Beto Bavutti 14/06/2019Um mundo pós-apocalíptico pra chamar de meu. O livro começa contando a história de Arthur, um ator de teatro que está encenando a peça Rei Lear e que sofre um ataque cardíaco no palco. Isso não é spoiler, visto que a própria sinopse do livro traz essa informação.
Ao lado dele está uma atriz mirim que será muito importante na trama. Outro que está presente, e que presta os primeiros socorros é Jeevan, também imprescindível para a história.
Logo após a encenação da peça uma pandemia de gripe chamada Gripe da Geórgia aniquila com a maioria da população da terra, deixando alguns poucos sobreviventes que ficam vagando, inicialmente em busca de alimentos, roupas, e depois em busca de um local para viver. dessa forma, pequenos povoados começam a surgir.
Nos longos períodos que passam se locomovendo, tentando se estabelecer em algum território, surge a Sinfonia Itinerante, um grupo de artistas que segue encenando, mesmo neste mundo pós-apocalíptico, algumas peças de Shakespeare.
Essas passagens com a Sinfonia são muito interessantes e realmente poéticas, e é uma pena que durem pouco.
Como toda terra devastada, há o surgimento também de um auto-denominado profeta, que na verdade é somente um cidadão com capacidade de liderança e que consegue dissuadir algumas outras pessoas a seguirem com ele, causando alguns crimes, aliciando mulheres para o seguirem, e trazendo a violência para este novo mundo (os anos começam a ser contados novamente do zero, após a gripe e a dizimação da população da Terra).
O nome Estação Onze refere-se há uma HQ, com um personagem Dr. Onze, e, pra ser sincero, não entendi o arremate que a autora quis dar com essa história. Se alguém entendeu, agradeço se me abrir um pouco a mente.
De qualquer forma, este livro foi minha primeira distopia, e achei bastante interessante. A leitura foi um pouco lenta, não por que eu não tenha gostado do livro, mas por que acabei ficando sem tempo.