Navegue a lágrima

Navegue a lágrima Letícia Wierzchowski




Resenhas - Navegue a lágrima


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Pedro 13/08/2015

Um lindo poema.
O mais recente romance da Leticia Wierzchowski, traz a mesma sensibilidade contida em seu último livro, Sal, com uma escrita rica e tocante, personagens bem estruturados e de uma humanidade ímpar.

Após uma perda, a editora Heloísa busca refúgio em uma casa na zona litorânea do Uruguai, que antes pertencera a uma escritora renomada chamada Laura Berman. Sozinha, Heloísa passa seus dias na presença do resto da mobília e pertences deixados pelos antigos moradores, contendo um pouco das memórias da família que ali residia. Entre um drinque e outro, como se abrisse uma faixa no tempo, Heloísa passa a ter visões dos antigos moradores na casa; tomando banho na piscina, conversando, as crianças correndo e brincando... não de forma assustadora, mas como se um projetor estivesse ligado e dando vida a essas lembranças. No meio disso tudo, editora e escritora terão suas vidas unidas por meio de recordações.

Navegue à Lagrima é narrado em primeira pessoa pela personagem Heloísa, ela começa sua narrativa falando de sua obsessão por essa família, porém alerta que não foi ela quem começou a correr atrás e que precisa escrever essa história. Esta é uma obra rica nos pequenos detalhes que fazem toda a diferença e são neles que a personagem principal encontrará soluções para superar suas perdas e chegar ao conforto. Ela conversa com o leitor, dialoga e brinca na hora de contar sua história; um capítulo dedica a sua vida, enquanto no outro passa a atribuir à sua admirada autora Laura Berman. São poucos os diálogos contido na obra, mas que são compensados com muitas reflexões sobre o atual momento, a perda do esposo, o filho já adulto e tudo isso entrando em interseção com a família que na casa começa a transitar. A escrita da Letícia Wierzchowski é bem poética e floreada, com um léxico bem utilizados e que causa certa inveja aos escritores amadores.

"Porque a felicidade – e essa história, creio, versa um pouco sobre isso, sobre um tempo especial da vida em que todas as coisas parecem perfeitamente encaixadas, unidas com graça, elevadas por uma simbiose perfeita -, bem, a felicidade é sutil, é discreta e delicada feito um beija-flor, esse passarinho que consegue a proeza de bater asas até oitenta vezes em um único segundo. Assim é a felicidade, essa transformadora dos dias, hábil artesã das coincidências." – Pág. 110

Temos duas histórias de amor: uma linda onde o Deus Pã colocou sua mão ajudando para que o tempo não conseguisse quebrar, que ultrapassou barreiras e que nos mostra o quanto é possível se esvair daquele amor, quase que completamente (senti-lo ir embora), mas mesmo com uma lacuna de décadas, voltar a ter a mesma chama que uniu o casal um dia. E a outra, que parece esquecida aos deuses, que tentou por duas vezes, mas que por uma doença, ou por falta do sentimento amor, não conseguiu se estruturar por muito tempo ou deixou apenas saudades e uma semente.

Senti um certo tom de autobiografia em algumas nuances do romance, como a personagem Laura ser escritora, as circunstancias em que ela conhece o esposo Leon, a cor dos cabelos e a quantidade de filhos. Posso estar me equivocando no momento, mas esses detalhes me lembraram um pouco da vida da Letícia Wierzchowski. Não estou tirando mérito da autora, ao contrário, isso deixou o livro ainda mais especial. ♥

"Gosto de ler seus livros, gosto mesmo.
Gosto de buscar, no meio da sua ficção, as pistas da vida real que as páginas escondem. Ora, sei perfeitamente bem, pois sou uma leitora voraz, que a literatura é a invenção, é criação, mas sempre há o pó da vida nos cantos da literatura, como pegadas, como marcas sutis da humanidade e do passo do autor." – Pág. 132

Mais uma vez a autora me surpreendeu e confirmou sua entrada no meu time de autores favoritos, me deixando instigado a ler todas a suas obras, independente de ser para crianças ou adultos. Gostei demais de poder navegar nas recordações das duas histórias e pude refletir sobre assuntos essenciais para a vida, como a convivência mútua.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2015/08/resenha-93-navegue-lagrima-leticia.html
Washington 15/08/2015minha estante
o que achou?


Pedro 16/08/2015minha estante
Maravilhindo e muito tocante, assim como Sal.


Tamara 05/11/2015minha estante
Pedro, até comentei na página da autora que senti trechos autobiográficos, ainda bem que não fui a única. Amei o livro.


Renata CCS 06/11/2015minha estante
Que resenha cativante! Vai para a minha lista de futuras aquisições.


Ednan 13/12/2015minha estante
Que livro lindo, não é mesmo? Amei, amei, amei! Os trabalhos de Letícias são muito bons. Recomendo a leitura!


Paloma 05/10/2017minha estante
Que resenha maravilhosa, este livro é realmente lindo e único.




Paloma 05/10/2017

Um lindo poema
Um lindo poema, essa é a definição perfeita para este livro. Apesar de ser uma narrativa, a história é contada como se fosse um poema. Normalmente odeio narrativas com descrições excessivas, daquelas que voce tem que voltar a leitura para lembrar o que a protagonista estava fazendo, porquê o autor quis gastar um parágrafo inteiro com a descrição de uma bendita mesa; mas neste livro as descrições excessivas viravam música, é tudo de uma tal delicadeza que parece que as palavras flutuavam.
O livro é contado pela perspectiva de Heloisa, ela é uma viúva que trabalhou em uma editora e nesta editora conheceu Laura, uma escritora de romances, seu contato com Laura sempre se resumiu no campo profissional, até que anos mais tarde Heloisa compra uma casa que pertenceu a família de Laura. Ela se muda para a casa, e entre uns drinques e outros, começa a ser visitada pelos fantasmas de Laura e sua família, e nós leitores ficamos naquela de: “Essa mulher tá doida ou realmente a casa tem o poder de fazer uma conexão com o passado?”, bom nunca saberemos de fato, e não saberemos também se todas as histórias contadas por Heloisa sobre a família Berman aconteceram ou se tudo não passou do fruto de sua imaginação (E do álcool circulando nela). Mas mesmo com tantas dúvidas assolando minha mente, assumo que Leon e Laura é o casal mais fofo e real que já conheci, e tinha que ser assim vindo de um casal que se conheceu através dos livros.
É incrível o paralelo que a autora conseguiu fazer entre a história dos Berman, e a história da Heloisa, de como aquela família mesmo sem saber, conseguiu ajudar Heloisa a superar o luto. O final da história foi digno, quando pensei que tudo não poderia ficar pior, Leticia vem com aquele final de derreter os corações mais duros, mostrando que o amor pode superar qualquer obstáculo e renascer das cinzas.
A melhor parte é que este é um romance nacional e atual, e que consegue competir de igual para igual com muitos livros internacionais. Isto prova que temos que dar mais chances para os nossos autores, pois eles são tão bons quanto os de fora.

“Assim quando não podiam estar juntos e unidos em carne e alma, faziam-no através dos livros.” Pág.72
“Bem, a felicidade é sutil, é discreta e delicada feito um beija-flor.” Pág. 110
“Desistir é como parar um livro pelo meio.” Pág. 168
GePaula 08/11/2017minha estante
Tenho esse livro, rsrsrsrs... Talvez seja minha próxima leitura depois de uma exposição tão excelente quanto a sua. Gosto dos livros da Letícia. Eles são bem humanos. Dar pra sentir a dor de cada um. Ela escreve maravilhosamente bem, e olha que são pouco is escritores brasileiros dos quais gosto. Leu SAL


Paloma 20/11/2017minha estante
Ahhh leia,este livro é maravilhoso, de escrita fácil e história cativante. Ainda não tive a oportunidade de ler Sal, mas com certeza esta na minha lista de próximas aquisições.


GePaula 02/12/2017minha estante
Tão poético quanto esse...




Tamara 05/11/2015

Perfeita
Bom. Em primeiro lugar preciso dizer que eu sou extremamente fã dessa escritora. Conheci as obras de Letícia lendo A casa das sete mulheres, que na minha opinião é uma obra incomparável. E logo depois já li ao menos mais cinco livros dela. É uma história poética, reflexiva. Não espere ação. É um livro para tocar fundo no leitor, o que os quots já indicam. Esse livro possui trechos lindos, difícil selecionar o melhor.
É narrado em primeira pessoa, por Heloísa. Consegui me sentir inserida dentro daquele contexto, no Uruguai. Mais uma característica de todas as histórias da Letícia. Geralmente se passam perto de praia ou de ambientes com água, ou no Uruguai ou no sul do país. E é possível ao leitor em certos momentos sentir o cheiro da água, do sol, do verão, e ouvir o riso das crianças e a conversa dos adultos.
O livro mereceu cinco estrelas, com toda certeza. Não encontrei nenhum ponto negativo, exceto o tamanho, que acho que poderia ser de quinhentas páginas sem que eu me sentisse entediada. Uma das coisas que mais me chamou atenção foi o fato de haver uma diversidade de lembranças, e eu adoro tudo isso de preservar, recordar, coisas que sobrevivem ao tempo, e no livro podemos encontrar muito as recordações da própria Heloísa e também os objetos, livros e fotografias da vida que Laura e a família levaram naquela casa. A personagem que mais me fascinou foi Laura, a escritora que foi dona da casa para onde a narradora se muda. Em Laura reconheci uma dezena de características da própria autora. Talvez seja uma leve impressão mas senti que ela deu um toque autobiográfico nessa personagem mais que especial.
O título, Navegue a lágrima, é mais um toque poético e achei bem adequado, embora ele não se encaixe em algo concreto do livro, porém com uma análise da obra no geral é possível compreendê-lo. É uma história sobre perdas, felicidade, e destino. Sobre tudo se ajeitar no final, mesmo que não seja da maneira que esperamos.
Indico para todos aqueles que gostam de ser verdadeiramente tocados por uma história. Que gostam de se sentir ao lado dos personagens, que ao finalizarem a última página ficam se perguntando onde está a continuação do livro.


site: Para saber mais sobre a história, conhecer quots ou a reflexão que ela trouxe acesse: http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/06/resenha-navegue-lagrima_2.html
Glauci 18/02/2018minha estante
Amei sua resenha Tammy. Mas acho que li esse livro em um momento meio ogro da vida kkkkk.
Adorei o livro, achei a história bonita, mas a forma como foi narrado deixou em mim uma sensação de "queria algo diferente!" Queria diálogos. Achei meio biográfico, Talvez por isso não tenha me prendido tanto. Enfim, acho que vou reler em outro momento, quem sabe minha perspectiva mude.




Tais Caires 12/01/2017

Uma palavra para definir o livro: Nostalgia.
Este livro foi indicado no Clube do Livro que participo com amigos aqui onde moro, e eu adorei o livro.

Uma palavra para definir o livro: Nostalgia.

Navegue a Lágrima é um livro delicioso de ler. Parece que você foi a casa de Heloísa e a escuta contando sobre toda a sua vida, em uma tarde agradável que você sempre irá se lembrar. O livro conta a história de Heloísa e dos antigos moradores da casa onde mora, e como a vida destes se mistura com a sua própria.

É incrível como, quando prestamos a devida atenção, é possível ver que o passado permanece vivo e que o tempo é uma coisa única, circular e eterna. O fato é que andamos sempre tão envolvidos com as múltiplas obrigações da vida comezinha que não notamos absolutamente nada disso.
A narrativa do livro é tranquila e gostosa de ler, parece uma conversa agradável em um lugar gostoso. Em todos os momentos são lembranças sendo contadas e revividas e guardadas novamente na memória.

Eu zombava de Lucas, zombava amorosamente da sua mania de revirar velhos armários e velhas vidas e agora estou aqui, fazendo exatamente o que ele fazia. Só que em mim dói muito mais.
Escolhi a palavra Nostalgia para descrever o livro, porque é sempre nostálgico relembrar os momentos que vivemos, as pessoas que passaram pela nossa vida, os lugares que já estivemos e saber que todos aqueles momentos fazem parte de você, parte de quem você é.

A vida é assim, uma urgência vai substituindo a outra.
Um livro para ser lido com a mesma calma com que se olha o mar, aproveitando a brisa que chega ao entardecer, observando o por do sol e vendo as estrelas surgirem no céu, uma leitura leve e gostosa.

O poema fala de dois apaixonados que vivem um amor súbito, mas brinca com o fato de que o acaso talvez já viesse jogando com eles pelos descaminhos da vida, aproximando-os ali ou acolá — o acaso “ainda não totalmente preparado para transformar-se em destino”, pregando pequenas peças nos dois futuros amantes.
Boa Leitura

Taís Caires

site: https://booksclubsite.wordpress.com/
Glauci 18/02/2018minha estante
Cara, concordo em absoluto com o que vc escreveu e com sua opinião, mas senti uma falta absurda dos diálogos no livro. Isso me deixou com uma sensação meio esquisita e não consegui apreciar a narrativa poética da autora. Pra mim não funcionou tão bem assim...




Marriete 09/04/2017

Navegue a Lágrima - Resenha Autora: Letícia Wierzcowski
Heloísa trabalhou durante muitos anos como editora. Enquanto sua vida profissional ia de vento em popa, sua vida conjugal afundava. Estava distante de seu marido e ele tampouco se importava com a situação. A separação foi inevitável e quase indolor.

 

Após alguns anos, Heloísa se apaixona por Lucas, e, aí sim, começa a viver. Pena que o destino não quis colaborar com sua felicidade e arrancou-o de seu convívio. Sem rumo, ela busca um refúgio e compra justamente a casa de uma autora a qual já tinha travado conhecimento.

 

Ao se imiscuir na casa de Laura, ela tem visões de como era a vida familiar da autora, de sua rotina.  É como se vivessem na mesma casa, em um tempo paralelo...

 

 

Essa é a primeira vez no ano de 2017 e a quarta vez na minha vida que posso dizer que detestei um livro... não gostei do enredo, a estória não me prendeu e a diagramação está horrível. Fonte azul-ciano? É sério isso? A leitura é extremamente desconfortável! A única coisa que gostei foi a capa.

 

Com toda certeza é um livro que não lerei novamente. E como já falei, é a primeira vez que não recomendo um livro. Sei lá, vai de gosto literário. Eu odiei.

 

A autora é famosa por seu outro trabalho, ?A casa das Sete Mulheres?, mas nesse, acredito que ela não tenha sido muito feliz.

 

#NavegueaLágrima#LetíciaWierzchowski#Resenha#MarryAquinnah#AutoraNacional#LiteraturaNacional#LiteraturaBrasileira#Intrínseca#AmoLer#Instabooks
Glauci 18/02/2018minha estante
A história também não me prendeu tanto assim, não curti muito o desenvolvimento do enredo. Mas se tem uma coisa que eu amei foi a diagramação. Adorei as folhas amareladas com as letras azuis.




LuizaSH 04/11/2015

Apesar de ter escrito trabalhos famosos, confesso que esse foi o primeiro livro dessa autora que li. E me agradou bastante, uma leitura fácil, leve e agradável.
A história é contada por Heloísa, uma editora que, depois de passar por bons e maus bocados na vida, resolve se refugiar numa casa de praia no litoral do Uruguai.
A casa pertencia à família Berman, e alguns pertences dessa família ainda estavam por lá. A partir disso é que Heloísa se conecta com a família e passa também a contar um pouco sobre a vida deles. Laura Bernam é uma escritora que teve seus livros editados na empresa onde Heloísa trabalhara, daí também haver uma certa conexão de suas vidas.
Tão triste a história de vida da Heloísa, tadinha. E gostei do fim que ela deu para o casal Berman. Sem contar detalhes para não dar spoiler ;)
Enfim, o livro trata sobre a vida, sobre as voltas que ela dá, sobre as relações entre as pessoas, casais, filhos, pais, etc.
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meiriellen 13/11/2016

Pura poesia em forma de romance, memórias. ..
Comprei o livro numa promoção , sem qq expectativa , mas me deparei co uma delícia de leitura. a Letícia tem um talento lindo para amantes da leitura q apreciam livros como o da Virgínia Wolf, Clarice lispecto e outras autoras q conheço. uma leitura rápida e querida, suave, triste e nostálgico. uma leitura realmente prazerosa. um misto de realudade da protagonista com sua imaginacao em tempos passados. Já peguei o livro "Sal" pra ler. Recomendo.
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Sansanshow 10/01/2017

Um pouco cansativo
É como se o passado ás vezes ressuscitasse nesta casa, uma interserção entre os nossos mundos, o de dela , Laura Berman, e o meu...É possível ver que o passado permanece vivo e que o tempo é uma coisa unica , circular e eterna. O fato é que andamos sempre tão envolvidos com obrigações comezinhas que não notamos absolutamente nada "Confesso que esperava um pouco mais desse livro. Achei no geral uma história boa,que tem algumas reflexões.porém um pouco cansativa.
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Marcello 11/01/2017

Com apenas dois livros lidos dessa autora, acho que posso dizer que ela já se tornou a minha favorita dentre poucas...
Eu poderia ficar aqui escrevendo trechos e mais trechos, parágrafos inteiros, duas páginas completas desse livro pelo simples fato dele ter as melhores coisas escritas com palavras simples (outras difíceis, confesso). E como a autora quis deixar claro o amor dos personagens pelas palavras.

E como um amante das palavras esse livro realmente me tocou, assim como "Sal" o fez. Em alguns momentos eu até pensei que estava novamente naquela pequena ilha que "destruiu" a família Godoy e isso só fez me entristecer mais.

Sobre a edição do livro: alguns momentos eu tive dificuldade em ler algumas palavras pelo tom de azul das letras. Mas tirando isso é tudo muito bonito.

"Bem, a vida talvez seja apenas isso, um coração bombeando o sangue e nada mais, esse maravilhoso sistema funcional que é o corpo humano, isso e nada mais, e nós viemos inventando coisas pelos últimos três ou quatro mil anos, significados e continuações, poderes incorpóreos e eternidades de mil modos, brincando com o nada assim como os deuses brincam conosco." pg. 153

E novamente aqui temos muitos personagens (que me deixou confuso no começo) com muitas tragédias e choros - isso me fez ficar mais ligado ao livro, mas para alguns pode ser forçação de barra.

"Leon queria dizer: "Sinto que você esteja longe de mim", mas apenas falava: "Estou terminando o livro daquela indiana, é muito bom, é incrível." Laura queria responder: "A distância não é falta de amor", e apenas conseguia dizer: "Guarde o livro, vou lê-lo depois de você." Assim, quando não podiam estar juntos e unidos em carne e alma, faziam-no através dos livros." pg. 72
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luana brigo 29/01/2017

Navegue a lágrima
A escrita de Leticia Wierzchowski tem um modo muito poético de fazer com que mergulhemos em sua história. Para mim foi quase impossível não ler em voz alta "Navegue a lágrima". Eu pude sentir o que os personagens sentiram, sorri e me entristeci junto deles.
A narrativa é contada do ponto de vista da editora Heloísa, que após uma perda decide se mudar para uma casa na zona litorânea do Uruguai, que antes pertencia a escritora Laura Berman.
A casa passa a ser um novo refugio para Heloísa e dentro daquelas paredes a editora vai descobrindo e imaginando fatos acerca da vida de seus antigos moradores. Ela até mesmo passa a ter visões dos Berman, em seus momentos de maior felicidade, quando ainda moravam lá.
A cada página Heloísa nos mostra um pouco das memórias daquela famíla e mesmo as suas próprias. Vemos ao mesmo tempo o quanto as vidas de Laura e Heloísa se conectam por meio das recordações.
Uma coisa interessante na obra é que Heloísa conversa sempre diretamente com o leitor, ela brinca e dialoga ao apresentar as recordações. Os capítulos alternam entre a editora comentando sobre a vida dos Berman e a sua própria. As reflexões e pensamentos tirados da obra sobre felicidade, casamento, perdas e superação compensam a leitura, independente da pequena quantidade de diálogos encontrada.
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Malu595 06/10/2017

Um livro leve, porém não surpreendente. Mesmo assim é um livro de leitura rápida e fácil. A história é diferente
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Rafael.Martins 02/11/2017

Um livro lindo. Singelo, cheio de passagens brilhantes de aquecer o coração. Me peguei navegando a lágrima em um ou outro momento. Esse livro, é uma poesia em formato de prosa. Um poema em formato de romance.

Em uma palavra: lindo.
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Glauci 18/02/2018

Leitura Concluída: Navegue a Lagrima – Letícia Wierzchowisk

Bom, nem sei bem o que falar desse livro.
Aqui temos a história de Heloísa, uma editora de meia idade que se muda para uma casa para recomeçar sua vida, respirar novos ares. Nessa casa em que ela vai morar, acaba encontrado pertences da antiga família que ali residia, e que de uma certa forma ela já conhecia. E através dos pertences que a família abandonou, ela vai se reencontrando, por associação.
É um livro bonito, narrado em primeira pessoa, com frases poéticas e filosóficas e que nos passam algumas reflexões. O que eu achei legal, foi esse mistério pois não sabemos se são ilusões ou alguma força da natureza, ou a bebedeira que faz a protagonista ver a família anterior. O que eu não gostei, foi a ausência de diálogos e a demora para acontecer alguma coisa. O livro tem um ritmo bem lento.
A diagramação do livro é belíssima, com uma capa prateada e as folhas amareladas, com letras azuis. Achei muito lindo, mas a história em si, além de ser bonita, não conseguiu me agradar completamente. Dei três estrelas no skoob - ☆☆☆

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Renata CCS 09/05/2018

Leitura preguiçosa.
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“No final somos todos iguais... Em tempos diferentes...”.
- Edny Senna


Logo após a perda de Lucas, seu segundo marido, a editora Heloísa decide mudar os ares de sua vida e compra uma casa no litoral do Uruguai, onde antes morou uma renomada escritora, Laura Berman, com sua família. Totalmente sozinha Heloísa passa seus dias em meio a móveis e outros pertences deixados pelos antigos moradores e que, de certa forma, ficaram impregnados com um pouco das memórias das pessoas que ali residiam.

Como se uma porta no tempo fosse aberta, a história dessas duas mulheres passa a se cruzar, como se Heloísa desse vida aos dias que a família Berman ali viveu, reconstruindo – ou reinventando – uma história da qual ela não fez parte, e assim, passa a ser testemunha de acontecimentos perdidos em um tempo passado que nem ela mesma é capaz de distinguir se é real ou imaginário. E isso não importa. O que realmente importa a protagonista é que a família de Laura parece distraí-la de sua própria realidade e, possivelmente, é apenas isso que ela precise naquele momento dolorido de sua vida. E no meio disso tudo, as duas mulheres terão suas vidas reunidas por meio de recordações.

Há tempos queria ler algo de Letícia Wierzchowski e escolhi NAVEGUE A LÁGRIMA entre os dois títulos que possuo por conta de suas 208 páginas com diagramação bem espaçada, imaginando que seria uma leitura rápida e uma boa oportunidade para conhecer o estilo da escritora.

Creio que a ideia de L.W. foi fazer o leitor enxergar o livro através dos olhos de Heloísa, que encontra uma casa cheia de história e significados para a sua própria vida. Honestamente, para mim, a identificação não ocorreu. Fui apenas uma observadora distante das duas histórias que eram narradas em paralelo.

A escrita da Letícia é bem poética e floreada de descrições de bom gosto, mas confesso que tive muita dificuldade para me concentrar nas palavras, frases, parágrafos, então a leitura seguiu arrastada até o final. É um livro com pouquíssimos diálogos e muitas reflexões. Fiquei com a impressão de que nada acontece, que tudo já aconteceu, ou que nada daquilo nunca aconteceu. Tudo é passado ou apenas imaginação. Se a ideia era fazer uma viagem sem sair do lugar, em nenhum momento consegui entrar na história e percorrer as páginas com Heloísa. Longe de ser um caso de livro ruim, essa foi apenas uma leitura com a qual não rolou química.

É uma obra elegante, sofisticada até, pois é um tipo de livro construído mais para fazer o leitor sentir do que para fazer algum sentido. Mas para mim faltou o essencial: emoção, e também uma pitada de carisma. Tem uma premissa interessante e ousada, mas faltou fervor na narração.

Bem, emoções são subjetivas. E cada pessoa sente o mundo de um jeito particular. O que há de mais mágico na literatura é o fato de cada leitor poder fazer a sua viagem, e a cada um vale ter a sua própria perspectiva.

Aos que gostaram, a certeza de que o subjetivismo é a única medida certa em literatura.

Talvez seja apenas mais um bom livro nas mãos da leitora errada...
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