Terra das Mulheres

Terra das Mulheres Charlotte Perkins Gilman




Resenhas - Herland


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meuslivros.meumundo 20/10/2020

Seria bom, se tivesse sido melhor escrito...
Na minha opinião o livro é excelente, se tivesse sido melhor escrito. Ele é altamente reflexivo, escancara a desigualdade entre homens e mulheres, chega a ser um soco no estômago muitas vezes. Trás um tom muitas vezes machista que me incomoda muito: "...São apenas mulheres, e mães; onde há maternidade não há irmandade..."; "...e também não devemos esperar invenções e progresso; será terrivelmente primitivo.". "Precisamos usar iscas. Não sei quanto a vocês rapazes, mas vim preparado (...) e retirou do bolso um colar de pedras grandes multicoloridas (...) apresentando-o para a garota mais próxima.". Então a autora vai rebatendo essas questões machistas com outras feministas. E sim! É um livro feminista! Porque a autora coloca vários pontos de interesse geral, como questões de fome, meio ambiente, sociais, educacionais, culpando o homem (como gênero) da situação precária da época e de hoje!

Sinceramente é muito difícil falar sobre esse tema aqui, porque sei que causa muita discussão, extremamente importante, não nego, mas tenho uma opinião bem formada quanto ao tema e não estou aqui pra expor isso, estou aqui pra passar minhas impressões sobre o livro, sobre as sensações que ele me trouxe, e dar a minha singela declaração como leitora, apenas!

A história começa quando 3 amigos, muito parecidos com os homens de hoje (apesar de o livro ter sido escrito em 1915), resolvem explorar uma terra até então desconhecida, que dizem ser habitada há muitos anos apenas por mulheres. O mistério também gira em torno do fato de alguns homens já terem ido, e nunca voltado (essa foi uma ponta que a autora deixou aberta, e não explicou o porquê)

Eles chegando nessa terra, começa uma história de descobertas de uma terra sem conflitos, em perfeita igualdade social, onde todas trabalham para todas, uma sociedade justa, ou seja, um cenário límpido, puro, sem necessidade maior além do bem comum!

E essas diferenças entre o mundo dos amigos e o mundo dessas mulheres vão sendo colocadas no livro de uma maneira que não gostei, seguindo um fluxo narrativo um pouco parado, construído sobretudo através de descrições e diálogos também descritivos. Foi bem cansativo...

Acho que faltou um enredo mais explorado, senti como se estivesse lendo um "Manual de boas práticas" para um mundo mais justo nas questões relacionadas diretamente e indiretamente aos interesses femininos.

Indico, como um livro que se propõe a abrir discussões importantes!

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Sheron 15/06/2021

"Um sistema ético admirável"
Trata-se de uma leitura leve, tirando os últimos capítulos que abordam questões mais complexas, se assim posso dizer, a história no geral te envolve, e principalmente, te faz refletir.
A terra das mulheres é narrada por um homem, que se entende por neutro, três americanos vão para esse país, onde tudo é completamente diferente da sociedade que estamos acostumados.
A ética prevalece, um lugar onde há igualdade, civilização, harmonia, generosidade, altruísmo... Imagina morar num lugar onde não precisa temer por bandidos, assassinos? Não precisa temer andar na rua desertar com medo do pior acontecer? Um lugar onde o poder não gera competitividade, egoísmo e desigualdade.
Chega a ser até irritante, pensar que poderíamos ser assim, porque somos tão cruéis? Por que somos como nós somos? Guerra, doenças, crueldade...
A história faz nós refletirmos sobre todos os aspectos da nossa sociedade, dos nossos comportamentos e concepções.
Um lugar onde a maternidade é o que as move, o cuidado, altruísmo. Como Professora, achei interessante a ideia de Educação abordada na história, perfeito seria se nossa Educação partisse do princípio que precisasse estimular a mente da criança da maneira que é melhor para cada um, ou até mesmo, a real valorização das professoras nessa história.
Obviamente, é um feminismo antigo, onde ainda vê a mulher com o único papel, a maternidade, nessa história maternidade é o que rege tudo, mas isso bate em contrapartida com os novos movimentos feministas, tudo evoluí né?

[...] Era como... voltar ao lar para a mãe. Não quero dizer a mãe de avental assando biscoitos, a pessoa atarefada que cuida de você e o mima, e que não o conhece de verdade. Quero dizer o sentimento que uma criança muito pequena sentiria, depois de ter estado perdida ? por muito tempo. A sensação de voltar ao lar; se limpar e descansar; de segurança com liberdade; de amor constante, quente como a luz do sol em maio, não como um forno ou um edredom recheado de penas ? um amor que não irrita nem sufoca [...].
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Bru Araujo 19/11/2020

O livro descreve um mundo utópico, onde existe um pais habitado apenas por mulheres, e com esse cenário nos traz criticas poderosas ao machismo e ao patriarcado.
Por cerca de dois mil anos, nenhum homem pisou naquela terra. Quando uma expedição de três homens ouve boatos sobre a "terra das mulheres", eles decidem conhecê-la. Quando chegam, acabam prisioneiros das habitantes desse secreto país. E, através dos relatos de Van, (sim o livro é narrado por um dos homens) a autora ilustra como seria se a história tivesse sido construída sem a presença da figura masculina.

O país foi criado pra funcionar como engrenagens de um relógio. Tecnologia, avanços na medicina, na psicologia, nos estudos, na criação das meninas. Tudo funciona de forma impecável. Não existem doenças, guerras, rivalidade. Não existe nada além da coexistência pacífica de uma sociedade grandiosa e amorosa.

Dada a chegada desses homens ao país, a autora usa a visão machista de seu narrador (Van) – confesso que ele não chega nem perto da escrotidão de Terry, um dos rapazes que me fez querer estapeá-lo a cada absurdo proferido – mas voltando, ela usa da narração de Van para trazer criticas a tudo que é tóxico na sociedade fora dali.

As mulheres dessa terra são acima de tudo mães, sim, a sociedade gira em torno de que elas existem para continuar a existirem, ou seja, para dar a vida. Porém, esse processo de reprodução não depende da relação sexual, mas sim da pura e genuína vontade de serem mães, elas não se relacionam amorosamente no sentido sexual, elas se amam como irmãs.

Mas com esses três homens ali, elas passam a se interessar em conhecer como funciona o mundo deles, e claro as diferenças no papel da mulher na sociedade descrita por eles é gritante. Ao narrar o mundo deles, se nota uma sociedade gerida por guerras, desigualdade, e a diminuição da mulher.

Esse livro abre seus olhos para injustiças, deixa tudo escancarado, caso ainda não tenha percebido isso no seu dia a dia. Essas mulheres criaram um mundo ideal pra elas e mostraram ao trio de homens que subjugar um gênero com base em ideias preconceituosas e ofensivas não significa nada. Em sua sabedoria, aquelas mulheres mostraram o quanto são melhores do que toda a história vivida pelo homem.

Claro, que a Terra das Mulheres, está longe da perfeição, ali as mulheres nascem doutrinadas a serem matriarcas, são educadas e preparadas para isso, o que não é nem de longe o que almejamos em nossas vidas – pelo menos não somente isso -, ali a maternidade é quase que uma obrigação, algo necessário. Mas tendo em vista que esse livro foi originalmente publicado em 1915, com toda certeza foi um grande choque apara a sociedade, se naquela época a autora levantou tantas questões com este livro, pesem no quanto podemos refletir sobre isso, o tanto que esse livro deixa em aberto para nos fazer pensar é absurdamente incrível.
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Tha 28/02/2022

Utopia ou distopia?
Eu entendo a época em que foi escrito, o abismo que o tempo coloca entre os conceitos feministas de antes e de agora. Mas saber isso não faz da leitura menos incômoda.

Para além do incômodo, a história é maçante. O fio condutor da trama é muito tênue, deixando quase apenas um relato direto sobre um local utópico, a Terra das Mulheres.

E a utopia é retratada com tanta veemência e, diria até, inocência - permeada por certo grau de racismo e homofobia no subtexto (os quais, por vezes, arranham a superfície) -, que me soa mais como uma distopia.

O que me levou a continuar a leitura (pois a certo momento comecei a achar tão maçante que fiquei tentada a abandonar o livro) foi um quê de curiosidade com relação ao final. Não me arrependo, mas não é um livro que recomendaria a alguém.
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Fernanda 07/03/2022

É bom. Interessante. Tenho certeza que, na época que foi escrito e publicado, foi recebido com mais entusiasmo, mas sinto que a autora passou mais tempo elogiando a sociedade que imaginou, do que entrando em mais aspectos dela. Atualmente, não é uma leitura revolucionária, mas entretém.
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râmi 21/06/2021

gostei da leitura, achei muito importante as reflexões que ela traz p o leitor, de coisas que são normais na sociedade mas que deveriam ser questionadas.
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Cyntia Bender 12/07/2021

É quase um livro didático.
A leitura inicialmente é bem curiosa, a autora decidiu contar a história como se fosse um diário de um dos personagens que vai parar na Terra das Mulheres, o que torna ele nossos olhos e ouvidos durante o decorrer do livro. Eu gostei do livro ate metade dele, depois ficou bem cansativo e repetitivo, em função das analises do personagem em relação a vida das mulheres. A autora analisa tanto o contexto e a historia do mundo que tem horas que parece que eu estava lendo um livro didático. Levando em consideração que é um livro de 1915 tem muito tópicos bem importantes levantados ja naquela época, e muita coisa que deixa a gente bem incomodada, com certeza nao foi uma leitura ruim, mas foi realmente cansativa.
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Nat 16/02/2021

Gostaria de ter lido esse livro na época em que foi lançado, vivendo no contexto que a autoria vivia e extraindo exatamente o que ela queria satirizar cm a história. Pra mim, como mulher em 2021, o livro é datado, alguns dos anseios daquela época já não são os mesmos de hoje e a história ainda é muito excludente. É legal analisar sobre como os ideais feministas estavam engatinhando naquela época. Porém, cm uma leitura de ficção eu achei os protagonistas insossos e de maneira nenhuma me conquistaram, acho que faltou também um final em que a escritora juntasse todas as ideias que queria propagar através da história. É o tipo de livro ok pra se começar uma discussão, mas não é complexo nem tem base o suficiente pra desenvolver todo um pensamento. 2.5 estrelas
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skuser02844 15/03/2021

Terra das Mulheres: uma utopia feminista?
Um livro que precisa ser lido com o lembrete constante de que foi escrito em 1915.

Embora, para a época, certamente, foi uma obra revolucionária, recheada de críticas pertinentes ao machismo daquele período - ironizando pensamentos machistas, assim como enaltecendo a força e autonomia feminina -, entendo que, hoje em dia, o conceito utópico retratado no livro em questão se encontra ultrapassado. Isso porque, com a consciência que temos hoje, é possível perceber que muitos conceitos que a própria autora tinha eram, ainda, machistas, tal como a ideia de que apenas o homem é um ser sexual - de modo que, em uma sociedade apenas de mulheres, o desejo, tanto por homens quanto por outras mulheres, seria totalmente erradicado -, bem como de que as mulheres são seres, naturalmente, tranquilos, pacíficos e isentas de falhas - o que potencializa o estereótipo de "perfeição" que é sempre cobrado das mulheres... Sem falar na supervalorização da maternidade, como se fosse a única importância, para todas as mulheres.

No geral, foi uma leitura interessante, mas incômoda.

"- Se o cabelo delas fosse longo - Jeff reclamava - seriam tão mais femininas."

"Essas mulheres cuja distinção essencial da maternidade era nota dominante de toda a sua cultura, eram muito deficientes no que chamamos de 'feminilidade'. O que me levou à convicção de que os 'charmes femininos' que apreciamos não são nada femininos, mas apenas reflexos da masculinidade - desenvolvidos para nos agradar porque elas precisam nos agradar -, nem um pouco essenciais ao desempenho."

"- Uma mulher não deve carregar nada.
- Por quê?
Ele não pôde olhar aquela jovem silvicultora de pés velozes e ombros largos, nos olhos e dizer:
- Porque mulheres são mais fracas.
Ela não era. Ninguém chama um cavalo de corrida de fraco por não ser um cavalo de tração.
Ele falou, claudicante, que mulheres não tinham o físico para trabalho pesado.
Ela olhou para os campos, onde algumas mulheres trabalhavam, erguendo um novo muro de pedras grandes; voltou o olhar para a cidade mais próxima, com casas construídas por mulheres; desceu o olhar para a estrada reta e dura sobre a qual caminhavam; e depois para a cestinha que ele havia tirado dela.
- Não entendo - falou docemente. - As mulheres no seu país são tão fracas que não conseguem carregar uma coisinha dessa?"
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anna 21/04/2021

Infelizmente, a narrativa não convence.
A ideia em si de uma terra habitada somente por mulheres é muito interessante e poderia ter dado certo, se não fosse pela explicação histórica medíocre que nos é dada. As críticas sociais óbvias são inegavelmente boas, mas são repetitivas demais, sempre voltam a bater numa mesma tecla até as últimas páginas. A apresentação daquele país, por parte do narrador personagem, não gera interesse algum, uma vez que são sempre elogios e espantos maravilhados e simplesmente não há estranhamento; o personagem admira tudo e isso é um saco, porque até quando ele pensa em criticar, acrescenta um porém e acaba idolatrando mais uma vez, exaustivamente.
Isso, inclusive, me leva a outro ponto: os personagens não têm personalidade. Os homens são apenas estereótipos em forma de personagens, e as mulheres nem isso, tanto que é impossível diferenciá-las em um diálogo.
Além do mais, os acontecimentos que se seguem ao longo da estadia na terra das mulheres não fazem sentido lógico, e o romance sem pé nem cabeça que aparece enfiado na história apenas para levá-la a um desfecho foi muito difícil de engolir.
Por fim, achei muito cômica a necessidade que o livro tem em ressaltar que feministas devem se incomodar com a ideia que envolve a maternidade na história, porque esse ponto foi justamente o que menos me incomodou; a obra tem tantos outros defeitos que isso se encaixa mais como algo positivo.
Recomendo a história apenas para aqueles que querem ver críticas ao capitalismo e à ideia de feminilidade (ambas sendo ressaltadas o tempo inteiro). Se esperam algo a mais, provavelmente só vão testar sua paciência com este livro, assim como aconteceu comigo.
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Ro 05/09/2021

Razoável...
Apesar de entender de onde parte a autora (que era uma feminista sufragista lá na década de 20), eu mesma já não aguentava mais aquele país. Mas concordo que homem é uma praga mesmo ?
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Luana Mesquita @livros.da.lua 24/08/2020

Adorei!
Terra das Mulheres é uma utopia escrita em 1915 que mostra três homens descobrindo um país constituído apenas de mulheres.
Van (o narrador), Jeff e Terry descobrem sobre esse país durante uma expedição e decidem voltar sozinhos para descobrir mais sobre esse lugar. Eles acreditam fielmente que é impossível uma país apenas de mulheres. Segundo eles mulheres são desorganizadas, histéricas, invejosas e, consequentemente, naturalmente incapazes de construírem uma nação próspera sem a presença de homens.
? Porém, ao chegar ao local eles encontram um país próspero, realmente formado apenas por mulheres que adquiriram a capacidade de reproduzir através de paternogenese e também de controlar essa reprodução. Essa mulheres vivem pela maternidade, pela criação das crianças e todas trabalham em conjunto pelo bem comum.
Terry é o personagem que se odeia desde o início. Cheio de si, ele é o maior defensor da incapacidade das mulheres de fazer qualquer coisa sem a presença de homens.
O que me incomodou no livro é que senti que ele passa a ideia de que as mulheres só servem para a maternidade. Que mulheres podem sim formar uma sociedade organizada, próspera e bem organizada mas apenas porque tudo isso é em função da maternidade.
Porém, como um todo, gostei do livro e acho que ele traz bons pontos para discussão.
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Mona 31/08/2020

Feminista sim!
Eu considero A Terra das Mulheres uma utopia feminista sim! A primeira coisa que você tem que ter em mente para ler esse livro, é lembrar que ele foi escrito em 1915. Acredito que você não possa exigir que a autora tenha a mesma linha de pensamento do atual feminismo de 2020. Para um livro escrito no início do século XX, ele foi revolucionário! Trouxe assuntos que até então nem podiam ser debatidos. Para lê-lo sugiro que tente imaginar como foi para a Charlotte P. Gilman escrevê-lo e o impacto que causou nas mulheres da época que o leram.
Eu amei!
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