Abusado

Abusado Caco Barcellos




Resenhas - Abusado


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Monalisa.Costa 04/03/2021

Um personagem intrigante!
A obra trata da história de Marcinho VP, traficante de drogas do Morro Santa Marta, no Rio de Janeiro. Conta-se como ele se transformou no homem que acabou morto pelos parceiros de crime.

Duas coisas são bem interessantes na narrativa. Mais uma vez, a desgraça da corrupção policial e o mal enorme que isso acarreta.

Em segundo lugar, a ideia de o personagem principal tratar crime em geral, e mais especificamente o tráfico de drogas, como um instrumento de combate à segregação social. É quase como se conferisse uma função social ao crime.

Marcinho VP é uma pessoa intrigante. Ao mesmo tempo em que parece ter motivação social pra defender a sua comunidade, utiliza esses argumentos, a meu ver, em muitos momentos, como demagogia, como justificativa de sua manutenção na vida do crime.

Um homem inteligente, apesar da pouca instrução, que nunca quis abandonar o poder que o tráfico lhe proporcionou, não obstante falar o contrário em momentos de dificuldade.

O livro é interessante e de leitura fácil. Vale a pena ler pra se conhecer a realidade das guerras civis em que estamos envolvidos, mesmo que muitas vezes sem saber!
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Guiv118 28/02/2021

Muito bom
Incrível a maneira que o Caco escreveu sobre o tráfico e a ascenção do comando vermelho nas favelas do rio de janeiro.
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Maria Eliete 31/01/2021

Abusado. O Dono do Morro Dona Marta
Realidades. Verdades. O cotidiano, a rotina, a vida do morro. Dos morros. Eles se complementam entre si. Não há enfeites, disfarces. É o que é. Otimo trabalho de Caco Barcellos.
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Pdrosaleitor 12/11/2020

O lado certo da vida errada
Ao lado de outros livros que li esse ano, esse é mais um que me fez refletir e compreender a situação de um lado do Brasil que é visto com preconceito e indiferença. A história do traficante Juliano VP, um dos maiores que ja passaram pelo Rio de Janeiro, é também a história da velha luta de classes sociais, o trabalho de uma polícia que leva mais violência e medo às favelas e de trabalhadores honestos que ficam no meio de tantas situações complicadas. Um livro necessário e importante pra entender a vida de pessoas que moram numa zona de risco e de jovens que procuram no tráfico uma maneira de sobreviver.
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Dira 20/05/2020

Extraordinário
A história do dono do Morro da Santa Marta deveria passar nas escolas. É um belíssimo trabalho, ouso dizer que o melhor trabalho do Caco.
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Abusado, Caco Barcellos
Com um trabalho jornalístico incrível, Caco Barcellos conseguiu não apenas apresentar ao seu leitor o dia a dia das favelas cariocas dominadas pelo poder dos traficantes de drogas, mas também mostrar essa história a partir do ponto de vista dos moradores das favelas e dos próprios chefes do tráfico. É uma rotina em que a morte e a violência estão sempre presentes. É a rotina marcada pelo medo, pela incerteza e pela falta de oportunidades.

E toda essa temática é narrada seguindo a história de um personagem principal: Marcinho VP, chefe do Morro da Dona Marta. Sua infância, juventude e formação para ocupar o lugar de um dos criminosos mais conhecidos no Rio de Janeiro são o norte para a construção da obra. E ao mesmo tempo que apresenta as barbáries cometidas por um chefe de morro, Caco Barcellos também apresenta Marcinho VP – no livro é substituído pelo pseudônimo Juliano VP – como um ser humano, que também sente medo, tem dúvidas e que se preocupa com a qualidade de vida dos moradores da sua comunidade. É, sem dúvidas, uma vida de contrastes, que faz o leitor se questionar sobre aquela ideia de existir o lado do bem e o lado do mal.

Além disso, é importante ter em mente que, muito embora hoje a existência de excessos na atividade da polícia e o sofrimento vivido pela população das comunidades sejam questões muito debatidas, no ano de 2003, quando publicado o livro, esse tema ainda era um certo tabu. Ou seja, não bastasse a qualidade do trabalho jornalístico apresentado, o autor foi extremamente corajoso ao entrar nas favelas para conversar com os líderes do morro, em um cenário marcado pela violência, e conseguir divulgar essa realidade para toda a população.

A escrita é fácil e envolvente, conseguindo prender o leitor. O livro não é curto, com cerca de 600 páginas, e confesso que em alguns momentos a temática se torna um pouco repetitiva. Independentemente disso, é um livro essencial e muito atual, que revela cruamente a realidade nas favelas dominadas pelo crime, com uma forte crítica social.

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Jaqueline Lima 07/02/2020

Impressionante!
É surreal o tanto que esse livro é bom! Um dos melhores livros que já li. Retrata questões como tráfico, crime, pobreza, infância, sonhos... É muito bom!
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Vinicius.Villela 03/02/2020

Temos uma vida melhor que um Dono de Morro
É de se surpreender que um cara que ganha uma nota preta, tem uma condição de vida fodida, facilmente inferior à de qualquer pessoa da classe média.
Então, faça um exercício mental e calcule como não era antes dele entrar no mundo do crime. Este livro demonstra a realidade condenante de se nascer em uma favela, e que mesmo no caminho de maior sucesso financeiro na sua situação, você continuará um miserável. O Estado poderia facilmente ter evitado o surgimento desse tipo de realidade de crime e miséria caso tivesse dado apoio aos moradores da favela, que nem fornecimento de água teriam se não fosse seus próprios esforços.
Fica muito difícil julgar um traficante quando se conhece sua realidade, crueldades a parte, pois nada justifica as atitudes sanguinolentas de alguns.
O mais melancólico de tudo é saber o fim desde o início. Pois você se apega a Marcinho Viado Puto, vulgo Juliano no livro, um moleque mesmo aos 30 anos, sempre meio metido, engraçado, com algumas ideias meio perdidas, incoerentes, um ser humano quase inocente, que tinha uma vontade genuína de querer ser ouvido e admirado, como todos nós, egocêntricos enrustidos, temos.
Realmente me alegraria se ele tivesse conseguido abandonar a vida errada vivida da maneira certa, que não tinha luxos, e nos faz pensar que, no fundo, como ele mesmo se classifica, ele era um revolucionário, que queria uma vida melhor para ele, seus companheiros e comunidade. Pela sua personalidade complexa, é complicado saber ao certo. Mas você sai com um certo encanto e com um certo luto. Que da lata de lixo que
foi seu fim, algo de bom possa ser resgatado de seu legado.
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saahroque 13/12/2019

O choque de uma realidade logo ali
O livro Abusado: O Dono do Morro Dona Marta despertou esse sentimento de querer compartilhar a experiência da leitura. Em cada página, me senti dentro de outra realidade, que parece ficção, mas está bem aqui, ao nosso lado, na nossa cidade, no nosso país e me fez repensar em pré-conceitos que a sociedade esboça em relação às favelas, ao tráfico de drogas e à parte mais pobre da sociedade. Caco Barcellos foi espetacular em trazer a história de Juliano VP em uma cronologia baseada nas guerras do morro, com imparcialidade e apresentando um lado da história que foge da maioria da população - àquela que não vive na pele o mesmo que as pessoas da periferia. A história do chefe do tráfico se entrelaça com de outros moradores do morro e ilustra como jovens, a maioria crianças, entram para o mundo do tráfico e o quanto isso é importante para elas - dentro da sua realidade. Você sente a raiva, o descaso, a revolta e começa a se questionar sobre a importância dos direitos humanos, uma mudança muito mais ampla no sistema e as oportunidades que não são geradas àqueles que não estão "no asfalto". Um livro forte, que precisei de meses para ler, não pelo seu tamanho (557 páginas), mas pelos sentimentos que ele traz à tona e a carga que carrega da realidade que não é noticiada e, muitas vezes, maquiada para que não chame a atenção. Consideraria um livro obrigatório para todas as pessoas, por trazer história além do que é contada nos livros da escola e que é parte importante da nossa sociedade.
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Bolota 16/06/2019

Uma aventura imperdível em um violento Rio de Janeiro nos anos 90
"Abusado" conta a história do traficante Marcinho VP, que durante anos foi o "dono do Morro Santa Marta (também chamado de Dona Marta).

O livro é muito bem escrito pelo jornalista Caco Barcellos. Com um ritmo alucinante, excelente narrativa e personagens marcantes, Abusado te transporta para um violento Rio de Janeiro dos anos 90.

A obra escancara as relações pouco republicanas entre o Estado e o tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Além de mostrar um outro lado de fatos históricos bastante conhecidos por cariocas, o livro ainda traz um lado que poucos ou ninguém conheciam do famoso traficante.

Imperdível.
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Elis Almeida 03/02/2019

Favela
O livro mostra a historia da vida de um dos mais conhecidos traficantes do Rio de Janeiro, Juliano VP, traficante cria do Morro Santa Marta.
Para quem gosta de ação, o livro é repleto de situações de ação, mas também mostra a realidade social da favela vista por outro ângulo.
A escrita do Autor é muito tranquila e cativante, o que acaba por fácilmente prender nossa atenção.
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ana 01/02/2018

Abusado - como o próprio título informa - narra a história do dono do morro da Dona Marta. Juliano VP, pseudônimo de Marcinho VP, foi um traficante “pop”, suas ações, falas e principalmente seu nome estavam muito presentes na mídia, situação esta que o colocou diversas vezes na mira policial. A narrativa de Caco Barcelos nos faz ver não apenas um traficante comum/estereotipado, mas sim um homem como todos os outros, com seus problemas, seus medos, ideais, suas lutas e suas glórias.

O livro é envolvente, nos faz ingressar no morro, nos faz ver uma realidade que é tão distante e ao mesmo tempo tão próxima da sociedade “normal”, a favela parece algo à parte, algo de outro mundo, mas não, ela está presente, ela faz parte da nossa história nacional e determina a vida de milhões de pessoas. E o autor conseguiu trazer isso com maestria, mostrando o cotidiano e a vida das pessoas do morro, mostrando de uma forma clara que a realidade retratada no livro é algo comum para eles, a violência é rotineira e está impregnada na comunidade. Isso é explícito quando Barcellos apresenta o encanto que Juliano VP transpassa às pessoas, e ao mesmo tempo o terror que ele causa.

A narrativa não esconde as barbáries realizadas pelo tráfico, mostra de uma forma meio nebulosa o interior do Comando Vermelho, visto que Juliano VP era um membro fiel do grupo criminoso. Há ações horrendas, cruéis que mostram o que acontece com quem desobedece ou trai o dono do morro ou o CV. O livro envolve tanto, que parece que estamos vivendo a cena, Caco Barcellos não se limita ao narrar as guerras, as punições, a vida cotidiana.

Mas o que mais me chamou a atenção durante a leitura foi a preocupação social que Juliano tinha com a comunidade. Sempre que podia, ele afirmava o lema inicial do Comando Vermelho: paz, justiça e liberdade. Ele pregava isso, de uma forma meio torta, meio errada, mas ele tentava, ele realmente acreditava que através do tráfico ele conseguiria mudar a vida da comunidade onde nasceu. Juliano VP, não era um traficante comum, ele gostava de ler, lia sociologia, filosofia, direito, gostava de falar sobre. Através de suas cartas endereçadas aos chefões do CV, é mostrado que ele estava insatisfeito com o “andar da carruagem” que sua organização estava tomando, prevalecendo o dinheiro sobre a irmandade.

O livro é incrível, a leitura é envolvente e rápida. Eu super indico pra quem quer conhecer essa realidade, e pra quem se interessa por esse tema. O livro traz desde violência policial até o companheirismo e lealdade “criminosa”. Poderia ser um estudo antropológico, sociológico enfim, vale muito a leitura!
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bruninha 13/12/2017

Resenha crítica: Abusado O Dono do Morro Dona Marta
Obra
O livro reportagem Abusado de Caco Barcellos, Editora Record publicado em 2003. É uma verdadeira história sobre as grandes corrupções criminosas que comandam o trafico de drogas e outras atividades criminosas no Estado do Rio de Janeiro.
O principal personagem é o Juliano VP (codinome Marcelinho VP), um traficante da favela Santa Marta em Botafogo bairro de Classe Média do Rio com um bom gosto literário e preocupado com o destino da comunidade favelada.
Juliano e sua família sai do nordeste terra natal de todos eles para o Sudeste, a procura de uma vida melhor. Seu pai constrói uma birosca no morro Santa Marta onde ele passa a ajuda ló ainda criança quando voltava da escola. Cansado de ser agredido fisicamente e verbalmente pelo próprio pai, um homem bruto e machista, ele para de trabalhar no comercio da família e passa a carregar as compras dos moradores até a suas casas no alto do morro, durante esses pequenos serviços Juliano ficava observando o movimento de toda à comunidade e principalmente os dos traficantes. Ate que um de seus colegas já envolvido no trafico começou a lhe pedir favores em troca de pagamentos. Aos 16 anos, Juliano foi preso pela primeira vez e foi onde sua mãe tomou conhecimento do qual destino seu filho tinha seguido.
O autor descreve também a vida dos moradores da favela, como as péssimas condições de higiene, a pobreza e o medo da violência do trafico e da brutalidade da policia.
O livro é dividido em três partes: tempo de viver, onde Juliano é dono do morro e vive intensamente esse momento. Tempo de morrer, seus amigos estão morrendo devido às guerras, pois seus inimigos querem o tirar do comando do morro. E Por ultimo, Adeus às armas, ele tem toda convicção de não ser mais traficante e têm vários apoios de pessoas que querem ver sua mudança de vida más o próprio muda de ideia e volta pro morro. Essas partes estão contidas em 535 paginas.
O autor também fala a respeito da forma romantizada que tratam os intitulados "dono" do morro, pois na verdade são gangues que causam grandes transtornos a comunidade, isso acontece porque são pessoas excluídas da sociedade e vivem privada de umas série de coisas, o que aparentemente é a principal causa para entrar na criminalidade, mesmo não sendo uma justificativa plausível. Já que na verdade só gera desgraças ainda maiores nas favelas.
Para conseguir narrar com detalhes essa história verídica que acontece com frequência nos morros, o repórter acompanha a rotina na favela e percebe de perto o desfecho de tudo. Assim analisa o modo como todos estão organizados naquele ambiente, as desordens e as leis criadas apenas para aquele ambiente. Isso permite uma aproximação do escritor com a vivência daquelas pessoas e como é a infraestrutura.
Crítica
No começo achei a linguagem um pouco difícil, pois o autor usou a linguagem do morro com muitas gírias, palavrões e palavras escritas de forma errada. Achei uma ótima ideia, pois fez com que eu me sentisse que estava realmente dentro de uma favela.
Com o decorrer da leitura fui me acostumando com a linguagem e ficando cada vez mais impactada com o conteúdo. Nunca tinha lido um livro reportagem antes e esse foi à porta de entrada para que eu continue lendo mais livros reportagens, percebi que o autor não defendia ninguém para ele todos eram bandidos e tinha uma historia pra contar.
É uma ótima leitura para quem quer ser jornalista investigativo, tendo certo cuidado, pois traz temas como, tráficos de drogas, corrupção, guerra, racismo, todos os tipos de violência desde a verbal á fisicamente, roubas, mortes e tiroteios. Acho que sua faixa etária é a partir dos 20 anos.
Biografia
Nascido em Porto Alegre na data de cinco de março do ano de 1950, Cláudio Barcelos de Barcelos é jornalista, repórter e escritor com especialidade em jornalismo investigativo e documentário.
Como jornalista iniciou seus trabalhos como repórter no Jornal Folha da Manhã e atualmente trabalha na Rede Globo no programa Profissão repórter.
Seu primeiro livro reportagem foi o Rota 66, Caco investigou durante cinco anos a esquadrão da morte que age na cidade de São Paulo. Ele mostra como o sistema de extermínio e seus métodos de atuação e como o sistema incentiva esse tipo de ação.
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comprido 24/09/2017

Perfeito
A historia conta sobre a trajetória de Marcinho VP no morro santa marta desde da sua infância ate quando ele se tornar dono do morro,Vemos também a realidade de quem mora na favela, que nem todo mundo e bandido , tem gente que trabalha também, Fica claro o lado em que o autor está. Ele foi até o morro, conheceu os personagens, viveu o mundo em que eles vivem e escreveu o livro. Não contou mentiras e nem precisou escrever formalmente. Caco utiliza os diálogos e a forma como os traficantes falam para escrever seu livro. Ele contou uma realidade desconhecida por quem não é do Rio de Janeiro ou por quem é, mas não o conhece verdadeiramente. Ele trouxe um livro que fala de uma polícia que ajuda o tráfico, mas também trouxe uma que pune, que mata. Porém de uma maneira natural.
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Franciele Müller 11/06/2017

Palmas ao escritor
Caco Barcellos conseguiu passar a história sem romantizar o tráfico e também sem criminalizar. Adorei a escrita dele que nos carrega para dentro da história, sem criminalizar e nem santificar nenhum dos personagens.
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