Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently

Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently Douglas Adams




Resenhas - Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently


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Jessica Oliveira 20/08/2015

Resenha feita para o blog Books and Movies
Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently, de Douglas Adams, é o primeiro livro da trilogia Dirk Gently. Assim como em O Guia do Mochileiro das Galáxias, o enredo inicia completamente aleatório e disperso, mas mesmo assim completamente conectado (que é uma frase muito apropriada considerando a crença de Dirk Gently na "interconexão de todas as coisas ").

Como eu disse antes, esse é um livro que inicia completamente disperso, sendo assim é um pouco complicado fazer uma resenha inteiramente coerente, mas vamos lá.

Richard MacDuff é um engenheiro de computação que trabalha na empresa de seu cunhado, Gordon Way. Gordon é conhecido por ser uma pessoa difícil de trabalhar, uma pessoa que vive cobrando resultados e que fala pelos cotovelos. Sendo assim, o relacionamento de Richard com a irmã de Gordon, Susan Way, fica um pouco abalado, afinal Richard não tem tido tempo de sair com a namorada e, ultimamente, não comparece aos compromissos marcados com ela.

É em uma dessas faltas com Susan que Richard acaba se metendo em uma grande enrascada. Após ele esquecer que combinou de levar Susan ao jantar da faculdade ao qual ele foi convidado, Richard grava uma mensagem desculpando-se e convidando Susan para sair no próximo final de semana. Mas eis que, do nada, ele lembra-se que não estará livre e então para não furar mais uma vez com Susan ele tem uma "brilhante" ideia, resolve entrar pela janela na casa de Susan e apagar a mensagem enviada. E é a partir daí que a vida de Richard muda completamente. Entre monges eletrônicos e viagens no tempo, Richard, junto com seu ex-professor e um detetive completamente maluco, terá que salvar a humanidade de sua extinção.

Esse foi o meu primeiro contato com uma obra de Douglas Adams, e confesso que foi uma ótima experiência. Nunca havia lido nada que se compare com a engenhosidade de Adams, é incrível a forma com que ele consegue conectar todas as pontas soltas que iniciam à história. Não vou mentir, logo que iniciei a leitura fiquei um pouco perdida, mas logo consegui perceber onde cada coisa se encaixava.

Os personagens criados por Adams são extremamente surrealistas, mas pelo fato da estória ser tão bem escrita e não deixar furo, faz com que o leitor consiga realmente acreditar no que está lendo. Acho isso um ponto super relevante, pois na ficção científica se o autor não souber envolver o leitor e fazer com que ele entre nesse mundo ficcional, o livro perde toda a graça e acaba virando apenas um monte de asneiras.

Em suma a "Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently" é uma leitura rápida, engraçada e muito bem escrita. Para quem é fã do autor, curte ficção científica ou apenas quer ter uma amostra da escrita de Adams, fica aqui a minha indicação de leitura. Tenho certeza que quem ler não vai se arrepender.

site: www.booksandmovies.com.br/
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ricardo_22 22/08/2015

Resenha para o blog Over Shock
Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently, Douglas Adams, tradução de Fabiano Morais, 1ª edição, São Paulo-SP: Arqueiro, 2015, 240 páginas.

Richard MacDuff é um engenheiro de computação que sempre teve um comportamento exemplar, mas que se sentiu obrigado a escalar o apartamento de sua namorada e roubar a fita com a gravação de uma mensagem que deixou equivocadamente na secretária eletrônica. Perto dali, o detetive Dirk Gently observa tudo através de um binóculo e resolve entrar em contato com Richard, um antigo colega da faculdade, para oferecer seus serviços investigativos.

Esse primeiro contato entre os dois apenas antecede uma série de acontecimentos bizarros, que acaba levando o detetive a perceber que existe alguma ligação entre o comportamento incomum do colega e o assassinato de Gordon Way — chefe de Richard e irmão de sua namorada. Mas além de Richard se tornar o primeiro suspeito do crime, outras coisas bizarras acontecem com o passar do tempo, criando uma confusão sem lógica que pode salvar a humanidade da extinção.

“Esforçou-se para ouvir o que estava faltando e sentiu que a música era como um pássaro incapaz de voar, mas que não tinha noção da capacidade que perdera. Conseguia andar muito bem, mas andava quando devia alçar voo, mergulhar dos céus, subir às alturas, planar e descer a toda felicidade; andava quando devia vibrar com a alegria de voar. A música nem sequer olhava para cima” (pág. 144).

Se existe um gênero literário que teoricamente deveria ser fã esse é a ficção científica. Poderia listar uma série de coisas que comprovariam essa teoria, mas as pessoas que me conhecem, o mínimo que seja, já devem ter percebido algumas características de minha personalidade comuns em apreciadores do gênero. Porém, por muito tempo passei longe de qualquer história do tipo, seja na literatura ou até mesmo no cinema.

É bem verdade que sempre tive certo interesse em conhecer o trabalho de alguns gênios da ficção científica, como Jules Verne e o seu “Viagem ao Centro da Terra”, mas apenas Douglas Adams conseguiu criar não apenas a curiosidade como a necessidade de apreciar seus trabalhos. Afinal, o autor da série O Mochileiro das Galáxias, que dispensa apresentações, talvez seja um dos responsáveis por tornar a ficção científica tão popular no mundo literário — e a partir de hoje tenho certeza de que com muito mérito.

Além da série supracitada, que rendeu inclusive um dia em sua homenagem (Dia da Toalha), Douglas Adams também foi responsável pela criação de Dirk Gently, personagem que protagoniza outro grande sucesso: Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently. E logo após concluir a leitura me perguntei se seria possível o principal trabalho do autor ser ainda mais surpreendente do que este.

Confesso que não estar acostumado ao gênero fez com que me sentisse perdido em alguns momentos; em outros, simplesmente demorava a entender o que parecia ser simples e objetivo. Contudo, cada página virada reservava uma nova surpresa, envolvendo de um modo muito particular e me dando a certeza de que era sim possível inovar ao usar elementos de outro trabalho do próprio autor — que foi roteirista da série Doctor Who.

As surpresas só foram possíveis pelo excepcional enredo construído por Adams, embora ele ter se focado em diferentes personagens a cada novo capítulo não tenha sido o que mais me agradou. No entanto, deve ser levado em consideração que a escrita em terceira pessoa, e a própria troca de pontos de vistas, possibilitou um desenvolvimento muito mais complexo para a duologia. No fim, um gato desaparecido, um prodígio da informática, um poeta, um cronologista, a física quântica e um Monge Eletrônico têm muito em comum e o resultado da união desses elementos é simplesmente fantástico!

site: http://www.overshockblog.com.br/2015/08/resenha-342-agencia-de-investigacoes.html
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odsh 15/09/2016

Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently
Muito pode ser dito sobre Douglas Adams, mas há uma coisa que não pode deixar de ser dita: o homem era um gênio.
No livro "Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently", mais uma vez, o autor dá mostras de sua genialidade tratando com sutileza, simplicidade e bom humor temas que podem ser, facilmente, classificados como filosóficos, metafísicos e complexos.
O livro é completo e a arte do autor atribui-lhe, como característica especial, a universalidade. Tanto os mais inteligentes e perspicazes leitores, quanto o "idiota da vila" são capazes de se divertir com o livro dada a simplicidade com que Douglas Adams trabalha o complexo.
Recomendo a leitura desse livro como recomendo a leitura de toda obra de Douglas Adams . E se, por acaso, a vida lhe for madrasta e você morrer antes de terminar de ler; relaxe! Holisticamente falando, de alguma forma, sua leitura será concluída !
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Edir 05/09/2015

Confuso, um tanto fraco eu achei
O início do livro me pareceu estranho, o Monge Eletrônico me parecia interessante, depois veio o personagem Dirk e seu jeito de enrolador e suas palavras sobre física quântica. Nesta parte achei que a história tomaria um rumo interessante, mas alguns capítulos depois tudo era diferente do imaginado, meio confuso demais até chegar no final de forma branda e sem graça. Gostei mais do Guia!
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Felipe Miranda 05/12/2015

Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently - Douglas Adams - Por Oh My Dog estol com Bigods
Em todos esses anos de blogueiro literário, leitor e consumidor de conteúdo relacionado à temática, nunca havia me deparado com um autor tão característico. É possível ler trechos avulsos da obra de Douglas Adams e saber instantaneamente que é algo escrito por ele. Não me recordo de ler mais ninguém tão original assim. Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently é tão absurdo quanto O Mochileiro das Galáxias. E enquanto uma história se passa no espaço, outra tem o chão firme como cenário. Como foi lê-lo em algo tão diferente? Bem, o desfecho revela que na verdade Adams não estava tão longe de tudo que está acostumado.

Todas as tramas se desenvolvem tão paralelamente ao ponto de apenas depois da página 100 alguma coisa se entrelaçar de verdade. É bem desesperador assimilar tanta informação vinda de tantas histórias diferentes quando tudo parece não fazer sentido algum.

Richard McDuff resolveu invadir o apartamento da namorada para apagar uma mensagem que deixou em sua secretária eletrônica. Uma mensagem que talvez prove que ele seja o culpado pelo assassinato de seu chefe, o grande Gordon Way, ou que apenas o envergonhe mesmo. Gordon Way estava o pressionando para finalizar um projeto e, definitivamente, o chefão não estava pronto para morrer. E mais, não estava pronto para se transformar em um fantasma e vagar pelo mundo atravessando paredes e questionando-se ainda mais sobre a existência humana.

Dirk Gently presenciou a invasão de Richard ao apartamento e, claro, ofereceu seus serviços como investigador. A promessa é a de safá-lo disso tudo, mas o próprio Richard tem sérias dúvidas do poder de síntese de Gently. Aparentemente ele demitiu a sua secretária, mas a moça esforça-se para ser notada. Como demitir alguém que se mantém presente diariamente com o intuito de provar que foi demitida e não está ali?

Entre capítulos que narram problemas como "um sofá está no meio da minha escada" e "uma égua apareceu no meu banheiro", um monge eletrônico acredita que o mundo é rosa e vaga por ele atrás de algo. Viagens no tempo são a cereja do bolo.

Outros personagens e situações mais inusitadas que as citadas acima transformam o romance policial de Adams em uma ficção científica das boas: repleta de absurdos. A forma como tudo se encaixa e é explicado nos capítulos finais faz você perceber o quão poderosas podem ser as palavras. Admito que não gostei tanto da leitura, mas não posso negar a genialidade na construção da narrativa. Me vi cansado em alguns trechos e até pulei diálogos que não levaram a nada, creio eu. Quem leu O Mochileiro das Galáxias vai entender melhor, se situar mais fácil, porém é mesmo diferente. Não tem pra onde correr, é mais uma experiência única que Adams nos proporciona.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2015/11/resenha-agencia-de-investigacoes.html
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Jeff Whovian 22/12/2015

"Um colossal épico cômico musical romântico policial de horror sobre viagens no tempo, fantasmas e detetives"
O livro começa nos apresentando quatro cenários absolutamente diferentes que a princípio não parecem ter nada a ver um com o outro: um lugar desolado feito de lama, um mundo onde as pessoas automatizaram tudo inclusive o ato de “acreditar”, Londres e o colégio ficcional St. Cedds de Cambridge (que aliás já apareceu em outra obra do autor, Doctor Who: Shada).
O personagem que empresta o nome ao título do livro só aparecerá em pessoa lá pela página 91, antes disso somos introduzidos a vários outros personagens cativantes e até mesmo um pouco excêntricos, os destaques vão para: Richard MacDuff, que apesar de ter estudado Língua Inglesa se apaixonou pela computação e pela música; Gordon Way, dono da WayForward Technologies; Susan Way, namorada de Richard, irmã de Gordon Way e violoncelista talentosa; Michael Wenton-Weakes, ex-dono da revista Fathom; e Professor Urban Chronotis, que com mais de 200 anos (sim, você leu certo) ocupa a Cadeira de Cronologia da Universidade de Cambridge, criada por George III.
Uma curiosidade sobre esse último é que ele era originalmente um personagem de Shada, citado anteriormente, e que foi reusado nos livros do detetive Gently.
Toda a obra gira em torno da investigação do assassinato misterioso de Gordon Way. Enquanto a polícia só quer saber de achar o culpado, Dirk quer entender de fato o que aconteceu e buscar explicações sobre acontecimentos bizarros, aparentemente sem ligações com a tragédia, que se seguiram naquela noite.
Destaco como um dos pontos principais do livro a abordagem simplificada de teorias quânticas, usando, por exemplo, o famoso “Gato de Schrödinger” em um dos diálogos entre Richard e Dirk.
Outra coisa que permeia todo o livro e que é fantástica, é o holismo, defendido arduamente por Dirk Gently que inclusive tem uma Agência Investigativa baseada nessa ideologia (daí o título do livro). Essa basicamente é a ideia de que a explicação está no “todo”, e que para se entender um fato devemos analisar sua completude, e não suas partes isoladamente.
Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently me pareceu confuso no início, mas à medida que avancei por suas páginas percebi que, como defende Gently, o “todo” faz todo o sentido, por mais estranho que possa parecer olhando apenas o “detalhe”, e quando chegar ao final você vai querer voltar ao início e ler tudo de novo.
Cheio de piadas inteligentes, reflexões sobre a vida, referências a cultura pop, este livro é definitivamente um dos melhores que li no ano.
Acredito que o melhor resumo do livro é o feito pelo próprio autor: “um colossal épico cômico musical romântico policial de horror sobre viagens no tempo, fantasmas e detetives”, e tomo a liberdade de acrescentar ainda o adjetivo “surpreendente” à esta lista.
Este é o primeiro de dois volumes, mas é o único com edição em português. Estou louco para ler o segundo.
Fato rápido: este livro baseou o piloto da série “Dirk Gently”, que foi ao ar em 2010 pela BBC Four e ganhou mais três episódios em 2012.

site: http://eemcadacanto.blogspot.com/2015/12/resenha-agencia-de-investigacoes.html
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Verônica 27/12/2015

Um livro mediano
Em minha opinião é um livro mediano visto que sendo do Douglas Adams poderia ser muito melhor. O começo é bem envolvente e interessante,o meio do livro é um pouquinho monótono e o final embora as ações se desenrolem finalmente deixa várias pontas soltas.
Uma obra bem crítica em alguns pontos e sem dúvida irônica e perspicaz estilo Adams.
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Bruna 02/01/2016

Quando você pensar que já viu de tudo o Douglas Adams tem algo novo pra te mostrar
Imagine que você tenha uma namorada (ou então se tiver, pense nela) e que você tenha combinado de busca-la para sair, mas acabe esquecendo de fazer isso e ainda cometesse o erro de gravar uma mensagem da qual se arrependeria na secretaria eletrônica dela e que poderia resultar inclusive em morte, no caso: a sua, ou no fim do namoro... Então o que você faria para remediar tal fato? Bom é assim que a história realmente se inicia, Richard, um jovem engenheiro de computação, se encontra nessa situação nada agradável após além de deixar sua namorada Susan esperando, complicando sua situação ainda mais ao fazer promessas que não irá ser capaz de cumprir. (Nem preciso nem comentar que nesse momento ela já quer a morte dele, certo? De qualquer forma confiram o pensamento dela sobre isso.).

“Se nada terrível lhe ocorresse logo, talvez ela própria pudesse se encarregar disso. Isso, sim, era uma boa ideia.”

Como ela não estava em casa, Richard tem a brilhante ideia de entrar no apartamento dela e roubar a fita de sua secretaria eletrônica. (Atenção rapazes, essa não é uma boa ideia!) O que ele não esperava é que seu antigo colega, Dirk, estaria a observar tudo do lado de fora do prédio. Diante de toda a situação ele se oferecesse para ajuda-lo, afinal ele como um investigador poderá ajudar ele em toda essa situação... ou não.
E quem dera isso fosse a única coisa estranha acontecendo naquela noite... Ao mesmo tempo que isso acontece conhecemos um Monge que pensa que o mundo é cor de rosa, um sofá entalado, um gato perdido, o irmão de Susan que pode ou não estar morto cujo corpo desapareceu. Um pouco confuso certo? Mas bem no estilo das obras de Douglas Adams, pelo menos o pouco que eu sei me remete a pensar assim.

A personagem que eu mais gostei e que me cativou e arrancou risadas de mim foi a Susan, o jeito dela de ainda sair por cima mesmo depois do bolo com seu namorado e seu jeito de falar abertamente seja como for, como no caso do convite que faz para Michael para sair, mesmo que ela já tenha falado que preferiria fazer qualquer coisa ao invés de sair com ele.

“- Alô, Michael? Sim, é a Susan. Susan Way. Você disse que eu podia ligar se estivesse livre esta noite e eu falei que preferiria ser encontrada morta em um valão, lembra? Bem, acontece que eu descobri que estou livre, absolutamente, totalmente e completamente livre, e não parece ter nenhum valão decente aqui por perto. Meu conselho é que você aproveite esta chance enquanto pode. Eu estarei no Tangiers Club daqui a meia hora.”

Essa é a primeira obra que eu paro para ler do autor, apesar de já conhecer a Série O Mochileiro das Galáxias ainda não tive a oportunidade de ler, mas pretendo ler em breve. Por isso não sei dizer se o ritmo é o mesmo, ou se é parecido com a sua outra obra (mas acho que sim em alguns pontos), o que eu posso garantir é que não deixa a desejar e que para introdução as suas obras é uma ótima escolha! Em alguns momentos me senti perdida durante a leitura pelas mudanças de cenário e personagem, apesar de ser em 3º pessoa a maior parte, mas ao longo da leitura você vai se acostumando.

Quanto a diagramação não tenho o que reclamar, apesar de simples não deixa a desejar. O que eu mais gostei foi da capa que para mim está linda.

site: brookebells.com
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Raniere 11/01/2016

Todo o humor ácido de Douglas Adams em Agência de Investigação Holística Dirk Gently
“Um colossal épico cômico musical romântico policial de horror sobre viagens no tempo, fantasmas e detetives.” — Douglas Adams

Acharam esta frase exagerada? Pois ela descreve exatamente o livro Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently, de Douglas Adams, o célebre autor do Guia do Mochileiro das Galáxias (se você não conhece esta “trilogia de cinco”, deveria se envergonhar e lê-la o mais rápido possível). Para facilitar a compreensão da descrição de Adams, vamos falar sobre o enredo deste livro (sem spoilers, eu juro! Vou me ater à contracapa do livro):

Nesta comédia extremamente sarcástica, irônica e debochada, Richard MacDuff é um engenheiro de computação excêntrico, que namora Susan Way, a irmã de seu chefe (também excêntrico). Após, tentando consertar um erro que cometeu com sua namorada e salvar seu relacionamento, Richard acaba enviando para secretária eletrônica de Susan uma mensagem que pode piorar sua situação. Ao se dar conta do próprio erro, Richard resolve fazer a coisa mais lógica possível: escalar o apartamento de Susan e roubar a fita com a gravação de sua mensagem. Antigo colega de faculdade de Richard, o detetive vigarista Dirk Gently, acaba avistando-o acidentalmente, enquanto bisbilhotava a vizinhança com um binóculo, e resolve ajudá-lo. Porém, acaba descobrindo uma conexão com a atitude de Richard e o assassinato recente de seu chefe e cunhado, Gordon Way. Os personagens, então, acabam se envolvendo numa trama policial que envolve viagens no tempo, o fantasma de Gordon Way (QUE HORROR!) e o programa de computador criado por Richard, que gera gráficos musicais (e que não tem relevância alguma na história).

Como podem ver: é cômico, musical, romântico, policial, e tem horror, viagens no tempo, fantasma e detetive. Mas por que “colossal épico”? Porque sim!

Assim como no Guia do Mochileiro das Galáxias, Douglas Adams debocha de diversas questões culturalmente enraizadas na sociedade (como a religião), da polícia inglesa, dos títulos ostentados pelas pessoas, das instituições de ensino, etc., em Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently. Com descrições competentes e várias comparações esdrúxulas (como comparar o jeito de andar de um personagem ao de uma “garça ofendida” — como diabos uma garça ofendida anda??? Como diabos uma garça ofendida se parece (além de se parecer com uma garça)??? — Adams escreve um “colossal épico” com personagens bem cativantes (o que esperar do autor que criou Zaphod Beeblebrox e Arthur Dent?), um enredo complexo, com vários pequenos detalhes importantes espalhados por todas as suas páginas, e um humor deliciosamente ácido. Algumas piadas o leitor só consegue entender horas depois da leitura, quando está fazendo alguma coisa qualquer e a lembrança do trecho do livro vem à sua mente. Portanto, você que vai ler este livro, esteja preparado para um ataque de riso aleatório na rua, em uma entrevista de emprego ou em uma reunião com seu chefe.

É desnecessário dizer que Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently é indispensável para todos os fãs de Douglas Adams. É o mesmo que dizer para você, mochileiro, para nunca se esquecer de sua toalha, ou alertá-lo para nunca escutar um poema Vogon (a não ser que você goste de agonizar sofrendo a pior tortura do Universo). Na verdade, este parágrafo inteiro foi desnecessário e inútil, pois eu falei apenas o que não precisava ser dito.

site: encontrosliterarios.com.br
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Luz 10/02/2016

Douglas Adams sendo Douglas Adams
Agência de investigações holísticas é um livro que tem a assinatura de Douglas Adams, com explicações malucas e reviravoltas malucas também, mas que no final, diverte e te faz querer mais e mais. Não é um "Guia", mas é uma aquisição que não pode faltar na leitura de quem é fã do autor.
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Ricardo 16/02/2016

Enfim consegui
Faltavam quatro horas para começar o casamento de alguns amigos da minha família. Meus pais seriam padrinhos, eu cantaria, minha irmã entraria com as flores e mesmo assim eu não tinha nem roupa pra ir. Corri para o shopping, mas como sou indeciso, tive que esperar meu pai chegar lá para conseguir escolher um simples sapato. Enquanto aguardava a chegada do meu velho, passei na livraria e fui olhar as estantes. Primeira coisa que vi foi o livro “Salmão da Duvida” do nosso querido Doug, mas o que realmente me chamou a atenção foi este outro incrível livro e acabei comprando-o.

O livro narra varias situações que você, na verdade, não espera que vá chegar na conclusão que os capítulos finais narram. Todos os desfechos são simples e fáceis de entender e isso torna o livro muito relaxante e gostoso de ler. Douglas Adams fez ótimas referencias ao longo da história e construiu muito bem os personagens.

Li quase metade do livro esperando no shopping, rindo bobamente e totalmente distraído. Este é o livro certo pra você que quer ter uma boa leitura rápida, inteligente, relaxante e divertida.

OBS: saliento que eu estava um tempão (quase 1 ano) sem fazer uma boa e completa leitura, ganhei e comprei ao todo 15 livros nesses últimos 12 meses e nenhum me prendeu, só DUNA de Frank Herbert. Se este é o seu caso também, leia “Agência de Investigações Holísticas Dirk Gently”!.
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Guilherme.Ballas 28/03/2016

Incrível!
Douglas Adams era incrível... Não tem como achar o contrário.
Assim que eu acabei de ler, não entendi kkkkk pra variar. Fui ler outros livros, depois de dois livros voltei e li esse livro desde a metade até o final para tentar entender e pegar o que eu deixei escapar.
à incrível, sem mais.
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Adriana Scarpin 27/07/2016

É uma ficção-científica-espírita (rá!) divertida com o melhor daquele humor ferino que só o Douglas Adams tem, mas achei bem aquém daquela coisa extraordinária que é a série do Guia.
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Juliana 17/05/2015

Um tanto quanto inusitado...
“Agência de Investigações Holísiticas Dirk Gently” foi escrito por Douglas Adams e publicado no Brasil em 2015 pela Editora Arqueiro. A obra foi traduzida por Fabiano Morais e possui 240 páginas divididas em 36 capítulos. O livro não conta com prólogo e nem epílogo. A obra foi gentilmente cedida ao blog em parceria com a Editora.
Douglas Adams é o autor da renomada série O Mochileiro das Galáxias. Na década de 1980, ele criou o personagem Dirk Gently, cujos elementos principais surgiram quando escrevia episódios para Doctor Who, outro ícone britânico da ficção científica. Adams morreu em 2001, deixando dois volumes sobre as aventuras do detetive Dirk Gently.
O livro contará a estória da Agência de Investigações Holísticas do Dirk Gently, como o próprio título sugere. Para tanto, a narrativa nos apresenta personagens como o Richard MacDuff, um engenheiro de computação e antigo colega de faculdade de Gently. Richard deixa uma mensagem equivocada na secretária eletrônica de sua namorada, Susan Way que acontece também ser a irmã de seu patrão. Arrependido, MacDuff decide escalar o prédio dela e invadir seu apartamento para roubar a fita com a gravação.
Na vizinhança, Dirk Gently bisbilhota os arredores com seu binóculo quando enxerga o antigo colega de faculdade escalando um prédio e decide entrar em contato para lhe oferecer seus serviços investigativos. Depois de uma série de acontecimentos bizarros, o detetive percebe uma interconexão obscura entre a atitude do amigo e o assassinato de Gordon Way (irmão de Susan e chefe de Richard). Richard, então, passa a ser suspeito do crime.
Apesar de nunca ter lido nada do autor e de conhecer a fama que ele tem por construir histórias hilárias e inusitadas, eu não criei altas expectativas acerca do livro. E olha, isso foi essencial para que eu não me decepcionasse tanto, pois não achei o livro lá grandes coisas...
Pra começar, o livro inicia sua narrativa de maneira muito confusa e a narrativa é um pouco arrastada. Poucas coisas fazem sentido nas primeiras 80 páginas. E continuam não fazendo sentido depois. A trama envolve viagens no tempo, fantasmas e detetives. Uma coisa muito louca!
Para mim, o livro começou a ficar legal por volta da página 134 que é quando algo é finalmente revelado. E para um livro de 240 páginas, ter que ler 134 para que o leitor se envolva na trama é um pouco maçante. Outra coisa é que a sinopse fala que no final as coisas se encaixam de forma perfeita e eu até agora estou procurando esse encaixe, rsrs.
Em minha opinião, o livro trouxe um bocado de vidas paralelas que pouco tem em comum. Apesar disso, o que mais me agradou na escrita de Adams foi a ironia. O autor retrata cenas de maneira tão absurdas que chegam a ser hilárias.
O livro não é de todo ruim, possui algumas passagens divertidas e interessantes. Não sei se o fato de ser a primeira experiência com a escrita do autor interferiu em meu julgamento ou se de fato a obra não me agradou tanto...
Em suma, recomendaria esse livro a todos que tem curiosidade de ler algo do autor para que possam tirar as próprias conclusões. E se você gosta de histórias inusitadas, esse livro com certeza é para você.

site: http://www.livroseflores.com/2015/05/resenha-agencia-de-investigacoes.html
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