passamos a fazer parte do cotidiano daquele vilarejo em Ilhéus, sofremos com suas mazelas e vibramos com suas conquistas.

Bom demais!
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isa 18/12/2021

Jorge Amado escrevia na prosa como Caymmi na poesia. inegável. ler e perscrutar Gabriela é como escutar o violão de Dorival, é como um banho de mar em uma praia idealizada na Bahia (ai, que saudade eu tenho), pois essa obra é, sobretudo, um estereótipo sobre a mulher bahiana. por isso, qualquer saudosismo imposto pela prosa em questão é ilusório. Gabriela é luz, acarajé, mar, sol ardente, cravo e canela. a cozinheira perfeita. a amante perfeita. mas não a esposa (perversa?). Gabriela é rasa, superficial e, assim, encantadora. é submissa, complexa e fácil de desvendar. é impulsiva, não se limita às amarras da sociedade e exalta a cultura popular.
Gabriela é Marina de Caymmi, é Carmem Miranda de Jorge Amado. Gabriela não existe e é tão fácil de amar. tudo demais para Nacib. não há explicação para o inexistente.
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AnaB. 11/12/2021

Aí, Gabriela!
Escolhi o livro pela fama que lhe precede e também por querer conhecer mais obras do Jorge Amado.
A história se passa no inteiro da Bahia, em Ilhéus, na sua "época de ouro". A ambientação do livro é perfeita, politicagem no interior, coronéis, filho "doutor", vizinha fofoqueira, cidadãos de moral..... quem é do interior sabe ?
Eu esperava um enredo mais centrado na Gabriela, mas fez todo sentido o tempo construindo o ambiente. E o que falar da Gabriela?! Um espírito livre, né! Ilhéus e Nacib não estavam preparados para ela!
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Bianca.Maciel 10/12/2021

Este é um clássico, grande obra de Jorge Amado e da literatura nacional. Esse livro conseguiu ser bom o suficiente para perdurar no tempo, devido a escrita e imaginação desse fabuloso escritor brasileiro.


A história começa quando Nacib, descendente de sírios, se descobre inesperadamente sem cozinheira em seu bar, dessa forma precisa arrumar alguma para que possa continuar cozinhando os doces e salgados que serve no bar. Gabriela uma morena de beleza ímpar, mulher de jeito ingênuo, recém chegada em Ilhéus, fica no "mercado de escravos" à espera de um patrão, alguém que possa contratar os seus serviços.


Nesse momento, cria-se um pano de fundo para uma verdadeira crônica social, abordando uma cidade em pleno desenvolvimento, Ilhéus, que possui o cheiro do mar, os bares, cabarés e as crianças com suas brincadeiras, detalhes e fatos narrados pela jovem Gabriela.
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bih 10/12/2021

incrível
demorei bastante pra terminar, e algumas coisas não me agradaram muito, mas achei um excelente livro, e foi uma ótima leitura, recomendo.
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Alícia 09/12/2021

seu cheiro é de cravo, sua cor de canela
sinceramente, é um livro que não é fácil de ler. levei meses para conseguir concluir a leitura, pois a escrita do Jorge Amado é um tanto densa nesse livro. no entanto, tem um momento em que o livro engata e você não quer mais parar de ler. é um livro cheio de nuances, onde todas as personagens femininas pareceram interessantes para mim:
Gabriela é linda, bela, esperançosa e livre como um passarinho. prendê-la numa gaiola, é só tirar dela a liberdade que a faz ser tão bela.
Sinhazinha foi vítima, foi morta pelas mãos do marido, por conta das leis ultrapassadas e patriarcais de Ilhéus.
Malvina, entretanto, foi minha favorita. uma garota que tinha o sonho de viver um amor, mas que tinha a cabeça a frente de seu tempo, a frente de Ilhéus e que viu que deveria seguir seu caminho, mesmo sem um homem nos braços.
entre tantas outras personagens femininas que marcam essa história.
preciso também comentar sobre outra personagem importante nessa história: a própria Ilhéus. Amado retrata a evolução da cidade, por meio de passagens políticas muito interessantes.
é um livro que, imediatamente quando acabamos de ler, pode não parecer tudo isso. mas pensar sobre ele, faz a história cotidiana enriquecer na nossa cabeça e se mostrar uma bela narrativa.
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Camila 06/12/2021

Progresso
Um verdadeiro clássico!
Uma leitura muito boa para conhecer uma parte de nossa história... Principalmente para que a gente não cometa os mesmo erros dos passado!
Do início ao fim o autor mostra a importância do progresso e da mudança de costumes autoritários e machistas... Nesse ponto a leitura torna-se um pouco difícil devido a várias referências de violências, principalmente violência contra as mulheres.
Enfim, um livro que deve ser lido por todos!
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Ghabriela Haluch 22/11/2021

Eu gostei, mas foi difícil!
Não foi uma leitura muito fácil, alguns momentos pensei em abandonar mas gostei muito. Eu fico pensando que na época talvez pudesse ser um choque pra muita gente um relacionamento assim, mas é interessante. Eu sou contra traição, mas achei importante as formas como foi abordado: uma extrema e a outra mais branda.
É importante pensar que nem todo mundo nasceu para ser preso a outra pessoa ou costumes. Sempre quando a gente ama, quer o melhor pra pessoa, mas o que é melhor pra mim pode não ser para o outro, e nessa ânsia de querer moldar uma pessoa ao que você acha que é bom pra ela, pode estar tirando toda a essência daquela pessoa.

Me lembrou a reflexão da mulher com o biscoito de amanteigado de goiabada, é sobre isso!
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Anderson 14/11/2021

Brasileiro!
É anos 20 e a cidade de Ilhéus está em pleno desenvolvimento devido a venda e exportação de cacau.
Assim como o país, a cidade está encalhada no coronelismo político que leva a gerações de parcerias que perpetuam os mesmos políticos em poder na cidade. Porém, tudo muda com a chegada de um exportador, Mundinho Falcão, que logo entra na política e promete mudanças na sociedade.
Ao mesmo tempo, Nacib, sírio criado no Brasil, precisando de uma cozinheira para seu bar encontra Gabriela, uma moça vindo do sertão, fugindo da fome e das mortes geradas pela seca. Por trás de toda poeira e cansaço da viagem, Nacib, descobre em Gabriela uma beleza e uma sensualidade hipinotizantes, capazes de levar os homens aos seus pés.
Logo Nacib se apaixona por Gabriela, assim como todos os homens da cidade, porém, Gabriela não é mulher de um homem só, e logo se gera um conflito em torno de conquistá-la.

Trecho de Modinha para Gabriela de Gal Costa:

Eu nasci assim eu cresci assim e sou mesmo assim
Vou ser sempre assim, Gabriela, sempre Gabriela
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brunapcorreia 06/11/2021

Para mim, é complicado falar com sinceridade o que eu achei desse livro... Jorge Amado me conquistou com "Capitães de Areia" e a "Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água" e, então, cativou a minha fidelidade, o que faz parecer uma traição eu falar sobre a minha decepção com essa obra.
Mas eu sei que a questão foi a expectativa que eu depositei e a sede que eu fui para saber sobre Gabriela.
Eu queria me apaixonar por Gabriela como todos da trama se apaixonavam, me encantar com a personagem... mas o foco do autor era a política e a economia de Ilhéus, além das desventuras dos homens da história, o que fez eu achar o papel de Gabriela muito secundário e decepcionante. Eu devorava tudo até chegar a uma parte que focava em Gabriela, mas eram sempre migalhas.
Foi tipo o que aconteceu quando eu li "Dom Casmurro", eu queria muito de Capitu e tive quase tudo de Bentinho...
Não é um livro que eu vou indicar.
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