Carla Martins
01/08/2013Arrastado no começo, viciante do meio para o finalPensem em um livro grosso. Agora, pensem em um livro grosso que, até a metade, conta uma história truncada, devagar, sem prender a atenção e arrastada. E, agora, pensem em um livro que fica tão bom da metade para o final que todo o sacrifício de ler o começo valeu a pena. Esse é Os Homens que Não Amavam as Mulheres.
No fim da história, achei o livro tão bom, mas tão bom, que comprei os outros dois livros da trilogia no dia seguinte. Tudo bem que ainda não os li, mas prometo terminar a trilogia ainda em 2013.
Trata-se de um romance policial que mistura suspense, assassinato e investigação. Os personagens principais são o jornalista Mikael Blomkvist e a hacker problemática Lisbeth Salander.
A história é muito boa e vai tomando corpo no decorrer do livro, mas a leitura é confusa em várias partes, principalmente quando se fala da família Vanger, que é cheia de gente e faz com que o leitor de perca enquanto tenta entender de qual dos integrantes os personagens estão falando.
O mistério envolvendo os Vanger vai sendo desvendado aos poucos e, na última parte do livro, eu já estava totalmente viciada na leitura. O final é surpreendente e muito original, saindo total do lugar-comum.
O livro tem personagem pra caramba, mas me identifiquei muito com Lisbeth. A personagem não tem absolutamente nada a ver comigo, mas é tão bem construída que certamente deu ainda mais graça à obra. Acho que o livro perderia uns 50% do seu encanto se ela não existisse. A parte em que ela se vinga de um homem nojento que pisa na bola com ela é sensacional. Eu quase saí gritando e dando pulos de alegria pela casa. Uma das melhores passagens do livro, sem dúvida.
Não vou contar muito da história porque é legal ler e ser pego de surpresa, mas posso adiantar que tudo começa a ficar interessante quando Henrik Vanger contrata o jornalista para tentar descobrir quem matou sua neta Harriet, há décadas. Resumindo, é leitura obrigatória pra quem gosta de thrillers.
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