Resenhas - Herland

Tatið 25/08/2021

Terra das Mulheres pode ter ideais ultrapassados e que se distanciam do que o feminismo clama nos dias atuais. Contudo, tira de letra tudo que coloca em pauta.
Terra das Mulheres foi uma leitura impressionante, carregada em simplicidade narrativa e em criatividade questionadora.

Gabriela Gramas 25/08/2021

Nessa utopia vamos conhecer três amigos: Van, Jeff, e Terry. Eles ficam sabendo de
um possível país apenas de mulheres, e decidem ir procurar. Quando ficam
sabendo deste país eles começam a criar teorias de como seria o local, não seriam
desenvolvidos, não teriam educação, seria uma selvageria total.

Mas na cabeça deles com certeza teria homens naquele país, e criaram várias
teorias sobre essa possível população de homens na ilha de mulheres. Porque é
claro um país só de mulheres não iria a frente, quem construiria as casas, quem
cuidaria dos animais, pescaria, cuidaria da lavoura. Todas atividades muito difíceis e
que são deveres dos homens, provedores do sustento da família. Esse era o
pensamento desses três amigos antes de chegar no país das mulheres.

É a questão mais questionada, como elas se reproduziriam se caso não tivesse
homens de fato naquele país. Muitas dúvidas rondavam em suas mentes até
chegarem no local. Eles como homens pensavam que seriam tratados como
deuses, mas o que encontraram foi algo totalmente diferente de qualquer
imaginação possível.

A autora nessa obra traz críticas sobre nossa sociedade, e como tudo sempre é
voltado para a necessidade e o desejo do homem. As questões mencionadas na
obra são bem interessantes, e muito relevantes para se debater.

A narrativa da autora é muito boa, a história em si é narrada pela visão do Van, o
mais sensato dos três amigos basicamente. É uma história super interessante e
rápida de se ler. Quanto mais conhecia o país das mulheres, mais queria ler e
descobrir sobre elas.
É uma fiação extraordinária e a leitura super prazerosa. Superou todas minhas expectativas que criei antes de ler.

Mari 22/08/2021

Genial
Um tapa na nossa cara kkk como as personagens da terra das mulheres questionam sobre nosso modo de vida nos mais variados aspectos. Em um momento fica um pouco mais lento mas não me incomodou.

Adriana 18/08/2021

Na verdade a leitura me surpreendeu. Li o livro em uma leitura coletiva. De início pensei que não gostaria aí o início conseguiu me prender porém esperei que acontecesse mais coisas e não aconteceu. É bastante reflexivo e filosófico. Para quem gosta fica a dica.

Thaís Berganton 16/08/2021

Femininas sim!
Um dos motivos pelo qual amo distopias é a proximidade com a realidade moderna. Um livro escrito em 1915 que retrata, ainda em 2021, o pensamento machista e agressivo de alguns (ou seriam muitos?) homens.
A escrita é muito envolvente e a ambientação é perfeita, eu amei demais a leitura! Ao final do livro senti saudades de poder acompanhar a vida neste país das mulheres!
A autora foi muito inteligente ao escrever esse livro, senti raiva de Terry, adicionei mil comentários ao longo do texto e me conectei totalmente com a história. Adorei as reflexões, o que é feminilidade, afinal? Essa leitura vale muito a pena!!

Karine.Batista 16/08/2021

Muito bom
Um mundo distópico onde só existem mulheres. Elas governam um lugar e se reproduzem sem os homens. Três homens chegam até o lugar e são surpreendidos com a organização da sociedade. Possibilita várias chaves de leitura.

Alexandre 11/08/2021

Como é legal ser levado para um lugar onde tudo funciona de maneira completamente diferente do que estamos habituados. Me faz pensar também o quanto "querendo fazer diferente" não estamos na realidade nao estamos, de algum modo, fazendo mais do mesmo.

Para futuros leitores dessa edição, chamo a atenção somente para a leitura do prefácio. Deixem para lê-lo ao final do livro, pois mesmo sendo um ótimo prefácio ele contém um mega spoiler.

brendbatista 09/08/2021

A ideia é boa, mas não gostei do desenvolvimento.

Porém, vale a pena ler.

Narra a história de três homens que encontram um novo *país* onde só existem mulheres.

Intrigados por não existir nenhum homem nessa nova terra, eles buscam conhecer um pouco mais da história de vida delas, como se reproduzem e como se comportam, além de que, descrevem um pouco sobre as suas vidas no seu país natal.

A visão desses homens é completamente machista e duvidosa.

Lucy 07/08/2021

Didático
É uma utopia que vai trazer elementos do tipo fantasia para lidar com possibilidades de um mundo que pode demonstrar a feminilidade real, sem a intervenção do masculino, sem mesmo a intervenção da sexualidade de qualquer maneira, para que haja um olhar sobre estas questões, talvez, de modo que se entenda que ser mulher para além do campo da sexualização da mulher da época da autora.
A independência, a força e a sororidade que se constroi na terra das mulheres é magnífica e significativa e como tal importante para pensar como um termo didático e como contraponto ao que há em relação ao que temos.
Uma utopia é o que é, uma proposta de um mundo para se pensar, um modelo para que possamos ensejar.
No que tanje as questões do realizar, vejo que há muito do que a gente tem de pensamentos do sustentável hoje e que aquilo que pensamos sobre o que é ser mulher e feminilidade de fato para além do que um homem pode pensar, visto que sempre se propõe o olhar dos homens para se realizar esta atividade no que se refere ao livro e à sociedade quando nos referimos à mulher e ela é sempre o outro, como mesmo Beauvoir cita em o segundo sexo, de fato, a sexualidade, seja ela homo ou heteroafetiva (ou manifestação qualquer de sexualidade), num contexto natural, faz uma diferença e penso que faltou um pouco na verossimilhança na maior parte do livro, até que se deixe convencer, no meu caso.
No geral, levanta bastantes discussões pertinentes e que valem à pena lidar e a escrita é limpa, direta, sem ruidos.
Eu não recomendaria este livro para todo mundo, para leitores básicos e intermediários, que estejam aprendendo sobre temas do feminismo e maculinudade tóxica: sim.
Leitores proficientes nestes elementos e que não desejem mais lidar com termos assim talvez se enjoem, pois é didático para isso.
No mais, é um bom livro.

Eliz 04/08/2021

Terra das Mulheres Idealizadas
Tudo bem, é um livro de 1915, então esperava-se que a autora não tivesse a liberdade nem a mentalidade que temos hoje. Mas alguns pontos devem ser levantados sim, para reflexão.

Mulheres ?perfeitas? no livro são arianas, atléticas, passivas e assexuadas.

A questão da maternidade, eu até curti a forma como foi abordada. Claro, presumi que como o livro é narrado por um macho, a visão dele das mulheres é 100% não confiável e com certeza existiam mulheres que simplesmente não queria ser mães. Sim, passei vários panos com essa ideia da visão limitada e distorcida do macho sobre mulheres.

Aliás, achei muito interessante a autora narrar a história pelo ponto de vista de um homem machista, que hoje em dia poderia ser chamado de esquerdomacho.

Enfim, a leitura valeu muito a pena. Com certeza foi um livro que quebrou muitos tabus em sua época. Mas os pontos negativos devem sim ser postos na mesa para discussão. Desconstrução é um trabalho diário

gabtxra 02/08/2021

Uma ilha de mães
Terra das mulheres", por Charlotte P. Gilman, foi escrito em 1915 e conta a história de três, homens, aventureiros que decidem visitar uma ilha que dizem que só existem mulheres. Logo que houvem essa história, de uma ilha cheia de mulheres, seus desejos e pensamentos mais diversos se afloram. Terry pensa em um grande harém, onde será um rei, naturalmente pois mulheres nascem para servir os homens, haverá disputa entre elas pela atenção dele, com toda a certeza, pois mulheres não sabem ser amigas e brigam toda hora. Para Jeff e Van as ideias sobre o que encontrariam são mais brandas mas ainda sim são conclusões tomadas por homens do século XX. No entanto, ao chegarem lá eles se deparam com uma ilha sem homens e, principalmente, sem os estereótipos de mulheres da nossa "civilização". De início, me incomodou bastante o fato de não estar conhecendo as mulheres da ilha e somente estar em contanto com as reclamações de Terry, mas com o desenvolvimento do livro eu pude entrar em contato com aquelas mulheres e perceber que elas não eram perfeitas, é claro que eram extremamente organizadas, mas tinham seus defeitos. O que dava a impressão que eram perfeitas demais era que elas buscavam corrigir os erros, era seu principal objetivo, analisar os erros e concerta-los. Em relação a maternidade, acho normal que elas glorifiquem ela pois foi a forma que o povo deles sobreviveu e é natural que elas valorizem isso, são mulheres. No entanto, é um pouco incomodo que aquelas mulheres só fossem houvir sobre sexo com a chegada dos homens. É como se desejo fosse algo aflorado somente pelo sexo oposto e não pudesse haver desejo entre aquelas mulheres, inclusive, as mulheres da ilha não olhavam com bons olhos o desejo sexual (elas eram extremamente racionais). Essa questão, é claro, é consequência da época em que o livro foi escrito, em 1915, uma época onde o "romance" entre mulheres era algo abominado, logo, a autora, uma mulher de sua época, também não via com bons olhos. Bom, é uma obra em que eu gostei de descobrir a vida nessa ilha, no entanto, o final foi muito aberto, até demais para mim, parece que não houve conclusão.

Wanessa_Gabriela 01/08/2021

Ideias bacanas, utópicas e maravilhosas
Mas, um enredo fraco. O livro vale demais pela dinâmica apresentada. Não conseguia parar de pensar que foi escrito em 1915. Por mais que critiquem, ela teve pensamentos bem modernos.

Jakevocelêtanto 27/07/2021

Um livro que fala sobre feminismo? Talvez sim, talvez não
Somos apresentados a história de três homens, ambos admiram a prática de história, se consideram historiadores, cada um com sua personalidade e característica, temos o homem viril e macho alfa, o estudioso e sábio, o sensível e inteligente, esses três homens, significativamente distintos embarcam em uma aventura, conhecer a terra das mulheres, um país onde só há mulheres, de todos os tipos, mas sempre livres, decididas, e acima de tudo donas de suas escolhas e de seu mundo vivem.

Por ser um livro que foi escrito em outra década, não podemos dizer que o objetivo do livro é abordar o feminismo, mas de forma espetacular a autora aborda muitos tabus e ideias feministas.
Coloca a prova uma sociedade machista comparada com uma terra livre do machismo tóxico, expõe ideia arcaicas das quais os homens estabeleceram ao seu próprio bem e prazer, e impõe de forma assertiva como as mulheres podem ser livres, inteligentes e femininas de absolutamente qualquer forma.

Ju.Inácio 23/07/2021

Terra das Mulheres
Esse livro foi publicado em 1915 e eu o considero muito revolucionário para a época. Mulheres independentes, trabalhadoras, que não são submissas e "não femininas" (isso pela visão de um homem, que é o narrador do livro) estão presentes em peso na história e isso é incrível.
Essas mulheres discutiam sobre política, religião, independência, sociologia e afins de maneira muito eloquente e sagaz, assuntos esses que não eram esperados que uma mulher da época tivesse e isso costumava sempre chocar o narrador e seus amigos.
Apesar de hoje termos pontos que poderíamos considerar não feministas por parte das mulheres descritas, eu não os julgo pois sigo levando em conta a época em que o livro foi escrito e o contexto social em que nós éramos tratadas
Em sua maioria considero que ele foi revolucionário sim e que teve um papel muito importante para ajudar a moldar a luta feminista que nós traçamos hoje. O caminho até aqui não foi fácil e não foi perfeito, ao longo de todo o percurso nos deparamos com situações machistas que considerávamos normais e que fomos (e seguimos) derrubando por terra e é essa a importância da evolução.
Achei um livro incrível que conseguiu ser muito inovador para o ano em que foi publicado. Uma autora de muita coragem.
Se você for ler, saiba que alguns comentários dos personagens masculinos são ridículos e é triste que muitos ainda sejam feitos até os dias de hoje.
Livro incrível.
(Terry conseguiu ser um dos personagens mais odiáveis que já tive o desprazer de ler) .

isa 19/07/2021

nhe
foi uma luta pra ler a primeira metade do livro e só terminei agr pq me determinei a ler ele todo hj pra acabar logo de uma vez.
não gostei da escrita da autora, em muitos momentos foi maçante. é claro que tem que levar em consideração que o livro é de 1915, mas não sei, a leitura me irritou.