Resenhas - A Cor Púrpura

Joyce463 28/04/2024

Um livro emocionante
Relato impactante da vida de Celie, uma mulher negra do sul dos Estados Unidos, que enfrenta inúmeras adversidades, desde abusos físicos e emocionais até a separação de sua irmã e a luta pela independência e autoaceitação. Ambientado em um contexto de segregação racial e patriarcado opressivo, o romance é uma comovente exploração da resiliência humana, da busca pela identidade e da capacidade de encontrar beleza e esperança mesmo nos momentos mais sombrios da existência.

Juliane.Clarice 28/04/2024

Que livro necessário! Eu não sabia nada da historia quando comecei a ler, e a partir da segunda folha eu já fiquei em pedaços...
Aborda tanta coisa atual e necessária, desde a violência contra a mulher, machismo, racismo, descobertas e ainda a forma como fala da religião, de Deus.
Um grande livro!

Gustavo 28/04/2024

Livro de suma importância, que aborda assuntos de suma importância (estu#pr@, ab@andono, mal trato a mulher, pobreza...) nunca imaginei que um livro desse, que estava parado na minha estante, poderia me tocar tanto. Recomendo para todos

Camarada dos livros 27/04/2024

Mais do que eu esperava
Todo mundo diz que chora com o final, mas eu chorei com o começo. Gente, as primeiras páginas doem no coração de um jeito...
Adorei os personagens, todo mundo tem um desenvolvimento muito profundo, e eu senti orgulho real da Celie quando ela resolveu encarar o mundo.
A confusão da Nettie com a esposa do pastor eu achei meio desnecessária, faltou uma comunicação ali.


"Eu não sei lutar, Nettie, eu só sei sobreviver"

DidiVioletta 26/04/2024

Eu sei que a história no fundo é boa. Só que o fato dela escrever errado me tirava muito a atenção. Me incomodava. Eu entendo porque a autora fez isso. Retratar como ela era pela escrita e tal, mais achei muito chato, não conseguia me concentrar na história pelos erros na ortografia. E esse negócio de ficar falando sinhó pra cá e pra lá tmb era muito chato.

yasmimdeluca 24/04/2024

Amo tanto esse livro. Amo a história, amo a escrita, amo as personagens, amo a capa, amo o título. Briga com O sol é para todos pelo primeiro lugar no meu coração.

Mahalia 24/04/2024

10 estrelas
Um dos melhores livros que já li. A escrita, a estória, as personagens, tudo é bem construído. Não vi defeitos.
Celie é o retrato de muitas mulheres que são abusadas e que não encontram meios para sua libertação, até que, na relação com outras mulheres, as ajudam a enxergar as opressões e violências aos quais foram submetidas durante toda a vida.
A forma como a autora trouxe os temas da homoafetividade, do racismo, machismo, da heteronormatividade/masculinidade nos homens, o choque entre culturas distintas, a sororidade entre as mulheres, entre outros pontos, foi fantástica.
Um livro que merece ser lido, debatido e apreciado.

Olga.Saad 23/04/2024

Recomendo muito
É uma daquelas leituras que tocam profundamente a alma. A escrita é comovente e poderosa, te leva a uma jornada emocional através das experiências de Celie. A forma como a autora dá voz à luta e à resistência de mulheres negras é incrivelmente inspiradora. Este livro me fez refletir sobre questões de identidade, injustiça e esperança, deixando uma marca indelével em minha mente e coração. É uma leitura que todos deveriam fazer.

HeloCantu 22/04/2024

Ver a construção dos personagens e os desdobramentos é um acalento pro coração.
O livro começa bem pesado, é como se no início não pudessem ver e no fim as vendas fossem retiradas.

As discussões sobre Deus de Shug com Célia são muito interessantes. Todos personagens pra mim são ótimos pra compor a história, eu os vejo como uma grande família. Agora quero assistir o filme.

Elyene 21/04/2024

Releitura
Releitura que valeu demais a pena e me fez relembrar porque tenho esse livro como um dos meus favoritos da vida!

Geovana.Verandes 21/04/2024

...
É aquele tipo de livro que vem à sua cabeça quando perguntam qual leitura mais te marcou.
Acabei aprendendo muito e foi uma leitura muito fluída por ter "capítulos" muito curtos.A história é muito fluída e que faz a gente refletir nossos valores sociais e a trajetória da humanidade e de bônus com algumas críticas muito necessárias à uma certa religião.
O tanto de HISTÓRIA que tem nesse livro me fez aprender mais que com alguns professores na escola.

Gabriel 21/04/2024

Uma história sobre racismo, machismo, solidão e desamparo.
O livro passa por diversos assuntos, contando a história da vida de uma mulher negra, passa por temas como racismo, sexismo, misoginia, papéis de gênero, religião, colonialismo e desigualdade social. Há muitos pontos tocantes e delicados. Algumas questões me tocaram mais a fundo, como é caso da discussão acerca da religião, do choque de culturas e da solidão.

Durante a leitura do livro, fiz uma reflexão sobre a relação da Celie, a protagonista, com a Shug, uma linda mulher. Celie vai progressivamente se descobrindo homossexual ao decorrer de sua vida, pois não tem desejo por homens, além de sofrer abusos e violências por parte deles, tanto de seu padrasto quando ainda era menina, como do seu marido posteriormente. Shug é uma mulher completamente diferente, pertence à vida boêmia, é uma artista, cantando em bares e ganhando a vida. Quando Shug passa a morar na casa de Celie, por ser amante de seu marido e estar doente, Celie não fica com raiva, mas passa a desejar ser próxima de Shug. Desse modo, Shug ajuda Celie a se descobrir sexualmente e criar coragem para fugir.

Depois de Celie fugir, passa por um bom tempo com Shug, até que, infelizmente, Shug deixa Celie para viver um romance com um rapaz mais novo.
A Celie faz algumas reflexões enquanto sofre pela ausência da Shug. Esse tipo de reflexão é familiar a mim e acho que a qualquer pessoa que tenha passado por isso.
Ela primeiro se pergunta se a Shug alguma vez a amou, olhando para si mesma e só vendo uma mulher feia e desinteressante . Ela acredita que sim, Shug a ama, mas mesmo assim é difícil se conformar com o fato de que a amiga foi viver uma aventura romântica e sexual, deixando-a para trás.
Celie quer acreditar que Shug a ama, e para resolver essa contradição, Celie decide que Shug tem o direito de fazer o que quer, Celie se responsabiliza pelo próprio desejo e pela própria dor. Celie obriga a si mesma a entender que amar alguém deve ser amar sem querer possuir, amar sem esperar ser escolhida de volta, e que o outro tem o direito de ser feliz sem sua presença.

Ela fica em paz com essa decisão, imagino que a amizade com seu ex-marido e o trabalho bem sucedido na costura tenham ajudado no processo de cura desse sentimento.

Outra reflexão interessante de Celie é que seu amor por Shug e sua dor pela falta da amiga seja devido a solidão. Ela entende que nunca foi feliz, e entende que talvez tenha se apaixonado por Shug apenas porque nunca tinha recebido afeto de verdade. Esses pensamentos acabam com a autoestima de qualquer pessoa. Imagino que abandonar o isolamento e trabalhar em algo que você seja bom seja o modo correto de superar isso. Celie vai para a costura e mantém laços com outras pessoas. Criando autoestima, tornou-se capaz de amar Shug sem sofrer por ela estar ausente ou ter ido embora, pois a vida continua e parar no tempo é bobagem

Wanice.Helfstein 20/04/2024

O livro é bem pesado e o tema principal é o racismo e também como vivia a mulher negra no período da segregação racial. Sofremos juntos com a protagonista Celie. Ela passa por momentos bem doloridos, mas, nem por isso perde a vontade de viver. É lindo quando ela dá a volta por cima. Não posso deixar de comentar também como amei a relação dela com a Shug. Que mulheres espetaculares.

Giovi Souza 20/04/2024

Sensível e real!
Quando comecei a ler, jamais imaginei que conseguiria entrar tanto no mundo de Celia como fiz. A Cor Púrpura é um livro sensível, que te faz mergulhar nos sentimentos e situações junto com os personagens. Se tornou um dos meus favoritos!

Daniel1179 19/04/2024

A Cor Púrpura
Após sofrer abuso de seu "Pai" e ser obrigada a casar com um homem que batia nela, Celie, uma mulher negra, pobre e semianalfabeta, é separada de sua irmã, acreditando que está havia morrido.

Ambientado no sul dos EUA, "A Cor Púrpura" é mais do que um livro qualquer, é um chamento, uma denúncia de todas as mulheres silenciadas e subalternizadas por razões de gênero, raça, condição econômica ou instrução. É uma obra ríquissima que retrata a solidão da mulher negra e o medo do racismo e do sexismo estrutural, mas, também, do poder da feminilidade.

Muitas partes me deixaram de boca aberta e com uma lágrima escorrendo: é triste acompanhar ficções que, infelizmente, reverberam drasticamente a realidade arcaica e preconceituosa que o mundo foi (e ainda é, em partes). Ademais, um momento que me deixou muito tocado foi a reflexão sobre Deus, sobre algo superior e a eurocentrização da matriz afro-brasileira, delegando-a uma óptica que invisibiliza, inferioriza e ressalta o viés caucasiano.

O modo como foi narrado foi bem interessante. Escrito de maneira epistolar, em cartas, muitas vezes, endereçadas sem pretensão nenhuma a Deus e, posteriormente, à Nettie, sua irmã. Sobre ela, o final foi bem surpreendente, sendo cada carta final um medo a mais de como a história poderia se fechar (e, para mim, fechou bem positivamente).

Você demora para engatar, não porque não se compadece da história, por isso é impossível; mas em virtude da escrita da autora que, de início, foi complicada para mim ? mesmo que isso, logo em seguida, não fosse mais um empecilho, mas motivo de admiração.

Gostei bastante desse livro, recomendo muito.