Paulo Sousa 14/01/2020
três vezes ao amanhecer, de alessandro baricco
Título lido: Três vezes ao amanhecer
Título original: Tre volte all?alba
Autor: Alessandro Baricco
Tradução: Joana Angélica d?Ávila Melo
Lançamento: 2012
Esta edição: 2015
Editora: Alfaguara
Páginas: 112
Classificação: 3/5
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"temos sempre esta ideia de ter caído na partida errada, e de que com nossas cartas sabe lá o que conseguiríamos fazer se nos sentássemos a outra mesa de jogo? (posição no kindle 258/21%).
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a infinidade de possibilidades que este pequeno livro dá de certa forma se confunde com as possibilidades caóticas com que leio.
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explico.
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já venho lendo dous bons livros, que pretendo concluir antes que a faina escolar recomece, mas, gosto particularmente de, ao me deitar, abrir no kindle um livro ao acaso para ver no que vai dar. quase sempre essa matemática inexata me leva a descobrir um ótimo romance ou alguma coisa que me chame a atenção suficiente para por de lado as leituras atuais e prosseguir naquele achado.
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foi o caso desse pequeno volume do escritor italiano alessandro baricco, de quem já havia lido o excelente ?seda?, uma das capas mais lindas da minha modesta biblioteca e já mini-resenhado aqui. em ?três vezes ao amanhecer?, dividido em três partes, dois personagens se encontram antes do amanhecer e esse encontro acaba por proporcionar uma reflexão sobre suas vidas, sobre a possibilidade de recomeçar. a primeira história narra o encontro de um homem de 42 anos e uma mulher embriagada no saguão de um hotel; a segunda é o encontro de uma jovem de dezesseis anos e o porteiro idoso de um hotel que tenta convencê-la a fazer escolhas melhores e deixar o namorado violento e fugir; a terceira e última história também começa em um quarto de hotel onde uma policial de meia-idade prestes a se aposentar decide levar um garoto de treze anos, único sobrevivente de um incêndio, para o lugar que considera o mais bonito do mundo: ao lado do homem que ama e que não vê há anos.
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com essas três histórias breves, baricco nos mostra que o tempo inteiro explora e se diverte com as possibilidades da literatura, assim como as escolhas fugazes que faço em busca do ?livro do momento?. ao explorar a temática da mudança e da possibilidade de recomeços à luz do alvorecer, essas três histórias se entrelaçam com maestria numa metáfora bonita sobre as possibilidades e os recomeços de nossas próprias vidas. e que nos próprios recomeços, coisa que nem todo mundo consegue sem medo, se achará o próximo passo para a próxima etapa. como leitor, já tenho o próximo destino literário: o romance do baricco anterior a este, ?mr. gwyn?, onde ?três vezes ao amanhecer? é citado. lindo, não?