TS.Meirelles 15/02/2018
Lutei durante um ano pelo que acredito. Se vencermos aqui, venceremos em todos os lugares
Resolvi fazer essa resenha logo que fechei o livro, pra não perder a vibração. A tensão é crescente e as 672 páginas não são monótonas se você as entender como uma revelação progressiva da mente de um combatente que caminha para uma batalha. Ou melhor, para uma dura missão. Robert Jordan é um soldado americano dinamitador que, antes da guerra, era professor de espanhol e amante da Espanha. De família republicana, combate na guerra civil espanhola ao lado dos vermelhos contra os facistas até que chega a missão mais difícil.
Muito me agradou a forma realista de se apresentar os horrores da guerra, sua bestialidade e ao mesmo tempo sua inevitabilidade, bem como os conflitos internos e externos do ?Inglês?, pois Hemingway não força a barra em nenhum momento, não exagera, não abusa dos esteriótipos ou dos preconceitos na formação dos personagens. O livro segue simples. Talvez isso não agrade a todos, mas a mim foi um prazer.
Embora essa construção tenha me agradado muito, o que sem dúvida me ganhou foi o Viejo, o velho Anselmo. Que belo, singelo e denso. É um dos maiores paradoxos que encontrei no livro: os poucos diálogos e pensamentos que envolvem o Velho mais simples são os mais profundos.
Por fim, fiquei com receio de o livro deixar a desejar perto do título e do trecho do sermão de onde foi tirado. Embora não o alcance, na minha opinião, ambos casam-se muito bem.
4 estrelas