A cor púrpura

A cor púrpura Alice Walker




Resenhas - A Cor Púrpura


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Barbara Hellen 15/03/2021

@cactosliterarios
Na?o ha? du?vidas que a histo?ria de luta poli?tica de Alice Walker influenciou suas obras. Por incentivo da sua ma?e, Alice foi a u?nica dos irma?os a ter acesso a educac?a?o. Engajada, chegou a presenciar, anos mais tarde, a Marcha de Washington, onde Martin Luther King fez o seu famoso discurso ?eu tenho um sonho?.

A Cor Pu?rpura tem tudo a ver com essa histo?ria, pois se Martin Luther King lutava por direitos, ha? tambe?m uma clara cri?tica sobre a falta deles nessa obra. E? um livro forte, em que vemos a personagem principal Celie lidar com viole?ncias, falta de oportunidades e educac?a?o.

Torci muito pela Celie, quis coloca?-la em um potinho e proteger de tudo. E na?o foi a toa que me senti assim, pois essa e? uma obra inteligente. Ela na?o simplifica o relacionamento humano. Mostra suas diversas camadas e complexidades. E por isso, ensina. E as melhores obras na?o sa?o aquelas que nos ensinam?
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null 28/09/2020

Li esse livro porque estava na lista de obras literárias de um vestibular e me surpreendi muito. Não vou prestar o vestibular mas foi uma boa leitura, apesar de ser um livro muito pesado.
(07/07)
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EsterdAnjos 09/08/2023

Necessário.
Livro bom até uns 70% depois que começa as cartas começa um pouco arrastado, mas aqui vemos várias críticas, a autora soube dividir bem as coisas. Até me surpreendi pois não é o meu tipo literário e achei que série extremamente chato, mas estou feliz com essa leitura.
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Dani 10/01/2022

Emocionante e histórico, um clássico cheio de ensinamentos e sofrimento, mas de luta e de vitória.
Um Romance Epistolar (livro escrito que usa uma técnica literária que consiste em desenvolver a história através de cartas), a história já começa com um tapa na cara e eu já percebi que seria um livro bem pesado.

Ambientado no Sul dos EUA entre os anos de 1900 e 1904, A Cor Púrpura é um livro intenso e repleto de reflexões. O racismo, o sexismo, o abuso verbal e físico são alguns temas tratados no decorrer da história.
Celie se comunica através de cartas com Deus e com sua irmã e expõe a fragilidade, a dor, o sofrimento e a violência. Um personagem criado em camadas que não vive só de dores, mas sabe tirar força, alegria e esperança mesmo de momentos de pura angústia e descrença.

Ganhador do Prêmio Pulitzer de Literatura, é uma obra rica pra refletir sobre o quão a sociedade é ingrata e que todos somos iguais perante Deus, cada um lutando, sofrendo e vencendo, mas sem perder a esperança e a fé.
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vicqs 02/07/2022

Um dos mais emocionantes que já li
Eu devorei esse livro, eu consegui sentir toda a dor e sofrimento, é inevitável. Nessa história que é um clássico (e você vai entender o porque quando ler), nos deparamos com mulheres fortes e destemidas, que aprenderam a não ser mais reféns do medo
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Thamy Palloni 08/09/2022

A cor púrpura
A Cor Púrpura, obra da escritora Alice Walker, é uma das obras mais marcantes do final do século 20, tendo umas das personagens mais marcantes da literatura norte-americana.
Ganhadora do Prêmio Pulitzer em 1983, já foi adaptado ao cinema, dando origem à uma (também) obra prima cinematográfica.
O livro é escrito em forma de diário, no início de 1900, na voz da protagonista Celie. Negra, pobre, no meio de uma sociedade terrivelmente racista, é brutalizada pelos homens ao longo de sua vida. Quase analfabeta, detalhe honrado na escrita deste romance e dando uma sonoridade real, sincera e lírica ao texto, ela nos conta suas dores, sua visão que é gradativamente mudada ao longo da história.
Mais que uma voz de vítima (que quase nunca soa fatalista), a voz de Celie tem som de esperança, apesar de carregar perfeitamente o peso da violência à qual sobrevive.
A Cor Púrpura fala de fé, de esperança e amor frente ao que há de mais brutal no mundo. Fala da misoginia em suas formas mais destiladas, mais covardes. Fala de um corpo feminino, preto, vulnerável, nas mãos de quem, apesar de também desgraçados, usavam do poder que tinham para espalhar o desrespeito que não tinham capacidade de suplantar.
Alice Walker ouviu - quase secretamente em forma mediúnica, conforme seu breve agradecimento ao final da obra. Ela ouviu os gritos calados, os gemidos não considerados e mostrou nessa obra a luz inabalável, o canto incansável desses seres humanos femininos, que germinam por natureza, que dão à luz e têm a luz.
Essa obra fala de uma humanidade que não pode ser calada, não importa o quanto a espanquem. Fala de alma, de voz.
A cor púrpura é sobre ouvir, é sobre olhar uma realidade que tantos querem colocar debaixo do tapete. Lê-lo é aceitar estar com Celie, saber suas palavras, vê-la mulher em todas as suas cores, dores e belezas.
Essa obra-prima da literatura mundial, escrita por mãos femininas, ditada por voz feminina, é arte... Pura e simplesmente arte. É um ensinamento para que jamais abandonemos a capacidade de enxergar a flor púrpura entre os vastos campos.
Tay ð· 08/09/2022minha estante
Amei a resenha!!! Fiquei com muita vontade ler! ?


Thamy Palloni 12/09/2022minha estante
Leia!! É uma obra prima ?




Gabi 08/11/2017

Um golpe na alma
"O que Deus fez por mim? perguntei. Ele me deu um pai linchado, uma mãe louca, um cachorro ordinário como padrasto e uma irmã queu na certa nunca mais vou ver. De todo jeito, eu falei, o Deus pra quem eu rezo e pra quem eu escrevo é homem. E age igualzinho aos outro homem queu conheço. Trapaceiro, isquecido e ordinário.
Ela falou, Dona Celie, é melhor você falar baixo. Deus pode escutar você.
Deixa ele escutar, eu falei. Se ele alguma vez escutasse uma pobre mulher negra o mundo seria um lugar bem diferente, eu posso garantir." [sic]

Celie é mulher e negra. Ela, como muitas outras de sua época, sofreu duplo preconceito, dupla agressão, duplo sofrimento – todos "duplos" que ainda permanecem arraigados na sociedade de hoje, infelizmente.

Celie não tinha para quem reclamar ou pedir ajuda, por isso ela escrevia (de acordo com seus parcos limites de escolaridade) para Deus, inicialmente. Um Deus, que não visão dela, a havia abandonado. Já aos 12 anos anos ela era estuprada pelo padrasto e, assim, acabou sendo afastada dos estudos por causa da gravidez. No entanto, não havia mais espaço na casa para mais duas bocas para alimentar. As crianças sumiram rapidamente.

Celie apanhava todos os dias. Era feita de escrava todos os dias. Sofria agressões de todos os tipos a todo momento. Foi por essa razão que ela não se opôs ao ser entregue para se casar com Sinhô. Não faria diferença. Todos os homens eram iguais: "Trapaceiros, esquecidos, ordinários."

"Mas eu num sei como brigar. Tudo o queu sei fazer é cuntinuar viva." [sic]

Mal sabia Celie que sua vida estaria prestes a mudar. Uma mudança lenta e sutil, mas que transformaria quem ela era, quem ela gostaria de ser: ela mesma, sem amarras, sem medos, sem mais sofrimentos. E tudo começou com a chegada de Shug Avery, um antigo caso de amor de Sinhô. Shug era o tipo de mulher deslumbrante, que vivia cantando pelo país e não aceitava ser subjugada por nenhum homem. (Enxergo essa personagem como o feminismo puro e simples, que brigava pela igualdade e se recusava receber ordens de qualquer tipo. Shug era a liberdade feminina, a força interior e a segurança que estava faltando dentro de Celie.)

"Ele bate em mim quando você num tá aqui, eu falo.
Quem? Ela fala. Albert?
Sinhô, eu falo.
Num posso acreditar, ela fala. Ela sentou no banco perto de mim com toda força, como se tivesse caído.
Por que ele bate em você? ela perguntou.
Porque eu sou eu e não você.
Oh, dona Celie, ela falou. Então ela me beijou na parte carnuda do ombro e levantou.
Eu num vou embora, ela falou, até eu saber que o Albert num vai nem mais pensar em bater em você." [sic]

Enquanto Celie aprendia sobre amar e ser amada com Shug, sua irmã caçula Nettie – que havia conseguido fugir do padrasto – se encontrava na África cumprindo missões e vendo, dia após dia, o cruel absurdo que foi o neocolonialismo. Ambas irmãs, tão distantes uma da outra, mas sempre procurando manter o contato através do Atlântico, durante 40 anos, vão lutar pelo que acreditam: que ainda existe amor e tolerância nesse mundo aparentemente abandonado por um Deus homem e branco.

Ler A Cor Púrpura é o mesmo que levar diversos golpes. As páginas são carregas de uma realidade pouco lembrada por nós e é isso que faz diversos trechos serem extremamente chocantes para quem está no séc XXI. Poucas histórias abrem espaços para tanta reflexão quanto a de Alice Walker. Do preconceito ao machismo, do neocolonialismo à violência ocidental, é impossível o leitor não sentir no âmago o que foi a vida de milhões de "Celies" e "Netties". A leitura é dolorosa e sobretudo necessária. Chorar faz parte desse processo. Largar a leitura para poder parar e refletir, também. Soltar palavrões é outra atitude que tive diversas vezes, porque, me desculpem, mas A Cor Púrpura é um dos livros mais INCRÍVEIS que já li.

Ps: no início os erros de ortografia (propositais) podem incomodar, porém, são eles que dão um toque a mais de realidade a tudo.

"Me diga como é o seu Deus, Celie.
Tá bom, eu falei. Ele é grande e velho e alto e tem uma barba cinza e branca. Ele usa roupa branca e anda discalço.
Ela deu risada. Por que você tá rindo? perguntei.
Porque é ele que tá na Bíblia branca dos branco.
Foi Deus quem escreveu a Bíblia, os branco num tem nada a ver com isso.
Então porque ele é igualzinho a eles, hein? ela falou. Porque a Bíblia é igualzinha a tudo que eles fazem, só tem eles fazendo isso e aquilo, e tudo que tem dos negro é o negro sendo amaldiçoado? (...) Você tem que tirar o homem da sua vista antes de poder ver alguma coisa. O homem corrompe tudo. Ele tenta fazer você pensar que ele tá em todo lugar. E quando você pensa que ele tá em todo lugar, você começa a pensar que ele é Deus. Mas ele num é. Quando você tiver tentando rezar e o homem se estatelar lá no fim, diga pra ele se mandar."
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Wynny0 24/06/2021

Apenas leia esse livro.
Confesso que estava MUITO ansiosa para iniciar a leitura desse livro, e ao mesmo tempo eu não sabia quase nada sobre ele (sério, nem adaptação eu sabia que existia), apenas que trata alguns tipos de assuntos que são delicados, mas precisam ser debatidos.

A Cor Púrpura nos mostra a vida de Celie, uma menina negra, praticamente analfabeta, estadunidense e nascida no início do século XX. Ela, naturalmente, escreve cartas para Deus, cartas estas que narram sua vida tão sofrida. Sofrida pois Celie foi abusada pelo seu padrasto desde muito nova, e acabou engravidando em meio à essas violências.
Além disso, foi obrigada a se casar com Alberth, um homem bem mais velho que a agredia fisicamente e a tratava como uma escrava.

Apesar dessas circunstâncias, Celie sonha em um dia poder compartilhar a vida com sua irmã Nettie, que partiu para tentar uma vida melhor.

Ao decorrer das cartas dela, a autora introduz os problemas de etnia, classe e gênero, a forma que negros eram tratados, e mais a fundo, a forma como a mulher negra era um mero objeto. Ou seja, um estereótipo da sociedade da época no qual tratavam-as como mulheres que só possuem a 'dádiva' de engravidar e/ou ser empregada doméstica de alguma família branca. A clássica história da mulher preta criando os filhos brancos da burguesia (o que em alguns trechos me lembrou o livro Mulheres, Raça e Classe).

Walker também nos mostra a perspectiva de Nettie em sua jornada missionária na África, e nos traz informações históricas sobre a cultura africana da época, o que nos dá um certo panorama sobre 'negritude estadunidense x negritude africana', o que eu eu achei muito rico durante o livro.

Assim como o Sinhô e Celie, eu simplesmente amei a personagem Shug Avery, é uma personagem bem construída, com personalidade construtiva e riqueza de pensamentos em meio aquele contexto histórico. Ela, com certeza, foi alguém importante pra trajetória de Celie.

É um livro forte, mas que ao mesmo tempo fala de amor e tem um final tão tocante.

Favorito esse livro pela simplicidade da narrativa e ao mesmo tempo pela complexidade dos assuntos abordados. Super necessário!

"Eu sou pobre, eu sou preta, eu posso ser feia e num saber cuzinhar, uma voz falou pra toda coisa que tava escutando. Mas eu tô aqui." (p.243)
Julia.Piscitelli 06/07/2021minha estante
Essa última frase cara... Recomendo muito que você ouça a música "I'm Here" cantada pela Cinthya Erivo. Sério, é uma das canções mais lindas que já ouvi dentro do meio musical.




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Amanda Bonfim 21/04/2021

Uma leitura muito boa! Nos traz diversas reflexões sobre a vida, sobre a sociedade, sobre nós mesmos!
Uma lingaugem que marca o espaço, a cultura, as personagens do livro.
Um livro que garante emoção, reflexão e nos convida a uma postura de olhar o outro com humanidade, com empatia, com amor!
Recomendo a leitura e bom proveito!
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Evelim 13/02/2022

A cor purpura
Que livro maravilhoso! A riqueza de detalhes da historia e da cultura dos afroamericanos e do povo Olinka (não tenho certeza se essa tribo africana realmente existiu) tornaram esse um dos meus livros favoritos da vida! É muito sofrimento e injustiças mas tbm há muita esperança e amor!
Deveria ser uma leitura obrigatoria!
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Nath Mel 16/08/2020

A leitura tem um início pesado, no qual vivenciamos abusos e sofrimentos da Celie e de outras mulheres. No decorrer da vida de Celie acompanhamos todas as transformações e as lutas dela e dos outros personagens.

Com linguagem simplória, Celie conta sua história por trás de cartas escritas a Deus e a sua irmã desaparecida, Nettie. Essas cartas buscam combater a solidão e os traumas sofridos desde a infância.

Alguns temas delicados são explorados nas cartas de Celie: abusos, machismo, racismo, relação homoafetiva, preconceito cultural. Tudo isso, explorado de uma forma simples e empática .
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Day! 06/03/2020

Querido Deus
Ler esse livro trouxe pra mim um aprendizado que levarei para toda a vida. O livro é contato através de cartas que Celie escreve para Deus e nessas cartas conhecemos toda a vida dela, na nebulosa infância sofrendo abuso, privada dos estudos e constantemente sendo reprimida. Ela teve dois filhos que foram dados e mais tarde ela mesmo foi dada a um viúvo que precisava de uma mulher para cuidar da casa e dos filhos que ele tinha. Se a vida da Celie era ruim, ela continua sendo depois de casada.

Sua irmã mais nova sai de casa logo depois que Celie se casa e após um tempo acaba indo para África pra ser missionária. Então as cartas não ficam só de Celie para Deus e passa a ser também de Celie para Nattie e Nattie para Celie. O livro fala bastante sobre racismo, violência doméstica, tem muita voz do feminismo, além de questões religiosas que são fora dos padrões, tem que ter uma cabeça aberta para ler esse livro, não é a toa que ele foi censurado várias vezes.
Alem de tudo o livro fala muito sobre o amor, como o amor pode mudar nossas vidas e como a gente mesmo pode se fechar ou perder amores por não saber ouvir ou sentir, além do amor próprio, que as vezes ser a gente mesmo pode ser muito difícil, mas se você não ligar para o que as pessoas dizem, além de encontrar a felicidade a sua força pode fazer outras pessoas se libertarem do medo e encontrar a felicidade sendo elas mesmas. Bem, é como dizem, duas pessoas não lêem o mesmo livro. Essa foi minha sensação com essa leitura e amei a experiência.

O livro é incrível, vale a pena ser lido.

#desafioskoob2020
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babi 14/07/2021

celie, celie?
que história! gostei muito do livro. não esperava que o formato do livro fosse esse, contado como cartas. gostei bastante mesmo

a coisa que mais me chamou atenção foi a evolução da celie do começo ao final do livro! foi muito legal comparar a celie do começo do livro com a do final, me senti feliz por ela. o final foi muito bom e me deu um quentinho no coração, adorei
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