Estação Onze

Estação Onze Emily St. John Mandel




Resenhas - Estação Onze


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Ariadne 16/09/2022

Era um dia como outro qualquer. Algumas pessoas, inclusive, aguardavam para assistir ao famoso ator Arthur Leander interpretar Rei Lear nos palcos de Toronto. Ele já não é tão prestigiado quanto antes, e a peça é sua tentativa de mostrar que ainda é o ator brilhante de outrora.

Infelizmente, ele falece no meio da apresentação e o mundo nunca mais é o mesmo. Nesse dia, uma gripe, que começou de maneira inofensiva, se espalha rapidamente, e mata 99% da população em pouquíssimo tempo.

Arthur não serve apenas para marcar o “fim do mundo” como o conhecemos, mas é a partir dele que a história se desenvolve. O livro é narrado com diversos pontos de vista, e todos são ligados a ele.

É muito interessante ver como a autora costura essas histórias na trama, que se alterna constantemente entre o passado e o futuro após o colapso, e mostra como pessoas de diferentes gerações lidam com a situação e se sentem em relação ao mundo.

Aqueles que eram muito pequenos, ou que são nascidos após esse evento não sentem falta do antes, inclusive se assombram com as histórias que os adultos contam. E com aqueles que se recordam bem, a autora constrói passagens nostálgicas sobre o valor daquilo que parecia banal, mas que tem extremo valor no futuro. Sei que parece clichê, mas ainda bem que essas passagens passam muito longe do brega.

Como é de se imaginar, esse é um mundo duro, triste e cruel. Mais triste ainda são os trechos que mostram como estão as muitas casas abandonadas, presas eternamente em um momento que nunca mais vai existir de novo. Mas, mesmo em tempos sombrios, são as artes que permitem que essas pessoas encontrem “sua humanidade”, graças a uma trupe que viaja o país encenando algumas obras de Shakespeare.

Esse é um livro bem diferente do que eu imaginei que seria. Ele é muito mais sobre as pessoas do que a gripe em si. Ele é sobre as emoções que cada um carrega e relações que cada um estabeleceu em sua vida, e como as artes e literatura sempre vão ser a tábua salvadora para as pessoas.

E sim, não vou negar, foi um pouco assustador ler isso nesse momento de pandemia que vivemos👀

site: https://www.instagram.com/p/CiN6vLouWvY/
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Valentin 09/10/2022

Não foi o que pensei
Fui pego desprevenido nesse livro. Iniciei achando que era algo distópico, pós-apocalíptico de terror ou algo do gênero. De certa forma é sim pós apocalíptico, mas o foco não foi esse.

O livro foca nas relações interpessoais e algumas reflexões sobre a humanidade. Os acontecimentos são de certa forma lentos e me perdi nos eventos atemporais que a autora faz. Ora ta no passado, depois no presente e ai no futura, sem deixar muito evidente o tempo logo de cara.

Dei 2 estrelas por não ter atendido minhas expectativas, embora foi mais culpa minha do que da autora. Vou assistir à série pra ver se consigo gostar.
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Rodolfo_Domingos 29/12/2022

Parece incompleto, e isso é bom!
Seria bom se todos pudessem ler e assistir a série da HBO Max. A série expande de forma muito natural a história. E o livro tem justamente esse prazer de ter as lacunas como forma de provocar a discussão sobre qual é o impacto real dessa história.
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Bruh Pellizzari 05/01/2023

Sobreviver não é o suficiente
Comecei a ler e me assustei com a pandemia sendo retratada em um livro que foi escrito antes que a COVID estivesse presente nas nossas vidas. Me surpreendi muito com o livro, pois imaginei que trataria de uma história pós apocalíptica (em algumas partes até mostra algumas questões assim), mas o livro fica muito mais nas relações entre pessoas e nos sentimentos e memórias de cada um dos personagens. Gostei muito da leitura e consegui me envolver bastante com todos os personagens que apareceram no livro e entendi as ligações entre eles.
Achei a escrita da autora fácil e os capítulos são bem fluidos.
Uma boa leitura pra começar esse ano que traz algumas reflexões de tudo o que nós também passamos nesses anos de pandemia.
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Eduarda 09/01/2023

muito feliz de esse ter sido o meu primeiro do ano.

eu achei a adaptação em forma de serie bem mais emocionante, ousada e criativa, mas é impossível não amar essa história. um olhar muito humano sobre o isolamento de uma pandemia e as consequências do distanciamento entre as pessoas, além de mostrar uma maneira muito real como a gente lida com perdas. fodastico!
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Maria 12/01/2023

Diferente do que eu esperava
Não é um livro ruim, somente não me prendeu. Porém tenho que admitir que a escrita é muito boa!
O livro tinha tudo para ser maravilhoso, porém o final não me agradou.
A obra tem levantamentos importantes, ainda mais levando em consideração que foi escrita antes da pandemia.
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Laví 28/01/2023

Imersivo e reflexivo
Estação Onze é sobre o nosso mundo, começou com uma gripe na Geórgia, que foi se espalhando por todo o mundo, extremamente letal e contagiosa. Com o tempo não havia mais emergia, saneamento básico, aeroportos, hospitais, escolas, nada funcionava porque morreram muitas pessoas.

A história alterna entre o passado quando tudo começou e 20 anos depois da calamidade. No presente, acompanhamos uma Sinfonia Itinerante que vai passar pelos pequenos povoados aprsentando números musicais e peças de Shakespeare pra alegrar um pouco a vida das pessoas. Enquanto no passado, fazemos muitas reflexões sobre o valor da vida e existem vários personagens que vão percebendo isso junto com a gente.

Achei a experiência ótima, ficava me imaginando lá com eles e pensando o que faria na Calamidade, refletindo sobre meu futuro, minha vida... Enfim, recomendo com certeza. É isso, boa leitura!
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Lucy 09/06/2024

Desafio de Junho tá BibliON é Ficção Especulativa e o livro que escolhi nesse tema foi o Estação Onze.
Lançado em 2015 (bem antes da pandemia do COVID) o livro retrata um futuro pós pandêmico onde o vírus da gripe da Geórgia havia terminado com 99% da população mundial.
Além das dificuldades deste mundo caótico, o livro traz os dramas pessoais e psicológicos de alguns personagens.
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Amanda.Ellen 07/02/2023

Novela das 6
Achei uma gracinha de trama S2
Leve, embora o cenário tenso devido o vilão muito real.
Gostosinho de ler os núcleos e como eles se interligando, alguns previsíveis e outros nem tanto.
A trama de passa em 3 tempos, antes, durante e após a pandemia que acabou com a sociedade como é conhecida. Muito boas descrições de cenários e construção de personagens.
Amei ler esse o livro
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Aline ig @escape.abacharel 22/02/2023

Livro muito bom!
Primeiramente, ainda bem que eu não li esse livro na Pandemia, porque senão eu teria ficado mais neurada ainda...

Em Estação Onze, o mundo como nós conhecemos é devastado por uma gripe super letal: a Gripe da Geórgia se espalhou com velocidade e letalidade jamais vistas, levando o mundo a um estado de desespero sem precedentes. A pandemia extermina 99% da população mundial e é nesse mundo que a Sinfonia itinerante faz a arte ainda estar viva, encenando peças de Shakespeare.

Porém, esse mundo louco pós-pandemia não é só arte, muitos estão desesperados tentando se defender e é nesse cenário que surge um tipo de culto, uma seita fanática que se intitula como os portadores da luz. O líder: nada mais nada menos do que um caro chamado de "O Profeta".

O mundo que a autora traz é bem interessante, não só o mundo pós-pandemia, mas as histórias antes de toda a Gripe da Geórgia. Histórias essas que giram em torno de um ator chamado Arthur Leander.

É a primeira vez que leio algo dessa autora e só posso dizer que a escrita dela é muito envolvente. Só com a leitura desse livro eu senti como ela escreve bem. O tema do enredo também é muito interessante, mas se não fosse a escrita dela, eu não teria ficado tão presa à história.

Os capítulos são entremeados com vários pontos de vistas de pessoas que viviam no mundo antes da pandemia e no mundo pós-pandêmico. Achei que isso deixou tudo mais interessante, porque as histórias e pontos de vista são conectados de maneira surpreendente.

site: https://www.instagram.com/p/Co-Gy6hOEro/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
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Lucas.Godoi 27/02/2023

Me surpreendeu
Quando você pensa em uma distopia da época de 2015, você já imagina histórias de anos anteriores que ficaram super hypadas como "Jogos Vorazes" ou "Divergente", mas quando fui pra "Estação Onze", me surpreeendi positivamente pela forma adulta e diferente da história.

Aqui nós vamos acompanhar uma narrativa sobre uma pandemianque dominou o mundo e matou 90% da população em apenas 9 dias, e com alternâncias entre passado e presente, vamos fazer grandes descobertas sobre essa nova fase da humanidade.

O livro trás uma vibe de show business alá Taylor Jenkins Reid em um cenário circense que é super interessante, e ver vários pontos de vista desse cenário junto com todo um drama leão foi fenomenal.

Não vá esperando grandes explicações ou um final com muitas respostas, porque realmente não vai ter. Mas super recomendo e já quero ler o "Sea of Tranquility" da mesma autora.
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Ju 21/05/2023

Profundo, lindo e perturbador no mesmo nível
Esse livro me impactou tanto que falei dele incessantemente para várias pessoas, enquanto eu lia. De cara, o mais impressionante desse livro foi o fato de ter sido escrito em 2015, bem antes de nós vivenciarmos uma pandemia que nos obrigou a ficar em isolamento social e encarar muitas dúvidas, angústias e medos. A comparação com a COVID19 foi praticamente automática. Se a nossa tivesse sido um pouco pior, teria sido assim como descrito em Estação Onze. Isso foi o mais perturbador de perceber, em alguns momentos, e foi o que me tocou mais em todo o livro.

A história conta como foi o surgimento e o antes e depois da calamidade, por vários pontos de vista, principalmente de Kirsten, Jeevan, Arthur, Miranda e Clark. Foi uma narrativa tão bela e poética, que eu terminei o livro sentindo como se já fossem meus amigos próximos, entendendo de fato cada um deles. Todos são tão humanos, cada um deles, com seus medos, relacionamentos desfeitos, memórias vívidas ou apagadas sobre o que aconteceu, o que existia, e suas tentativas de sobrevivência e - acima de tudo - vivência. Porque "sobreviver não é suficiente".

Inclusive a filosofia da Sinfonia Itinerante e a necessidade de vivermos, além de sobrevivermos, é algo que acredito que toca o coração de todos que lêem esse livro. Eu sempre fui de artes e vejo beleza em tudo, então isso ressoou muito comigo. E esse é um dos motivos que faz esse livro ter uma beleza intrínseca que é difícil de explicar em palavras - apesar de Emily ser muito boa com elas.

Por fim, a realidade do mundo descrito pós-calamidade me abalou muito. O arco do Jeevan acabou comigo kkk A descrição de como tudo foi acabando... as TVs. A internet. A gasolina. A eletricidade. A comida. Os saqueamentos. A vida andando. Sério. Que isso!! É absurdo. Desesperador até em alguns momentos.

Eu acabo de ler o livro num estado de perplexidade, coração profundamente mexido positivamente e com o pensamento contemplativo acerca da vida. Pensando também nas minhas experiências com a COVID19 e como seria a nossa vida com uma pandemia bem pior. Que viagem incrível e transformadora foi essa... Todos deveriam tê-la.

Obs.: Por fim, fico muito feliz que descobri que tem uma adaptação e minissérie na HBOmax, e estou louca para ver!
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Fa targaryen 17/06/2023

Porque sobreviver nunca será suficiente.
Foi uma longa jornada eu diria. No início foi custoso de pegar o ritmo e se acostumar as mudanças de narrativa e tempo, mas a escrita da Emily faz tudo fluir perfeitamente, como um quebra-cabeça ela interligou todos os personagens principais, mesmo que eles não soubessem que tinham um ponto em comum.
É muito interessante perceber que mesmo tão distante a história do real, alguns fatos chegaram mesmo a acontecer, e pensar que esse livro foi escrito antes da pandemia de 2020 que aconteceu de fato, não como na história (ainda bem mds)
É um livro com uma idéia simples e talvez até já usada antes mas no seu desenrolar se torna único, e como o brilhante George R.R.M. disse, se destaca de todos os outros.
"Tudo que desejamos é voltar para casa. Sonhamos com a luz do sol, sonhamos poder caminhar na Terra."
(feliz que a HBO produziu uma adaptação já vou maratonar hehe)
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Márcia 13/07/2023

Estação Onze - Emily St. John Mandel
Estação Onze é o quarto livro de Emily St. John Mandel e o único traduzido para o português. A obra ganhou o Arthur C. Clarke Award em 2015, e foi finalista de outros prêmios, como o National Book Award, Pen/Faulkner e Bayleys Womens’s Prize. Foi indicada como um dos dez melhores livros do ano pelo The Washington Post, TIME Magazine, TimeOut New York, entre outros, tendo figurado oito semanas na lista dos mais vendidos do New York Times. Seus direitos para adaptação ao cinema foram comprados por Scott Steindorff.

Em um mundo pós-apocalíptico devastado por uma gripe, a Sinfonia Itinerante viaja constantemente na tentativa de levar música e Shakespeare para os sobreviventes, mas nem sempre o que eles encontram no caminho são aplausos e pedidos de bis. Quando o extinto de sobrevivência do ser humano é colocado à prova sua essência é revelada de várias formas e nem sempre o que é revelado são provas de nossa civilidade.
Com um cenário pós-apocalíptico muito perto de um futuro real, conhecemos três personagens que vão guiar os acontecimentos da história: Arthur Leander, Jeevan Chaudhary e Kirsten Raymond. Através da vida dessas três personagens, Emily guia nossos passos e nos situa, antes, durante e depois do surto de Gripe da Geórgia. Usando três linhas temporais diferentes para nos apresentar os eventos que antecederam e sucederam a calamidade, a autora nos apresenta um futuro em que a humanidade parece, na verdade, ter "regredido". Toda a tecnologia que tínhamos alcançado e de quem dependíamos tanto deu lugar a um mundo selvagem e rústico.
Estamos no Ano Vinte (os anos são contados a partir da epidemia) depois de a humanidade ser praticamente extinta. A gasolina estragou por volta do Ano Três. Não há energia elétrica, antibióticos, ar-condicionado, analgésicos ou outros confortos que sequer percebemos, até deixarem de existir.
A construção da narrativa, em terceira pessoa, tem múltiplos focos. Ela acompanha personagens que viveram integralmente nos mundos antes ou depois do Ano Zero, assim como aqueles que, já adultos, participaram da transição.

Arthur Leander, um famoso ator, é o eixo central de todos os personagens. Ele tem um ataque do coração e morre no palco logo na abertura do livro, às vésperas da disseminação da Gripe da Geórgia. Por meio dele, temos a perspectiva crítica do mundo como era. É o típico homem em crise de meia-idade, que questiona seus valores e atravessa o processo de tentar descobrir aquilo que realmente importa em sua vida.
Jeevan Chaudhary, um ex-fotógrafo paparazzi que largou a profissão para se tornar socorrista, assistia à peça e prestou os primeiros (e últimos) socorros ainda no palco. Por meio do relato da sua vida, vemos a transformação entre a antigo e o novo mundo. É um personagem que igualmente serve como pretexto para uma avaliação sobre valores e como eles, e não os objetos no nosso entorno, definem o ser humano.
Kirsten Raymonde é uma menina de oito anos que está em cena quando Arthur sofre o seu ataque do coração. Ela sobrevive sem os pais, mas com a assistência do irmão mais velho, aos primeiros anos depois da epidemia. Nesse período, sofre traumas que lhe bloqueiam a memória. Depois do falecimento do seu irmão, ela se junta à Sinfonia Itinerante. Kirsten nos dá a perspectiva daqueles que não guardam lembranças do mundo como ele foi.
Além desses três, outros personagens, em tempos narrativos diversos, compõem um rico e bem construído mural de personalidades. Alguns, como Miranda, primeira mulher de Arthur, e Clark Thompson, melhor amigo do ator, são construídos com tanta sensibilidade e empatia que deixam um amargo gosto de separação quando o livro termina. Emily conduz a narrativa de forma hábil, estabelecendo ligações entre todos, assim como entre eventos no passado e no presente (do livro).
O livro, em conclusão, é ambicioso, poético e muito bem escrito. Equilibra um consistente desenvolvimento dos personagens, das suas histórias entrelaçadas e de algum drama.
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