Jóquei

Jóquei Matilde Campilho




Resenhas - Jóquei


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Bárbara 27/12/2022

O que eu acho lindo nos poemas da Matilde é que na maior parte do tempo a gente fica perdido sem entender o texto, mas de súbito encontramos sentidos e é num rompante que eles nos acometem, feito a vida e as direções que a gente escolhe. É também uma solidão não ser entendido e acho que posso apreciar a incompreensão também.
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Mariane Bach 22/12/2022

Eu li, mas não ficou nada.
Infelizmente, com exceção de uns dois poemas que gostei, os demais não fizeram sentido para mim, como se fossem frases desconexas que não formam uma unidade dentro do poema e não dizem nada.
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Jessica 25/11/2022

É leve, pra se deixar levar.
Se "ler poesia é chamar a dor pra uma valsa", Matilde nos enreda em um MPB num fim de tarde fresca no domingo. É aquele meio termo em ter muita esperança ou se agoniar pelo que se foi.

Não é meu estilo de poesia, talvez por isso não tenha me envolvido a tal ponto de atribuir mais estrelas. Não deixa de ser uma boa poesia e uma boa poeta em cada página de Jóquei. Leia e tome gosto por si.
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Anderson 20/10/2022

Depois de ler um poema de Matilde Campilho na página O poema ensina a cair (Instagram), comecei a buscar desesperadamente por esse livro. Agora que comprei e li estou profundamente decepcionado. Os poemas não me disseram nada. É triste.
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Pietra Galutty 01/10/2022

A poética dos meus estúpidos glóbulos vermelhos - ou é úlcera ou é amor
Matilde Campilho (1982-), escritora e poetisa portuguesa, em sua obra de estreia Jóquei, originalmente publicada em 2014 (e em 2015, no Brasil), nos fornece toda a sua genialidade e inovação poética. Palavras faltam para descrever a experiência que é a leitura de Matilde - agradável, confortável, musical, fluída, cheia de lirismo. Me tocou profundamente a poesia através de seus olhos.

Jóquei foi escrito entre Lisboa e o Rio de Janeiro - Matilde morou por três anos em terras brasileiras. E essa vivência é completamente perceptível na obra. Matilde criou a figura da "poeta-nômade" com sua biografia cheia de viagens, sua poesia reflete isso. É uma poesia de vivências com abordagem fluída.

"(...) Eu evitando o toque ruim dos ponteiros
do relógio que anuncia a já famosa fuga
de nossos corpos cada um para sua
ponta da cidade. (...)
É terrível a existência de duas retas
paralelas porque elas nunca se cruzam
e elas apenas se encontram no infinito".
(M. Campilho, Jóquei, Conversa de fim de tarde depois de três anos no exílio, p. 57).

O nome que a autora escolheu para dar a sua obra "Jóquei" faz referência à pessoa que participa da corrida de cavalo, que desbrava cidades e espaços. Aquele profissional que monta cavalos de corrida e que, com o tempo, cria uma relação amorosa imensa com o seu cavalo.

"(...) O que acontece é que tenho vindo a guardar alguns poemas.
Enterro-me noutras clareiras para que assim possa escapar-me da minha própria ideia de amor. (...) Sim, o amor veio e fez sua saudação. Não foi cortês nem bruto, não se apresentou como uma mudança de estação. Foi qualquer coisa como a entrada do fantasma de Platão no esqueleto de Aristóteles. (...) Recados de paixão há muito tempo abandonados. (...) E tempo para discernir o amor do que já é costume. (...) O que importa é ouvir a voz que vem do coração - seja o que vier, venha o que vier. (...) Daqui desta janela nortenha eu vejo o reflexo da água que se alojou em minhas rugas, e nem por isso eu sigo chorando. Venha o que vier, fico aguardando alguns poemas. Certas formas nos pertencem muito para além da memória".
(M. Campilho, Jóquei, A volta no cadillac de billy j., p. 83-85).

Na poesia de Matilde, o eu-lírico está em vários lugares ao mesmo tempo. Percebe-se um ar aventureiro. Matilde tem um jeito próprio de escrita, muito exclusivo. Há uma desconstrução da poesia tradicional, uma cadência musical - é uma leitura, em si, muito agradável. Matilde é atenta ao mundo contemporâneos e aos nossos muitos deslocamentos - sua poesia é cosmopolita.

"Era capaz de atravessar a cidade em bicicleta só para te ver dançar.
E isso diz muito sobre minha caixa torácica".
(M. Campilho, Jóquei, O último poema do último príncipe, p. 33)

"Meu filho tente
não fazer de ninguém
uma cidade (...)".
(M. Campilho, Jóquei, Mão dupla, p. 43-45).

O amor é um tema corrente. Ele é um desconhecido identificável, um parceiro na mesa de bar, um amigo. O amor elevado à máxima potência - quem sabe o que é?

"Cuidado rapaziada,
tenham atenção a esse nó
que acontece no estômago
no preciso momento em que
esperam por vosso amante
na pracinha junto à igreja.
Ou é úlcera ou é amor".
(M. Campilho, Jóquei, Panteão nacional, p.25).

"(...) É preciso muito mais do que certas condições
climatéricas para que o amor escorra".
(M. Campilho, Jóquei, Rua do alecrim, p. 64)

"(...) Foi a homenagem mais bonita que alguém alguma vez fez a um amor já morto. (...)
Senhor arranca-me o coração de pedra".
(M. Campilho, Jóquei, Milagres que não são contrários à natureza, p. 100).

"(...) Não sei se fala do amor por alguém
e isso não me importa nem um pouco
O amor desenhado à luz das flores velhas
não me interessa mais".
(M. Campilho, Jóquei, Golpe de 7 graus, p. 106)

Em sua poesia nota-se a mistura de influências linguísticas e culturais. Matilde mistura o inglês, o português (ora brasileiro, ora lusitano), o espanhol e até mesmo o italiano (perché no?). Em si, é uma escrita interessantíssima e uma marca registrada da autora.

"Amor de aço
Sabe aquele amor que permanece nos dias
Se espalha nos areais
sem tempo nem nome
Se enterra vezinquando nas barbas de um estrangeiro (...)
Meu velho amor e eu
escolhemos ver a revolução aquática
a partir da bancada do bar
Nos estamos quedando mayores mi viejito amor y yo".
(M. Campilho, Jóquei, Vendaval, p. 111-112).

A distância entre os corpos (o meu e o corpo amado) é um tema recorrente na poesia de Campilho. Afinal a poesia também serve como uma forma de encurtar distâncias, ou aceitá-las eternamente.

"(...) Aquela frase sobre o amor está escrita em cartazes espalhados por todas as cidades onde já estive. (...) Li sobre pássaros e passei a saber que os pássaros medem a distância em unidades de corpo e não em metros: a densidade de cada corpo não importa, o que importa é a distância entre eles. (...) Quando não pude mais com o silêncio escutei as canções. Soube da morte no mesmo dia em que soube que o amor sim é importante, mas não é imutável. Acho que chorei".
(M. Campilho, Jóquei, Tiger balm, p. 47).

"Poderia escrever teu nome
70 vezes seguidas
Mas isso não espantaria
a saudade que sinto (...)
Isso em nada iria melhorar
a falta que faz teu corpo
dentro da sombra invisível
que diariamente se senta
a meu lado no restaurante
às 11 horas da manhã".
(M. Campilho, Jóquei, Dia de são tomé, p. 65)

"(...) Mudou tudo, honey, e a distância entre nós não foi certamente a causa para toda a explosão. (...) We've changed, honey boo, mas os climogramas permanecem".
(M. Campilho, Jóquei, We've changed honey boo, p. 97-98).

Por fim, Matilde Campilho carrega uma poesia sobre retornos, mas também sobre merecidos finais. É muito sobre o que diz a própria vida - uma hora você faz as malas, se despede e ganha asas, outra hora você retorna.

"Ele falou que eu precisava voltar
porque eu era sua família. (...)
Não tem notícia de você na cidade
faça-me um favor e volte (...)
Já chega de se inscrever
nesse campeonato do desapego
você sempre perde já deveria saber (...)
Você precisa voltar foi o que ele falou
volte por favor meu amor volte pra casa
então eu fiz a mala e foi por isso que eu voltei - eu voltei porque me chamaram".
(M. Campilho, Jóquei, Alguém me avisou, p. 52-54)

"Aquele amor
aquele que eu pensei que se despedaçaria como
um meteorito no Minnesota
(uma coisa assim estrondosa abusiva
gritante maravilhosa
estilhaço prolongado
cheio de uivos)
Afinal caiu silencioso
como um aviãozinho de papel
passeando em Itaparica
em dia da apanha dos morangos".
(M. Campilho, Jóquei, Badland, p. 121).

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rufininha 10/09/2022

Descobri a Matilde Campinho pelo Instagram - como imagino que aconteceu com seus leitores mais recentes. E que descoberta gostosa! Um livro de poesia, que me tirou uma certa resistência que já tive com poesias: sem a necessidade de estrofes demarcadas e rimas entre as linhas, a Matilde dança com as palavras e toca a gente de maneiras diferentes. Confesso que não entendi alguns poemas e prosas, mas isso não influenciou em nada a minha experiência de devorar esse livro? aliás, acredito que poesia é assim né? Tem dia que toca, tem dia que não toca e, justamente por isso, é um livro que vale a pena ser revisitado em diferentes fases da vida.

?e isso diz muito sobre minha caixa torácica?martela frequentemente na minha cabeça e na caixa torácica.
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Lais412 21/07/2022

Matilde é obra-prima!
Matilde traz alma para sua escrita. Poesia incrível. Cada palavra escrita é de uma forma meticulosa e delicada apresentada ao leitor. Leiam ?
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Carol 20/07/2022

Até então só acompanhava os poemas de Matilde pelo YouTube e ouvi-la declamando é uma das minhas coisas preferidas na vida. Poder ler seus poemas foi uma experiência completamente diferente, a qual também me tocou profundamente. Marquei diversos poemas.
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Milenas4 19/07/2022

acho que esse não era o momento de ler esse livro, não entendi muita coisa, talvez eu tente novamente depois
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Wagner269 12/07/2022

No meio da leitura deste livro tive a sorte de poder pegar um autógrafo da autora.

Se puder não esqueça
O rosto calmo do tigre
Que está parado na porta
Esperando para entrar
E para depois nos atravessar.
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Vi 08/05/2022

apesar de não ser muito fã de crônicas e poemas, eu amei muito! acho que é um livro bem levinho até pra quem não é acostumado com esse tipo de escrita
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Keit Larrama 31/03/2022

E isso diz muito sobre minha caixa torácica
Conheci livro "Jóquei " de Matilde Campilho porque um trecho de um vídeo da autora recitando o poema " O último poema do último príncipe" viralizou no Instagram. Inclusive, é o meu poema preferido desse livro. Confesso que a primeira parte do livro é a mais bonita . Além, da temática de romântica a Matilde aborda temas mais revolucionários e também poesias saudosas sobre a observação de lugares onde esteve. Somado a isso algumas poesias são escritas em até 3 idiomas um jogo de linguagem bem gostoso e divertido. Eu gostei bastante da leitura . Mas confesso, os poemas finais não foram tão empolgantes como os iniciais ?
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yas 27/03/2022

Português de Portugal
Leitura leve e envolvente. Estava rolando o feed do instagram quando encontrei o vídeo de uma mulher muito bonita recitando um poema curto, mas profundo. Pesquisei mais sobre e descobri que o nome da mulher era Matilde Campilho e o poema era de um livro autoral chamado Jóquei.

O ÚLTIMO POEMA DO ÚLTIMO PRÍNCIPE

?Era capaz de atravessar a cidade em bicicleta só para te ver dançar.

E isso
diz muito sobre minha caixa torácica?
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amanda weibel 10/03/2022

poesia gostosa. me fez viajar ao redor do mundo e me sentir pertencente de tudo aquilo que ela falava
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