Podres de Mimados

Podres de Mimados Theodore Dalrymple




Resenhas - Podres de Mimados


106 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Marcos 09/07/2022

Esperava mais
Li buscando reflexões sobre o mimo, podia ser questões sociais, psicológicas, culturais ou filosóficas.. As o começo do livro me lembrou uma briga por tentar demonstrar o porquê do autor estar certo com outros escritores. Além disso, para argumentar em seu favor, Dalrymple força a barra em guns pontos e em outros me pareceu que se equivocou mesmo. Esse erros quase me fizeram desistir do livro, mas ao fim ele trás boas reflexões. Ainda não é o que preciso ou busco, mas foi um começo para tentar entender a sociedade que acha que possui direitos sem deveres.
comentários(0)comente



Eloah Baracho 02/06/2022

Podres de mimados
Rousseau foi, certamente, estapeado por essa obra. Para Dalrymple, a máxima do filósofo "O homem nasce bom e a sociedade o corrompe" é de uma imbecilidade atroz. Essa categoria de afirmativa, constantemente difundida por pseudointelectuais, na ótica do autor, fomentou o cerne do vitimismo no atual século, cada vez mais espargido e infeccioso. Trouxe à tona um analfabetismo moral que dá ânsia, a autopromoção, o bramido das lamentações e a hegemônica opinião alheia diante do ato de consternar-se à luz da esfera pública.
As vertentes da lamúria disfarçada de autocongratulação são imensuráveis. Theodore fez um trabalho incrível ao explicitar casos emblemáticos como o de Madeleine McCann: uma garota que desapareceu durante uma viagem da família para Portugal. Em meio a tantos outros sequestros e sumiços de inúmeros jovens e crianças britânicas, Madeleine recebeu uma "comoção" exacerbada por toda a Europa, mas engana-se quem, em algum momento, pressupõe tal mutirão como um ato de complacência. Adquiriam-se camisetas, pulseiras e posters pela justiça da menina e, na sequência, condenavam pai e mãe por não demonstrarem emoção diante das câmeras.

Como bem retratado:
"Como as multidões têm o direito de esperar e de exigir, como se o mundo fosse uma gigantesca arena para seu divertimento, segue-se que eles acidentalmente mataram a própria filha e a enterraram para salvar suas carreiras. Essa monstruosa inferência, publicada para a leitura de milhões, baseia-se no pressuposto de que quem não chora não tem sentimentos, e quem não tem sentimentos deve ser com os mais hediondos crimes."
É cada vez mais evidente que a virtude e a bondade baseiam-se no quanto se consegue aparentá-las, nunca sê-las. A comiseração berrada evoca confiança aos tolos, sinonimizando honestidade e caráter, de modo que a ocultação de qualquer ação/sentimento é proveniente de um ser desleal e desprovido de compaixão.
"O culto do sentimentalismo destrói a capacidade de pensar, e até a consciência de que é necessário pensar. Pascal tinha toda a razão quando disse:
Esforcemo-nos, portanto, para pensar bem. Este o princípio da moral."
comentários(0)comente



Fer 02/06/2022

Que bela reflexão
Uma leitura imprescindível em um período de tanto excesso de sentimentalismo que estamos vivendo. Reflete as causas e consequências.
comentários(0)comente



Keila Peretto 06/03/2022

Sentimentalismo nosso de cada dia (infelizmente, tão presente)
Demonstração legítima de sentimentos? Quando a ocorrência é em esfera pública, não sabemos mais se é digna de confiança - isto é, se é válida e verdadeira - uma vez que atualmente, em nossa sociedade, o apelo ao sentimentalismo como forma de manipulação é tão comum. Dalrymple, nesta obra de poucas páginas, demonstra muitíssimo bem como o sentimentalismo está impregnado nas relações contemporâneas, valendo-se de exemplos reais a fim de comprovar suas teses. Fiquei bastante surpresa ao saber da cobrança pública sobre a Rainha Elizabeth durante a morte da Princesa Diana: a sociedade inglesa esperou por uma demonstração de lamento por parte da monarca, com o propósito de verificar quais seriam os reais sentimentos desta pela princesa: se a rainha não demonstrasse publicamente seus pesares pela morte de Diana, significaria, para o público, basicamente a ausência de tristeza real. Que absurdo! Quanta desconfiança. Essa cena ilustra como, nos dias atuais, a exposição pública se tornou uma necessidade para validar aquilo que sentimos, pensamos e somos. Não me isento de culpa: também espero que as pessoas expressem publicamente suas emoções e acho estranho quando isso não é feito. Isso é resultado da forma em que pensamos hoje - o autor tirou uma venda dos meus olhos.

Além disso, dentre outras questões, Dalrymple também discorre acerca da condição de vítima na qual muitas pessoas se colocam a fim de serem isentas de responsabilidades e julgamento - se sou vítima de algo, torno-me "intocável", pois não se pode medir, discorrer e julgar o sofrimento alheio, pouco importando se a condição é legítima ou se contribuo para a minha própria infelicidade (é quase um pecado desconfiar e analisar a causa "dos males"). Segue um trecho da obra:

"O desejo ou ânsia de se transformar numa vítima tornou-se tão grande que hoje as pessoas afirmam ser vítimas do seu próprio mau comportamento [...] assim, o viciado se transforma numa vítima e, quanto piores os efeitos do seu vício, para si e para outros, mais vítima ele é. [...] o sofrimento se tornou a marca da condições de vítima, não importando a sua origem. Não se faz qualquer distinção entre o sofrimento que é autoinfligido e aquele que é inteiramente fortuito (e muito menos entre todas as sutis gradações intervenientes)."

Para finalizar, em poucas páginas Dalrymple desnuda diversas situações sociais baseadas em puro sentimentalismo, demonstrando as consequências desse modo de agir e de enxergar as coisas à nossa volta. Certamente farei a releitura. Vale muito a pena, muda a forma com que vemos as relações e situações que nos cercam diariamente.
comentários(0)comente



Adilson22 02/03/2022

Muito bom. Muito esclarecedor. Recomendo muito. Se a sociedade entendesse o mal que faz tanto sentimentalismo, o mundo seria melhor, mais racional.
comentários(0)comente



robertals 28/02/2022

O livro faz uma crítica sobre o sentimentalismo tóxico. O autor analisa como esse sentimentalismo acontece na sociedade. Para Theodore Dalrymple (o autor), o sentimentalismo não é contra qualquer expressão de emoção, e sim como, quando e com que força essa emoção deve ser expressada e qual o papel dessas emoções na vida do ser humano (pág 78). Ele destaca que por conta do sentimentalismo há muitos males na sociedade atual, entre eles a concessão de todo desejo, a expressão irrefletida das emoções e o exibicionismo.
É um livro bom para ser lido sozinho e não conciliado com outras leituras (infelizmente eu conciliei), requer do leitor um pensamento crítico e alerta, mesmo que seja para discordar do autor. Leitura constante e reflexiva. Pretendo ler novamente, pois, apesar de concordar com algumas opiniões do autor, o considerei um pouco insensível em algumas falas, talvez porque, de fato, costumo romantizar muitos aspectos da minha vida e essa leitura vem praticamente contra isso. Super recomendo a leitura.
almeidalewis 02/03/2022minha estante
Gostei da sua resenha Rô ???


robertals 02/03/2022minha estante
Obrigada, querido ?




---- 11/02/2022

Interessante pra nós trazer até uma realidade sentimental. Precisamos mesmo ser tão expostos? Tão fraquinhos?
Será que não é hora de começar a ver as coisas mais perto no branco?
comentários(0)comente



Luiz.Ricardo 04/02/2022

Um traço mais marcante hoje do que no lançamento do livro
O livro, apesar de ter sido lançado originalmente em 2010 (só chegou aqui em 2015), capta uma faceta bastante atual da nossa sociedade: a superexposição do sentimentalismo.

Algo muito mais atual hoje, onde as redes sociais tornaram-se cada vez mais vitrines das nossas vidas, em tempo real, em que a maioria quer sinalizar virtudes.

Além disso, o autor nos fornece argumentos de como este aspecto da sociedade pode ser prejudicial, seja na educação, na justiça, ou em políticas públicas.

O livro é bastante incisivo em seus pontos e vai direto ao assunto, sem rodeios. Por isso mesmo é curtinho e vale a pena pela quantidade de conteúdo em 208 páginas.
comentários(0)comente



Dani 31/01/2022

Leitura importante
Não estou acostumada a ler esse tipo de livro, mas fiquei extremamente satisfeita com a leitura. Tive que sair da zona de conforto e pesquisar o significado de várias palavras, o que tornou o processo de leitura um pouco chato em alguns dias mas não me arrependo. O autor fornece uma visão do país dele que pode ser aplicada à sociedade como um todo em vários aspectos e me deixou pensando por um bom tempo.
comentários(0)comente



Suh 27/01/2022

Excelente leitura! Um estudo sobre sentimentalismo e como o culto a ele afetou e modificou a sociedade em que vivemos. Achei especialmente interessante a análise do autor sobre a diferença que deve haver entre comportamentos públicos e comportamentos privados - indo na contramão da sociedade, que diz que lágrimas choradas em secreto são lágrimas desperdiçadas - bem como a parte em que ele analisa a condição atual das vítimas, mais precisamente a elevação da opinião da vítima para o status de soberana, pelo simples fato de se considerar vítima.
É um livro que precisa ser estudado e lido por inteiro, partes soltas podem ser mal interpretadas. Te faz pensar e reavaliar seus próprios posicionamentos, caso esteja aberto a isso.
Achei que em alguns pontos o autor se perdeu um pouco nos pensamentos (especialmente quando tratava de política).
comentários(0)comente



arlete.augusto.1 26/01/2022

Para refletir
São muitas críticas ao assistencialismo, propostas bem interessantes que nos fazem refletir sobre o tema e, quem sabe, percebendo o que está errado, talvez conseguir melhorá-lo. Lógico que o livro se aplica à realidade da Inglaterra, aqui, no Brasil, estamos muito aquém de prestar a mínima assistência aos mais necessitados. Mas muita coisa poderia ser feita se empregássemos com mais critério a verba disponível, sem as distorções da má política eleitoreira.
Recomendo!
Roberta 23/02/2022minha estante
Ótimo!




GeL 18/12/2021

Resenha para o blog Garotas entre Livros
Hey galera, tudo bom por aí? Hoje apresento para vocês o livro Podres de Mimados – As Consequências do Sentimentalismo Tóxico, do autor Theodore Dalrymple. Um livro bem fora da minha zona de conforto e que eu amei ter lido e conhecido, vou contar um pouco sobre o que encontramos nele e espero que essa resenha te instigue a querer ler também.

Bom, o livro é uma análise psicológica sobre o perigo do sentimentalismo tóxico. O autor faz também uma crítica social e nos mostra com exemplos, como ele acontece na sociedade. O livro é dividido uma introdução e 6 artigos, onde aos poucos ele vai desenvolvendo seu pensamento sobre o tema.

O primeiro artigo é sobre O Sentimentalismo, onde ele disserta sobre o conceito de sentimentalismo, em seguida ele explica O que é Sentimentalismo. Essas duas primeiras partes nos preparam para os capítulos seguintes, onde vamos ver na prática tudo aquilo que ele conceituou anteriormente, porém direcionado para temas diversos.

Em Declaração de Impacto Familiar, ele nos mostra um procedimento muito comum no judiciário inglês. Quando uma pessoa é assassinada, a família tem o direito de escrever uma carta para ser lida no dia do julgamento do réu, na carta é apresentado o impacto que a morte daquela pessoa causou na família. Esse capítulo é interessante porque o autor traz um exemplo e nos leva a questionar o peso que a morte tem e se existe diferença por ter sido uma pessoa cheia de qualidades ou não.

Em seguida ele fala sobre a Exigência de Emoção Pública. Aqui ele exemplifica com casos que ficaram mundialmente famosos, como o da menina Madelaine que desapareceu do quarto de hotel onde sua família passava férias em Portugal. O caso tomou proporções mundiais e colocou em xeque a forma como a família, especificamente a mãe da menina, reagiu ao desaparecimento da filha.

O capítulo seguinte é sobre O Culto da Vítima, onde vamos entender como algumas pessoas se colocam no papel de vítima e se aproveitam dessa situação. Ele fala sobre Silvia Plath e seus poemas, e os casos de fraude de pessoas que fingiram viver determinadas situações para conquistar a simpatia de um grande público, para logo em seguida serem desmascarados. Um exemplo que ele cita e a de um homem que escreveu um livro dizendo ter vivido em um campo de concentração nazista quando era criança. O livro foi um sucesso enorme, mas pouco tempo depois ele foi desmascarado e os livros foram recolhidos.

Para finalizar, o autor comenta sobre a questão da pobreza, especificamente na África, e a hipocrisia do discurso de muitas pessoas. Esse capítulo é interessante porque o autor traz um olhar diferenciado sobre o tema, ainda mais por ter vivido em países nesse continente.

O livro é sensacional, como eu disse, ele nos faz olhar para as situações da vida de forma diferenciada. Eu mesma posso afirmar que comecei a questionar muitas situações após a leitura dele e creio ser justamente um dos propósitos do autor ao escrevê-lo. Indico demais a leitura, a escrita é muito fluida e palatável. O tema é interessante e o Theodore consegue escrever de uma forma atrativa. Eu amei a experiência de leitura e indico que vocês leiam também.

Fica a dica e até breve!

site: https://www.garotasentrelivros.com/2021/12/resenha-390-podres-de-mimados.html
comentários(0)comente



Renata 30/10/2021

Theodore Dalrymple é preciso quando descreve o mal que o sentimentalismo exagerado exerce na sociedade. Traz uma reflexão sobre o excesso de emoções e vitimismo que torna o ser humano incapaz de ser forte ou de sofrer alguma frustração. Uma leitura obrigatória e muito atual com o que ocorre no mundo de hoje.
comentários(0)comente



Audrey 29/10/2021

Livro denso
Está é uma leitura bem densa, mas um livro com muitos ensinamentos gostei muito mesmo dele e super recomendo!

Não é uma leitura fácil e não é para qualquer um.
comentários(0)comente



Aline 17/09/2021

Muito bom, mas cansativo de ler.
Podres de Mimados é um dos livros mais importantes para o entendimento do início da geração "mimimi" e suas graves consequências no futuro. Theodore inicia a obra de modo cronológico, quando descreve como as crianças da Grã-Bretanha começaram a "mandar" em seus pais. O autor exemplifica alguns casos pelos quais a própria escola incentiva a criança a não ser corrigida para não existir um "constrangimento" e como isso está moldando jovens que não tem capacidade de leitura e interpretação do texto, pois, os professores devem deixar a criança "aprender sozinha".

O autor também aborda sobre como a sociedade glorifica o comportamento público de empatia e como as pessoas são julgadas por não revelarem seus sentimentos (seja luto e etc) para a audiência, ocasionando um cancelamento e até mesmo, mudanças em decisões judiciais (ele exemplifica o caso de uma mãe que não sofreu pela morte do filho e foi julgada como culpada pela sociedade, sendo que anos depois, foi descoberta a sua inocência).

Ele comenta sobre os casos sensacionalistas da mídia e também, de autores de livros que vendem sentimentalismo em suas biografia falsas. Aborda casos em que a exigência do sentimentalisto virou exemplo de bastião da moralidade e como isso pode inteferir futuramente, já que nada poderá mais ser dito sem temor. Exemplifica com maestria como o mundo de hoje já foi pior em todos os sentidos e que hoje, a classe média vive como um rei vivia.

Vale muito a pena ler essa obra, confesso que me senti uma guerreira ao terminar, pois, achei o estilo do autor bem cansativo, mas fico feliz de ter obtido tanto conhecimento através dela.
comentários(0)comente



106 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR