Êxtase da Transformação

Êxtase da Transformação Stefan Zweig




Resenhas - Êxtase da Transformação


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Monique 11/05/2020

Um pouco da visão do autor em sua personagem
Extase da transformação tem como base narrar a história de uma personagem que vivia em um lugar distante da cidade grande, com uma vida pacata e uma rotina previsível e, de repente, se vê no meio do luxo da aristrocracia inglesa, dentro de um hotel chique, roupas caras, festas, passeios e atenção de todos.

Ela fica extremamente maravilhada.

O que ela apenas não contava é que sua tia (aquela que lhe convidou para conhecer este mundo novo e patrocinou tudo) e todas aquelas pessoas vivem de aparências e escondem medos e vaidades que, num menor sinal de ameaça, podem destruir todo este castelo cartas fantasiado e vivido por ela (personagem principal).

A partir dai uma série de choques culturais e de realidade se dão na cabeça desta moça e sem muito amparo ou orientação acaba se perdendo em seu caminho de volta pra casa e sua vida - é quando outros personagens entram na vida dela e vão tricotando o desenrolar de seu destino.

Acho que é isso, falar muito acaba gerando muitos spoilers.
4 estrelas porque é clássico e por ser bem escrito.
Alcione13 12/05/2020minha estante
Uau!! Parece maravilhoso


Monique 14/05/2020minha estante
no estilo Clássico de ser hahaha


Alcione13 14/05/2020minha estante
Vai passar adiante?


Monique 14/05/2020minha estante
tenho passado, esse eu passei tambem


Alcione13 14/05/2020minha estante
Me avise quando estiver vendendo


Monique 14/05/2020minha estante
ah, esse eu já vendi. Atualmente, estou vendendo o Ocapi e alguns outros.


Monique 14/05/2020minha estante
A essencia do mal
A garota que bebeu a lua
Universos afins
Aconteceu naquele verão
O ladrão de crianças
Todos os nossos ontens




Emanuell K. 21/03/2020

Mais uma das maravilhas da TAG! Uma obra com uma narrativa linda, descrições vislumbeantes e diálogos necessários! Meu primeiro contato com Zweig! Aconteceu da melhor forma.
O autor traz uma dimensão psicológica pra suas personagem, fazendo um arranjo narrativo, capaz de prender o leitor.
Eis que muitas coisas desse livro ficaram pra minha vida pessoal!
Recomendo diversas vezes sua leitura!
Adonai 21/03/2020minha estante
Eu amo muito esse livro! Um dos meus favoritos da vida


Emanuell K. 21/03/2020minha estante
??


Adriano.Couto 19/06/2020minha estante
Eu também adorei esse livro. Foi muito legal acompanhar a transformação da personalidade de personagem conforme os acontecimentos se davam.




Gláucia 19/12/2019

Êxtase da Transformação - Stefan Zweig
Christine é uma pobre funcionária dos correios, vivendo as agruras do pós guerra de uma Áustria devastada. Recebe um convite de uma tia rica para passar suas férias na rica e luxuosa região dos alpes suíços e lá descobre um mundo de glamour e brilho, completamente o oposto de sua vida opaca numa pequena aldeia austríaca onde cuida de sua mãe doente e luta por seu sustento. Ela nunca mais será a mesma, esses poucos dias a transformaram e a partir de agora será mais difícil suportar a vida que vinha levando.
A narrativa é extremamente envolvente, desde as primeiras linhas percebemos que nada vai terminar bem e li relativamente rápido a fim de saber logo o que Christine faria após seus ilusórios dias dourados. Foi meu segundo livro do autor e foi igualmente maravilhoso.
I Danielle I 19/12/2019minha estante
Adorei tua resenha! Tenho muita vontade de ler esse autor!


Gláucia 19/12/2019minha estante
Eu li um de novelas da Zahar e amei!




Maíra 22/02/2020

Surpreendente
Vale a pena ler até o final! Até a metade a história não havia me pagado, porém depois da página 140 há uma mudança grande no enredo que fez valer a leitura.
Ana Paula 22/02/2020minha estante
Aeeeee \o/
Eu prometo que vou ler também Hahahaha


Maíra 24/02/2020minha estante
Hahahahahaha demorei, mas antes tarde do que nunca, né? ??




P. Barata 05/01/2024

Difícil
Tem-se o inferno e alcança, fugazmente, o paraíso. E o paraíso se metamorfeia em inferno novamente.
Leitura densa. Diálogos pesados. Enredo incrível. O entreguerras está ali, escancarado. A miséria o acompanha.
Vale muito!
Adrielle.Alvarenga 11/01/2024minha estante
Ótima resenha!




Ingrid Bays 19/05/2020

Sentindo efeitos
Enquanto estamos na nossa zona de ?conforto? o impacto nem sempre é tão grande. Mas e quando nos abrem os olhos para toda uma vasta imensidão de possibilidade até então inalcançáveis? E quando, logo após nos encherem de prazer, nos retiram e nos jogam para nossa mesquinharia novamente? Como lidar com isso?

Quanta angústia, Christine.
Leitura e . 19/05/2020minha estante
Oi, tudo bem? Bom dia ??
Criei um Instagram Literário e estou quase com 1000 seguidores, se puder me ajudar a chegar nessa marca será muito bem vindx!
To sorteando um volume do ?Um lugar bem longe daqui? para os seguidores...
Obrigado.. ?

@leituraeponto




Rodrigo Brasil 04/12/2019

Tantos temas num livro só
Parece duas histórias diferentes em um só livro.
Na primeira parte, acompanhamos a visita de Christine a um novo mundo. Um mundo de riquezas, de coisas boas, mas também de inveja e preconceito social.
Já na segunda parte, a protagonista é movida pelo ódio ao deixar o hotel luxuoso. Com diversas críticas socias e políticas, Zweig retrata a sociedade europeia no período entreguerras. Uma sociedade devastada, pobre e revoltada com o Estado.
Uma luta anti-sistema é travada entre a protagonista e seu companheiro, Ferdinand, no final do livro. O resultado dessa luta fica em aberto. Nada é revelado. Só sabemos que haverá o confronto.
Ana (Marta) 08/12/2019minha estante
Segundo a nota do Editor, o autor parou entre a primeira e segunda partes e havia até uma versão que seguia o mesmo tom do início do livro, mas que foi deixada para trás. Eu também senti a mesma coisa que você, como se fossem dois livros em um.




Vivi 09/09/2020

Além de ter ficado impressionada com o destino do autor Stefan Zweig mais ainda fiquei com sua escrita. Tão profunda do ser quanto a depressão de uma miséria vivida em pós guerra. Onde muitas famílias de grandes posses perderam tudo e passaram a ter uma vida precária . Enquanto outros não foram tão afetados assim. Uma crítica social muito grande. Impressionante a forma que os sentimentos desses dois principais personagens nos é passada. Uma escrita pra lá de reflexiva e forte. E como o ser e um todo desse ser é trabalhado em tantos detalhes. Com certeza vou procurar mais livros desse autor tão profundo.
Marília 30/10/2020minha estante
Confesso que eu também me vi impressionada com o destino do autor, ainda mais quando planejo minha próxima viagem para Petropolis RJ. Eu fiquei :o preciso conhecer a casa onde ele morou, se é que ainda existe.




spoiler visualizar
Marília 30/10/2020minha estante
Eu também me arrastei bastante na leitura...




Lisa 07/03/2022

O Êxtase de se ver brilhar ao sol
Stefan Zweig era não apenas um pessoa perturbada, mas com uma vida igualmente confusa, findando seus dias suicidas no nosso Brasil. Sendo um judeu pacifista, Zweig corre da Alemanha e vem ao Brasil, a procura de asilo contra um mundo decadente e agressivo, buscando na sua prosa o escape de uma realidade torturada e ao procurar fugir é justamente perseguido. A sociedade não compreende sua postura que é não adotar postura alguma, sua posição em não se posicionar. Zweig se cala perante as atrocidades nazistas e não defende seu povo e isso, bem, é intolerável e covarde, ao menos para o mundo. Ele se vê julgado e desprezado pela própria comunidade que antes parecia o amar, caindo em ostracismo numa ligeireza aterrorizante e trágica. Supreende? Não, se olharmos bem, temos os avisos.
Em O Êxtase da Transformação, o último livro do autor, vemos um paralelo gritantemente biográfico. Um país quebrado pela guerra, vidas destruidas por estupidez política. Se sou impotente perante essa realidade, só me resta alienar-me dela. Certo, Christl? E quando isso não for mais possivel, suicídio ou vingança?
O que seria melhor: viver sem nunca descobrir o paraíso? Ou sentir o gosto dos prazeres e perdê-los? Christine é uma pobre agente dos correios, que ganha a oportunidade de viajar com seus tios ricos. Vemos o desabrochar da moça, antes humilde e insegura para confiante, genuinamente feliz e egoísta.
É impossível não se lembrar da felicidade clandestina da nossa Clarice ao ver Christine desabrochar, sua inocência e deslumbramento temendo não dever sentir tamanho prazer, não é para ela. E claro, a presença do duplo que aqui se encontra, temática essa que sou particularmente fã, ela não é mais Christine, é agora a moça rica de sangue azul Christiane. No entanto é sua própria alegria aquela que traiçoeiramente lhe rouba o sonho e a retorna rejeitada nos seus velhos trapos pra sua vida imunda. E então, Christl, como tolerar a mediocridade de seus dias?
A história guina, temos novos encontros e um novo mundo se abre nos surpreendendo com o contraposto. Vemos aqui uma temática recorrente zweigueana, seus personagens estão sempre próximos da felicidade somente então para caírem em amargor, quase como se nos confidenciasse a não acreditar em felizes para sempre, porque depois desse final disney a realidade continua e ela é quase sempre triste. E não foi esse o fim do autor? Renomado nas decadas de 20 e 30 para então tal como Christl sofrer o amargor de ser jogado em uma vida triste.
Por fim, Zweig tem essa escrita extremamente poética, lírica, que ondula como se fosse música. E a mensagem é nítida, uma vez sentido o êxtase, uma vez transformados, não podemos retornar. Após a metamorfose somos irreversivelmente outros.
Joao 07/03/2022minha estante
Resenha maravilhosa! Fiquei com mais vontade ainda de ler esse livro ?




Sarah 19/09/2020

Christi(a)ne
Demorei um tempo até engatar a leitura, no começo não consegui me apegar à Christine e seu deslumbre com a riqueza, sua felicidade recém encontrada, me pareceu bobo, de certa maneira, embora de boba essa história nada tenha. Afinal a Christine é uma jovem mulher sofrida, que não viveu seus melhores anos em virtude da Guerra que destruiu seus sonhos antes mesmo que ela percebesse. Ao mesmo tempo, alguma coisa seguia sendo importante, algo me fez não desistir e que bom! Porque pude ver a miséria de espírito existente na riqueza, como a tia a despachou temendo pela própria reputação ao invés de ao menos lhe explicar algo, sem saber ela empurrou a Christine de um lugar muito alto e de uma queda que ninguém jamais poderia se recuperar. É curioso como aos poucos vamos entendendo os sentimentos de desespero e angústia da Christine e quando vemos o ápice de seu desespero ela encontra alguém com quem pode dividir isso, alguém que a entende. E a vida os leva ao final do livro, que há muito vinha sendo desenhado sem percebermos, mas de verdade não pude culpar Christine (ou Ferdinand), na verdade lhes desejo sorte, porque mereciam mais do que lhes foi despejado em esmolas.
Marília 30/10/2020minha estante
Eu também me arrastei bastante na leitura...




Adriana Pereira Silva 01/12/2019

Somos a média das 5 pessoas com as quais mais convivemos, produtos do meio
“Êxtase da transformação” relata as consequências advindas da 1ª Guerra Mundial na vida de pessoas que viviam em meio a ela na Europa, tendo participado ou estado ao lado de todos os acontecimentos e sofrido com o que dela restou e se mantém em seus meios. Mostra o seu impacto no meio e o cenário de miséria que assolou incontáveis famílias e o contraste com o mundo da alta burguesia.
Narra a história da inocente Christine, uma moça de 28 anos que nada vivera de feliz na vida, apenas perdas, de pessoas durante a guerra e devido a ela, e de posses, fazendo com que ela e a mãe ficassem privadas dos mais elementares bens materiais para poderem viver.
Christine é convidada pela tia que mora nos EUA, a passar as férias onde ela se encontra, num imponente hotel na Suíça, nas redondezas de Pontresina. Ela acaba sendo convencida pela a mãe a ir e poder descansar, pois há dez anos trabalhava e nunca havia tirado férias. Aceita e parte para viver uma nova realidade que muda toda sua vida.
No hotel descobre um novo totalmente novo para ela, que em sua inocência, era outro mundo com pessoas diferenciadas, onde não podia haver tristeza ou sofrimentos. Mas tudo não é bem assim, e com isso, descobre, bem amargamente, que não faz parte dele, mas sim de outro mundo, da miséria, pobreza e privação de sonhos.
“algo está acontecendo, [...] algo que a consciência em sua paralisia não entende, e é o seguinte: aquele novo ser, o outro, aquele ser artificial e duplo dos nove dias de sonho, aquela irreal e, no entanto, bem real senhorita Von Booler, está agora morrendo dentro dela. [...] Já não faz parte dela, nada daqui, deste outro mundo, superior, mais ditoso, agora faz parte dela, tudo agora se tornou estranho e emprestado como no primeiro dia.” (p.146)
“ela deve novamente entrar naquela pessoa morta, a Hoflehner!” (p.147)
Retornando à realidade do mundo real, não mais será a Christine antiga, agora, o que resta é o ódio por tudo e por todos, “de si própria e dos outros, da riqueza e da pobreza, de toda a vida, pesada, insuportável e incompreensível.” (p.158)
E com o tempo passando, descobre as alternativas que lhe restam e que se revelam à sua frente, definindo seu destino.
De toda essa história, o que fica como reflexão: o quanto a riqueza pode transformar, para o bem e para o mal. E o quanto o ser humano é capaz de se transformar e guardar mágoas e ódio diante do mundo. E o que isso pode fazer com uma pessoa. É o poder da sedução e o que isso pode nos transformar que é o perigo. E, assim, o quanto temos que estar atentos com o que as ilusões e decepções podem fazer conosco mesmos.


“É possível sentir falta de um lugar e, ao mesmo tempo, saber que jamais passaremos por seus portões, seja porque não pertencemos à classe certa ou não temos a cor de pele certa, a nacionalidade certa. Este é o cenário em que a nostalgia se transforma em ódio. Este é o cenário em que o paraíso se transforma em inferno.” (Aylet Cundar-Goshen)
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Fabi.Filippo 10/12/2019

Que livro !!
Eu simplesmente adorei esse livro. Nunca tinha ouvido falar do autor e qual foi minha surpresa ao saber que o bordão ? Brasil país do futuro? foi inventado por ele.
Stefan Zweig era austríaco e chegou ao Brasil em 1936 , se suicidou em Petrópolis em 1942 e os manuscritos do livro foram achados em sua casa após sua morte. Pelo que li se suicidou durante a segunda guerra ao perceber o avanço nazista e concluir que a humanidade havia acabado.
O livro se passa na Áustria devastada após a primeira guerra, e mostra a vida de Christine uma jovem de 28 anos, funcionária pública , miserável que cuidava de sua mãe doente. Christine recebe o convite de sua tia para passar uns dias nos Alpes Suíços e lá conhece uma vida que nunca pensou existir.
De início ela tinha até medo mas depois fica tão feliz mas tão feliz que sente até que sua alma muda :
- ?Começa a suspeitar que nossa alma é urdida de um material misteriosamente sutil e maleável, que uma única experiência é capaz de expandi-la até o infinito, e todo um universo cabe em seu minúsculo espaço?. Alguns críticos comparam essa parte do livro com um conto de fadas semelhante ao da Cinderela.
Mas outros não deixam de sinalizar uma crítica social , onde para uma pequena parcela ter beleza , dinheiro e berço é mais importante.
Isso é reforçado quando por inveja e mexericos descobrem a origem humilde da protagonista e a ridicularizam. E com isso as férias de Christine terminam antes do tempo.
O choque ao ter que voltar para a sua vida de outrora é tanto , que se transforma em ódio e agressividade.
Christine então conhece uma pessoa tão revoltada quanto ela, meio que se envolvem emocionalmente mas não conseguem se ajudar, muito pelo contrário , quando estão juntos só lamentam a vida que levam e alimentam o ódio ao sistema.
Planejam o suicídio porém planejam um roubo para tentar usufruir de uma vida que nunca mais acham que terão. O livro termina meio de supetão, parecendo que não foi terminado, mas mesmo assim não deixa de ser uma leitura excelente.
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Victor Vale 06/01/2020

Riqueza, nobreza, luxo são ilusões. Estado, poder e direito também o são. Só a miséria é real e encará-la e desesperadora.
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