Por Quem os Sinos Dobram

Por Quem os Sinos Dobram Ernest Hemingway




Resenhas - Por Quem os Sinos Dobram


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Paulo Sousa 19/06/2018

Por quem os sinos dobram e A farsa que é Hemingway
Lista #1001livrosparalerantesdemorrer
Livro lido 3°/Jun//32°/2018
Título: Por quem os sinos dobram
Título original: For Whom the Bell Tolls
Autor: Ernest Hemingway (EUA)
Tradução: Luís Peazê
Editora: @grupoeditorialrecord - Selo Bertrand Brasil
Ano de lançamento: 1940
Ano desta edição: 2013
Páginas: 672
Classificação: ??????
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"'Talvez eu tenha vivido toda a minha vida em três dias', pensou. 'Se for verdade, gostaria de ter passado a última noite ds outra forma. Mas as últimas noites nunca são boas. As últimas coisas nunca são grande coisa'" (Posição no Kindle 7690/75%).
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Eça de Queiroz, ao lançar o super clássico "O primo Basílio, recebeu uma dura crítica de outro colosso da literatura, nada menos que Machado de Assis. Machado havia afirmado as obviedades no novo livro de Eça. Eles jamais se conheceram pessoalmente mas o episódio foi suficiente para criar uma rusga transatlântico.
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Philip Roth, meu escritor favorito, morto há algumas semanas, passou por igual situação: um de seus livros recebeu uma dura e injusta crítica de outro escritor famoso e amigo chegado de Roth, John Updike. O texto de Updike acabou com uma amizade de décadas entre os dois escritores.
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Em outro caso, ficou igualmente famoso o soco que Vargas Llosa deu em Garcia Marquez. A causa provável seria ciúmes por parte do escritor peruano, que irritado, teria usado da destra e acertado o olho de Gabo.
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Mas o mais acalorado cisma entre escritores se deu mesmo mais para trás e envolveu nada menos que Tolstói e Shakespeare. Tolstói se convenceu de que Shakespeare era uma farsa, e para provar ao mundo resolveu ler TODA a obra do bardo, em várias línguas! Escreveu um longo ensaio (disponível em português no livro "Os últimos dias") onde, ponto a ponto, desqualifica e desmistifica tamanho prestígio que Shakespeare sempre teve. A ofensiva do russo não deu muito certo porque, ao invés de "desmascarar" o Bardo, Tolstói ajudou, com seu texto ácido e belamente escrito, a aumentar ainda mais a procura pela obra de Shakespeare. Vai entender...
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O que me fez descrever as maiores tretas da literatura foi o fato de ter concluído "Por quem os sinos dobram?", do escritor americano Ernest Hemingway. O romance, publicado em 1940, é, na minha opinião, uma orgia de palavras em suas mais de 600 páginas.
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Explico.
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Longe de mim ter o quilate de Tolstói para desmerecer um livro, mas depois de ter lido quatro livros de Hemingway (Paris é uma festa, Ter e não ter, O velho e o mar são os outros três) continuo achando que tanta fama e tamanho requinte foram inadequadamente atribuídos ao escritor. A história da saga de três dias de Robert Jordan em si não é má. O ambiente, construído durante a Guerra Civil espanhola e o rápido romance entre Jordan e Maria dão um quê a mais no que poderia ser um grande romance. Mas simplesmente não é. A própria "Lista 1001 livros para ler antes de morrer" dá enorme espaço para vários livros de Hemingway, apesar de eu suspeitar que aqueles que eu não li (e nem sei se quero) têm a mesma pegada deste, mediana e apática. Tirando"Paris é uma festa", uma espécie de livro de memórias, que gostei bastante, eu poderia (nossa, que pretensão de minha parte!) dizer que a literatura viveria e muito bem sem Hemingway.
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A sua história pessoal é tocante. Hemingway é o típico macho alfa. Caçou na África, foi a inúmeras touradas na Espanha, praticou boxe, foi correspondente de guerra, onde, como militar se apaixonou por uma enfermeira (acho que era isso, e essa história foi inspiração para o livro "Adeus às armas", que certamente não lerei!), se embrenhou pela Havana dos anos 50, onde viveu por anos, até que, ao perceber a iminência da decadência, se deu um tiro mortal, como o próprio pai fizera anos antes. Foi um globetrother na melhor essência.
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Mas no terreno da escrita Hemingway não me ganhou. Não consigo enxergar enlevo em suas páginas. Os diálogos têm uma desconexão que me irrita. As situações são postas de maneira aleatória, somente aqui e ali uma frase digna de um grande escritor. Como é diferente ao ler os longos enunciados de Updike, as frases de Paul Auster, que socam o estômago, a prosa tropicalista de Jorge Amado, ou se deleitar com um Roth, qualquer um. Não, definitivamente Hemingway usufrui de uma clara e desmerecida fama por livros medíocres e sem qualquer conexão com os integrantes da série A da literatura. Quantas árvores desperdiçadas...
Luh 18/11/2018minha estante
Olha, ele pode não ser um Dostoiévski da vida, mas tem valor sim. O velho e o mar me emocionou demais. Aí li Adeus as armas, que é lindo, diga-se de passagem; O sol também se levanta e estou terminando de ler esse aqui.

Pra mim, ele tem um estilo meio morno, mas ele tem valor sim.

Acho que frases geniais podem não ser a praia dele, mas de qualquer modo, seus livros tem um mistério qualquer que dão um charme a momentos que não teriam nada de charmosos.


Paulo Sousa 29/11/2018minha estante
Discordo. Eu não acho que o escritor precisa entregar ?frases geniais?, como você citou. Se já leu algum livro do John Steinbeck saberá do que estou falando. O meu ponto vai além do ?estilo quase morno?, outra expressão sua: Hemingway entrega ao leitor passagens desconectas, diálogos artificiais ao extremo, tudo isso em obras mais extensas que o necessário. Desisti dele.


Luh 29/11/2018minha estante
Paulo, não desista não. Leia os outros livros dele. Eu to louca pra ler Paris é uma festa, por exemplo.


Paulo Sousa 30/11/2018minha estante
?Paris é uma festa? é um que vale a pena, e o único que gostei deveras...


Luh 30/11/2018minha estante
Eu amei o Adeus às armas. Até chorei. Rsrsrs.


Paulo Sousa 01/12/2018minha estante
Rsrsrs....que bom que não homogeneidade na literatura.




Ana 19/07/2011

Assim, assim...
Já tinha lido "O Velho e o Mar", de Hemingway, que recebeu o Nobel. Gostei do livro. Então resolvi ler "Por Quem os Sinos Dobram", esperando que fosse, pelo menos, bom. Mas não foi o que ocorreu, infelizmente.

Minha impressão foi tão ruim que li todas as resenhas do skoob e todos os comentários e sinopses que encontrei na internet, antes de escrever a minha, a fim de verificar se eu estava sendo exigente demais ou havia perdido algum sentido infinitamente profundo e oculto na obra... Vi que não, e mais: outros tiveram a mesma impressão que eu. Então... o que achei?

Concordo com guibre quando diz, em sua resenha aqui no skoob, que os diálogos do romance (a la Sabrina) tornam o livro extremamente enfadonho e de baixa qualidade. Se a intenção foi apontar a contradição entre a imaturidade emocional do protagonista e sua capacidade profissional, bastava uma página (ou meia) de conversação amorosa.

Concordo com Ricardo quando diz que a narrativa ganhou ritmo após o início das descrições das ações. Mas logo desacelerou, pois continuou mesclada com diálogos amorosos.

Foram mais de 300 páginas cansativas, para se chegar a um final que trouxe vestígios do autor de "O Velho e o Mar", num texto que se pode chamar, em alguns pontos, de literatura, realmente. A ideia que ficou foi a de que as últimas páginas foram o ponto de partida para o recheio, e que o autor não soube construir um bom livro na ordem inversa.

Algo me chamou muito a atenção: quase todo o tempo, tive a noção exata de que estava lendo sobre espanhóis através da visão de um norte-americano. Eles eram híbridos (retratados americanizadamente), simulacros, aguados, superficiais, com raros trechos que fugiram a esta regra. Em poucos momentos senti a força da fala e da forma espanhola de ser.

Em suma, o melhor do livro é o título.
E não é à-toa que em quase todos os comentários a respeito da obra o que mais se lê é a citação de John Donne (aquele que escreveu o poema que foi usado por Caetano Veloso na música "Elegia"). É o que possui, efetivamente, maior valor literário.

Mas descobri, ao final da leitura, que a questão não é por QUEM os sinos dobram, mas pelo QUE: o próprio livro.
Poly Corrêa 08/02/2013minha estante
Concordo com você, achei o livro super cansativo, estou lendo agora, ainda não acabei mas estou com muita vontade de abandonar...


Dan 16/04/2014minha estante
Acho que muita gente não entendeu do que se trata a estória, não é sobre um romance, é sobre a guerra, a solidão, a vontade própria e o dever com aquilo que se acredita, e a guerra civil vista com toda a sua crueza, vista por alguém que estava no meio de tudo isso, vendo como as pessoas interagem entre si, um americano que procura entender a latinidade e as motivações dos espanhóis. Um livro que deve ser lido com a mente no contexto da época, e não com a superficialidade das séries que aparecem aos montes hoje em dia.


Sávio 02/07/2016minha estante
Finalmente alguém tem peito pra dizer: Eu não gostei, porra, é chato!
O pessoal se deixa levar pelo nome - Hemingway - e pelos prêmeios - Pulitzer, Nobel... E ficam tentando buscar profundidade onde há pouca. Gostei da descrição do massacre e do que ele significa em qualquer tipo de conflito (estão aí os "coxinhas" vs "petralhas") - o ódio entre irmãos humanos, mas não há muito mais que isso. Aquela história de sentir a Terra girar quando se está transando - meu Deus! - é de dar vergonha. Podem me chamar de ignorante que não sabe pensar a obra, mas isso não é um grande romance da Humanidade nem aqui nem na China, é só um livro pra virar roteiro de Hollywood.




Nélio 16/06/2015

Era um livro que me "chamava" para a leitura. Demorei a achá-lo para comprar e a coisa foi se arrastando, por conta de compromissos outros.
Enfim, terminei-a.
Esperava mais do livro. Não vai para a lista dos "top 10", mas, de qualquer forma, valeu a leitura.
O que mais me encantava nele era o titulo - fruto de um texto de John Donne. Não consegui aproximar tanto assim o livro com o excerto original de Donne que, inclusive, está como epígrafe do livro.
Há cenas memoráveis do livro. A cena da matança promovida por Pablo; o relato de Maria para Robert sobre seu sofrimento; a expectativa de explodir/não explodir a tal ponte. Enfim, cenas muito boas para quem gosta de ler.
O que não gostei foi a quantidade de rememorações das personagens. Aquilo tornou o livro "marrento" e o enredo, para mim, se perdia.
Mas a escrita é boa, pois o autor consegue "emocionar-nos" com suas descrições das angústias daquelas pessoas que passavam pelo horror da guerra.
Enfim, acho que, apesar de tudo, vale a leitura. Até porque ainda quero ler do mesmo autor "O velho e o mar"...
Ana 04/01/2016minha estante
Nélio, leia mesmo "O velho e o mar": é muito bom! Li "Por quem os sinos dobram" pensando encontrar neste, no mínimo, algo tão bom quanto naquele... Ledo engano... Se lhe interessar, leia a resenha que deixei aqui, achei sua impressão um tanto parecida com a minha. :)


tgomame 05/04/2016minha estante
Eu gosto muito do contexto da Guerra Civil espanhola, e como ele relaciona o contexto do livro com os fatos da Guerra. Muito bom.


Rodrigo 25/02/2019minha estante
Concordo plenamente com a sua resenha. O Livro tem bons momentos, mas é arrastado e se perde nele mesmo... cheguei ao final torcendo pra acabar logo por que nao aguentava mais




Glauber 30/05/2020

Escrita direta com lições de humanidade.
Esta obra é um clássico. Foi minha primeira leitura completa do Hemingway.

Gostei do seu estilo. Escrita direta. Direto ao ponto.

O livro trata de um norte-americano com uma missão de explodir um ponte, como estratégia contra os fascistas na Guerra Civil Espanhola.

Nessa missão, o protagonista convive quatro dias com um grupo da região, formando laços intensos, marcados pelo eminente risco de morte. O que suscita emoções e reflexões de uma humanidade contundente.

Uma cena que me marcou foi de uma lembrança de uma personagem importante, em que os fascistas foram presos e o povo foi encarregado de puni-los.

De pensar que essa guerra concentrou tensões que se abrangeram ao mundo na Segunda Guerra, entende-se como continua atual.

O título do livro é um verso de um poema, que ficou consagrado. Uma metáfora para dizer ao mesmo tempo que nenhum homem é uma ilha e lembrar da humanidade de todos.
Adriana Naves 30/05/2020minha estante
(*_*) Nossa, parece bem legal. E os quotes q vc postava desse livro eram lindos demais!!!


Glauber 30/05/2020minha estante
É muito bom, sim! Gostei muito. Bonita história.




Caroline Gurgel 26/02/2020

Genial em toda a sua simplicidade
Eu já havia me apaixonado profundamente por Hemingway quando comprei Por quem os sinos dobram, mas ele passou muito tempo na minha estante esperando, talvez, mais maturidade da leitora aqui. Jamais imaginei que gostaria tanto deste livro.

Hemingway nos leva à guerra civil espanhola através de um personagem norte-americano, Robert Jordan, cuja missão era a de explodir uma ponte. Nas montanhas, conhece outros companheiros, cada um com seu papel naquela luta. E são os dias de convivência com esses novos colegas e de preparação da sua tarefa que acompanhamos neste livro.

Com uma escrita ridiculamente simples, certinha, direta, sem firulas, Hemingway nos transporta para o meio daquele bando e nos faz sentir o cheiro da embriaguez do álcool, do medo e da ansiedade. Com diálogos curtos, conversas banais e alguns xingamentos, Hemingway trata da condição humana. Faz-nos refletir sobre o valor da vida do outro, da vida do inimigo; sobre a ideologia que cega e manipula; sobre as atrocidades cometidas de cada lado da guerra; mostra-nos uma guerra em que não há heróis, mas mortos.

Por quem os sinos dobram é daqueles livros que não dá vontade de largar, especialmente nas primeiras 300 páginas - que passam sem nem sentirmos.
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Hemingway diz muitíssimo mais do que está escrito, e, talvez, aí resida a genialidade do autor. Uma joia da literatura do século XX, sem dúvidas. De tão simples, incrível.

site: www.instagram.com/historiasdepapel_
Kim 27/02/2020minha estante
Que linda sua escrita! Deu vontade de ler o livro ?


Caroline Gurgel 03/03/2020minha estante
Obrigada!! É um livro maravilhoso :)) Espero que goste!




Andre.S 01/12/2022

Que livro espetacular! Segunda vez que leio Hemingway e amo cada vez mais. Seu estilo realista,seco, cru e ao mesmo tempo repleto de poesia narram de modo impar uma trama profunda e sofrida. Acompanhemos o americano Robert Jordan enquanto ele se une a guerrilheiros republicanos durante a guerra civil espanhola, numa missão para explodir uma ponte estratégica. Extremamente violento mas de um lirismo único. Um dos melhores livros que li neste ano!
Daniel Andrade 01/12/2022minha estante
Maravilhoso! Dos que li dele, só não supera Adeus às Armas!


Andre.S 02/12/2022minha estante
Vou colocar este na lista para ler!!




Andre 03/11/2020

Por quem
Um clássico imperdível. Hemingway nesse livro nos dá uma ideia do que foi a guerra civil espanhola com toda sua crueldade.
Dudu 08/11/2020minha estante
Gostei da resenha. Curta, objetiva, e despetou o interesse em ler.


Andre 08/11/2020minha estante
Vale demais a leitura.




denilson 28/04/2009

podia ter terminado dez paginas antes
bem apesar de a todo momento ermos dicas de como ele terminara, fica um gosto estranho qdo de fato tudo acontece.
o livro eh fantastico
do incicio ao fim fantastico
Clarinha 15/08/2010minha estante
Sinceramente, não consegui pegar o espírito do livro. Não achei comovente, nem emocionante ou mesmo interessante. Fui lendo e esperando me interessar, mas...NADA. Não sei se foi a tradução. Achava os diálogos tão irreais e inverossímeis que não dava pra me envolver com a história. Uma pena.




Zuca 18/04/2009

"Nenhum homem é uma ilha isolada... (...)E por isso, não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti."
Afonso74 07/04/2010minha estante
o que quer dizer um sino dobrar? me desculpe a ignorancia. sds


Vinicius 13/07/2011minha estante
Prim, dobrar seria soar neste contexto. Ou seja, por quem tocam-se os sinos.




Fernando Campos Kanigoski 07/04/2021

Um romance de guerra muito bom que tem uma linguagem muito bem pensada que te faz percorrer a história sem muito esforço. Com passagens por vezes pesadas e densas de conteúdo da guerra; mas outras vezes reflexivas e poéticas.
Jessé 17/04/2021minha estante
Tenho vontade de ler. Vou ver se consigo ainda esse ano




Fernando 28/03/2011

Uma obra perigosa!
Cuidado! Escorrega-se com facilidade na compreensão desse livro. Uma leitura superficial pode deixar uma incorreta sensação de ingenuidade em relação ao enredo. Afinal, o romance que se desenrola ao longo da narrativa é claramente inverossímil. Ou alguém acredita ser possível encontrar um amor arrebatador à primeira vista?

Na verdade, o âmago do livro não é o romance, mas sua mensagem pacifista. Assim como o protagonista, Hemingway foi voluntário pela Brigada Internacional, apoiando os Republicanos contra os Nacionalistas (fascistas) na Guerra Civil Espanhola (1936 a 1939). Ao testemunhar o horror, resolveu expor ao mundo as crueldades cometidas por ambos os lados dessa disputa insana. O poema de John Donne, título do livro, deixa clara a mensagem: “a morte de um único homem me diminui, porque eu pertenço à Humanidade”.

Pergunto-me porque Hemingway criou um romance tão inverossímil em sua obra. Considerando que o livro foi publicado em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, posso especular sobre a inconveniência de uma mensagem pacifista naquele contexto histórico. Talvez o amor entre o protagonista e a guerrilheira tornasse o livro palatável. Até que ponto o mundo estava pronto para entender a insensatez de assassinar alguém? Aliás, até que ponto o mundo está pronto...
Nina 25/07/2012minha estante
Esse romance rápido e arrebatador é típico de Hemingway - podemos ver algo muito semelhante em "Adeus às Armas". E, levando em consideração que este é meio auto-biográfico, creio que Hemingway escreve sentimentos que conhece. Ele mesmo apaixonou-se rapida e intensamente assim alguma vez na sua vida. Talvez não seja realmente amor, aquilo, talvez seja necessidade, necessidade de encontrar algum carinho, alguma âncora no meio de toda a crueldade. Bom, esse é meu ponto de vista...




TS.Meirelles 15/02/2018

Lutei durante um ano pelo que acredito. Se vencermos aqui, venceremos em todos os lugares
Resolvi fazer essa resenha logo que fechei o livro, pra não perder a vibração. A tensão é crescente e as 672 páginas não são monótonas se você as entender como uma revelação progressiva da mente de um combatente que caminha para uma batalha. Ou melhor, para uma dura missão. Robert Jordan é um soldado americano dinamitador que, antes da guerra, era professor de espanhol e amante da Espanha. De família republicana, combate na guerra civil espanhola ao lado dos vermelhos contra os facistas até que chega a missão mais difícil.

Muito me agradou a forma realista de se apresentar os horrores da guerra, sua bestialidade e ao mesmo tempo sua inevitabilidade, bem como os conflitos internos e externos do ?Inglês?, pois Hemingway não força a barra em nenhum momento, não exagera, não abusa dos esteriótipos ou dos preconceitos na formação dos personagens. O livro segue simples. Talvez isso não agrade a todos, mas a mim foi um prazer.

Embora essa construção tenha me agradado muito, o que sem dúvida me ganhou foi o Viejo, o velho Anselmo. Que belo, singelo e denso. É um dos maiores paradoxos que encontrei no livro: os poucos diálogos e pensamentos que envolvem o Velho mais simples são os mais profundos.

Por fim, fiquei com receio de o livro deixar a desejar perto do título e do trecho do sermão de onde foi tirado. Embora não o alcance, na minha opinião, ambos casam-se muito bem.

4 estrelas
GESP 23/03/2018minha estante
Uma verdadeira obra prima que deve ser lida e apreciada como uma poesia deve ser despetalada. A escrita rebuscada e a alternância entre narradores torna a leitura enfadonha pra muitos, mas que ainda assim deve-se insistir na leitura: O conjunto vale muito a pena.




Di 22/08/2019

Eu estava assistindo a um documentário sobre a Guerra do Vietnã na Netflix e apareceu uma entrevista com uma das guerrilheiras que falou que tinha lido "Por quem os sinos dobram" e tinha adorado a história desse bravo americano que lutou pela República com um plano corajoso de destruir a ponte.
Eu estava lendo esse livro há um tempo e já tinha me perdido um pouco na imersão da história em si... aquilo me fez lembrar de pequenos detalhes que todo historiador geralmente faz mentalmente: O ano em que esse livro foi publicado, como deve ter sido ler essa trajetória em época de grandes conflitos, o livro que estava em minhas mãos era um edição tão antiga e ainda vinha até com um recibo de compra datado em 1967, imaginar quantas pessoas leram aquele mesmo livro em tempos tão diferentes do meu.... eu acho isso tão legal. Tudo isso deu um up na leitura e o final... uau, fiquei um tempo refletindo o que tinha acabado de acontecer.
Bom, eu tive uma ótima experiência com essa leitura! 5.0
Paula Cristina 30/08/2019minha estante
Di, por diversas vezes me peguei pensando sobre o que você escreveu... Cada pessoa que lê uma história a interpretará de acordo com seu ponto de vista, com a sua visão de mundo, que é moldada segundo o contexto, a época, as experiências vividas por cada um... Fascinante!




Paula' 12/10/2015

A forma como ele fala sobre a guerra é delicada e intrigante. Mostra através de aspectos psicológicos o impacto das batalhas na vida e nas relações das pessoas. Em alguns momentos a narrativa pode ser um pouco cansativa, mas vale a pena persistir e chegar ao fim, que é uma das melhores sacadas do livro.
tgomame 05/04/2016minha estante
Pois é Paula, eu tive que procurar um outro exemplar pra ter certeza que era o fim do livro mesmo. Sensacional.
Fiquei paralisado.




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