Garota Oculta

Garota Oculta Shyima Hall
Lisa Wysocky




Resenhas - Garota Oculta


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@thereader2408 23/09/2021

A história da menina que foi vendida como escrava pelos pais
O tráfico de pessoas é uma das atividades ilegais que mais se expandiu recentemente, é o terceiro negócio ilícito mais rentável, estando atrás apenas do tráfico de drogas e armas. Essa prática acontece no mundo todo e atinge todos os indivíduos, entretanto, mulheres, adolescentes e crianças são as principais vítimas. Os países pobres marcados por instabilidade política e desigualdade social são os mais vulneráveis, pois não oferecem possibilidade de trabalho, educação e perspectivas de futuro para sua população.

"Garota Oculta" conta a história de uma criança real, que aos 8 anos de idade foi vendida pelos pais para pagar uma dívida em 1998. O livro é narrado pela própria protagonista, já adulta, e faz um resgate de memórias de sua infância pobre em Alexandria no Egito até ser vendida para uma família do Cairo e que depois imigrou para os EUA, isso foi a salvação da Shyima, ela ficou em cativeiro por 4 anos até ser resgatada.

Shyima Hall não apenas conta a sua história de escravidão e libertação, mas narra também seu processo de integração a sociedade americana, como foi aprender a língua e cultura. Shyima passou por três famílias adotivas e não foi fácil para ela, mas com força de vontade e pessoas dispostas a ajudar a ex-criança traficada atualmente trabalha no intuito de ajudar outras pessoas em condição de escravidão.

O livro é de fácil leitura, consegui ler em um dia, devido a escrita da Shyima que não se considera escritora, mas militante de direitos humanos. Esse livro é destinado ao público jovem então não espere nada muito aprofundado. Recomendo esse livro para quem quer adentrar em assuntos difíceis, mas com uma abordagem mais leve e sabendo que o final será reconfortante. A Shyima cumpriu com o objetivo de mostrar que escravidão não é coisa do passado, pode acontecer com qualquer um e estar mais perto do que imaginamos.

@thereader2408

site: https://www.instagram.com/p/CT-4CwPL7gZ/
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Simone de Cássia 10/11/2016

Assim como fico estarrecida com as histórias da cultura do Oriente Médio no trato com as mulheres, também me choca esse câncer comportamental que é o tráfico humano. Imaginar que pessoas comercializam vidas humanas é algo brutal... e quando esses "comerciantes" são pais e mães, fica ainda pior... pra nós fica difícil de acreditar e pros "escravos" fica impossível superar. Ótima leitura, apesar da maldade que traduz.. Nota "T" de "todo mundo tem que ler e lutar contra"!
Riva 28/05/2018minha estante
Nem Freud e todos os psiquiatras, psicólogos e terapeutas do mundo conseguem suavizar todos os traumas pelas quais essa criança passou.
No caso, há o agravante de ter sido ?autorizado? pelos próprios pais.
Temos de respeitar as culturas e suas diferenças, desde que isso não afronte a dignidade humana.




Débora 17/05/2017

Impressionante como um relato tão real pode ser literarura, ela provavelmente não almeja ser escritora, só conta o que a aconteceu com ela, não sei se é pela história ou pela linguagem mas é uma leitura difícil de parar quando começa
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brendafpacheco 21/12/2018

Garota Oculta: um convite à luta contra a exploração de pessoas.
A autobiografia é um gênero literário no qual um alguém narra sua própria trajetória, escrevendo uma biografia de si mesmo. Dentre tantos alguéns que decidiram pôr em palavras a própria história e contá-la ao mundo, dediquei o tempo de leitura à Shyima Hall e sua produção autobiográfica intitulada “Garota Oculta: a história real de uma menina escrava nos dias de hoje”.
Em um livro de 248 páginas distribuídas entre dezessete capítulos, um epílogo, uma receita de charutos de folhas de uva e agradecimentos da autora e de sua coautora, respectivamente, somos apresentados a um período da vida de Shyima que se dá desde os 8 até seus 22 anos de idade, aproximadamente.
Shyima, assim como seus irmãos, com exceção da irmã que estudava porque foi criada em melhores condições de vida pelos seus avós maternos, não ia à escola. Ela apresenta, em meio às memórias que constituem a narrativa, características do Egito no que diz respeito à educação, trabalho infantil e à escravidão e conta, por exemplo, que no Egito é normal as crianças não irem à escola pois a lei permite que, assim que completos os 14 anos de vida, elas deixem os estudos e comecem a trabalhar. Isso acontece, segundo ela, quando as crianças têm essa oportunidade, pois nas famílias com maiores dificuldades, como era o caso da família dela, as crianças sequer chegam a estudar.
De suas duas irmãs gêmeas — as mais velhas dos onze filhos —, uma casou assim que teve a oportunidade, indo embora de casa. A outra, Zahra, a mais rebelde, foi mandada para trabalhar na casa de uma família rica pelos próprios pais. Quando Zahra rouba dinheiro e pertences de seus patrões, deixa sua família não só com uma dívida em dinheiro, mas também com uma dívida de honra. A família de Zahra, pobre e sem condições de pagar o dinheiro necessário para quitar tais dívidas oferece a filha Shyima como escrava.
Aos 8 anos, quando este conflito acontece, Shyima é introduzida a uma mudança drástica na sua vida que culminou na mordaz perda de sua liberdade e de sua infância: foi forçada a deixar de lado todas as descobertas que fazem parte do processo de desenvolvimento de uma criança para ser a escrava — por tempo até então indefinido — de uma família rica do Cairo, no Egito.
Sem acesso à escola, amigos e nem família, a garota viveu por anos sob o poder de pessoas que a exigiam que limpasse, lavasse, guardasse, passasse tudo além de tomar conta dos cinco filhos do casal. Era ela a responsável por colocar as crianças para dormir, levá-las ao parque, ajudá-las a escovar os dentes... prezar pela infância, aquilo que ela mal soube significar e havia, então, perdido para a vida de escrava.
Depois de passar um bom tempo como escrava no Cairo, a família para a qual Shyima servia decidiu se mudar para os Estados Unidos, levando-a com eles sob um disfarce e usando um visto falso. Mantiveram-na como escrava nos Estados Unidos por, aproximadamente, 28 meses servindo-os 18 horas por dia, durante os 7 dias da semana. Shyima foi resgatada pela ICE - U.S. Immigration and Customs Enforcement (Agência de Imigração e Alfândega dos EUA) a seis meses de completar 13 anos. Foi, então, Lar para Crianças Orangewood, na Califórnia.
Este não foi o ponto final, sua chegada à liberdade, mas foi o primeiro passo rumo a uma vida que ela talvez demorasse muito a descobrir que era possível — caso um dia descobrisse! — por conta da lavagem cerebral que seus raptores faziam dizendo-a que a polícia fazia mal às pessoas e que fariam mal a ela e do peso psicológico que a escravidão causa nas pessoas. O livro ainda narra acontecimentos da vida dela até o ano em que ela consegue sua cidadania norte americana e descobre estar grávida.
Todo este intervalo de tempo é narrado no livro através de um enredo linear que passa como se cada lugar (espaço) pelo qual Shyima passa fosse um ano de sua vida. Essa característica faz com que o leitor se questione “Para onde ela vai ser levada dessa vez?” numa angustiante busca por solução dessa real e perturbadora história.
A história de Shyima é um convite à luta contra o tráfico de pessoas, a escravidão e o trabalho infantil. Ela é uma ativista dos direitos humanos que faz daquilo que lhe foi arrancado por criminosos sua arma contra os próprios. Seu ativismo é inspirador. Shyima decidiu fazer das tristes linhas da sua história força para continuar sua vida e, acima de tudo, salvar as vítimas desses crimes que, ainda hoje, acontecem redor do mundo.
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Cami 15/01/2019

Uns dos meus favoritos.
Esse foi a primeira biografia que eu li e amei. A história me chocou na época, me cativou muito e acredito que me mudou a forma de ser e pensar e ter como ter empatia é importante. Uma história no qual me marcou.
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bawbara 11/06/2019

Inspirador!
Posso dizer sem medo de errar que esse livro mudou minha vida e o que eu pensava sobre livro biográficos.
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geovana146 15/02/2023

Impressionante! esse livro me prendeu muito. é uma história real, e isso me deixou muito enojada, por saber que realmente acontecem coisas assim por aí. recomendo, sim.
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Day! 29/04/2020

Real e atual
Shyima é a sétima de 11 filhos que seus pais tiveram. Eles viviam em uma cidade pequena próximo a Alexandria, no Egito, em um pequeno apartamento de dois cômodos que dividiam com outras duas famílias. Uma das filhas mais velhas, que trabalhava para uma família rica no Cairo, foi demitida depois de roubar, e por conta disso, a mãe foi até a casa da família para tentar resolver a situação, como a dívida era bem alta, para quitar ela vendeu sua filha, que na época tinha 8 anos.

Após algum tempo a família rica teve que se mudar do Egito, por causa de alguma situação que não sei qual é, mas que tem a ver com o pai da família que não era alguém dentro da lei, e foram morar nos EUA, levando a menina com eles.

O livro conta como foi a vida de Shyima deste antes até muito depois de ser resgatada. Essa é uma história muito forte, o começo do livro é muito viciante, mas depois, com o virar das páginas , o ritmo acelerado dá uma caidinha. Gostei bastante desse livro, chorei e tirei boas lições aqui.

Quando eu leio algum livro de uma historia tensa assim, eu acabo colocando na cabeça de que isso aconteceu em outra época, em um lugar mto longe, que isso está muito distante de mim, mas quando li que essa menina nasceu em setembro de 1989, e eu sou de julho de 1988, eu fiquei ... Sei lá, durante toda a leitura eu pensava "essa menina é um ano mais nova que eu, o que eu estava fazendo quando ela estava passando por isso?", Daí, voce olha pro passado e lê esse livro, da uma comparada e nossa... Não sei você, mas eu fui uma menina pobre, muito rica e muito sortuda nessa vida por ter uma família.

Por mais chocante que a história desse livro seja, essa realidade pode infelizmente estar mais próximo da gente do que imaginamos. "Departamento de Estado em Washington de 2005 que, todo ano, cerca de 800 mil pessoas são traficadas em fronteiras internacionais. Acredita-se que metade das vítimas sejam crianças".

Jogando no Google, eu vi no blog politize , uma postagem de 2017 que dizia "De acordo com o último relatório da Fundação Walk Free, o Brasil possui 161,1 mil pessoas em trabalho escravo".

É muito triste e lamentável que essa seja a realidade de algumas pessoas.

(Trecho do livro )

"por mais que coisas ruins aconteçam, existe um monte de pessoas por aí tentando fazer o bem."

"se você está cercado de gente má e negativa, é isso que você se torna."
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Shay128 24/08/2020

Gostei bastante
O livro é bom porque aconteceu de verdade e sentimos isso na crueza das palavras da autora, é também um alerta para a escravidão nos dias de hoje e,os abusos emocionais em crianças.
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Suy 03/03/2021

ganhei esse livro da minha melhor amiga Isa e eu lembro exatamente do dia que vimos esse livro e começamos a lê-lo na livraria.
é um livro pesado, mas que te chama muita atenção. a história é muito tocante e chocante.
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Lourena2 20/09/2015

Garota Oculta!
Shyima, tinha 8 anos quando foi vendida pelos seus pais, para poder pagar uma dívida que eles tinham com seus raptores, por conta de sua irmã que trabalha lá dê-los roubado. Chega a ser revoltante saber que ainda exista tráfico de pessoa e o pior os próprios pais contribuírem para isso acontecer, Shyima trabalhava como escrava sem descanso, e sem ter direito a folgas e o pouco dinheiro que ganha ia para seus pais e mais “A Mãe’’ e “O Pai’’ como ela os chama, agrediam ela fisicamente e verbalmente, ela era uma criança tinha direito de brincar e estudar e de estar com sua família, mas infelizmente estava trabalhando como escrava. Mesmo em ter passado por tudo isso Shyima, conseguiu superar tudo e hoje mora com sua filha Athena e seu namorado na Califórnia.
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Bell 01/04/2022

Terminei essa leitura na quarta feira.
O livro conta a história de Shyima, sim a autora do livro, uma garota egípcia que foi vendida como escrava doméstica, aos 8 anos de idade, vendida pelos próprios pais. Isso no final dos anos 90.
Os pais justificaram seu ato, pobreza extrema, dívidas, muitos filhos e nenhum emprego. Mas Shyima tinha outros 9 irmãos e ela foi a única vendida. Ela não era a mais velha,nem a mais nova. Mas foi a "sorteada".
Ela foi vendida pra um rico casal do Cairo, tbm muçulmanos. No novo lar a pequena garota sofreu bastante, agressões físicas e verbais, trabalho extenuante, sem assistência médica, sem estudar. Lembrando que era uma criança de 8 anos!
No livro ela não entra em detalhes sobre tudo o que passou,mas dá pra ler as entrelinhas.
Passado um tempo o casal que a comprou decidiu ir embora pros EUA. Shyima foi com eles, lógico que ela não teve opção. O que pra ela,naquele momento, pareceu o fim de toda esperança, foi na verdade sua chance de liberdade.
Nos EUA as pessoas denunciam né?
E foi o que aconteceu.
Eles viviam na Califórnia, Shyima não falava nada de inglês, dormia em um quarto sem ventilação na garagem, com a saúde deteriorada. Mas alguém fez uma denúncia anônima e ela foi salva.

Por isso: denunciem! é melhor vc denunciar e não ser nada,do que se calar e deixar de salvar uma vida!

Foi uma ótima leitura,recomendo à todos!
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Natacha.Nascimento 20/02/2022

Que trajetória hein!
Esse livro foi escolhido sem pensar, foi tirado na sorte em meio a outros 99 títulos, e foi sensacional conhecer essa trajetória, a força que ela transmite é surpreendente, mas também nos mostra mais uma vez como o ser humano é cruel e baixo e como podemos ultrapassar cada barreira imposta por tais pessoas
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