Adeus às Armas

Adeus às Armas Ernest Hemingway




Resenhas - Adeus às armas


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Henrique 19/10/2017

Genial
Este foi o livro que mais me tocou, uma obra prima.
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Stefânea 15/08/2017

Clássico.
"Saí para fora e senti-me solitário e vazio"
O amor de Mr. Henry e Miss Barkley é tão puro e amável que faz tudo ao seu redor parecer idiota e sem sentido. Hemingway escreve com clareza e simplicidade sobre um amor nascido em meio a tormenta. De certa forma, me faz pensar que guerras ainda continuam sendo travadas, mas há sempre uma fagulha de esperança.
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Letra Capitular 25/07/2017

Adeus às Armas: A inevitabilidade da guerra e a fragilidade do amor
“Queria esquecer a guerra. Eu havia declarado a paz em separado.”

Ernest Hemingway é um dos escritores mais conhecidos da dita “geração perdida” – escritores estadunidenses famosos que se exilaram na França durante a década de 1920 – esta geração que vivenciou em sua juventude a primeira guerra mundial, e durante a fase adulta a grande depressão é composta também por outros renomados autores como T. S Elliot e F. Scott Fitzgerald. (Esta geração de escritores aparece no filme de Woody Allen – Meia noite em Paris [2011]).

Existem autores que se tornam tão populares que são capazes de marcar profundamente o nome na história e na cultura. É o caso dele, sua imagem é tão cercada de excentricidades que se torna difícil separar mito da realidade (Hemingway já sobreviveu a duas quedas de avião, teve seus livros queimados pelos nazistas, e segundo o ‘The Guardian’ foi recrutado para ser espião da KGB nos EUA em 1941). Sua vida é recheada de histórias, afinal cresceu acompanhando o pai – que era médico – na zona rural de Illinóis (EUA) um ambiente pobre e rude. Posteriormente durante a juventude, se alistou no exército italiano e participou da primeira guerra mundial como o motorista de uma ambulância e lá conheceu a irracionalidade de uma guerra altamente destrutiva (10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos). Também atuou como repórter acompanhando a luta contra o fascismo na guerra civil espanhola, morou em lugares diversos do mundo como França, Espanha, e Cuba. Durante sua vida, várias vezes foi classificado como “simpatizante do comunismo” e era vigiado de perto pelo FBI.

Deixou uma produção literária vasta e foi reconhecido pela crítica como um dos escritores norte-americanos mais notórios. Seu livro “O velho e o mar” é ganhador do prêmio Pulitzer em 1954. Outros livros importantes seus publicados são: “O Sol também se Levanta” (1926); “Morte à tarde” (1932); e “Por quem os sinos dobram”, (1940).

O livro Adeus às Armas é publicado em 1929, e foi o primeiro romance do autor publicado depois de sua saída de Paris. Não é talvez, o livro mais importante do autor, mas com certeza, um dos mais sensíveis. Possui um teor autobiográfico muito forte. Afinal retrata a história de Frederic Henry um norte-americano que se alista ao exército italiano, luta na primeira guerra mundial, atuando como motorista de uma ambulância e se apaixona por uma enfermeira depois de ser internado em um hospital após sofrer alguns ferimentos. Contudo diferentemente da ficção, na vida real o amor de Hemingway pela enfermeira nunca foi correspondido, e pouco após o ferimento ele retornou da guerra.

Frederic Henry e Catherine Barkley formam então um casal que encontra no amor uma forma de escapar da realidade dramática e brutal que os cerca. Os passeios simples pelo parque de mãos dadas, os beijos trocados no banco do jardim em frente ao hospital, e até mesmo as noites juntas no leito do hospital (permitidas pelo pedido feito por Henry à direção do hospital para ficar sob os cuidados de Catherine) reorientam a prioridade do personagem principal que aos poucos simplesmente abandona a vontade de lutar na guerra.

A descrição de Hemingway do cenário de guerra é completamente despida de idealismos, nos é apresentado um cenário onde a única lei universal é a “aleatoriedade da morte”, e um ambiente no qual a maioria dos soldados sequer tem ideia de porque e por quem está lutando. A brutalidade inerente a um confronto bélico de gigantescas proporções está presente a todo o momento ameaçando o casal de protagonistas, nos mostrando que “quanto mais intenso o amor, maior sua fragilidade em confronto com o mundo”[1]

Se antes de embarcar como voluntário o personagem possuía uma visão romântica da guerra, como um lugar onde os heróis são formados e sacrifícios pela pátria são realizados, o contato com o campo de batalha rapidamente o faz reaver seus princípios:

“Eu sempre me embaraçava com as palavras sagrado, glorioso, sacrifício e inútil. Nós as tínhamos escutado muitas vezes, de longe, debaixo da chuva, quando só as palavras mais gritadas eram ouvidas, e tínhamos lido em proclamas pregados nas paredes, sobre outros proclamas. Mas não víamos nada sagrado em torno, e as coisas gloriosas não mostravam glória nenhuma. Os sacrifícios seriam como os dos matadouros de Chicago, só que lá fazem outra coisa com a carne que, aqui enterramos.”

Este desencantamento com a guerra e o amor de Catherine contribui para a tomada de uma atitude drástica: a deserção. A partir da tomada desta decisão o casal inicia uma corrida pela Europa percorrendo algumas cidades e lugares da Itália como Milão, Stressa, Pallanza e chegando até a Suiça através de um bote atravessando o Lago Maggiore (no norte da Itália) com o objetivo de fugir do cenário de confronto para vivenciar plenamente seu romance. Os diálogos marcantes, a descrição detalhada dos cenários, a “aleatoriedade” da morte que simplesmente não avisa sua hora de chegada compõe um cenário bem dramático no qual nós leitores torcemos a todo o momento para o sucesso da empreitada do casal e simultaneamente esperamos pelo pior sabendo sempre da impossibilidade de se dizer “adeus às armas”, afinal “(a guerra) não vai acabar se somente um lado se recusar a atacar”.

site: https://letracapitularblog.wordpress.com/category/ernest-hemingway/
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Douglas 21/06/2017

Enxuto demais
Eu sabia que o Hemingway é considerado um escritor enxuto, mas eu nunca imaginei que fosse tão enxuto. Tenho planos de voltar ao livro um dia, mas não por ora. Um dos meus, ou o meu escritor preferido é um contemporâneo do Hemnigway, o também americano William Faulkner, e embora lendo apenas uma parte de Adeus às Armas o segundo me parece tão superior ao primeiro... então eu abandonei Adeus às Armas pra ler Luz em Agosto... Não me arrependi...
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Lucas1429 22/03/2017

Não leia este livro (depois não diga que não avisei)
Se aventurar na obra de Hemingway é sinônimo de se aventurar num mar de emoções subjetivas. Ou seja, cada um reage de uma maneira distinta, ou de várias maneiras, a cada livro do autor.

Me considero um leitor voraz de Ernest, já tendo lido muitos de seus livros, porém nenhum me tocou tanto quanto este bendito "Farewell to arms". Nele, Hemingway mistura parte de sua vida pessoal com a ficção da qual era indubitável gênio.

Adeus às armas é uma história simbólica, forte e que exige do leitor atenção e coração. Não se lê uma obra como esta de mente fria, o doce desta leitura é tê-la aos poucos, como os "Capris" bebidos pelo tenente Henry no decorrer do livro, para assim apreciá-lo mais.

Neste livro, temos a história de Henry, um tenente americano que se junta ao exército italiano na primeira guerra mundial. A guerra, travada no norte italiano - contra os austríacos - é bem detalhada, assim como os locais em que o tenente passa. Durante a guerra, Henry conhece Catherine Barkley, uma enfermeira britânica que mudará sua vida.

Quem lê esta rápida sinopse escrita por mim imagina um velho clichê, daqueles que poderiam ser contados em um livro de John Green, porém Hemingway não ganhou um Prêmio Nobel de Literatura a toa. A tarefa de ler seus livros demanda muita vocação por parte do seu leitor, não é para qualquer um, assim como são as obras dos grandes gênios da literatura mundial. Seus diálogos são encantadores, suas descrições são tão fantásticas que o gosto do conhaque bebido por Henry em Milão quase me toca o sabor durante a leitura. Ora, o simples fato de ser uma obra escrita por tal autor já revela a faceta qualitativa do seu conteúdo. Dispensa enrolações e resenhas. Dispensa explicações, é simplesmente uma tarefa prazerosa e incrível sua leitura.

Porém prepare o psicológico, as emoções, os sentimentos, sua mente. Na guerra, na ficção, na vida real, nem tudo é tão belo.
Paula 30/04/2017minha estante
Acho que você quis dizer um velho clichê que poderia ser escrito em um livro do Nicholas Sparks, ele que faz esses livros sobre romance e guerra clichezões, as temáticas de John Green não tem nada haver hahaha


Lucas1429 03/12/2017minha estante
HAHAHAH SIM, Paula! Acho que tava tão inebriado na hora de escrever que eu confundi os autores!!!!




Egídio Pizarro 08/01/2017

Hemingway não é para qualquer um
Tô puxando pela memória, mas sinceramente não me recordo de algum autor que seja tão brilhante quanto o Hemingway em contar tanta coisa com tão poucas palavras. Talvez a maior prova desse talento seja o miniconto: "For sale: baby shoes, never worn."

Em "Adeus às armas", Hemingway mostra esse talento. Conduz o leitor por diálogos bastante extensos e pouco descritivos (raramente descreve a expressão facial dos personagens em suas falas), permeando com alguns parágrafos que mostram as cenas de guerra e as ações do Tenente Henry.

O que chama a atenção é que esses diálogos pouco descritivos aparentam ser bem banais. As conversas entre Henry e Catherine passam uma impressão de pieguice fortíssima, e houve vezes que pensei "que casal mais chato".

Até que chega o último capítulo... e o livro termina. Agora estou aqui, me sentindo espancado, metralhado, com vontade de abraçar o livro e murmurar "calma, não fica assim, respira, vai passar, não chora..."

Hemingway, definitivamente, não é para os fracos.
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Ayla Cedraz 19/12/2016

Acho que ainda não foi dessa vez
Acho que ainda não foi dessa vez que eu descobri Hemingway. No início desse ano, li O Velho e O Mar, quase que num só fôlego, sobre a história de um velho pescador e de uma desafiadora pesca. Eu sabia que tratava-se de um escritor famoso e bem reconhecido, e lera também alguma coisa sobre sua história de vida trágica, com a depressão e o suicídio. Havia em mim certa curiosidade. Em O Velho e O Mar, além da escrita fluida de Hemingway, notei definitiva melancolia em seu modo de narrar. Mas, fora isso, confesso que pouca coisa me atraiu.
Eu já havia ouvido falar de Adeus às armas quando, há uns dois anos, li um livro chamado O Lado Bom da Vida; o protagonista resolve ler essa obra de Hemingway, e o faz num único dia, lendo ávida e ininterruptamente. Ao terminar, frustrado com o final, lança o pesado exemplar contra a janela do seu quarto; o livro atravessa a vidraça e vai parar no jardim da casa. Era madrugada, na ocasião. Insatisfeito, o personagem acorda os pais, assustados, e começa a tecer desesperados comentários sobre a narrativa. Bom, se esse livro pode causar esse efeito, gostaria de lê-lo. E há poucos dias li. Novamente, ainda não foi dessa vez que descobri Hemingway.
A narrativa tem aspectos comuns ao O Velho e O Mar, como a fluidez e a melancolia. Acho que posso dizer que conheço um pouco mais do estilo do escritor, mas ainda não o captei como acho que devo, e como gostaria. Não sei. Acho que sempre espero demais das coisas. Quando terminei, não vi justificativa real para as coisas acabarem assim para Henry, o narrador-personagem. Mas compreendo que o livro é um belo retrato da Primeira Guerra, e que a habilidade descritiva de Hemingway é excepcional. Bom, a vida dirá sobre o assunto!
Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
o lado bom da vida cometeu um simples crime com os clássicos que "avalia". pra começar, é um imperdoável spoiler. e menosprezar aquelas obras não devia pegar bem. não devia, porque não fez diferença e fez o sucesso que fez. acho triste. quanto ao que vc disse, normal, pode-se gostar ou não, pode-se pensar qualquer coisa sobre uma obra. eu detesto ulisses. mas não posso desafiar o julgasmento do tempo que o tornou um clássico. isso não posso fazer...
vc foi perfeita: a vida dirá e acrexcento: o Tmpo - o melhor dos críticos - dirá


Ayla Cedraz 19/12/2016minha estante
Sim! Karnal, um fantástico historiador/escritor/filósofo/professor, disse que se irrita quando um de seus alunos diz não concordar com Kant. É mais ou menos isso. Por isso tenho quase medo de escrever resenhas de autores como Hemingway!


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
bem, talvez não seja a mesma coisa o que ele disse, talvez por isso ele seja o karnal e eu apenas eu.
acho que dá pra não corcordar com kant. dá pra gostar ou não de qualquer autor, discordar de todos. mas mantendo em mente que o tempo que o consagrou precisa ser considerado (o que, por exemplo, o lado bom da vida não fez)


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
aliás, tua resneha foi ótima, concordei com quase tudo e talvez fiquei triste por vc não ter usufruido mais


Ayla Cedraz 19/12/2016minha estante
Talvez dentro de alguns anos eu o faça!


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
sim... pra isso serve a juventude - dizer "daqui a alguns anos" sabendo que será assim, que esses anos virão... (=


Ayla Cedraz 19/12/2016minha estante
Ou não hahahaha


Ricardo Rocha 19/12/2016minha estante
=)


Anderson 06/08/2017minha estante
Eu já estava com esse livro na fila de espera e fui ler o lado bom da vida porque já estava emprestado a anos. Pulei a parte que ele falava sobre o livro mas sempre fui um curioso sobre hemingway e, também, alguém que admirava sua maneira de transpor suas agonias para a escrita. Como escritor, também sei que esse tipo de coisa é praticamente inevitável. De qualquer forma, acredito, apesar da densidade, me agradou muito mais este livro que o velho e o mar. O tipo de leitura que te deixa pensativo por um bom tempo.


Ayla Cedraz 18/08/2017minha estante
Sim, Anderson. O Velho e o Mar é, talvez, uma leitura um pouco monótona, mas também dá muita margem para a reflexão.




Ricardo Rocha 02/08/2016

life isn't hard to manage when you've nothing to lose.
Ricardo Rocha 02/08/2016minha estante
When you ain't got nothing you got nothing to lose (Bob Dylan) (like a rolling stone)


Renata CCS 03/08/2016minha estante
So damn beautiful and true.


Ricardo Rocha 03/08/2016minha estante
=)




tgomame 05/04/2016

Grande Livro
Demorei para ler esse clássico, mas valeu a pena a espera.
Um grande livro, com um final surpreendente, que me deixou dias pensativo.
Mas a vida é assim. Gosto de livros que não fantasiam muito com a vida, tudo pode acontecer.
Muito legal acompanhar no Google Maps a trajetória feita por Henry, link abaixo.

site: https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=zr52dsywEWY8.k5Te4hbNZqIw&hl=en
Vanderni 13/09/2018minha estante
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Karina 13/12/2015

Um romance de encher a alma
Com uma habilidade invejável, Hemingway constrói uma narrativa fluída e repleta de bons e profundos diálogos, contando a romântica história do motorista de ambulância do exército Frederic Henry e da enfermeira Catherine Barkley. Entre idas e vindas, eles procuram sempre manter contato. O destaque fica por conta da excelente construção dos personagens, do bom ritmo e, claro, do final surpreendente. É um livro triste e belo.
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Ciro 19/09/2015

Perspectiva
A primeira vez que li, entendi o livro como sendo uma bela história.
Hoje, mais de 10 anos após, reli o livro e entendi que sua excelência não está na bela história contada, na menção nostálgica dos sítios em que a história se desenvolve, mas na perspectiva do protagonista, ao lidar com eventos de vida e morte, e com os relacionamentos, dentro das circunstâncias da história.
Hemingway não se esforça para criar um protagonista heroico, mas sim em criar caracterizá-lo como pessoa comum, ainda que dotado de vida prévia (à história) privilegiada, e no impacto que seu alistamento em exército estrangeiro para lutar a 1ª Guerra por exército que não era de seu país Natal causaram em sua vida.
A propósito, a temática do guerreiro expatriado, que luta não por patriotismo, mas por identidade com a terra em que escolheu viver (ou à causa) também é muito bem explorado em "por quem os sinos dobram";
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Albert 22/08/2015

O amor e a guerra aos olhos de um motorista
Obra maravilhosa do mestre Hemingway que captura a guerra, nesse caso a Primeira Guerra Mundial e a história de um jovem motorista de ambulância no front no qual se apaixona por uma enfermeira. O enredo desenrola em meio a guerra e o dia-dia no front e a enfermeira.

Este livro de narração marcante, leva o leitor praticamente ao front. Impossível não se sensibilizar com o desfecho da história. Um dos melhores livros de Hemingway.
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Carol Nery 24/03/2018minha estante
Também selecionei esse trecho como uma das quotes essenciais dessa leitura! Minha traução:
No entanto, muitos deles tornam-se mais fortes, justamente no ponto onde foram quebrados. Mas aos que não se deixam quebrar, o mundo os mata. Mata os muito bons, os muito meigos, os muito bravos - indiferentemente. Se vocês não etão em nenhuma dessas categorias, o mundo vai matar vocês, do mesmo modo. Apenas não terá pressa em fazer isso.




Vagner 26/10/2014

Quando a guerra perde espaço para um grande amor
Uma obra mágica. A fluidez de Hemingway sempre sem rodeios me atrai bastante. Excepcional a vivência de um grande e gentil amor em meio à Primeira Guerra Mundial. Todos os cenários, pessoas, acontecimentos e sensações são muito bem descritos. Li esse livro em poucos dias, tamanho interesse que ele desperta. Marcante.
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