A cor púrpura

A cor púrpura Alice Walker




Resenhas - A Cor Púrpura


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Sarah 23/01/2021

Espetacular
Das leituras que te marcam como poucas. Que vão te acompanhar por toda a vida. Uma história que conta sobre tanto, e tudo de forma primorosa. Violência, racismo, machismo, solidão. Mas também é amor, perdão, fraternidade, fé. Terminei muito emocionada.
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Laiza 26/05/2021

A Cor Púrpura - Alice Walker
A Cor Púrpura se passa no sul dos Estados Unidos, na primeira metade do século XX, e nele conhecemos a dura e difícil vida de Celie, uma mulher negra e pobre. Celie é vítima de abuso físicos e psicológicos desde a infância pelo padrasto, e posteriormente o mesmo aconteceu pelo seu marido. Através de cartas que escreve para Deus, Celie retrata a violência, a miséria pela qual passa, bem como seus sentimentos, experiências e anseios.

"Eu acho que Deus deve ficar fora de si se você passa pela cor púrpura num campo qualquer e nem repara" página 231.

"Mas é desse jeito que deve ser. Eu sei. Mas se é assim, por que meu coração dói tanto?" página 83.

Essa história não é fácil de ser lida ou digerida. Ao ser narrada através das cartas temos um tom muito íntimo, cru e sentimental. Não há delicadeza na exposição das violências e adversidades pela qual Celie passa, e a dor e os sentimentos da personagem transbordam ao longo das páginas. Mas apesar dessa brutidão, o livro tem muita delicadeza, sensibilidade e preocupação na oralidade da personagem, e muitas coisas podemos absorver através das palavras e das entrelinhas, tanto levando em conta o período como o que não é dito ou notado por ela própria.

"Ele me bateu hoje porque disse queeu pisquei prum rapaz na igreja. Eu pudia tá com uma coisa no olho, mas eu num pisquei. Eu nem olho pros homens. Essa que é a verdade. Eu olho pras mulher, sim, porque num tenho medo delas" página 15.

Celie, Shug Avery, Sofia e Nettie são personagens que me marcaram profundamente. É visível a força das mulheres negras nessa história e de como elas se fortalecem juntas; a sororidade entre elas é construída ao longo do livro através do entendimento e da empatia das dores uma das outras. Todos os personagens são ricos e palpáveis, e são muito humanos, cheios de falhas e defeitos, e ao longo da leitura você sente coisas tão diversas sobre eles, vê como eles amadurecem, crescem e se fortalecem. Através das ações e dos relatos de Celie é nítido o quanto ela se abre ao longo de sua vida, passando de uma mulher calada e impotente, para uma mulher que ousa buscar por mais tanto na vida quanto no amor, e que acima de tudo aprende a questionar a sua realidade.

"Num deixa eles dominarem você, a Nettie fala. Você tem de mostrar pra eles quem é que manda. Eles é que mandam, eu digo. Mas ela continua. Você tem de Brigar. Você tem de brigar. Mas eu num sei como brigar. Tudo o queeu sei fazer é continuar viva" página 31.

"Só o céu acima das nossas cabeças é o que temos em comum. Eu olho muitas vezes para ele como se, de alguma maneira, refletida na sua imensidão, um dia eu me encontrarei olhando nos seus olhos" página 223.

A concepção da família e da masculinidade são aspectos muito presentes no livro. No que é esperado de mulheres como Celie e Sofia como mães e como esposos, e de homens como Harpo, que tenta ser o homem dominante e autoritário como o pai. Fiquei maravilhada com as discussões sobre colonialidade, sobre a visão patriarcal que se tem sobre Deus, e as reflexões sobre a liberdade sexual. É uma história riquíssima em todos os seus aspectos, e tenho a certeza que toda vez que ler, eu vou enxergar algo de novo. A naturalidade em que a violência contra a mulher se insere no cotidiano é algo muito forte, e brutamente presente. E todos esses personagens e suas relações e seus conflitos ainda se inserem dentro de um contexto histórico que está presente no livro, a questão da segregação, do período entre guerras e a crise econômica, o papel do Jazz e da música, a questão da terra e da religião na África.... é tudo potentemente e ousadamente discutido nesse livro, e é gritante o quanto essa história permeia as principais discussões sobre raça, mulher e colonialidade.

"De todo jeito, eu falei, o Deus pra quem eu rezo e pra quem eu escrevo é homem. E age igualzinho aos outro homem queu conheço. Trapaceiro, isquecido e ordinário. (...) Se ele alguma vez escutasse uma pobre mulher negra o mundo seria um lugar bem diferente, eu posso garantir" páginas 226-227.

É um livro a frente do tempo, tão ousado, potente, mas tão agressivamente triste e doloroso, mas simplesmente porque ele é real, você sente a legitimidade da história que lê, e que facilmente seus acontecimentos e a força de seus personagens podem ser percebidos a nossa volta. Quando fui ler, eu não conhecia muito sobre a sinopse da história em si, então cada aspecto dela para mim foi uma surpresa. E foi uma experiência tão maravilhosa e enriquecedora. É certamente um livro que me marcou e que relerei novamente.

"Eu olhei pra ela e cantarolei junto com a melodia. É a primeira vez que alguém faz uma coisa e bota o meu nome" página 94.

Conheça meu instagram: @possosurtaragora

site: http://laizafsiqueira.blogspot.com/2021/05/livrocor-purpura-alice-walker.html
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robertasaza 01/10/2020

Querida Celie,
A riqueza de detalhes, a descrição sensível e honesta sobre fatos que atravessam a história humana e a esperança possível só na ficção tornam a obra de Alice Walker única e inesquecível. É uma daquelas histórias que a gente sente falta de acompanhar quando termina o livro. Certamente é um livro pra releitura.
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joana 13/03/2022

Minha cor favorita
"Tudo que eu sei fazer é continuar viva "

Senti todas as emoções lendo esse A Cor púrpura de Alice Walker.
Uma história densa que fala sobre gênero, papel da mulher de inferioridade ao homem,sexualidade, servidão, relações familiares, abuso... Muitos temas que a autora escreve muito bem.
Uma história cativante e necessária.
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karlastela.bento 29/12/2020

Um livro belíssimo sobre uma mulher descobrindo o poder que carrega dentro de si.
A cor púrpura é um romance epistolar, ou seja, é contado através de cartas. Nessas cartas Celie conversa com Deus e sua irmã. São nessas cartas que ela consegue dar voz a seus pensamentos como dificilmente conseguiria de outra maneira.
Abordando temas como abuso, opressão, preconceito, liberdade, amor, fé e esperança, esse livro me fez pensar bastante sobre o nosso papel na sociedade, mas principalmente no nosso papel em nossas próprias vidas.
Uma escrita poderosa e indispensável.
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Day! 06/03/2020

Querido Deus
Ler esse livro trouxe pra mim um aprendizado que levarei para toda a vida. O livro é contato através de cartas que Celie escreve para Deus e nessas cartas conhecemos toda a vida dela, na nebulosa infância sofrendo abuso, privada dos estudos e constantemente sendo reprimida. Ela teve dois filhos que foram dados e mais tarde ela mesmo foi dada a um viúvo que precisava de uma mulher para cuidar da casa e dos filhos que ele tinha. Se a vida da Celie era ruim, ela continua sendo depois de casada.

Sua irmã mais nova sai de casa logo depois que Celie se casa e após um tempo acaba indo para África pra ser missionária. Então as cartas não ficam só de Celie para Deus e passa a ser também de Celie para Nattie e Nattie para Celie. O livro fala bastante sobre racismo, violência doméstica, tem muita voz do feminismo, além de questões religiosas que são fora dos padrões, tem que ter uma cabeça aberta para ler esse livro, não é a toa que ele foi censurado várias vezes.
Alem de tudo o livro fala muito sobre o amor, como o amor pode mudar nossas vidas e como a gente mesmo pode se fechar ou perder amores por não saber ouvir ou sentir, além do amor próprio, que as vezes ser a gente mesmo pode ser muito difícil, mas se você não ligar para o que as pessoas dizem, além de encontrar a felicidade a sua força pode fazer outras pessoas se libertarem do medo e encontrar a felicidade sendo elas mesmas. Bem, é como dizem, duas pessoas não lêem o mesmo livro. Essa foi minha sensação com essa leitura e amei a experiência.

O livro é incrível, vale a pena ser lido.

#desafioskoob2020
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Wynny0 24/06/2021

Apenas leia esse livro.
Confesso que estava MUITO ansiosa para iniciar a leitura desse livro, e ao mesmo tempo eu não sabia quase nada sobre ele (sério, nem adaptação eu sabia que existia), apenas que trata alguns tipos de assuntos que são delicados, mas precisam ser debatidos.

A Cor Púrpura nos mostra a vida de Celie, uma menina negra, praticamente analfabeta, estadunidense e nascida no início do século XX. Ela, naturalmente, escreve cartas para Deus, cartas estas que narram sua vida tão sofrida. Sofrida pois Celie foi abusada pelo seu padrasto desde muito nova, e acabou engravidando em meio à essas violências.
Além disso, foi obrigada a se casar com Alberth, um homem bem mais velho que a agredia fisicamente e a tratava como uma escrava.

Apesar dessas circunstâncias, Celie sonha em um dia poder compartilhar a vida com sua irmã Nettie, que partiu para tentar uma vida melhor.

Ao decorrer das cartas dela, a autora introduz os problemas de etnia, classe e gênero, a forma que negros eram tratados, e mais a fundo, a forma como a mulher negra era um mero objeto. Ou seja, um estereótipo da sociedade da época no qual tratavam-as como mulheres que só possuem a 'dádiva' de engravidar e/ou ser empregada doméstica de alguma família branca. A clássica história da mulher preta criando os filhos brancos da burguesia (o que em alguns trechos me lembrou o livro Mulheres, Raça e Classe).

Walker também nos mostra a perspectiva de Nettie em sua jornada missionária na África, e nos traz informações históricas sobre a cultura africana da época, o que nos dá um certo panorama sobre 'negritude estadunidense x negritude africana', o que eu eu achei muito rico durante o livro.

Assim como o Sinhô e Celie, eu simplesmente amei a personagem Shug Avery, é uma personagem bem construída, com personalidade construtiva e riqueza de pensamentos em meio aquele contexto histórico. Ela, com certeza, foi alguém importante pra trajetória de Celie.

É um livro forte, mas que ao mesmo tempo fala de amor e tem um final tão tocante.

Favorito esse livro pela simplicidade da narrativa e ao mesmo tempo pela complexidade dos assuntos abordados. Super necessário!

"Eu sou pobre, eu sou preta, eu posso ser feia e num saber cuzinhar, uma voz falou pra toda coisa que tava escutando. Mas eu tô aqui." (p.243)
Julia.Piscitelli 06/07/2021minha estante
Essa última frase cara... Recomendo muito que você ouça a música "I'm Here" cantada pela Cinthya Erivo. Sério, é uma das canções mais lindas que já ouvi dentro do meio musical.




Nath Mel 16/08/2020

A leitura tem um início pesado, no qual vivenciamos abusos e sofrimentos da Celie e de outras mulheres. No decorrer da vida de Celie acompanhamos todas as transformações e as lutas dela e dos outros personagens.

Com linguagem simplória, Celie conta sua história por trás de cartas escritas a Deus e a sua irmã desaparecida, Nettie. Essas cartas buscam combater a solidão e os traumas sofridos desde a infância.

Alguns temas delicados são explorados nas cartas de Celie: abusos, machismo, racismo, relação homoafetiva, preconceito cultural. Tudo isso, explorado de uma forma simples e empática .
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Lola444 27/09/2020

Bem diferente do que eu esperava, mas incrível
Quando eu pensei em ler "A Cor Púrpura" eu meio que esperava algo mais ou menos como "O Sol é Para Todos", um livro que mostrasse a dor e o sofrimento sobre algum caso específico de racismo, mas eu me deparei com um livro tão diferente de tudo que eu já li sobre o assunto, tão singelo, até engraçado as vezes, uma história cotidiana sobre a vida de uma mulher preta em pleno Estados Unidos sulista entre os anos de 1900 e 1940 e suas percepções a respeito da sociedade em que ela estava inserida e sua própria vida.

O que dizer sobre Celie? Pelo amor de Deus, que personagem! Uma mulher que foi estuprada dentro de casa, depois entregue a um homem muito mais velho em casamento para basicamente ser sua empregada, brutalmente separada da irmã Nettie (que era a única pessoa que ela entendia como família), e mesmo assim a força do seu espírito é absurda, sua resiliência é imensurável. Celie é palpável, humana, real. Um personagem inesquecível.

O livro se divide entre cartas de Celie escritas para Deus (que são mais como uma espécie de diário) e cartas de sua irmã Nettie dirigidas para ela. A narrativa não tem exatamente um fio condutor, ele é sobre o cotidiano e vai mostrando um retrato do dia a dia durante esses quarenta anos, os altos e baixo e, sobretudo, o amadurecimento de Celie e de todos ao seu redor.

"A Cor Púrpura" é sim um livro que trata sobre o racismo, mas eu acho que o que me tocou mais foi sobre como era difícil (e ainda é) além de preta, ser mulher. Na minha opinião foi o livro que melhor explana a questão de que para uma mulher tudo é duas vezes mais difícil, a maioria dos homens pretos do livro também fizeram da vida de Celie um inferno, ela foi estuprada, humilhada, traída, espancada por homens pretos, não tinha voz, escolha, independência, ela era uma criada que servia para fazer sexo e cuidar das crianças e era só.

À medida que a leitura vai avançando é maravilhoso perceber as nuances do desenvolvimento pessoal dentro de Celie (grande parte disso graças à Shug), a descoberta da sua sexualidade (e homossexualidade - o que me surpreendeu bastante, a abordagem que o livro traz sobre é totalmente espontânea e naturalizada, adorei), como ela vai aprendendo a se impor, a tomar decisões por si, a falar, amar, viver, mas acho que a principal aprendizagem é quando ela passa a SE AMAR, a entender que ela SE BASTA, ganha sua independência tanto financeira como emocional e percebe que ela é muito mais forte do que ela acreditava ser, que é uma sobrevivente.

Um outro personagem que preciso enaltecer é Sofia, uma mulher forte demais, ao contrário de Celie ela nunca soube ficar calada, ser discreta, abaixar a cabeça, e isso lhe trouxe consequências dolorosas, mas ela nunca perdeu a força, talvez aprendeu a controlá-la melhor, percebeu que as vezes força não era sempre brigar e bater, mas manter a cabeça erguida mesmo nas piores situações. Personagem maravilhosa e necessária.

A razão pela qual eu não dou cinco estrelas para o livro é porque eu realmente me sentia um pouco mais desconectada da história quando a Nattie assumia a narração, não era sempre, mas muitos momentos me peguei pouco interessada na parte dela e só queria voltar para a Celie. Além disso o livro trouxe uma redenção para um personagem estuprador e abusivo, eu sei que eram outros tempos e que a mentalidade era diferente, mas para mim é difícil aceitar essa evolução que a narrativa tentou vender.

Bom, pra mim, "A Cor Púrpura" narra uma história extremamente feminina com cenas lindíssimas de sororidade muito naturais e bem construídas, o racismo é sim uma das dificuldades enfrentadas, mas a maior parte do livro nos mostra a perspectiva de uma mulher encarando isso e muito mais, a chamada "solidão da mulher preta" é muito bem abordada, as dores, as perdas, a submissão imposta, enfim, é um livro sobre autodescoberta, liberdade sexual feminina, empoderamento e independência (de todos os tipos) em uma sociedade que pessoas pretas eram consideradas sub-humanas, e as MULHERES pretas ainda se encontravam vários degraus abaixo disso. A vontade que eu tenho é de guardar a Celie em um potinho e proteger, mas lembro que ela não precisa disso, a força que ela tem é infinita, e tudo que ela merece é ser feliz. Ah, o final é emocionante DEMAIS, o coração parece que derrete.

Esse livro DEVE ser lido por muitas gerações, ainda que conte a história de uma época longínqua o poder feminino que ele emana segue atemporal e muito inspirador. Eu, uma mulher branca no século XXI, li e consegui me relacionar com o sofrimento da Celie, porque uma história bem escrita nos transporta, gera empatia e conseguimos visualizar e entender - ainda que nunca completamente - a dor do outro. Que livro, que história, que mulher!
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keh 22/07/2020

Ainda estou emocionada
Devo ser sincera que desde da primeira carta percebi que esse livro iria me incomodar, a grande questão é que ele foi feito exatamente pra isso, a Cor púrpura expressa situações ainda tão atuais de uma forma compreensível e direta, me emocionei e senti as dores e alegrias da Celie, me inspirei na força e vontade de ser quem é da Shug e me apeguei a vários personagens, terminei esse livro comovida e feliz pela escolha
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Ray 14/05/2020

O que foi esse livro?
História de muita dor e luta, um livro que te causa todos os sentimentos. Alegria, nojo, horror, tristeza. É difícil de ler no início, mas é uma história que vale a pena!
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Luciana.Raquel 19/07/2020

Incrível!!!
A Cor Púrpura é uma das obras estadunidenses mais importantes do século XX. O livro é um romance epistolar e a história é contada através de cartas que a personagem principal, Celie, escreve para Deus e pra sua irmã Nettie. É uma leitura que me marcou de diversas formas e me fez refletir sobre várias questões sociais que, infelizmente, continuam tão presentes na nossa sociedade atual.

A autora explora temas de enorme relevância ao longo da narrativa, como questões raciais e questões de gênero. Ao longo da leitura conseguimos perceber a dura realidade enfrentada pelas pessoas negras que moravam no sul dos EUA, no século XX. Isso fica muito marcado até pela linguagem utilizada pela autora. Alice Walker, através de uma escrita bastante coloquial e marcada pela oralidade, consegue transmitir ao leitor(a) a realidade de pobreza e privações vivida por aquelas personagens.

Além disso, o livro traz reflexões e debates a respeito de violência doméstica, racismo, machismo, misoginia, liberdade sexual feminina, religião e colonialismo. É uma leitura fluida, emocionante e, apesar de tratar de temas tão pesados, bastante divertida em vários momentos.
.
Ele bate em mim como bate nas criança. Só que nas criança ele nunca bate muito forte. Ele fala, Celie, pega o cinto. As criança ficam lá fora olhando pelas fresta. Tudo o queu posso fazer é num gritar. Eu fico que nem tábua. Eu falo pra mim mesma, Celie, você é uma árvore. É por isso queu sei que as árvore têm medo dos homem.
Renan.Galvao 21/07/2020minha estante
Ótima análise ??




Lilly 06/10/2021

Um livro surpreendente para refletir
Iniciei a leitura de "a cor púrpura" com um receio bem grande por conta dos diversos gatilhos que este livro possui e por ser um clássico, mas me surpreendi bastante com este livro. Ainda não acredito que a Celie não é real. E um clássico mas que aborda assuntos tão atuais, nos faz refletir tanto e isso com uma escrita simples e crua muitas vezes. Confesso que nas primeiras páginas mesmo eu tive que parar,dar uma respirada e voltar a leitura pelos assuntos abordados.

Uma grande surpresa pra mim foi o fato de ser um livro com representatividade lgbtq+ nunca vi ninguém falando sobre isso,foi um fator que me deixou muito feliz em ler. Gostei bastante do casal apesar de que em umas horas ,uma das personagens me deixava um pouquinho com raiva,mas depois eu entendi as ações dela. Foi muito doloroso ver todo o sofrimento que a Celie passa,o como a vida dela foi cheia de conflitos, a forma crua como o racismo sofrido por ela é descrito.

As personagens femininas apresentadas me cativaram muito,cada uma forte da sua maneira. Gostei muito das cartas da nettie também, contando sobre a África e fazendo vários questionamentos interessantes. O amor da Celie e da nettie é algo lindo de se ver, a conexão e a forma que elas são uma com a outra aqueceu meu coração. Acredito que a falta de estudo da celie, a forma como ela escreve (da forma que ouve as palavras) deixa tudo mais único e realista.

A vida da celie é reflexo de milhares de pessoas negras ao redor do mundo,achei ela uma personagem muito bem construída. Conseguimos ver as situações através dela e suas cartas. Bem,estou processando esse livro ainda. Mas foi uma leitura maravilhosa,saí do meu cotidiano e me fez refletir bastante, não sei bem como falar deste livro já que ele possui muitos temas interessantes pra explorar. Mas digo uma coisa,leiam este livro.

E uma leitura que vale bastante a pena. A linguagem pode parecer complicada no início, mas logo nos acostumamos e conseguimos entender o porque da autora ter usado essa abordagem. Ficam grandes reflexões depois de finalizar a leitura, e muito bom essa questão de nos fazer pensar e questionar, principalmente de coisas que a gente deixa passar no dia a dia. Ah e só um último detalhe confiaram os gatilhos e a classificação indicativa :)
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Laura - @lendoplurais 04/05/2020

PREPARE SEU ESTÔMAGO (E SEU CORAÇÃO)
Nesse livro vamos conhecer Celie, uma mulher negra, pobre e praticamente analfabeta que mora no sul dos Estados Unidos. A história se passa por volta de 1900-1940.
.
A priori, acho muito importante ressaltar o caráter racista predominante da época, enraizado na sociedade, principalmente no sul dos EUA.
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A vida de Celie foi marcada por abusos, humilhações e muito, muito racismo. .
Celie foi abusada pelo pai ainda criança e gerou dois filhos dele. Sua mãe morreu e seus filhos foram doados para uma família desconhecida. Com o passar dos anos, Celie é praticamente vendida pelo pai para o “sinhô Albert”, um homem mais velho, viúvo, que precisa de alguém pra cuidar de sua casa e de seus filhos. .
Albert queria se casar com Nettie, a irmã mais nova de Celie, mas o pai não deixou e convenceu o senhor a levar Celie para morar com ele.
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Logo, Celie e Nettie são separadas pela maldade dos homens. Uma separação triste e muito dolorosa, de duas irmãs que se amavam e que encontravam o refúgio da amarga vida uma na outra. .
Celie passa por muitos abusos ao se casar com Albert. Começando pelo fato de que ele ama outra mulher. Ela é abusada, silenciada e maltratada dia após dia. É praticamente uma empregada de Albert: lava, passa, cozinha e cuida de seus filhos. .
Os anos se passam e uma visita inesperada aparece: Shug Avery, a amada amante de Albert. No entanto, o que devia naturalmente deixar Celie chateada gera um sentimento contrário: ela se apaixona pela companhia de Shug.
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Shug é uma mulher poderosa, a frente de seu tempo, independente. Ela canta, dança, faz shows e encanta todos a sua volta. Com Celie não é diferente. Por ser uma mulher muito carente, acaba nascendo ali uma grande amizade. .
Shug é uma personagem muito importante, porque salva Celie. É ela quem ensina sobre libertação, sobre independência, sobre não aceitar os maus-tratos e a violência. .
Logo, Celie, uma mulher silenciada, começa a ter noção de tudo o que enfrentou durante todos esses anos.
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Por meio de cartas, Celie conta sua história para Deus, seu único confidente. O livro todo é narrado em lindas e tristes cartas, nas quais ela narra todo o abuso sofrido. .

Um livro comovente, emocionante, que retrata bastante do início do século XX e a forma como mulheres e negros eram tratados. O filme conseguiu me emocionar ainda mais! Não esperava amar tanto essa história. Prepare-se para uma leitura crítica, emocionante, revoltante e cheia de emoções!

site: https://www.instagram.com/p/B4H1-32DQfb/
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