Kess 25/01/2024
A ambientação de A Cor Púrpura no Sul dos Estados Unidos, entre 1900 e 1940, narra a trajetória de Celie, uma mulher negra, pobre e com limitada escolaridade, cuja vida é marcada por brutalidades desde a infância. Após ser vítima de abuso pelo padrasto, é compelida a se casar com Albert, um viúvo violento que a trata como serviçal, submetendo-a a sofrimentos físicos e morais diários.
Ao longo de muitos anos, Celie escreve cartas endereçadas a Deus e à sua irmã Nettie, cujo destino a leva a ser uma missionária na África. Em meio a diversas provações, a presença memorável de Shug Avery, uma talentosa cantora de jazz, traz alívio à vida de Celie.
Apesar da narrativa tocante e pesada, A Cor Púrpura explora temas como resiliência, perdão, amor e esperança. Constitui uma celebração impressionante da experiência da mulher negra, sem atenuar as adversidades, mas mantendo uma fé positiva nas possibilidades, no perdão, na gentileza e na esperança.
A obra, com seu significado profundo e comovente, destaca as marcas duradouras do racismo e sexismo na sociedade e nas vidas das pessoas.
A frase de Celie encapsula sua resiliência interior: 'Sou pobre, sou preta, posso ser feia... mas estou aqui.'"