Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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Lary 31/01/2022

A história de Ilhéus em meio ao romance de Gabriela.
Sem decais uma ótima maneira de conhecer a história de Ilhéus e como aquela região se tornou o efervescente centro do cacau durante o século XX.

Gabriela é título do livro, mas não é a personagem principal da trama. Primeiramente, Jorge Amado nos envolve em disputas políticas e acontecimentos relevantes que resultaram nos conflitos posteriores, tornando o amor entre o árabe Nacib e a menina com cheiro de cravo e pele cor de canela, parte secundária.

É muito interessante se aprofundar nos conflitos existentes entre os coronéis a seus opositores, as lutas políticas, armadas, a história da conquista da terra, o coronelismo, voto de cabresto, o progresso, a pobreza dos retirantes e a prevalência de uma mesma família por décadas no poder. Conhecer tais imbróglios significa conhecer a história da terra que herdamos.

E Gabriela? Gabriela é a cereja do bolo, a pessoa que não se encaixa nas convenções exigidas pelos ilheenses, ou, como diria João Fulgêncio: Gabriela existe, isso basta.
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Sleifer 27/01/2022

Minha obra favorita de Jorge Amado. Todos os personagens me encantam. Jorge Amado, nesta obra, faz com os leitores se apaixonem pelos personagens através de sua narrativa do acontecimentos em Ilhéus em 1920 quando o adultério era algo a ser punido com sangue.
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Marcelo217 27/01/2022

Sensacional
Mais uma história maravilhosa contada por Jorge Amado. Essa é mais arrastada que o Capitães da Areia, mas igualmente boa.

O título do livro chega a ser quase simbólico se comparado à todas as histórias que compõem a trama de ilhéus da época dos coronéis do cacau. Mesmo a história tendo uns 50 personagens, todos são apresentados e acrescentados à história de maneira muito objetiva e clara, mesmo após a leitura é possível lembrar nomes e sobrenomes. A cada página vão sendo adicionados personagens e seus contextos rapidamente explicados. Tudo muito amarrado. Bem escrito.

O autor não mede esforços em escancarar a verdade sobre a realidade da época. As críticas feitas em relação aos coronéis e políticos da região são apontados de forma direta. Há cultura, religião, literatura, etc. Todos os assuntos são mencionados de forma contemporânea à história e muitas sugestões às mudanças dos costumes.

Alguns fatos narrados mostram-se históricos, como a disputa entre o coronel Ramiro Bastos e Mundinho Falcão que pontua o período do fim da hegemonia do coronelismo no país. Durante todo o livro é retratada a constante modernização que começa a penetrar a cidade até então parada no tempo. A adição de assuntos tabus para época como a independência feminina da personagem Malvina e até mesmo a traição de Gabriela mostram a mudança da forma em se lidar em certas situações sensíveis envolvendo a mulher.

O livro por ser muito fiel a realidade, trata de assuntos do cotidiano e todas as suas particularidades, não chega, ao meu ver, a ser obsceno como as adaptações para a televisão estigmatizaram essa história. Tudo é mostrado de maneira leve e bem-humorada. A pitada de críticas sociais da cidade baiana feita pelo autor dá ao mesmo tempo um ar sério e real da história. Agora já consigo perceber o padrão na escrita de Jorge Amado, cheia de críticas sociais, bem escrita e recheada de informações históricas. O pacote completo!



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Day 24/01/2022

Gabriela cravo e canela
Conta a história Nacib, Mundinho Falcão, Coronel Ramiro Bastos, Glória, Malvina e tantos outros personagens fascinantes que Jorge Amado trás nesse livro.
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Ricardo 24/01/2022

Incrível o retrato pitoresco de Ilhéus que foi se construindo nesse livro, tão orgânico, com personagens tão característicos e inconfundíveis. Fiquei confuso quando a Gabriela demorou muito a aparecer, até compreender que apesar dela afetar tudo que acontece na cidade, não é a única cuja história é digna de ser contada, e embora quase tudo esteja ligado a ela, ela não é o centro, nunca quis ser. Quer ser só Gabriela, cheiro de cravo, cor de canela .
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ViSant 23/01/2022

Livro muito bem escrito, riquíssimo em detalhes, em personagens em personalidades em cenários. Senti vontade de provar a comida de Gabriela, de sentir o cheiro da cidade, de tomar uma cachaça no bar rs
Achei repetitivo em alguns momentos, e o nome do livro me fez pensar que Gabriela seria a protagonista do livro, porém, a verdadeira protagonista do livro é Ilhéus. Eu amei a sutileza do autor na cena em que Fagundes foge, fiquei muito tocada naquele momento, pois de fato ele não teve outras oportunidades na vida e tudo que fazia era seguir ordens. Amei a liberdade de Gabriela, que não teve medo de ir contra tudo que diziam ser errado para não abrir mão de ser feliz.
Enfim, é um livro lindo, muito gostoso de ler. Foi o primeiro livro que li de Jorge Amado, espero gostar dos outros tanto quanto gostei deste.
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Mari 18/01/2022

Todos deveriam conhecer Gabriela
Neste livro, Jorge Amado narra uma das grandes histórias de amor da literatura: a de Nacib e Gabriela. Porém, essa é só uma parte da história, porque, na realidade, ele usa esse romance como pano de fundo para contar a história de Ilhéus, uma cidadezinha na Bahia, tomada pelo coronelismo, que começa a se modernizar. Assim, ele inicia a narrativa fornecendo ao leitor um panorama da cidade, das pessoas mais influentes, das mais humildes, dos comerciantes, das esposas, das amantes, das carolas, todos são importantes para Jorge Amado. Porém, é preciso tempo para fazer isso e, consequentemente, páginas. Por isso, chega um momento na narrativa em que o leitor começa a se perguntar: "Mas, e Gabriela, cadê?". Jorge Amado, definitivamente, não era um escritor qualquer, ele sabia muito bem que o grande trunfo de sua obra era Gabriela e, por isso, ele demorou tanto em introduzí-la na história, porque sabia que assim que ela aparecesse, ninguém conseguiria resistir a ela. Contudo, não por causa de sua beleza, de seu corpo, de seus cabelos ou de seu cheiro de cravo, mas sim, por causa de seu jeito de ser, pela sua liberdade e pela sua inocência (sim, Gabriela é inocente, apesar de ser sexualmente ativa, porque ela tem a inocência daqueles que são absolutamente livres, ela é livre de limites, regras, arrogância, ganância, preconceitos, dos "bons costumes" e de definições. Ela é inocente, pois não vê maldade em ninguém, inclusive nela mesma e nos seus atos, que são chocantes para todos ao seu redor, mas que para ela, não são nada demais). É impossível definir Gabriela, ela não se adequa a nada, ela simplesmente existe, como as estrelas, as flores e os pássaros, sem ter a menor vergonha de ser quem é.

Contudo, isso não significa que a introdução do contexto local seja inútil para a história, pelo contrário, é essencial para compreendermos os impactos da existência de Gabriela naquela sociedade que até então existia alheia a ela, mas que passa a não ser capaz de se enxergar sem ela. Para mim, a melhor parte é quando Gabriela tenta se adequar às regras da sociedade a fim de agradar Nacib e... falha miseravelmente, porque essa nova vida, na qual ela não pode ser Gabriela, a deixa completamente infeliz. E, assim, ela começa a murchar, como uma flor que deixou de ter contato com a luz do Sol e, com isso, a sociedade ao seu redor também se entristece, pois já estava acostumada com a presença de Gabriela sendo Gabriela.

Enfim, demorei meses para conseguir fazer a resenha, mas isso sempre acontece quando o livro é maravilhoso!
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Giovanna 17/01/2022

um mix de sensações
Gabriela é um romance cheio de intrigas e meias histórias envolvidas num complexo contexto político e social. Desta forma, posso dizer que o que mais me prendeu a trama foi justamente a mudança de costumes da população de ilhéus, fazendo-me lembrar principalmente das aulas de história, na escola, falando de coronelismo etc. Apesar de terem diversos momentos que eu passei raiva lendo esse livro (por causa da forma que jorge amado retrata as mulheres), essa foi uma leitura relativamente boa de se ler e que, por incrível que pareça, Gabriela foi apenas uma pequena fração de tudo que a trama oferecia.

PS: Mundinho Falcão melhor personagem dessa bagaça e digo mais!!?
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Pedro Aires 17/01/2022

Ah, Gabriela
Resolvi ler depois da incrível experiência com Capitães da Areia e digo que foi bem agradável. A Gabriela é uma personagem encantadora, infelizmente presa no tempo errado. O livro tem uma trama política bem forte, não esperava, mas é interessante. Fiquei muito curioso em saber mais sobre Sinhazinha e Osmundo, a história deles nas adaptações para TV é melhor trabalhada.
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Daubian 14/01/2022

Ilhéus de meias pretas
Jorge Amado é sensacional. Ele é melhor retratando o povo, diverso e problemático, cheio de hipocrisia e sentimento. Quando ele vai no ciclo do cacau, tem histórias realmente surpreendentes e Gabriela é parte disso. É um livro super sensorial, vide o título. O livro discute um amor livre num termo que seria polêmico e debatido hoje em dia. Gabriela é um elemento livre, mas há limites para o amor?
Para mim entretanto, o melhor ainda é a cidade de Ilhéus a coisa mais interessante do livro. Nós vemos aqui a modernização da cidade e um reflexo do que acontecia no Brasil. Onde o dinheiro muda de mãos, novas ideias surgem e o futuro sempre vem. Claro que a aceitação pública é oscilante. Hoje em dia, quase 100 anos depois estariamos julgando as traições e intrigas com a mesma avidez das puritanas senhoras de Ilhéus. Eu penso em ecoar A Queda, da Gloria Groove, outra com G de anos depois. Há um sabor mais gostoso que os quitutes de Gabriela: a da fofoca destrutiva. Cada detalhe degradante é espalhado, discutido e as aparências são tudo. A que nos leva este comportamento? Dá para ser moderno e preso a isso? São questões sociológicas mais relevantes do que eu esperava. Além disso, Gabriela é uma personagem icônica na literatura brasileira e apesar do muito falado e adaptado, não faz jus a ela. Um livro saboroso e mais moderno que o seu feed do Instagram.
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Ali 08/01/2022

Será que podia ter outro título?
Gabriela foi no livro um personagem nessa narrativa brilhante e cheia de brasilidade de Jorge Amado. Acho que a história foi muito além do romance de Nacib e Gabriela. Ele conta a história de Ilhéus, com seus personagens tão cheios de detalhes, e emoções e trejeitos. Vc escuta a voz deles. Jorge Amado sabia o que estava fazendo.
Agora devemos atentar ao fato de que o livro foi publicado 1958 então tem temáticas e falas que podem ser gatinho para muitas pessoas, situações e termos que hoje em dia já não cabem mais.
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mrsdalloway0 08/01/2022

Esse livro é de um fôlego só, porque ele acontece sem pausa. No entanto, esse fôlego é composto por pequenos respiros que se abraçam e se completam. A história inteira é feita de encontros, sobretudo o de Gabriela com Ilhéus. O período do cacau moldou sim a sociedade ilheense, ele disse, mas todos foram, naquele período, marcados por Gabriela de alguma forma. Nacib, pelo amor, mas à maneira dela. Os coronéis, pela frustração da recusa e pelo desejo que era tanto, que a presença dela bastava. As mulheres, pela inveja ou simpatia, sem meio-termo. Ela mesma, que entendeu quem era até quando não entendia que poderia ser. Eu, que fui tomada pela narrativa genial do jorginho e pelo reconhecimento de entender minuciosamente o pano de fundo que ele propôs: a Bahia.
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Bianca 06/01/2022

Fui com muita sede ao copo e quebrei a cara!
Ah, Gabriela e seu cheiro de cravo e canela! Por tantas coisas que tu faças, contra quem faças, seu nome fica intacto... Por que?
Como sempre digo, se você for um leitor conservador ou puritano não leia Jorge Amado, ou leia por sua própria conta e risco e saia boquiaberto. Jorge Amado não é para amadores, com todo o erotismo, cotidiano, temas polêmicos e gatilhos que expõe em suas obras. E com Gabriela não foi diferente, essa mulher criada e adorada por Jorge é uma Fêmea fatal nordestina. Só que a obra não é baseada só nela, e por isso digo que quebrei a cara... A obra é muito boa, eu que fui com muita sede ao pote, vai além da própria e envolve todo um contexto político e histórico.
Ps. Se for ler a obra não vá com as expectativas lá em cima, não espere que seja igual as novelas e minisséries da tv. Espere apenas Jorge Amado e seu amor pelas mulheres e pelo Nordeste.
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Ju 31/12/2021

O amor não se prova, nem se mede
No fundo eu já esperava me aconchegar nessa leitura, tinha lido apenas Capitães de Areia de Jorge Amado, mas sempre me seguiam lembranças boas. Foi uma ótima escolha ler Gabriela, estou completamente encantada.

O que posso dizer é apenas " Explicar é limitar. É impossível limitar Gabriela" Isso é tudo o que restou, sobre essa personagem de tantas nuances, e da história de seu romance com Nacib.

No entanto, essas páginas não trazem apenas o encanto de Gabriela. Esse livro é sobre muito mais, é sobre a vida de uma cidade, relacionamentos, política e principalmente um protesto sobre muitas questões da época.

Mas não senti o peso de todas as palavras, simplesmente o li, entendi e me maravilhoso. Conheci personagens distintos, uma cidade encantadora e historias que guardarei com carinho.

Ansiosa para o próximo livro de Jorge Amado ?
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