O Presidente Negro

O Presidente Negro Monteiro Lobato




Resenhas - O Presidente Negro


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Cris Lasaitis 28/12/2010

http://cristinalasaitis.wordpress.com/2008/12/21/leituras-de-2008/

É interessante. É tenebroso. Curiosamente profético. E só não é mais infame que o Malleus Maleficarum.
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Tate 22/12/2010

Nas redescobertas dos livros da minha infância me despertou o interesse de conhecer um Monteiro Lobato diferente da lembranças de seus livros infantis e do inesquecível Sítio do Pica-pau Amarelo. O Monteiro da literatura mais culta, mais adulta.

Resolvi começar pelo “Presidente Negro” e confesso que foi essa Era Obama que me levou a curiosidade de constatar se qualquer semelhança com a vida real foi mera coincidência.

É incrível as profecias desse livro. Uma estória de ficção que se mistura com a realidade.

É por autores como ele que convido a redescoberta de nossa Literatura Brasileira.
Diogo 29/03/2020minha estante
Com todo respeito, só pode estar de sacanagem, a eugenia do livro parece que é só um cisco no olho, né, amiga?.Essa história é um panfleto racista perturbador.




Hudson 09/12/2010

Injustamente esquecido


Gostei bastante é um livro bastante interessante,
uma grande ficção, que vale a pena ler


Monteiro lobato é um pouco profético, em vários aspectos da obra
as vezes é até um pouco espantoso de ler muita coisa que ele escreve,
dando um tremendo susto.

Algumas coisas aconteceram antes do tempo é claro...
bastante coisas (leia-se)


Também mostra um pouco do conflito Urbano X Campo
o autor viveu grande parte de sua vida no campo,
e isso transparece um pouco a preferência campal
ao longo do romance


Com temas óbvios, mas que de certa forma assombra a
cabeça de todos os mortais o romance é bem divertido e construído
possui uma linha romântica ao longo do enredo caracterizando o estilo de época
as vezes um pouco meloso, mas nada demais.


A jogada da alegoria Bíblica é bem legal, me fez lembrar Demian do Hesse...


Neste único romance dedicado a adultos o nosso querido monteiro, mostra que poderia ter
sido um grande escritor tanto de contos infantis quanto de romances para "adultos"


uma pena não ter escrito mais, pois o enredo é muito bem construído e plausível
também se é perceptível a grande erudição do autor, em vários aspectos históricos
demonstrando a construção da sociedade americana ao longo do tempo.


Um livro injustamente esquecido que só veio a tona pelo acontecimento do principal fato ligado ao título
mas de leitura agradável, divertida e fácil devemos valorizar o que é nosso.
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thaugusto 27/07/2010

O Presidente Negro, Monteiro Lobato
Publicada originalmente em meu blog cultural: O Que Dr. House Diria? (http://todomundomente.blogspot.com)

Relançado pela Editora Globo em uma bela coleção que contempla a obra adulta de Monteiro Lobato, O Presidente Negro, ganhou destaque em diversas notícias brasileiras na época da eleição do presidente Barack Obama, o primeiro presidente negro americano. Notícias traçavam uma relação tênue do fato histórico com a obra de ficção de Lobato, uma precursora capaz de prever tal eleição.

Escrito inicialmente em 1926, publicado com o nome de O Choque das Raças, o romance é o único do autor. E apóia na ficção cientifica para produzir sua narrativa futurista.

Fato é que a literatura de Monteira Lobato é bastante conhecida no Brasil, principalmente em sua faceta infantil no incrível Sítio do Pica Pau Amarelo. Sua importância no cânone brasileiro é alta, tanto que sua obra é abrangida na cartilha de estudo dos colégios. O que pode despertar preconceito em desavisados, supondo que sua narrativa seja chata, como a maioria das pessoas afirmam sobre os literatos estudados em sala de aula.

Lobato é um excelente prosador, com um estilo fluído, equilibrando-se entre a escrita e um estilo oral de narrar. Em sua história, conhecemos Ayrton um desastrado cobrador que, ao sofrer um acidente na estrada, é resgatado pelo professor Benson. Benson é um recluso cientista genial que, dentre as diversas invenções feitas, criou o porviscópio. Um dispositivo que permite ver o futuro, como quem vê a um filme.

Através do cientista e de sua filha, Jane, Ayrton conhece a disputa da Casa Branca no ano de 2228, onde há uma divisão entre o eleitorado branco, mulheres e os negros. Com a eleição do primeiro presidente negro, brancos e mulheres incapazes de aceitar tal condição, elaboram um plano para acabar de ver com o chamado problema negro.

O romance de Lobato funciona a maior parte do tempo. Quando somos apresentados as personagens centrais, e convidados para conhecer a tal cidade americana futurista, a narrativa flui com bastante elegância. Porém, quando a trama adentra diretamente a história dos negros em 2228, o enredo se torna arrastado e as soluções encontradas pelo escritor permanecem em uma tênue linha entre uma crítica ou um gigantesco preconceito.

É por não decidir-se entre a agressão definitiva ou a crítica que a parte final de seu romance perde o fôlego. As idéias racistas defendidas por Lobato são anteriores a esse romance, e o acompanharam desde o fim de sua vida.

Apesar do reticente desenlace final, é surpreendente a visão futurista de Lobato, que previu diversas invenções, utilizando-se de recursos criativos da literatura. Dando nova dimensão a o que seria o jornal, os jogos, e diversos objetos ainda não conhecido em sua época.

Até mesmo o pessimismo explícito no livro denota muito do sentimento visto pelo mundo no final do século XX. Porém, mesmo com uma narrativa elevada, é notório que seu desfecho não é finalizado com tanta competência.

Sendo lamentável que um escritor tão prolífico com Monteiro Lobato ganhe atenção últimamente apenas por essa singular obra, em vez de boa parte de sua obra adulta, sem mencionar a infantil, com maior qualidade literária.
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Tito 06/07/2010

O futuro como antevisto por um dispositivo digno de H. G. Wells e o dito inevitável confronto entre brancos e negros nos EUA de 2228. Uma história de certo modo visionária, infelizmente manchada pela glorificação da eugenia e pela extrapolação dos mais alvitantes preconceitos.
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Peterson.Silva 19/01/2010

Horrível
“O Presidente Negro” é um livro que não merece a capa tão bonita e inquietante que tem. Esse livro, dotado de um racismo tão, tão absurdamente nojento, de uma irrealidade nos diálogos e nos acontecimentos tão escancarada, de personagens tão BRUTAMENTE mal escritos, de orientações tão comodistas e de filosofia implícita tão cega – tudo que ele merece é a poeira de uma estante.
Arrieiro 23/11/2010minha estante
Caro Peterson;

O livro não aprova o preconceito e discriminação, mas a denuncia. Escrito para a sua época, mas com visão futurista, o autor denuncia o pensamento de sua geração contra negros e mulheres por meio dos diálogos dos personagens.

Grandemente influenciada pelo determinismo e por conceitos equivocados da teoria evolucionista, a geração de Monteiro Lobato (e a nossa, porém veladamente) pode ser vista como se o próprio livro fosse a máquina do tempo imaginada pelo autor.

Claro, o autor não escapa do pensamento da época, há que se ver os personagens do sítio do pica-pau amarelo e o preconceito de raça que está lá, hoje discutido se deve ser mantido no ensino fundamental. Outrossim, percebe até que ponto este pensamento pode levar o ser humano.

Abraços, ótima leitura.


Peterson.Silva 23/11/2010minha estante
Arrieiro,

Não denuncia; mostra e endossa. Se _hoje_ nós olhamos e conseguimos tirar uma lição sobre o que não deveríamos fazer, isso é uma conclusão nossa, olhando para uma peça de arte que não nos diz "não faça", e sim "faça".

Se isso não fica claro na narrativa, uma olhada na biografia de Monteiro Lobato desfaz as ambiguidades.




Juliane 11/01/2010

O livro aborda temas um tanto polêmicos, principalmente pela eugenia da raça branca por intermédio da expulsão do negro.
Tudo começa quando Ayrton cai em um precipício com seu carro (que até então representava tudo que Ayrton almejava), e se hospeda no castelo do professor Benson, quando este o encontra de sua queda. O professor, sabendo que seu fim é próximo, decide empregar Ayrton como seu conselheiro e conta a ele tudo sobre o porviroscópio, ferramenta que via o futuro. Durante o tempo que se passa, o professor morre, e sua filha, Jane, encarrega-se de contar a Ayrton o que acontece no ano de 2228. Logo ele não é mais capaz de segurar os sentimentos que tem por ela, mulher que até então desconhecia a aplicação da palavra ''casamento'' no seu dia-a-dia.
É incrível como um livro escrito em 1926 possa falar sobre a tecnologia e o futuro, com suas referências à internet e questões raciais, políticas e sociais. Recomendo.
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Ju 05/01/2010

O único romance de Monteiro Lobato é uma obra de ficção genial.
Recomendo antes de iniciar a leitura, saber um pouco sobre a vida do autor, suas idéias, julgamentos e objetivos políticos em pauta no Brasil na época em que o livro foi escrito, tudo está interligado.
Em relação à obra, há muitas suposições do que há escrito nele sejam "profecias" concretizadas ou não, como Obama, experiências com clonagem etc. Contudo, sempre há pontos de vista divergentes, por exemplo, para a questão da clonagem, podemos interpor a questão da robotização industrial em substituição ao trabalho humano. Quanto à questão racial, bem, é melhor ler o livro para não estragar a surpresa da leitura, mas também não é nenhuma novidade.
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Rafayane 24/12/2009

~
Monteiro Lobato é sem dúvida alguma, um dos maiores ícones da literatura brasileira, nascera no Brasil em Taubaté, cidade de São Paulo, em um período que antecedeu tanto a abolição da escravatura quanto a república que foram marcos importantes no período no qual viveu, nasceu no ano de 1882. O escritor paulista não resumiu sua vida a escrita, na verdade formara-se em advocacia, por vontade familiar e exerceu a função. Mas, além disso, foi tradutor de obras singulares para o “desenvolvimento” do país, e inaugurou também uma espécie de independência e revolução nos livros didáticos no que se refere a editoras, pois abriu várias editoras. Após o falecimento do seu avô tornou-se também fazendeiro, vindo a falir posteriormente. O autor faleceu no ano de 1948 por consequência de um acidente vascular.
O autor está inserido no pré-modernismo, que na prática nem se consolida como escola literária, é na verdade o período transitório entre parnasianismo-simbolismo e o modernismo, nesse contexto é que acontecem os marcos citados no parágrafo anterior: a república e a abolição. Além disso, esse é um período no qual acontecem vários movimentos realmente populares, como Canudos, Revolta da vacina, Contestado, entre outros. Portanto, podemos afirmar que era um momento de grandes transformações sociais em que havia um acentuado desequilíbrio, entre as elites e as camadas desfavorecidas, que com o advento republicano estavam sendo expulsas do meio urbano. Com esse contexto social, os autores pré-modernistas assumem algumas tendências das quais as que mais se aplicam a Lobato é a de regionalismo e uma ruptura com o estilo de escrita do passado, sendo, portanto inovador. A sua mais lisonjeada inovação é referente à literatura infantil, que é a que o autor escreve de forma mais aprazível, passeando pelo universo da imaginação, mesmo sendo um racionalista. As principais personagens desse universo são Emília (considerada seu auto ego, uma boneca inteligente e falastrona), Pedrinho (como representante da sua infância) entre outros. O autor trata de muitas questões sobre o progresso e defende que o Brasil deve ser independente no que se refere à exportação e outras questões. Embora o sucesso tenha sido marcado por obras infantis também escreveu outros livros, a exemplo de O presidente negro (1926). Neste romance podemos perceber aspectos de regionalismo e também as influências positivistas. Ele tem como tema principal à discussão sobre raça.
Esse romance será o nosso objeto de estudo, esse romance que nem era do conhecimento público, que nem consta em algumas das biografias do autor, mas após um fato determinante no ano de 2008 é resgatado, e coloca Monteiro como um profeta. O fato ocorrido foi os Estados Unidos da América eleger seu primeiro presidente negro, Barack Obama. Apropriam-se do fato de Lobato ter falado de um presidente negro em 1926, para atribuir-lhe o titulo de profeta, mas como saberá no porvir são bem dispares as situações.
É sagaz no desenrolar da história começa com uma história intrigante e prende o autor a sua literatura, através de um personagem simples e tipicamente brasileiro, se deparando com pessoas que na realidade parecem que não existem. E com isso leva alguns capítulos, nos quais mostra-se inclusive determinista, ao expor que a máquina que possibilita ver o futuro só dar certo porque 2 + 2 =4, e que as coisas acontecerão por estarem determinadas. Com isso o leitor já preso ao romance ele vem com o seu interesse realmente, que é tratar do choque das raças, e termina-o com um simples beijo, como se tirasse o peso de toda aquela história cheia de preconceitos e discriminações.
O presidente negro é uma obra singular, trata de temas ainda contemporâneos, o que não dá o título de profeta a Lobato, trata temas como feminismo e raça. Como característica inclusive de Lobato, o romance não deixa de ser imaginário, ele para tratar o tema cria um mote casual, embora não comum já que em sua composição há uma máquina que por meio dela pode assistir o futuro, porém essa é a parte vamos dizer que lúdica do romance, para o entretenimento do leitor, mas por trás temos discussão de raça, feminismo e miscigenação. Vale ressaltar que o romance é escrito as pressas na intenção de ser publicado nos EUA e alcançar grande nível de venda, o que por sinal não acontece.
A história se desenvolve principalmente entre miss Jane, jovem sábia e bem instruída, não contaminada com as práticas mundanas. E Ayrton um jovem trabalhador que leva uma vida vazia, mas que não houvera se dado conta disso antes de conhecer alguns mistérios da vida, o qual começou a conhecer após um acidente de carro, quando conheceu a família de miss Jane. A família de miss Jane vale salientar era somente ela e o seu pai Dr. Berson, um homem sábio, que desenvolveu o porviroscópio, que servia para ver os recortes do futuro. O porviroscópio só era conhecido do pai e filha (haviam os empregados, que sabiam da sua existência, mas nem falavam sobre isso). Com o acidente Ayrton foi levado a casa desses onde começou a entender os segredos, e após a morte do Dr. Berson (que antes de morrer destruiu sua criação) miss Jane ficou encarregada de contar o que tinha visto pra o Ayrton transcrever a um livro. Com isso eles desenvolvem um método de contar a história, e o moço passa a visitá-la todos os domingos, que é no momento que ela começa a desenvolver o discurso sobre o ano de 2228, nos EUA.
Lembrando que a forma com que se vivia era bem diferente da que eles tinham na época, na qual o romance foi escrito. A narração dessa história se desenvolve pelo advento de uma eleição onde a raça branca está dividida pelo sexo, homens e mulheres, e nesse momento de divisão da raça branca o líder negro por estratégia torna-se o presidente. Isso não é bem aceito, e trás desespero aos brancos, que se arrependem de terem se dividido, e deixa a todos atônitos, por fim na posse ele acaba morrendo e os brancos voltam ao poder deixando o povo negro sem perspectiva de organização já que o seu líder estava morto. Mas nesse contexto, os EUA já desenvolvido vários produtos pra tornarem brancos os negros, que pra Monteiro Lobato era a raça superior, como o embraquecimento da pele e o alisamento definitivo dos cabelos. Quando miss termina de contar a história o jovem rapaz já é rendido de amores por ela, mas como esse não era o foco do romance Lobato deixa à incógnita, não definindo se eles serão ou não felizes para sempre.
O autor mostra-se demasiadamente preconceituoso, e desaprova totalmente a miscigenação. Isso devido aos pensamentos inclusive da sua classe social, que defendia que a verdadeira raça é a raça branca. No romance ele defende a EUGENIA, eugenia negativa segundo a literatura. Monteiro tinha o branqueamento como a solução para as misérias. Julgava que o maior erro do Brasil era ter se misturado, e que os brasileiros deveriam seguir o exemplo estadunidense onde a raça estava separada, onde a segregação era clara, negros e brancos não se misturavam. Na verdade ele tinha grande estima pelo país norte americano inclusive Monteiro se mostrava um liberal, e desejava muitíssimo o desenvolvimento da nação brasileira, e para isso o Brasil tinha que acabar com a praga da mistura.
É importante também ressaltar as influências positivistas do autor, pois este tentava provar através da ciência que os negros eram a raça inferior. Prova essa que era validada no momento que a ciência comprovava tal hipótese, e ele junto com outros como Nina Rodrigues tentavam, e chegavam a absurdos científicos que provavam que os negros eram inferiores. O seu livro ele tenta provar tal absurda hipótese ao mostrar o desenvolvimento dos EUA comparando a fragilidade do Brasil. Porém, não podemos esquecer que os EUA vinha de um processo que o elevara a potência absoluta, isso se deu porque o país imperialista saiu da 1° guerra mundial como grande vencedor, e passa a financiar a reconstrução dos países europeus que estavam destruídos, tanto os vencedores como os perdedores da guerra, com isso a população dos EUA estava vivendo momento de fartura, tendo acesso maior ao consumo.
Ao contrário dos EUA o país de Lobato vivia grande miséria, inclusive por que após, a abolição, os negros estavam sendo expulsos da cidade, para dar um parecer de cidade desenvolvida, e assim foram se formando cortiços e mais tarde favelas. Monteiro então culpava os negros da nação por tanta miséria e os EUA onde não havia a mistura eram bem desenvolvidos. Monteiro, porém esquece-se dos processos que ocorreram de forma muito distinta nos dois países. Ele dizia que o negro era um ser muito mais instintivo, o que alcança maior grau ao saber que ele era um racionalista.
Com esse romance percebemos um Monteiro Lobato, diferente do que diverte com seus contos e livros infantis. O livro foi escrito na intenção de ser bem aceito no norte da América, mas não teve reconhecimento devido as impossibilidade e exageros que viam naquilo. Um romance futurista. Porém não podemos nos iludir que Monteiro previa que elegeriam Obama. Prova evidente disso é que no livro além de tecer um discurso contra a miscigenação, também prega que a raça branca não deve se dividir, não devendo existir a separação entre homens e mulheres brancas, pois quando isso acontecer ocorrerá à lamentável ascensão da raça negra. Fica muito claro no romance, quando vemos o arrependimento das mulheres brancas ao Jim Roy (líder negro) ganhar as eleições.
Através desse temos um romance que mostra o pensamento de uma classe no Brasil em determinada época, possibilitando-nos compreender as origens do nosso preconceito, percebemos um gênio, brilhantíssimo escritor que tinha um defeito enorme e via os negros como de fato uma raça inferior e que não merecia respeito, e que não deveria se misturar. Uma ideia que também foi adotada por ideologias que destruíram muitas pessoas em nome de uma raça pura e verdadeira. Com isso vemos também a necessidade de compreendermos o processo de formação do país verde e amarelo que rouba do negro a possibilidade de se manter na vida, e além de roubar esse direito ainda julga que as consequências cruéis que trouxeram aos negros servem de justificativa pra provar a sua incapacidade intelectual. Portanto, a discussão não deixa de ser contemporânea e não deixa de ser debatida depois de quase um século, mas agora tendo outras visões e outras literaturas, provando a capacidade do negro, mas não esquecendo o direito que lhes foram tomados.
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Arrieiro 09/11/2009

Impressionante
Como um livro escrito em 1926 pôde prever com tantos detalhes fatos atuais como a Internet? Está lá:

"o radio-transporte tornará inutil o corre-corre atual. Em vez de ir todos os dias o empregado para o escritorio e voltar pendurado num bonde que desliza sobre barulhentas rodas de aço, fará ele o seu serviço em casa e o radiará para o escritorio. Em suma: trabalhar-se-á distancia. [ ... ] O serviço, o teatro, o concerto é que passaram a vir ao encontro do homem. Foi espantosa a transformação das condições do mundo quando a maior parte das tarefas industriais e comerciais começou a ser feita de longe pelo radio-transporte. Para dar uma ideia do que isso representava de economia de esforço e tempo, basta vermos o que era o jornal de miss Elvin. [No futuro] cada colaborador do [Jornal] Remember [radiará] de sua casa, numa certa hora, o seu artigo, e imediatamente suas ideias surgiam impressas em caracteres luminosos na casa dos assinantes."

O leitor vai perceber sem qualquer esforço as idéias preconceituosas, racistas, deterministas da época em que foi escrito. Ainda sim, irá perceber essas mesmas idéias na atualidade, estampadas nas pesquisas de mapeamento de DNA ou na "castração química" proposta pela comunidade européia como solução para estupradores e pedófilos.

Inicia o livro uma discussão comum: como seria o mundo se não houvesse a malandragem. Como seria fácil, por exemplo, uma transação bancária se todos fossem rigorosamente honestos.

Parte deste ponto para navegar pela imaginação através de uma máquina capaz de ver no fluxo do tempo o passado e o futuro. E, nesse futuro, o leitor descobre a si mesmo.

No fim, não deixa de ser uma bela estória de amor.

E boa leitura.
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Jackie Morena 04/10/2009

Conheço muito pouco da obra de Lobato. Algum contato com sua obra infantil, nenhum contato com o restante. Tnha ouvido comentários sobre este livro há algum tempo atrás, e o encontrei na livraria do Aeroporto de Recife, enquanto fazia uma conexão para retornar das férias. Acabei adquirindo a obra e a devorando em questão de horas.

Redação sedutora, apesra da discordância com alguns aspectos morais suscitados no texto.Narratia concatenada, e assutadoramente próxima de alguns fatos que se passaram na atualidade.

Final chocante, e sensação d eprazer por ter me dedicado a esta leitura.
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Arrieiro 10/11/2009minha estante
Uma obra pré "politicamente correto", por certo. Há de se lembrar que foi escrito em uma época (1926) imersa no determinismo (conceito filosófico em que as leis natuais imperam sobre os fatos e o indivíduo é produto da carga genética aliada ao meio). Ainda sim, surpreende por sua atualidade nesses tempos de mapeamento e seleção de DNA.



Abraços e Parabéns



PS: sei que você conhece os termos utilizados; as traduções foram acrescentadas para outros que possam vir a ler o comentário.




d3legado 06/08/2009

futurístico
a proposta é boa, com um tema bem diferente para a época..

bom livro, recomendo (:
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joy 26/07/2009

adorei
no começo do livro me sinto na 'fantástica fábrica de chocolate' com todo aquele ambiente diferente e evoluído. As coisas que Miss Jane descobriu junto com seu pai, é de deixar a gente imaginando se será assim mesmo ou foi mera ficção, muito bom mesmo. Superou expectativas.
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Claudia Furtado 24/07/2009

Não gostei! As primeiras 50 páginas até que diverte (por conta delas dei 2 estrelas), mas daí para o final... que frustração. Acho que a leitura não valeu nem para conhecer uma outra face do Lobato (ingênuo e preconceituoso demais). Não recomendo.
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bummy 23/06/2009

Não gostei do livro, primeiro por que li para o vestibular e nenhum livro que é 'obrigado' é ler é bom, e segundo, não esperava tanto preconceito em um homem tão bem conceituado na sociedade brasileira mesmo sendo a 'visão da época', se ele conseguiu prever o futuro, também deveria prever que preconceito é ridículo.
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Alê Reichemback 10/12/2009minha estante
Droga, não era para botar que não gostei do que escreveu. Também não era para mim clicar dizendo que gostei, agora não sei desfazer isso. Bwahuahuua! Bem, após eu ler o livro escolho se gosto ou não de seu comentário, beijos!




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