Eu Te Darei o Sol

Eu Te Darei o Sol Jandy Nelson




Resenhas - Eu te darei o sol


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Flavia.Souza 19/07/2018

Desconcertante
Nem sei como resenhar esse livro. É um misto de sensações.
Eu te darei o sol traz a história dos irmãos gêmeos Jude e Noah, que devido a mentiras, ciúmes e inveja têm suas vidas levada por caminhos de dor e sofrimento. A história é contada pela perspectiva dos dois irmãos, em tempos deferentes, que vão se alternando, sendo que Jude tem maior participação da narrativa.
Não é o tipo de romance que gosto, porém como li várias resenhas legais, resolvi apostar nele. E não chego a me arrepender, mas não curti. Não gostei da narrativa da historia, achei que demorou muito pra desenvolver os principais pontos. Continuei porque esperava um grande final e não veio. Sabe quando você lê um livro e, por muitos momentos precisa voltar a leitura toda pois não lembra do que aconteceu por que se dispersou? Eis o que aconteceu comigo. Não, não é um livro ruim, porém poderia ser mais objetivo e menos cansativo, ao meu ponto de vista. "Não rolou química entre nós", digamos. O enredo não fugiu tanto do obvio, mesmo com tantas temáticas que ele aborda e que poderiam ser muito mais exploradas.
Não encontrei resenha negativa, acho que será a primeira, mas é minha opinião.
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Thay 02/07/2018

Eu te darei o sol
Um livro lindo com uma história e leitura maravilhosas. A escrita da autora é tão boa que é quase impossível se entediar. Amo esse livro.
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-vinis 24/06/2018

QUE LIVRO MARAVILHOSO <3
Confesso que hesitei antes de pegar um livro de 384 páginas como sendo o primeiro após um semestre inteiro com ressaca literária, mas não me arrependo nem um pouco. A leitura foi uma das mais incríveis e surpreendentes que eu já fiz, e fluiu de uma forma surpreendente (é perceptível quando se lê um capítulo enorme, e só percebe que ele beirava 90 páginas quando termina o mesmo, e ainda sim continua a leitura durante a madrugada porque dormir não é uma opção naquele momento).

Eu me apaixonei e me desapaixonei por Noah e Jude tantas vezes durante o livro, e fico feliz que ao terminar, tudo o que eu quero é encontra-los, dar um forte abraço e conversar sobre arte.

Eu Te Darei o Sol foi uma leitura marcante, que me fez parar diversas vezes para simplesmente ficar encarando a parede refletindo e sentindo sobre o que tinha lido, questionando escolhas dos personagens e questionando minhas escolhas logo após.
Jandy Nelson, obrigado
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Coisas de Mineira 06/03/2018

“Antes de deixar a escola, consultei o Grande Oráculo: o Google. Pesquisas pela internet são melhores do que folhas de chá ou cartas de tarô. Você questiona: Sou uma pessoa má? Esta dor de cabeça é sintoma de um tumor cerebral incurável? O que devo fazer quanto a Noah? Então você separa os resultados e encontra suas respostas.”

A resenha de hoje é de um livro lançado em 2015 pela editora Novo Conceito. “Eu Te Darei o Sol” conta a história de Noah e Jude, um casal de irmãos gêmeos que sempre foi muito unido, apesar de serem bem diferentes: Noah é o garoto estranho, que não tem outra amizade além de sua irmã e adora pintar e desenhar - imagina suas pinturas o tempo inteiro na cabeça -, o menino também acredita que seu pai não gosta muito dele, mas apesar disso, conta com o grande amor de sua mãe. Já Jude, é a menina dos olhos do pai - para os irmãos -, tem vários amigos e é popular entre eles, a menina também possui um grande talento no mundo artístico, fazendo esculturas, apesar de não acreditar nele e não contar sobre ele para as pessoas. Apesar das diferenças, os irmãos vivem bem, até que alguns acontecimentos começa a distanciar os dois, e uma tragédia acaba por separá-los.

A história começa com Noah narrando os acontecimentos de quando eles tinham treze anos, o capítulo de Noah se intitula o “Museu do Invisível”, o livro estava fluindo bem, sem ter muitas surpresas por ser o início da história, mas logo no segundo capítulo vemos Jude narrando os acontecimentos, não de quando tinham treze anos, mais com dezesseis e com título de “A História da Sorte”. Acredito que quando vi a história dar esse pulo, meu interesse pelo livro aumentou ainda mais. A autora intercalou o livro entre o antes e o depois da tragédia, onde vamos descobrindo os pequenos acontecimentos que mudaram a vida dos irmãos e depois como eles ficaram três anos depois.

“O roupão azul dele brilha sob o sol como se fosse de um rei. Ele joga o cigarro no chão e depois abaixa a cabeça e a segura com as mãos - espere aí, o que é isso? E então eu vejo. Essa é a pose verdadeira, cabeça nas mãos com a tristeza saltando dele e vindo na minha direção.
(Retrato: Menino Sopra a Poeira.)”

O que mais me deixou animada é que da forma que a autora escreveu, não deixou o livro confuso, fazendo que um capítulo completasse as lacunas do outro mesmo com a passagem de tempo de três anos. A história também não é nada superficial, e aponta vários problemas da adolescência, como a descoberta da sexualidade e do primeiro amor, além de mostrar as relações familiares. A história é completamente envolvente, do inicio ao fim e acabou virando um dos melhores livros que eu li - acho que tudo que a Jandy escrever vai ser assim, vamos esperar o próximo para ver.

A capa do livro ficou bem bonita - inclusive, algumas pessoas que me viram com ele na rua até elogiaram a capa -, em um amarelo ouro e com um sol representado, dentro do livro, o desenho do sol também é utilizado. A autora Jandy Nelson é agente literária, poetisa e acadêmica, seu primeiro livro “O Céu Está em Todo Lugar” foi lançado no Brasil em 2010 - quem ainda não leu, recomendo que leia, pois é muito bom. “Eu Te Darei o Sol” é o segundo livro na carreira da autora e teve várias premiações e entrou para algumas listas importantes de literatura como: Prêmio Michael L. Printz e Prêmio Stonewall Honor, de 2015, Top 10 da lista de livros Young Adult da revista Time de 2014, Um dos 12 melhores livros Young Adult do Huffington Post de 2014.

“Fecho os olhos e, por um instante, é como se eu tivesse acordado de um repouso profundo, como se alguém tivesse me tirado do granito. Porque eu percebo: não importa que Noah me odeie, que ele jamais me perdoe. Não importa se eu perder Noah e o papai para sempre. Simplesmente não importa. Tenho que reavivar o sonho dele. Isso é o que importa.”

Por: Ana Elisa Monteiro
Site: http://www.coisasdemineira.com/2018/03/resenha-eu-te-darei-o-sol-jandy-nelson.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 19/02/2018

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
Algumas partes são narradas por Noah aos 13 anos, e outras por sua irmã gêmea, Jude aos 16. Vemos no livro como eles, antes, inseparáveis, foram se distanciando com o tempo. Aos 13 anos, os dois passavam pelos complicados momentos da adolescência. Noah era gay mas guardava isso em segredo. Jude se rebelava com a mãe que não queria que ela fosse "esse tipo de menina", uma menina que só pensava em garotos.

"Não me importo com o fato de não ser tão difícil quanto eu achava fingir ser como todos os outros, mudar a cor da pele como um sapo." (página 130)

Aos 16, as coisas estão completamente mudadas. Jude não quer de jeito nenhum saber de namoro ou de meninos, e está na escola de arte onde Noah é que sonhava em estudar. Enquanto isso, ele aparentemente tem uma namorada e é um garoto como todo os outros, não mostrando mais seus dons artísticos. O que aconteceu para que esses dois mudassem tanto? É o que vamos descobrindo ao longo da história que nos reserva surpresas até nas páginas finais.

"Meu estômago revira. A Queda do Diabo, o segundo maior salto na colina, que eles pretendem suar para me jogar, tem esse nome por algum motivo. Lá embaixo há um punhado de rochas afiadas e um rodamoinho que puxa seu corpo todo quebrado para o mundo subterrâneo." (página 12)

A trama já começa com Noah sendo alvo de bullying por parte de outros garotos, há uma cena desesperadora e revoltante onde eles querem jogá-lo de uma penhasco. Esse foi o segundo livro da Jandy Nelson que li. O primeiro foi "O céu está em todo lugar", que entrou para os meus favoritos. Então, eu estava com expectativas altíssimas para ler "Eu te darei o Sol". Demorei um pouco para me envolver com a história, talvez pela escrita da autora, que usava muito de sentido figurado, um exemplo: "Suas pupilas são enormes cavernas negras onde vivem morcegos." (página 132) ao invés de dizer simplesmente que "seus olhos eram escuros". Mas passados alguns (longos) capítulos, me vi sim cativada pela história e terminei o livro encantada e ainda mais fã da Jandy.

"- (...) E, por causa dos cabelos dela, uso todos os meus lápis amarelos desenhando-os. Eles têm centenas de quilômetros de comprimento e todos no norte da Califórnia temem se enrolar neles, principalmente criancinhas e poodles e agora surfistas babacas.
(...) Jude me olha do desenho, ensolarada, sábia. Obrigado, eu lhe digo em minha mente, Ela está sempre me resgatando..." (página 11)

Os personagens criados pela autora são interessantes, todos eles carregam seus traumas que se interligam de maneiras surpreendentes. Minha curiosidade era enorme para descobrir como Noah não foi selecionado para a escola de arte que tanto desejava e como ele havia "voltado para o armário" e se tornado tão "comum". No início, Jude parece ter sido uma garota que fez coisas horríveis por inveja da relação do irmão com a mãe; depois, aos 16 anos, ela se pune por isso. A "pessoa" mais próxima dela é a avó morta, com quem ela conversa, e que tinha um caderno de sabedorias populares batizado de "a Bíblia da Vovó" (tem mais um outro fantasma, que só lhe causa problemas [coloquei os trechos da Bíblia da Vovó em itálico na resenha). Mas quando descobrimos mais da história, entendemos que nada é como parece, que há segredos tão profundos nessa história, que quem parece inocente pode ser o culpado.

"- A Jude e eu nos protegemos um pouco - continua ela. - É preciso muita coisa para nos atingir. Com você e o papai, não. - Isso é novidade. Nunca pensei que fosse parecido com o papai. (...) Sou apenas alguém que 'desenha'. E dói em meu peito o fato de a mamãe pensar que Jude é parecida com ela e eu não. Por que tudo o que eu penso sobre nossa família está mudando? Por que os times estão sendo trocados? Todas as famílias são assim?" (página 289)

Gostei muito da forma como a autora abordou temas tão importantes na obra, como o conturbado momento de transição da infância para a adolescência, a disputa por atenção entre os irmãos, a relação com os pais, a homossexualidade, e a história de Jude, que passou por algo que muitas garotas passam, na fantasia de se sentirem adultas quando ainda são meninas, correndo o risco de ter sua inocência roubada gerando traumas e arrependimentos.

"- Ele tem namorada.
- Você não tem certeza disso. Ele é europeu. Eles têm valores diferentes.
- Você nunca leu Jane Austen? Os ingleses são mais recatados do que nós, não menos.
- Uma coisa que aquele menino não parece ser é recatado. - O rosto inteiro dela se contorce numa piscadela. Ela não sabe piscar sutilmente, não sabe fazer nada sutilmente." (página 218)

Acho que a mensagem que a obra quis passar foi a importância da verdade e de como o nosso egoísmo pode prejudicar muita gente quando achamos que podemos definir como nossa mãe, nosso pai, nossos irmãos ou nossos amigos devem viver em nossa função.

"Viro-me, lembrando novamente que fomos feitos juntos, célula a célula. Somos a companhia um do outro desde quando não tínhamos ainda olhos ou mãos. Antes mesmo de termos alma." (página 87)

"Eu te darei o Sol" foi um livro que me fez aprender um pouquinho sobre a Arte, que me despertou diversas emoções, me fez odiar e amar um mesmo personagem na medida em que fui conhecendo-o, e que com certeza vai ficar gravado em minha mente por um bom tempo. Os livros da Jany Nelson são assim, intensos para quem os ama. E se você ainda não o leu, leia com calma, prepare-se para a linguagem poética e cheia de figuras de linguagem e vá até o final, fazendo pausas se necessário.

"O vermelho mancha meus dedos, o batom dela. Aconteceu mesmo. Todas as pessoas têm esse sabor de laranja estragada por dentro? Eu sou assim? O Brian é assim?" (página 133)

Não tenho como escolher entre ele e o primeiro que li da autora para indicar, mas meu favorito continua sendo "O céu está em todo lugar". Li "Eu te darei o Sol" na Maratona Literária Desencalhando Livros, pouco depois de "Meu coração e outros buracos negros", e talvez para mim tivesse sido melhor dar um tempo maior entre as leituras de dois young adults com personagens que desenham.

"Sempre que há gêmeos, um deles é um anjo e o outro um demônio." (página 49)

A edição da Novo Conceito tem uma capa bonita e condizente com a trama. Há poucos erros de revisão. As páginas são amareladas. A diagramação traz letras, margens e espaçamento de bom tamanho.

"- Como Noah e eu nos envolvemos tanto em segredos e mentiras?" (página 253)


site: https://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2018/02/resenha-livro-eu-te-darei-o-sol-jandy.html
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Karen Silva 29/01/2018

“O amor é apenas a metade da história.”
Noah e Jude são irmãos gêmeos, e ainda assim não poderiam ser mais diferentes. Apesar da famigerada ligação entre gêmeos que sempre ouvimos falar, eles competem constantemente pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia.

Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém.

Quem nunca se sentiu em uma constante disputa por aprovação com alguém próximo? Quem nunca amou e odiou alguém ao mesmo tempo? Pessoas que despertam nosso melhor e pior são as que mais marcam nossas vidas, e foi isso que Jandy Nelson nos mostrou brilhantemente em sua narrativa.

A história é narrada entre os pontos de vista de Noah e Jude. A narrativa de Noah ocorre durante a pré-adolescência de ambos e é inocente, brilhante e cheia de vida. Já a de Jude se passa após a maior tragédia que sua família poderia vivenciar, e é conflituosa e dolorosa.

Entre as duas visões, nós acompanhamos o desenvolvimento dos irmãos e o que os levou a se separem e se odiarem com tanta intensidade. Entre perdas, culpa e muita dor, Noah e Jude nos faz mergulhar em sua história e torcer por eles.

A escrita da Jandy é absolutamente marcante e seus personagens tão cheios de vida que nos acompanham muito depois de a última página ser virada. A autora une ficção e realidade de uma forma mágica e cativante, nos fazendo sentir parte dos personagens e de suas vidas.

Eu Te Darei O Sol está entre os melhores YA's que li nos últimos tempos. Jande Nilson é uma artista que pinta e esculpe com suas palavras e me encantou completamente. E parece que nada do que escreva vai fazer jus a esse livro.

site: www.instagram.com/lendodepijamas/
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mikele | @respiropalavras 23/01/2018

Vamos reconstruir o mundo?
Noah e Jude são gêmeos que compartilham o mundo desde o momento em que nasceram.

Eles também compartilham uma dor que criou uma distância absurda. Eles estão juntos, mas não perto. Agora, ambos terão que encontrar o caminho de volta para o coração do outro.

'Eu te darei o sol' foi um livro que me conquistou aos poucos. Tímido, ele se apresentou como uma leitura baseada na simples curiosidade e sem nenhuma expectativa, em seguida, foi mostrando sua sensibilidade e, quando dei por mim, já estava encantada.

Não sei o que me ganhou primeiro: a narrativa poética, a delicadeza na construção dos personagens - cheios de defeitos que os tornam tão humanos-, as verdades sobre a vida, ou o amor entre os irmãos. Quem sabe, todo este conjunto me atingiu de uma só vez e não tive escolha a não ser amar o livro.

Noah foi um querido desde as primeiras páginas, estar na sua mente era incrível, queria ser sua amiga e protegê-lo do mundo. Jude me deixou com um pé atrás no início, mas no decorrer da leitura a verdadeira Jude foi se revelando e pude ver suas partes feias e belas.

Os capítulos são enormes, isto é verdade. Pode ser cansativo inicialmente, isto também é verdade. Mas chega um momento em que você compreende a necessidade de tantas páginas, a necessidade em dizer tudo que precisa ser dito.

Esta foi uma leitura maravilhosa, que me mostrou que todas as pessoas, por mais erros que elas cometam, possuem um lado bom, um lado belo e único. E mostrou que cada pessoa é um universo particular esperando para ser descoberto. Esperando para ser explorado
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Sabrina 13/01/2018

“Sou uma confusão insuportável.”
É isso o que eu sou também depois de terminar de ler Eu te darei o sol. Talvez eu precise das passagens da Bíblia da vovó para me dar sorte e eu me recuperar bem rápido. Porque este livro é simplesmente de-vas-ta-dor. Desse jeito, com cada uma das sílabas ressaltadas, com toda a evidência do significado desta palavra. Fiquei arrasada, devastada, e então ele me reconstruiu peça por peça com todo o seu esplendor. Sempre soube que os livros tinham o poder de tocar o nosso coração, mas nunca tinha pensado que um livro algum dia poderia fazer isso com tanta força.


Que Clarke Gable me ajude a encontrar mais livros assim por aí.


E eu que estava receosa com a leitura, considerando que havia acabado de ler outro livro de Jandy Nelson e a história não tinha me tocado tanto assim quanto eu esperava que tocasse. Eu te darei o sol ficou na minha prateleira, esquecido no meio de uma pilha de outros livros não lidos, por muito mais de um ano. Sim, muito mais de um ano onde eu havia negligenciado o livro que se tornaria um dos meus favoritos. Não do ano, mas da vida.


A história é narrada com pontos de vista intercalados entre Noah e Jude, irmãos gêmeos que se consideram um só, inseparáveis. Eles não são Noah e Jude, são NoaheJude e isso é tudo. Ou era, porque aparentemente uma tragédia do destino separou os dois.


A narração de Noah é feita através de acontecimentos de quando eles tinham treze para quatorze anos, onde aparentemente a vida deles mudou terrivelmente. Noah é um artista, que desenha tudo o que ama, como se para compensar o que ele não consegue dizer. Ele é doce e “perdido” e sua inocência genuína está completamente presente em toda a narrativa. E com o andar da carruagem, Jandy nos fez sentir quando Noah conheceu a dor. E foi como se eu tivesse conhecido a dor pela primeira vez também. Incrível. Noah é o gêmeo estranho e introvertido, é solitário e aparentemente muito sensível, e está constantemente tentando lidar com o fato de que gosta de meninos, até que Brian aparece e faz com que ele sinta vontade de falar todas as coisas para ele, para o menino com constelações na mala.


A alma dele deve ser um sol. Nunca conheci ninguém que tivesse alma de sol.”


Jude, com treze anos, é o oposto de Noah. É popular, normal e rebelde, como suas amigas vespas, segundo Noah, e “esse tipo de menina”, segundo a mãe deles. Jude estava se afastando de Noah. No entanto, a narração de Jude, que acontece quando eles estão com dezesseis anos, mostra que eles trocaram de lado. Jude se tornou a estranha, a solitária que precisa ser reconstruída. A menina orfã triste que aparentemente fez algo terrível para o irmão e o perdeu para sempre, já que Noah se tornou tudo o que odiava. Não sonhava, não pintava, e não demonstrava mais nada. Ele havia destruído tudo o que havia pintado quando não entrou para a escola de artes, a CSA, e Jude, com suas esculturas de areia sim.


Penso no que a psicóloga me disse, que eu era uma casa na floresta, sem janelas nem portas. Sem jeito de entrar ou sair, disse ela. Mas ela estava enganada, porque paredes desabam.”


A mãe deles havia morrido em um terrível acidente. Ela levou consigo parte dos filhos mas torna-se peça chave para reconstruí-los no final, como se essa fosse sua intenção desde o início. Como se fosse o destino.


“É preciso muita coragem para ser sincero consigo mesmo, ser sincero com seu coração. Você sempre foi muito corajoso quanto a isso e rezo para você continuar sempre assim. É sua responsabilidade, Noah.”


Entre idas e vindas da relação intensa dos gêmeos, detectamos amor, raiva, inveja, mágoa e tantas outras sensações que não encontro palavras para definir. NoaheJude são sentimentos, profundidade, traições, e amor. São uma confusão, mesmo. Com toda a intensidade possível. São “perdidos” que aprendem a se reconstruir e aprendem a amar depois de uma queda muito mais alta do que a Queda do Homem Morto. E pra isso também precisamos dar os devidos créditos à Brian e Oscar. E também ao papai e ao nosso querido escultor Guillermo Garcia, que segundo a mamãe era “o tipo de homem que entra em uma sala e todas as paredes desabam”.



Eu te Darei o Sol está em todas as partes de mim. Não existe um único pedaço meu que não o esteja sentindo. Não existem palavras que possam definí-lo e não existem palavras que retratem o que ele significou para mim. Não tem uma forma de se esconder e não ser tocado pela criação extraordinária de Jandy Nelson. Um Young Adult incrível e arrebatador, que consegue ultrapassar todas as barreiras do coração. É marcante e doloroso, e é inesquecível e todo mundo deveria se arriscar à experiência de o ler.
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@estantedabrena 25/12/2017

Eu te darei alguns motivos pare ler.
Noah e Jude são irmãos gêmeos inseparáveis. Exatamente como imaginamos ser quando se trata de gêmeos. Eles sentem as mesmas emoções e compartilham o amor pela arte. Às vezes, acham que são apenas um só.

Noah é um garoto fechado, não tem amigos e gosta de desenhar. Ele sempre soube que era gay, mas nunca revelou para ninguém, até que se apaixona pelo novo vizinho.

Jude é uma garota popular, sabe surfar e os garotos gostam dela. Ela se destaca esculpindo na areia e costurando.

"Viro-me, lembrando novamente que fomos feitos juntos, célula a célula. Somos a companhia um do outro desde quando não tínhamos olhos ou mãos. Antes mesmo de termos alma."

A mãe deles começa a incentivá-los a se inscreverem em uma escola de arte. E é ai que começam as divergências. Além de já disputarem o amor dos pais, agora vão travar uma disputa silenciosa, pra ver quem é capaz de entrar nessa escola. Além disso, Jude tenta se aproximar do vizinho novo, despertando a fúria do irmão.

O livro é narrado intercalando entre o ponto de vista de Noah, com 14 anos, quando acontece uma fatalidade que muda a vida de ambos, e o ponto de vista de Jude, com 16 anos.

"Encontrar sua alma gêmea é como entrar numa casa onde você já esteve – você vai reconhecer a mobília, os quadros na parede, os livros nas prateleiras, as coisas nas gavetas: você é capaz de se localizar no escuro se precisar"

A impressão que temos quando lemos, é que a autora quis nos deixar na dúvida quanto ao caráter dos irmãos. Às vezes, achamos que Jude é a vitima, e o irmão o vilão; e outras vezes, estamos na defensiva de Noah e odiando sua irmã. Confesso que fiquei mais tempo odiando Jude.

A autora soube muito bem escrever de forma diferente nesses parágrafos, enfatizando a diferença no tempo e, claro, nos personagens.

"- Se ao menos o coração ouvisse a razão, não é? - ele me envolve com o braço. - Vamos lá, o que é ruim para o coração é bom para a arte. A horrível ironia da nossa vida como artistas."

EU TE DAREI O SOL é um livro que traz conhecimentos diversos, somos apresentados desde nomes de obras de arte famosas, seus criadores, até nomes de doenças estranhas. Um pouco sobre animais, teorias conspiratórias e superstições. Isso tudo pra conhecermos melhor os gostos dos irmãos.

Outra coisa interessante é a bíblia da vovó. São ensinamentos que Jude nos mostra vez ou outra, como por exemplo, ritos e mitos de sorte e azar, nos quais sua avó acredita, e, consequentemente, ela acredita também.

Os personagens secundários, em certo ponto, são iguais aos principiais, pois nos deixam em dúvida sobre suas atitudes, boas e ruins. Isso é o que leva a leitura a ser rápida, pois queremos saber como se solucionará os mistérios de cada um. Até mesmo sobre o papagaio que fica gritando direto: "onde está o Ralf?".

"Arrisque-se (uma, duas, três, quatro vezes) Reconstrua o mundo."

Todavia, o final foi um pouco corrido. Somos apresentados a personagens incríveis, mas o modo que finaliza, deixa um gostinho de quero mais. Porém, não tira nem um pouco do encanto do livro.

site: http://www.gettub.com.br/
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@livroalado 02/12/2017

O mundo precisa se aventurar pelas páginas desse livro...
Assim que terminei de ler esse livro, pensei: EU PRECISO LER NOVAMENTE AGORA MESMO!
Não sei o que mais me encantou, se foi a narrativa ter duas perspectivas em tempos diferentes, se foi a poética escrita de Jandy Nelson, ou se foi a ligação genial entre os personagens.
Bom, certamente esses fatores contribuíram para que eu mergulhasse de cabeça nessa história, mas algo que talvez tenha tido mais relevância, é como os pensamentos dos personagens pareciam os meus pensamentos. Eu me identifiquei absurdamente e ri horrores.
Bom, mas vamos lá nos situar um pouco nessa história...
Noah e Jude são gêmeos, a história é narrada na perspectiva dos dois, mas Noah com 13 a 14 anos e Jude com 16. Os irmãos possuem uma ligação muito grande, mas ao mesmo tempo disputam pela atenção dos pais e por coisas como, o talento para a arte. Isso gera muito ciúme entre eles e situações um tanto conflituosas. Uma perda trágica acaba sendo o marco para mudanças um tanto desastrosas e mentiras que mudam tudo.
Algo incrível, é que por ser contada em tempos diferentes, as coisas se ligam magicamente. Eu adorei também, como o amor pela arte é descrito, sempre que eu lia, um pedacinho que fosse, sentia uma inspiração vulcânica dentro de mim. Corria desenhar ou escrever.
Sofri, inclusive, um impasse. Eu não conseguia parar de ler, mas não queria que acabasse logo. Acho que por isso senti vontade de ler tudo novamente assim que terminei o livro.
Sem dúvidas, Eu te darei o sol, é uma das histórias mais lindas que já li.

"O que é ruim para o coração é bom para a arte."
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Arautos de Lettera 14/10/2017

Resenha | Eu Te Darei o Sol - Jandy Nelson
“Arrisque-se (uma, duas, três, quatro vezes).
Reconstrua o mundo.”

Talvez não exista uma maneira correta de se começar a falar desse livro, ou talvez eu esteja tão tomado de sentimentos que sequer consigo os organizar em uma sentença que faça sentido. A única coisa da qual tenho certeza é que neste momento em que escrevo, estou tomado por uma mistura de cores, sons, temperaturas e todos os outros elementos que transformam a vida em arte, e a arte em vida.

Acabar uma leitura nunca é fácil, principalmente quando se trata de um livro cuja história passa a correr por suas veias e encontra morada em sua alma, mente e coração. Não sabemos exatamente como proceder quando isso acontece, somos um poço de sentimentos que formam um turbilhão dentro de nossa existência e tudo que queremos é que a história não tivesse acabado. O livro Eu te darei o Sol me foi presenteado há um tempo considerável, no entanto só fui capaz de dar início à leitura há poucos dias. Se por um lado me arrependo de não ter me deixado apaixonar por tal história antes, por outro, agradeço por ter esperado o momento certo.

“Às vezes, quando você surfa, você pega uma onda e percebe que está ‘sem chão’, e de repente, sem aviso, você se vê caindo diante da parede de água.
Sinto-me assim.”

Acredito que existem histórias as quais lemos, outras que nos leem, e outras das quais nos tornamos parte, e Jandy Nelson foi capaz de criar uma em que todas essas coisas estão reunidas em uma única experiência. Se ao longo do livro minha paixão pela narrativa e pelas personagens foi crescendo em uma velocidade sobre-humana, encontrei-me refletido em cada uma das linhas escritas, bem como me vi transparente, como se, durante a leitura, meu ser se tornasse translúcido, revelando meus medos, meus segredos, minhas inseguranças e meus sonhos.

Em Eu te darei o Sol, Jandy Nelson conta a história de Noah e Jude, dois irmãos gêmeos cuja a vida é atravessada por uma sequência de complexidades, até que uma tragédia desaba sobre seu mundo compartilhado. Arte, poesia, amor, sexualidade, problemas familiares, mistério, segredos e mentiras, tantos temas perfeitamente amarrados em uma única narrativa. Contada a partir da perspectiva de cada um dos irmãos, a história criada por Nelson é capaz de emocionar, de provocar ira, de despertar sentimentos contidos e, principalmente, de nos apaixonar.

Entre os momentos de comédia, de emoção e de confusão, os personagens desenvolvem-se tão profundamente que fica difícil acreditar que tudo isso coube em apenas 380 páginas. Não há pontos falhos, não há furos de narrativa, não há superficialidade. Judy Nelson foi capaz de agregar às suas palavras um coquetel de arte, sensibilidade, poesia, criatividade e genialidade.


“Não sei como isso é possível, mas é: uma pintura é ao mesmo tempo exatamente igual e completamente diferente todas as vezes que você olha para ela. É assim que são as coisas entre mim e Jude agora.”


Eu poderia tentar discorrer sobre o desenrolar da história, contar mais sobre as incríveis personalidades dadas aos protagonistas, e falar sobre um dos finais mais lindos que eu poderia ter encontrado, mas a verdade é que eu provavelmente estaria cometendo um crime. Eu te darei o Sol é uma obra completa, perfeita do início ao fim. Tentar reduzi-la em poucas palavras seria como agredir a experiência pela qual acabo de passar.

Encontrei nessas páginas o que seria como uma adaga que abriu em mim uma ferida indolor, pela qual vazam inúmeros sentimentos, alguns os quais não sou capaz de nomear. Em mim há uma ferida que eu tenho certeza que cicatrizará e deixará uma marca que carregarei com felicidade e boas lembranças. E neste momento, ainda que talvez você nunca receba essas minhas palavras, Jandy, obrigado por essa experiência incrível, obrigado por me fazer conhecer Jude, Noah, Oscar e Brian. Jandy, obrigado pela poesia, pela sensibilidade e pela criatividade que você jogou para o mundo. Jandy, obrigado!

site: http://arautosdelettera.blogspot.com.br/2017/10/resenha-eu-te-darei-o-sol-jandy-nelson.html
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Rick 12/10/2017

Eu te darei o Sol - Muito mais que um simples romance
Descrever a experiência que tive ao ler "Eu te darei o Sol" é uma tarefa muito difícil. A cada página que se passava, não somente meu amor aumentava pelos personagens e pela sensibilidade com que Jandy Nelson cria sua história, mas também sentia como se o livro estivesse lendo-me tanto quanto eu o lia.

Não somente os personagens são bem desenvolvidos, como toda a narrativa em si. Mesmo narrada por dois pontos de vistas e tempos distintos, a história se completa, sem deixar furos na narrativa, sem deixar nenhum detalhe escapar.

Feita a leitura, fui tomado por um turbilhão de sentimentos derivados da experiência única que vivi com o livro. Não é somente um romance, e não estou falando dos gêneros nos quais o livro se encaixa. Trata-se de uma narrativa daquelas que deixam marcas em quem lê, daqueles livros que mesmo após anos em usa estante você vai se lembrar do quão marcante foi aquela experiência. É arte e poesia reunidas em poucas páginas. É genialidade em papel.

site: http://arautosdelettera.blogspot.com.br/2017/10/resenha-eu-te-darei-o-sol-jandy-nelson.html
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Mari Siqueira 04/09/2017

Eu Te Darei O Sol é uma das melhores leituras da minha vida. Jandy Nelson escreveu uma história de cortar o coração e eu daria as estrelas para poder curar a dor desses protagonistas.

A narrativa expõe o drama de dois irmãos que se amam tanto quanto se odeiam e disputam a atenção dos pais. Gêmeos idênticos, eles sempre foram metades um do outro, mas a vida os separou e fez com que eles se perdessem de si mesmos. É como se não houvesse espaço para os dois juntos, mas só houvesse vazio quando estão separados.

Bullying, sexualidade, morte, rebeldia, arte, perdão, culpa, fé, felicidade e amor são apenas alguns dos temas que permeiam a obra de Jandy Nelson. Um livro complexo e repleto de metáforas, Eu Te Darei O Sol conta não só a jornada desses dois adolescentes tão parecidos quanto diferentes, mas também a de tantos outros jovens que sofrem por não se encontrarem em si mesmos.

Uma verdadeira obra-prima, esse young adult vai partir seu coração como que para dar vida a uma dolorosa escultura em pedra. E a arte final é única, sensível, brilhante como o sol.

site: http://sobreamorelivros.blogspot.com
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Lu 22/08/2017

O livro conta a história de Noah e Jude, gêmeos muito próximos, mas que acabam se distanciando na adolescência. Noah é um garoto que gosta de desenhar, é apegadíssimo a mãe e não tem muitos amigos, já Jude é uma garota popular, bonita e aparentemente não tem medo de nada, enfrenta a vida de frente. Eles competem naturalmente pela afeição dos pais, mas uma grande perda irá separá-los e, a partir daí, que vamos nos envolvendo na história e tentando descobrir qual ponto de ruptura é essa.

O Inicio da leitura foi bem difícil pra mim. Não sei porque demorei tanto a me adaptar a maneira como a autora escrevia ou melhor, como Noah e Jude pensavam. Comecei o livro três vezes e só na terceira vez que me forcei a tentar avançar as páginas, independente de estar entendendo ou não o que acontecia e não me arrependi de me forçar a continuar.

Noah e Jude são ótimos personagens e o livro é narrado pelo ponto de vista de cada um deles. Noah aos 13 anos e Jude aos 16. Adorei como a autora abordou a temática da homossexualidade de Noah com toda a fase da descoberta, os preconceitos que vivia e suas atrações, além da luta com sua própria mente.

"Eu Te Darei o Sol" tem pontos de vistas intercalados entre Noah e Jude, um no passado, outro no futuro e isso nos dá uma boa perspectiva dos acontecimentos e de outros personagens que, devo dizer, a autora trabalhou com atenção. Acho que nenhum personagem ficou a desejar, todos foram muito bem trabalhados.

"Para reverter o destino, fique de pé num descampado, com uma faca apontada na direção do Vento."

O livro tem uma grande carga emocional que nos faz refletir sobre valores em nossa vida ou sobre pessoas que amamos enquanto aborda temas emocionantes e, por muitas vezes, polêmicos. Com um desfecho emocionante e cheio de revelações, "Eu Te Darei o Sol" vai te emocionar, te fazer refletir e, no fim, te fazer sentir saudades de Noah e Jude como se fossem da sua família.

(resenha postada originalmente em 21/10/2015)

site: http://lumartinho.blogspot.com.br/2015/10/eu-te-darei-o-sol-jandy-nelson.html
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