O Demonologista

O Demonologista Andrew Pyper




Resenhas - O Demonologista


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Gabryells 18/06/2015

“Não julgue um livro pela capa”
Essa expressão comum que usamos no nosso cotidiano, quase como um ditado popular, nos alerta para ficarmos desconfiado a todo e qualquer livro que chame muito atenção por seus fatores atrativos, tudo bem, sei que a expressão não é tão literal assim, tem outros significados. Porém, se dão muito valor na capa de um livro, tem algo errado... Mas acho que hoje, podemos contextualizar esse ditado com um pequeno agravante: não escolha um livro pela capa, por mais que seja uma edição perfeita, muito bem acabada, cheia de detalhes e capa dura da Darkside Books. Não que livro lindos sejam ruins, mas se atraído para um livro desconhecido apenas pela arte pode te levar a algo um tanto decepcionador .

Adianto logo que a breve resenha que farei aqui hoje, sobre o Demonologista, não é uma crítica negativa ao livro, longe disso, é um livro “agradável”, mas só quero deixar o alerta, pois toda a produção e o marketing feito em cima desse livro criaram expectativas que não foram cumpridas em sua totalidade.

Simples, um livro de capa vermelha, com uma faixa negra, e detalhes em crucifico e coroas me criou a sensação de algo verdadeiramente macabro, fora toda a divulgação exaltando a obra como o livro de terror mais esperado de 2015. Enfim, vindo de uma ligeira experiência gratificante na literatura de terror, com o Bebê de Rosemary, esperava a mesma sensação de apreensão, sudorese, arrepios e aquele medo psicológico, uma vez que a literatura de terror tem uma vantagem sobre os filmes de terror: a imersão é muito maior, você realmente vivencia todo aquele horror como se fosse real, da mesma forma que você chora com uma história romântica, a carga emocional é incomparável com a sétima arte.

Desse modo, com todas essas expectativas, esperava realmente um livro de terror, eu queria ficar com medo, arrepiar, querer parar de ler ou simplesmente ter a sensação de estar sendo vigiado rsrs, ou seja, ficar assustado, mas termino o livro notando que o intuito do escritor não foi esse. Tudo bem, devo admitir certos arrepios durante a leitura, mas foram muito rápidos e restritos ao início da história. O passar da trama é um suspense investigativo com pontadas fantasiosas.

E é nisso que pondera minha crítica, o fator medo do livro, o demônio e sua relação com o personagem, não apavora, é um tanto objetiva, mas também é aí que notei que a propaganda em cima do livro desviou o foco do que ele realmente é, e ironicamente o título traz isso: demonologista. É um estudo do demônio, por assim dizer, sim, isso mesmo, o enredo é uma busca por entender o que está por traz das artimanhas do Inimigo e entender em certa forma sua personalidade ao lidar com o humano, o terror do livro não é ele. O Adversário, o Inominável é apenas o vetor para a exposição de sentimentos melancólicos, depressivos e solitário do personagem, e que te fazem sentir desconfortos, tornando o livro uma literatura pesada e igualmente melancólica, e talvez seja aí fator medo da trama, não de uma coisa, ou de um ser sobrenatural, mas dos sentimentos humanos mais primitivos.

Enfim, a obra se baseia na busca de um professor de literatura por sua filha que supostamente cometera suicídio em um dos canais de Veneza após seu pai ter recebido uma proposta um tanto misteriosa para trabalhar em um caso igualmente curioso por conta de seu conhecimento em demonologia, conhecimento tal que o personagem tentar negar-se, mas sabendo que no fundo é verdade, já que por toda vida dedicou seus estudos a obras que travam sobre o tinhoso. Dessa forma, com uma boa dose de suspense, enigmas, conspirações, arrepios aqui e acolá e referências literárias do século XVII Andrew escreveu um bom livro, não é uma obra prima, talvez possa ter mensagens que me passaram batidas nessa primeira rápida leitura, mas de fato é um livro bem estruturado e escrito, tem seus focos e suas intenções, e também tem seus furos, mas a construção do personagem e de seus sentimentos é quase impecável, você vive aquela agonia. No entanto, não espere ler um livro assustador, pois você não ficará com medo de lê-lo no silêncio noturno de seu quarto, apenas prepara-se para a aflição em sentir como é se afastar da luz e entrar na obscuridade das trevas...
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Rusbis 21/06/2015

Confiram a resenha de "O Demonologista" no canal literário do youtube "Ler Vicia":

site: https://www.youtube.com/watch?v=1eMUxcWp1Kc
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Danielle 01/08/2015

Perfeito
Se você está esperando um livro de terror tradicional cheio de sustos e rituais de exorcismo esse não é o livro, o demonologista usa do psicológico nas entrelinhas muitas vezes para amedrontar. A figura do Diabo que aparece no livro é sempre sutil e fala através de pessoas. Alguns momentos me deixaram arrepiada e com medo. O fato de o livro ser narrado em primeira pessoa faz com que o leitor entre na mente de David, levando ao leitor se questionar por algumas vezes a sua sanidade, e isso é uma das coisas que mais gostei no livro.

Quanto ao desfecho ele é bem corrido e aberto, dando margem para várias interpretações e teorias. Se você é do tipo que odeia esse tipo de final deve evitar esse livro, eu particularmente adoro, me faz refletir e tentar entender as entrelinhas. Analisei bastante várias opiniões e li o livro duas vezes, ainda sim não consegui chegar a um final que não me deixasse algum tipo de dúvida se foi realmente isso que o autor quis dizer. Verifiquei várias teorias de outras pessoas que leram o livro e encontrei algumas bastante muito interessantes. Algumas pessoas também dizem que o final é conciso e literal, não dando margens para ambiguidade ou outras interpretações, eu particularmente não achei isso.

Recomendo que leiam esse livro com um atenção triplicada e analisem as entrelinhas, a todo momento o autor joga informações importantes.

Percebi que muitas pessoas não gostaram do livro, acredito que estavam buscando um livro cheio de cenas de terror tradicional ou não conseguiram aceitar o final.

A Dark Side mais uma vez arrasou na edição, o livro está sombriamente lindo, adorei cada detalhe da edição, não deixando de citar as ilustrações aterrorizantes.

Não tenho nada a reclamar desse livro, para mim ele foi perfeito, não paro de pensar nele. Espero que realmente saia uma adaptação cinematográfica dele, pois já faz tempo que foi anunciada e não se falou mais nada sobre as filmagens e escolha de elenco.

site: www.ciadoleitor.blogspot.com.br
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Cachamorra 04/08/2015

Não, não é assustador.
Sim, caí no conto do Marketing [mais uma vez, preciso aprender... aff...]. O livro é um estranho thriller policial com um desfecho pavoroso. Daqueles que você lê o final e tem a sensação que faltam páginas, você não acredita que o 'finis' é, realmente, um final. Por que digo estranho thriller? Em dado momento do livro, de fato, você fica tenso, a leitura empolga, o autor escreve fácil e te prende. Os momentos em que a obra 'Paraíso Perdido de Milton' é citada abre a curiosidade, estilo conhecido pelos livros do Dan Brown, mas quando os motivadores e enigmas são revelados você percebe uma infantilidade de todo o contexto da trama. As relações com a obra de Milton são interpretações forçadas e são submetidas na leitura para tentar traduzir algo relevante e concreto.
O antagonista inicia no livro como algo realmente impecável, um verdadeiro artista do 'mal', mas de alguma maneira, você percebe que essa é uma falsa inteligência. Isso decepciona e muito. Uma iniciação à loucura foi a minha primeira impressão, que haveria uma aspecto psicológico forte, baseado nessa infinita luta do bem contra o mal que tentamos interpretar. De fato, em dado momento, senti que talvez fosse isso. Mas, não, o livro caminha para um clichê padrão.
Faltou também um trabalho melhor na trama conduzida pelo antagonista, você não simpatiza com ele, nem o odeia. Ele apenas está ali, para conduzir a trama. A sensação é que o autor tinha um limite de páginas para escrever algo realmente bom.

A edição da editora Darkside é linda. O livro passa a impressão de um antigo exemplar salvo de uma das bibliotecas de 'O Nome da Rosa', a arte interna do livro são muito bonitas, mas não traduzem o momento da trama, são soltas e apenas chamam a atenção por te lembrar algum cenário do próprio 'Paraíso Perdido', caso você tenha lido.
Enfim, foi uma leitura de férias, então apenas me decepcionou.
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Renan Borges 09/08/2015

Um dos melhores livros do gênero de terror atual (recomento a versão em capa dura da DarkSide, que é de deixar qualquer leitor de boca aberta), apresenta momentos de assustar (não leiam a noite, por sua conta em risco!!!). O personagem principal é falho e imperfeito, com quem é fácil se identificar. Sem falar na corrida contra o tempo em busca de respostas, que te faz devorar a história.
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Gramatura Alta 11/08/2015

Https://gramaturaalta.com.br/2023/10/31/o-demonologista/
David Ullman é um renomado professor da Universidade de Columbia, especializado na figura literária do Diabo – principalmente na obra-prima de John Milton, Paraíso Perdido. Para David, o Anjo Caído é apenas um ser mitológico. Ao aceitar um convite para testemunhar um suposto fenômeno sobrenatural em Veneza, David começa a ter motivos pessoais para mudar de opinião. O que seria apenas um boa desculpa para tirar férias na Itália com sua filha de 12 anos se transforma em uma jornada assustadora aos recantos mais sombrios da alma. Enquanto corre contra o tempo, David precisa decifrar pistas escondidas no clássico Paraíso Perdido, e usar tudo o que aprendeu para enfrentar O Inominável e salvar sua filha do Inferno.


Para um livro de terror funcionar, ele precisa incutir medo no leitor, sem que ele precise se esforçar muito para imaginar as cenas do que lê. Precisa ser algo familiar, mas, ao mesmo tempo, inesperado. O principal elemento dos filmes de terror, a música e o som em tom alto nos momentos de susto, não existem nos livros. Ou seja, tudo reside no uso das palavras certas e na imaginação. A história é importante, mas não é essencial, porque, mesmo que ela seja boa, complexa, sem o medo, o objetivo fracassa.

Bem, nesse ponto, O DEMONOLOGISTA passa com louvor. Os trechos onde o Inominável – assim chamado, porque, em grande parte do livro, David Ullman, o narrador e personagem principal, não sabe o nome de com qual demônio está lidando –, aparece e exerce sua influência nas pessoas mortas, é assustador. Ou mesmo nos pesadelos de David, quando alguns segredos vão sendo revelados sobre o motivo dele ter sido o escolhido. Mas o mais assustador, na verdade, são as leituras do diário de Tess, a filha desaparecida de David, onde tudo o que está acontecendo com ele, foi revelado ou indicado pela filha muito antes, como se ela já soubesse o que iria acontecer.

As descrições do autor nos momentos de terror são precisas, claras, e surpreendem. Não tanto pelos detalhes, mas pela indução deles. Como exemplo, tem a passagem em que David está conversando com o Inominável em um parque deserto, e o demônio tem a forma de um menino que já morreu. Durante a conversa, ele sente a presença de algo ainda pior no meio das árvores da floresta em frente, mas não consegue olhar de tanto pavor, apenas ouve a respiração pesada e o peso dos passos do que está no meio das árvores. Essa parte é assustadora, e você se surpreende olhando para os lados durante a leitura, confirmando se está realmente sozinho com seu livro.

No início da leitura, fiquei decepcionado por o autor usar a passagem bíblica mais famosa sobre demônios, que é quando Jesus pergunta para um possuído o nome de quem está no comando, e ouve de resposta que é Legião, porque são muitos. Ela é usada à exaustão na maioria dos filmes de mesmo tema, mas, aos poucos, entendi que foi uma escolha acertada. Isso, porque ele mescla toda a história com Paraíso Perdido, a obra mais famosa do escritor inglês, John Milton. A história, dividia em dois arcos narrativos, sendo um de Lúcifer e o outro de Adão e Eva, é contada em versos métricos sem rima, reunidos em 12 livros a partir de 1674. Nela, existem diversos seguidores de Lúcifer, que o auxiliam na revolta contra Deus. David sabe que o Inominável é um desses seguidores, mas não sabe qual. E o demônio quer que David descubra o seu nome, porque se ele o pronunciar, terá poder sobre David. Então realmente existe uma coerência lógica e certa sobre a escolha.

Para resgatar Tess, sua filha, David precisa seguir as pistas deixadas pelo Inominável por meio país. A viagem não tem o objetivo da descoberta, mas da peregrinação, que causa um enorme desgaste físico e mental, deixando David cada vez mais suscetível à influência do demônio. Entretanto, o amor pela filha exerce uma força contrária, que o liberta nos momentos de maior desespero e o revigora para conseguir chegar ao final de sua flagelação.

Junto a David, temos dois personagens secundários de grande importância: Elaine O’Brian, a colega de trabalho por quem é apaixonado, mas com quem não pôde assumir o sentimento, por ser casado. E o Perseguidor, um assassino contratado para impedir David de tornar público a prova de que o demônio realmente existe e que ele quer se revelar ao mundo.

O’Brian está com câncer e acompanha David na busca por Tess, porque não tem nada a perder. Ela é a voz da razão, da lucidez, que o impele a descobrir os motivos e o nome do Inominável. Ela, de certa forma, é o próprio leitor, que faz as perguntas certas para o entendimento do que está acontecendo. O relacionamento entre os dois é cheio de nuances sobre o que podem ou não fazer, sobre o que podem ou não sentir.

O Perseguidor, embora apareça bem menos do que O’Brian, causa sempre uma tensão enorme, porque ele nunca se esconde, ele sempre revela sua presença e dá todas as chances que lhe são permitidas para que David entregue o documento visual da existência do demônio. As frases que ele solta tem sempre duplo sentido, sempre carregam uma mensagem ameaçadora e uma intimidação. E quando ele ataca, ele o faz sem misericórdia, sem chance de indulgência.

Entretanto, nem tudo é perfeito. Uma coisa me incomodou um pouco. Os diálogos, embora muito bem elaborados, parecem ser pronunciados sempre pelo mesmo personagem. Eles parecem refletir sempre a mesma acidez. As respostas de todos são sempre atrevidas, desprovidas da personalidade que identifica quem a pronuncia. Não existe uma diferença entre a qualidade das palavras, como se todos os personagens fossem o mesmo, e o que dizem só muda de acordo com a situação. Isso, por um lado, torna as conversas inteligentes, mas ignora que cada um tem uma altura diferente de conhecimento e de capacidade de resposta.

E, ao contrário da maioria dos filmes de terror, onde o final sempre peca pela cena a mais, ou pela falta dessa cena, o fim de O DEMONOLOGISTA deixará você soltar um suspiro de tranquilidade, apesar de todo o horror que testemunhou.

site: https://gramaturaalta.com.br/2023/10/31/o-demonologista/
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Peter 12/08/2015

Não Gostei !
Acho que foi um dos piores livros que já li.
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Amanda 13/08/2015

Isso não é bem uma resenha...
Como diz o titulo daquela escritora brasileira: NÃO SE ILUDA, NÃO!
O livro é lindo, mas é chato e sem sentido. Como enfeite é maravilhoso, a DarkSide fez um ótimo trabalho, mas o autor não ta com essa bola toda, não.
Gente, pra que ter em todo começo de capitulo o nome do livro e do autor? Cara, eu já sei essas informações desde o momento que decidi compra-lo.
Enfim. Quer comprar e ler? Fique a vontade! Só não me reclame depois.
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Shampoo 15/08/2015

Medo
'Muito boa leitura, nos prende a saber o que vai acontecer nos próximos capítulos. Uma trama curiosa, assustadora e imprevisível. O final nos deixa com gosto de quero mais e nos remete a pensamentos conclusivos sobre a história. Recomendadíssimo, Não me arrependo da compra e gostaria muito de, futuramente, se possível, assistir o filme!
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Dinny 31/10/2015

Se você procura um livro de terror regado a cenas extremamente violentas e mais voltadas para a ação, esse não é o livro certo. Mas, se assim como eu, você gosta de livros do gênero para mexer com o seu psicológico e te fazer refletir, vá em frente.
O Demonologista é cheio de reflexões sobre o mal e o que ele representa. E como se apresenta. Muito mais que um livro para nos assustar, Pyper nos deu um livro para refletir. Sobre nossas escolhas, sobre as escolhas alheias que nos afetam, sobre como julgamos entender algo. Sobre como interpretamos tudo aquilo que nos é apresentado. Será que o bem e o mal tem uma linha bem definida? E será que estamos dispostos a cruzar essa linha por aqueles que amamos?
Com um final que, até agora, não sei exatamente como interpretar, O Demonologista conquistou, com toda certeza, seu lugar entre os meus queridinhos.

site: https://www.facebook.com/1631480717102838/photos/a.1646617322255844.1073741829.1631480717102838/1653441424906767/?type=3&theater
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babi gatinha 31/05/2024

Entretente até certo ponto. Do meio pro final tem uma pegada chata de livro infanto-juvenil: o esquema batido meio tom e jerry, o vilão interrompendo os momentos de paz, aí dale correr de novo... honestamente, nem terminei kkk talvez minha opinião tenha menos valor devido a isso, mas simplesmente não aguentei.
resumindo: serve se você não tiver mais nada pra ler.
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Marselle Urman 04/11/2015

Ok...
Com um começo confuso, acompanhamos um acadêmico cético ser inadvertidamente jogado de cabeça nos planos de um certo demônio poderoso na hierarquia do baixio.
O mérito é ser totalmente baseado numa obra de John Milton e não na Bíblia, como é comum nesses casos. O enredo é bem água com açúcar, final previsível. Vale pela visita às sras gêmeas.
Dá pra ler.


SP, 04/11/2015
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SahRosa 07/11/2015

Resenha exclusiva do blog Da Imaginação à Escrita
O Demonologista era um livro que eu estava ansiosa para ler, tanto por sua proposta, quanto pela própria divulgação feita. Assim que a obra chegou, fiquei espantada com a qualidade e capricho da editora Darkside, a capa possui uma textura muito legal, parece emborrachada, capa dura, fita marcadora, ilustrações e um ótimo acabamento; Quanto ao trabalho editorial, só tenho elogios para dar, realmente me surpreendeu essa qualidade da editora, dando gosto de ter o livro na estante. No entanto, é uma pena que o enredo em si, não tenha superado as minhas expectativas, eu fiquei um pouco decepcionada com o desfecho do livro e como um todo, O Demonologista foi uma leitura regular.

O renomado professor David Ullman, recebe uma proposta de trabalho em Veneza, poucos detalhes lhe são revelados, mas a quantia que receberá e por ser de sua ossada o assunto deste trabalho, David aceita, apesar de ter uma estranha sensação quanto a isto. Ao embarcar com sua filha Tess, o professor descobre que foi escolhido para uma missão especial, macabra e diabólica; Para se certificar que David faça o que lhe foi incumbido, seu inimigo leva o bem mais preciso que David possui: Tess. Para surpresa do professor, Tess é uma peça muito importante nesta jornada e se ele não cumprir o “combinado”, jamais recuperar sua filha.

O Demonologista traz inúmeras referências a outra obra: Paraiso Perdido de John Milton; A narrativa é feita em primeira pessoa, por David e é dividido em três partes, com muito mistério, aventura e elementos sobrenaturais. É um livro com uma boa proposta, mas que infelizmente não atingiu seu auge, muita coisa ficou confusa e mal explicada, o desfecho foi corrido, a sensação que tive foi que o autor acabou se perdendo em sua própria história.

Apesar de ser uma história sobre demônios e situações sobrenaturais, O Demonologista peca em não ter suspense, não há momentos tensos e mesmo o leitor sentindo o clamor de David para encontrar sua filha, não existe uma conectividade com os personagens, nenhum deles possui charme, não passam simpatia, Tess que deveria ter um espaço maior na trama, acaba ofuscada e boa parte dos mistérios do livro ficam sem uma explicação plausível, tornando-se assim confusos na maior parte do tempo. Quando O Demonologista chegou, li a primeira parte de uma vez e mesmo que esta tenha sido bem lenta, fiquei interessada em continuar a leitura, saber mais sobre a jornada de David. A segunda parte de O Demonologista é muito legal e traz inúmeros mistérios que deixam o leitor sedento por mais, no entanto, o desfecho acaba por deslizando novamente e a sensação que temos é de vazio, que alguma coisa ficou faltando, em O Demonologista, que o tornasse único, encantador...

Para os leitores que gostam de mistério, acredito que o livro seja uma boa pedida, mas se você procura algo mais voltado ao suspense e terror, talvez acabe se decepcionando; Mas recomendo que cada um tire suas próprias conclusões sobre O Demonologista.

site: http://www.daimaginacaoaescrita.com/2015/10/resenha-o-demonologista-andrew-pyper.html
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Rascunho com Café 12/11/2015

O Demonologista: O Demônio no meio de nós
Do Dr. Fausto a Riobaldo (de Grandes Sertões: Veredas), a Literatura está cheia de personagens que procuraram o Diabo com diversas finalidades e, na maioria dos casos, após perceber o alto preço que este ser cobra seus pactos, a pessoa procurar uma forma de evitar o demônio. Nessa obra os papéis se invertem, uma pessoa que não procurou e nem quis fazer acordo com o Demônio, se ver obrigado a procurá-lo pelo país inteiro e disposto a encontrá-lo a qualquer preço, mesmo sem ter feito nenhum pacto.



Embora o enredo seja interessante e haja algumas inovações, preciso dizer que a história é um pouco previsível: acompanhamos o professor David Ullman, um especialista em mitologia e narrativa religiosa judaico-cristã, apesar da formação é cético, que vive de explicar simbologias em escritos antigos a seus alunos. Embora não seja uma pessoa feliz e sinta que é diferente das outras pessoas, o professor Ullman mantém uma vida normal com sua esposa e sua filha, e convivendo com sua melhor amiga e confidente Elaine O’Brien.
Sua vida começa a mudar quando uma mulher misteriosa o procura com uma proposta irrecusável: ele ganharia uma fortuna para ir à Veneza (com tudo pago, passagem e hospedagem em hotel de luxo para dois, ele e a filha) observar um fenômeno e dar sua opinião profissional. Após um tempo de reflexão e sua esposa o abandonar pelo amante, ele decide ir.
Os fatos que acontecerem em Veneza fazem com que ele repense sua crença no Diabo e passe a procurar sinais dele, viajando no país inteiro. Na sua mente, o demônio manda mensagens através de trechos do livro O Paraíso Perdido de John Milton; essa obra escrita na Idade Média é um poema épico na qual Lúcifer e Adão questionam a Deus sobre a criação do universo e o castigo que ambos sofreram do criador.
Desde a epígrafe até o último capítulo, vários trechos dessa obra são citados no Livro e é através destes trechos que o professor Ullman investiga diversos fenômenos que aparentemente não possuem relação nenhuma com ele, sua busca ou qualquer coisa, mas que em sua mente atormentada fazem todo sentido e passam uma mensagem que o ajudarão em sua busca.
Nessa jornada, ele tem certeza que está certo mas precisa convencer a si mesmo e O'Brien que não está louco, que tudo faz sentido e que sempre esteve errado sobre o supernatural.
O livro possui muitas passagens perturbadoras, na qual o leitor assim como David, tem certeza que o Mal existe e que tem poder de agir no nosso mundo para perturbar a paz daqueles que se deixam dominar.
Preciso contestar o que ele diz. Porque o que acontecer depois vai decidir tudo. De alguma maneira eu sei disso. É crucial não deixá-lo perceber que eu penso que pode não ser uma doença mental. Isso não é real. A fórmula para tranquilizar uma criança que lê uma história de bruxas ou gigantes. Isso não existe. Não se pode permitir que o impossível leve vantagem sobre o possível. Você resiste ao medo negando-o.

De maneira geral, o leitor pode adivinhar muito do que está acontecendo e os rumos que a História toma, embora o final seja um pouco forçado para que tudo acabe bem. Mas, nada disso tira o prazer de ler uma história envolvente, que prende o leitor até a última linha.

site: www.rascunhocomcafe.com.br
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Barão 17/11/2015

Mais uma resenha!
Oi gente, tudo bem? Hoje vou resenhar para vocês esse livro incrível do autor Andrew Pyper lançado aqui no Brasil, em uma edição poderosíssima pela Darkside books, vamos lá!

David Ullman é um renomado professor quarentão de Inglês da Universidade de Columbia, em Manhattan, especialista em mitologia e narrativa religiosa judaico-cristã, mas, que seu maior trabalho trata de estudar o livro de John Milton, intitulado Paraíso Perdido. Em processo de separação da sua mulher, pai de uma menina de aproximadamente 12 anos chamada Tess, e com uma relação bem próxima com sua colega de trabalho Elaine O’Brien, David Ullman recebe em um belo dia de trabalho uma visita de uma misteriosa mulher no seu escritório.

Após ser convidado para uma viagem com tudo pago para Veneza, para apenas comparecer a uma reunião até então enigmática, o professor decide levar de acompanhante a sua amada filha, para tentar tirar ela do clima de separação entre ele e a esposa, mas, a viagem não sai como planejada. Após chegar à cidade maravilhosa com sua filha, visitar todos os pontos turísticos de Veneza (bem escritos e citados pelo autor), Ullman se dá conta de que tudo não é uma simples viagem, e se vê indo a encontro da misteriosa reunião. Após chegar ao local indicado, o professor se vê em um prédio antigo e com a presença de uma única pessoa: um médico que fala a David que estava a sua espera, entrega-lhe uma câmera e o leva a um quarto. É ai que Ullman começa a presenciar atividades sobrenaturais, toda a ação do livro (e o terror também) começa a partir daí.

Assim que David retorna ao hotel em que ele e sua filha ficaram hospedados, com uma revelação aterrorizante que teve no quarto do prédio, o professor se vê entregue a mistérios que até então desacreditava, mas, o mais surpreendente é quando a sua filha, Tess, some por entre os canais de Veneza, levando junto consigo a sanidade do seu pai. É ai que o professor terá que enfrentar tudo o que ele não acreditava lutar contra os seus demônios interiores e correr para tentar salvar a vida da sua filha.

Não posso negar a vocês, comecei a ler esse livro com medo de ser apenas um plágio dos livros do Dan Brown, só que apesar de possuir várias caraterísticas dos livros dele, o autor se amarrou mais ao mistério do sobrenatural, mas, para quem gosta das aventuras de Robert, vai facilmente adorar esse livro.

O Demonologista possui essa mesma pegada de ir atrás de pistas, correr contra o tempo, desvendar textos antigos e o principal, lutar contra forças “obscuras”, que no caso desse livro do Andrew Pyper, o assunto é o demônio.

A escrita de Andrew é uma coisa a ser pautada. As descrições do autor sobre as cidades que o personagem percorre são tão bem descritas que nos fazem quase nos sentir andando pelas ruas de Veneza, e para dar mais confiança à história, o livro possui algumas citações da Bíblia, com muitas notas de rodapé, que vêm explicando de quais versículos bíblicos as passagens foram tiradas, como também várias informações sobre ‘Paraíso Perdido’. Não posso negar a vocês que o livro possui umas partes bem aterrorizantes, que me fizeram até ter um medinho na hora de dormir.

Após ver várias resenhas negativas, tenho que ser sincero, o final do livro é muito vago, comparado ao que o autor propôs no começo e no decorrer do livro, porém é um livro bem misterioso e revelador.

Agradeço muito por terem anexado ao fim do livro um pequeno resumo de ‘Paraíso perdido’ de Milton, explicando sobre a vida do autor, o enredo, como ocorreu a primeira edição da obra, entre outras coisinhas, o que torna a leitura do livro muito mais interessante. Então gente, era isso, eu gostei bastante da leitura desse livro, apesar do final não ter me agradado muito, mas, enfim... Alguém aqui já leu? Curtiram? Deixe aqui o seu ponto de vista sobre esse livro, até mais!

site: meninoliterario40.blogspot.com.br
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