Medéia

Medéia Eurípides




Resenhas - Medéia


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Bibi 18/06/2022

Uma mulher que se sente tao oprimida, tao fora da sociedade que se ve sem saida a nao ser matar. E então usa a opressao do outros para ter seu apoio

Poderia ter sido tambem um ato de rebeldia? Ao matar os filhos deixava de ser qualquer das coisas esperadas de uma mulher.
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Marc 12/06/2022

Ler os clássicos de outras sociedades é sempre problemático. Mesmo os gregos, que tanta influência tem sobre nossa civilização, costumam ser massacrados por anacronismos bizarros, que fazem terra arrasada de seu pensamento e costumes. Imagine leitores que só conhecem as teorias de luta de classes, teorias feministas, sobre racismo, etc, se deparando com um texto em que uma mulher é a personagem principal e comete assassinatos seguidos para se vingar.

Muitos cometem o mesmo tipo de erro que em “O Banquete” de Platão, supondo que os gregos eram tolerantes em relação ao homossexualismo e que foi o cristianismo que o tornou pecado (e crime até pouco tempo atrás). Aqui, não é difícil encontrar quem interprete Medeia como uma mulher inteligente (isso ela é), ativa, independente e que decide ir até às últimas consequências para se livrar de um macho tóxico — desculpe se uso a linguagem mais banal para descrever, mas é assim que várias pessoas leem o texto. Medeia surge como uma heroína, que ousou enfrentar o mandatário de Corinto, seu marido Jasão e se vingar de uma vergonha e injustiça. Mas, no caso de Eurípides as coisas são muito mais complexas.

Antes de tudo, para que se possa compreender melhor o texto, é preciso notar sua estrutura. Eurípides trabalha seus personagens de uma maneira bem diferente de Sófocles (a leitura que mencionei resumidamente acima poderia ser feita em um texto de Sófocles, jamais de Eurípides), sem limitá-los a um elemento definidor, que facilita a vida do leitor. Por exemplo, Antígona trata da honra, do respeito às tradições; mas Medeia não pode ser resumida da mesma forma. Eurípides escolhe não fazer um estudo sobre as motivações, nem sobre as consequências dos atos dos personagens, ele prefere apenas descrever. Há quem pense que ele direciona o texto e que somos levados a pensar que Medeia é uma personagem má, cruel e fria. Ora, ela termina matando os próprios filhos, talvez não seja o caso de tentar resgatar um senso de heroísmo — qualquer que seja — em suas ações. Mas o fato é que ao optar pela mera descrição, sem uma reflexão sobre os acontecimentos, sem mesmo nos contar se houve a conhecida punição dos deuses, característica das tragédias gregas, Eurípides tem muito mais de um autor moderno do que se pensa. Ele consegue deixar ao leitor a interpretação do texto, um feito nada pequeno, levando-se em conta que tal característica levaria bem uns 11 séculos ou mais para ser desenvolvida no Ocidente.

E aqui começam a aparecer as complicações, porque deixar ao leitor (no caso, espectador, porque se trata de uma peça que era encenada e poucos tinham acesso ao texto na época) a interpretação naquele período não era tão arriscado como hoje. Eurípides sabia que essa escolha narrativa levantaria discussões sobre a moralidade do texto, mas jamais poderia prever que milênios depois haveria uma infinidade de “ismos” que fariam interpretações completamente descoladas do contexto de sua sociedade. Não se trata de dizer que Medeia é uma mulher humilhada pelos homens e que decide se vingar e que todas as mulheres independentes são rotuladas de insanas, bruxas e irracionais. Para Eurípides, para os gregos da época, era muito fácil dizer que o texto mostrava os perigos da razão, de como ela pode ser contaminada pela insensatez, mesmo que preserve os procedimentos formais de pensamento.

Medeia é inteligente, descende diretamente do Sol, ou seja, é poderosa e influente. Sua história anterior mostra uma pessoa capaz de ardis e ações inesperadas e ousadas, dignas dos mais inteligentes e capazes. Jasão, seu marido, por outro lado, possui poucas qualidades e essa diferença é muito evidente. De um lado, Medeia, capaz de criar um plano elaborado, manipulando a todos (ela ilude Jasão, dizendo que seu comportamento era irracional e indigno, fazendo com que ele aceite os presentes envenenados para sua noiva); de outro um Jasão interessado apenas em poder, tolo, mas que foi capaz de dizer a única frase verdadeira sobre Medeia, veja só: uma pessoa capaz de fazer o que ela fez a sua família, é uma pessoa sem escrúpulos e capaz de repetir o feito a qualquer momento.

O que detém as leituras de hoje é essa característica mais evidente de Medeia, sua inteligência e ousadia. Ela desobedece os homens e não titubeia em atacar Jasão, o macho escroto, que a troca por uma outra mulher. Mas pouco se fala que essas ações são totalmente desproporcionais. Qual o sentido de sacrificar sua prole para se vingar de um macho tóxico? Ora, isso ocorreria apenas a feministas, defensoras do aborto, que visam se igualar ou suplantar o poder dos homens, afastando tudo que possa lhes parecer rebaixá-las. Assim, ironicamente, ao assumir Medeia como uma figura simbólica, quase como um mito fundador, as feministas terminam (bem freudianamente) assumindo também a presença horripilante de Thanatos em suas pretensões. Trata-se de matar, nos homens, tudo que lhes pareça superior.

Deixando um pouco de lado essas interpretações infundadas sobre o livro, vale a pena pensar sobre a verdadeira questão que Eurípides conseguiu trazer. Que o tenha feito através de uma figura feminina é bastante natural, porque seria um completo abuso, uma contradição em termos, de acordo com a sociedade da época, dizer que um homem poderia ser dominado por hybris, por descomedimento e fúria. Apenas mulheres e os homens mais baixos poderiam ser invadidos por tais sentimentos. E sobre homens vulgares não valeria a pena escrever. Logo, restaria contar uma história sobre uma mulher, de posição elevada e de muita inteligência. Note, mais uma vez, que para poder contar sua história, para poder mostrar que a razão não era tão impenetrável e segura, teve que criar uma mulher que fugia aos padrões do entendimento comum. Também Sófocles o fez em “Antígona”, mas nesse caso, se tratava de mostrar como a tradição deveria sobreviver e ser preservada mesmo pelas pessoas mais frágeis possíveis, até diante de uma tirania, ou seja, há espaços que não podem ser alcançados pelo poder.

Medeia mostra, portanto, esse perigo que ronda a todos. A razão pode se transformar em um método, em procedimentos que seguidos com atenção, asseguram sua correção, mas pode faltar uma coisa muito importante nesse caminho. Quando Medeia decide matar os próprios filhos, seu pensamento é perfeito. Ela raciocina com segurança, consegue chegar a uma conclusão acertada sobre os meios de ferir aquele que a humilhou. Ela sabe que precisa retirar de Jasão aquilo que ele preza, os filhos e a mulher com quem decidiu se casar. Sabe que vai fazer com que ele sinta pelo resto de seus dias. E ainda consegue atacar a cidade, porque Creon morreu junto com a filha. Mas, a despeito da exatidão de seus cálculos, ela também está fazendo um mal a si. Ela diz que deixar os filhos seria entregá-los nas mãos de seus inimigos e eles sofreriam sem que ela pudesse defendê-los. Mas a verdade é que em nenhum momento lhe foi proibido levar as crianças embora junto com ela.

Eurípides desejava criar desconforto no leitor com essa desproporção. E mesmo que Medeia seja capaz de notar que vai lhe custar, ainda assim, continua até o fim. É aqui que aparece a irracionalidade dentro da correção do pensamento. Claro que isso não é tão bem desenvolvido, mas só para adiantar um pouco as coisas, Bauman, em pleno século XX, vai se valer desse tipo de explicação para lidar com o tema do Holocausto: a nação mais desenvolvida do mundo em termos de pensamento, com os maiores filósofos modernos (Kant, Hegel, Nietzsche, Heidegger, entre outros) foi capaz de promover uma das maiores atrocidades da história humana. Havia exatidão em seus cálculos, os métodos científicos eram usados rigorosamente, mas o objetivo era vil e ultrajante. É como se Eurípides nos dissesse que a razão pode servir a qualquer intenção e não é suficiente para lidar com as complexidades dos seres humanos. Ela é um instrumento fabuloso, o único que nos descola um pouco de nossas semelhanças com os animais, mas, elevada a um princípio exclusivo, dominante, se torna tão prejudicial quanto a ira pura.

Eurípides mostra que a ira pode derrubar e desorganizar mesmo uma cidade, se acompanhada dos procedimentos que a razão ensina. É uma combinação poderosa e destrutiva, pois a cabeça consegue seguir os raciocínios e fazer cálculos, mas não consegue enxergar nada sobre o momento seguinte a sua vingança. As consequências a longo prazo não entram nesses raciocínios. Como disse, a razão não é garantia de nada, pois lhe falta alguma coisa e, a despeito da crença dominante, pode ser facilmente dominada pela ira e cometer atrocidades. Acredito que se trata de uma reflexão bastante refinada sobre a racionalidade e seus limites, com uma visão um pouco pessimista e que não indica uma via para recorrermos quando a ira nos domina. Nesse diálogo com Platão e Sócrates, Eurípides mostra que o mal é uma escolha, não ignorância.

Em relação a esse tema há muito que se pensar e dizer. Mas aqui, estamos diante de um autor que pensa o mal proveniente de uma personalidade que tem perfeito domínio da razão e compreende muito bem sua situação e possibilidades. É muito mais comum que o mal seja praticado, em nossos dias, não por uma escolha plena, mas também não por ignorância; nós cometemos o mal porque essas escolhas sequer nos aparecem, ou seja, os seres racionais e inteligentes a que esses autores se dedicavam são muito raros hoje em dia e aparecem mais como casos extremos. Nós, por outro lado, vamos pulando de mesquinharia em mesquinharia, sem conseguir firmar princípios e incapazes de realmente escolher sobre o bem e o mal. Essa, por falta de palavra melhor, degradação das personalidades, ajuda a explicar por quê o próprio texto é muito mal compreendido, porque ele nos parece investido de uma moralidade (questão do patriarcado) que não existia no momento que foi escrito.

Carolina 13/06/2022minha estante
Realmente, já vi booktubers interpretando clássicos a partir desses "ismos", e é uma tristeza


Marc 14/06/2022minha estante
Olá Carolina, agradeço a leitura. Sim, se trata de um revisionismo tosco e mal intencionado, que faz afirmações sem sentido, mas que pegam as pessoas pelo emocional, como por exemplo, dizer que Iago odiava Otelo por ser racista. Isso destrói o texto de Shakespeare, mas é uma leitura cada vez mais forte (inclusive dentro da academia).


Débora 30/10/2022minha estante
Uau, que resenha!!!


Ana Eliza 02/02/2023minha estante
Eu realmente gostei da sua resenha, principalmente pela sua profundidade, você tocou em pontos interessantes e particularmente também não gosto de análises reducionistas, mas tenho que discordar em alguns pontos? Por mais que seja impossível que Eurípedes tenha escrito essa tragédia pensando em questões feministas (já que o movimento nem sequer existia na época), não acho que seja inválido fazer uma leitura com essa ótica, porque a tragédia dá muita margem para esse tipo de interpretação em vários diálogos e discursos de Medeia e no apoio do coro (composto inteiramente por mulheres) a ela. O coro só não apoia a decisão final e extrema da protagonista, mas de resto ele rechaça Jasão e fica do lado da heroína. Vale ressaltar que o coro é a voz da razão nas tragédias, porque é o único que consegue ter uma visão privilegiada de todos os acontecimentos. Não é ao acaso que há tantas releituras e adaptações de Medeia com essa perspectiva moderna e feminista, como por exemplo a peça ?A gota d?água? de Chico Buarque e Paulo Pontes e ?Mata teu pai? de Grace Passô. Interpretar dessa forma não é erro, não é algo infundado (seria se a tragédia não apresentasse recursos para tal interpretação, mas ela apresenta vários), é apenas um olhar diferente. Interpretar uma obra não é apenas se perguntar ?O que o autor quis dizer??.

Outra observação é que você pontuou em sua resenha que em nenhum momento foi dito que as crianças não poderiam seguir Medeia para o seu refúgio, mas o medo dela era justamente que mais tarde perseguissem seus filhos como forma de vingança, por mais que eles estivessem em outra cidade. Ela viveria com medo pelo resto de sua vida de que isso acontecesse.


Marc 11/02/2023minha estante
Agradeço sua leitura Ana Eliza. O problema das leituras feministas, além de serem anacrônicas, é que descartam a discussão muito mais ampla sobre essa falha da razão. Faz sentido que o coro fosse composto por mulheres, afinal a protagonista era mulher e seria não apenas contraditório que tivesse homens, mas abriria uma brecha para uma discussão sobre a imposição do homem sobre a mulher. Isso não significa que só as mulheres eram capazes de razão nessa peça. Jasão é uma pessoa muito inferior a Medeia, isso está claro por muitos aspectos, mas é ela quem comete o disparate de matar os filhos. Não significa que os homens eram superiores no uso da razão, mas que era a razão mesma que estava sendo posta em debate, independentemente do sexo das pessoas.

Eu até compreendo quem lê o texto dessa maneira, afinal Medeia é uma protagonista muito forte. Mas considero que se perde uma discussão muito mais interessante, que é sobre o comedimento da razão. Essa discussão, para nós, me parece muito mais interessante do que o feminismo em si, porque veja a técnica, os avanços da clonagem, da energia atômica, de procedimentos cirúrgicos capazes de praticamente reinventar o ser humano. Elon Musk tenta criar implantes cerebrais capazes de ampliar as habilidades humanas, fala-se em alteração genética, alguns discutem até mesmo a capacidade de transportar o cérebro para outros corpos ou dispositivos de informação. Tudo isso é fruto da predominância da racionalidade sem freios, onde o aspecto ético é colocado em segundo plano. Assim, não descarto que se possa fazer esse tipo de leitura, mas minha intenção era tornar o texto mais atual ainda, não afirmando que ele discute temas atuais, mas que os alertas que faz poderiam muito bem servir para a sociedade de hoje.




Carlos 09/06/2022

Medeia
Uma das melhores tragédias gregas, do gênio Eurípedes. Medeia, apesar de seus atos imperdoáveis e maléficos, representa muitos de nós em alguns momentos. Diferentemente das personagens de Sófocles, que são como o homem deveria ser, as personagens de Eurípedes mostram o que de fato somos, mesmo que apenas no íntimo.

Essa tragédia tem um significado muito grande para mim, por motivos pessoais.


?Saber que sofres me alivia a agrura.?
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Serfelizlendo 31/05/2022

Perfeito!
Não é uma leitura fácil por apresentar assuntos extremamente sérios e difíceis de digerir, mas prende muito a atenção e leva a grandes reflexões.
A Medéia abre mão da sua família de origem, trai o pai e comete algo terrível só pra "conquistar/agradar" um homem.
E, tempos depois, esse mesmo homem a larga com seus dois filhos pra casar com outra.
Quando ela se vê sem nada, sem ter pra onde ir com seus filhos e humilhada (porque ela já foi semelhante a sua agora "rival"), ela escolhe a vingança.
E não é qualquer vingança embalada só pela emoção, na verdade, ela pensa e pesa cada passo. Chega a conclusão de que a forma que irá fazer tal coisa resultaria em uma consequência triste e que o ato mais "benevolente" que poderia fazer seria ela mesma efetuar o que outros iriam fazer.
.
É exatamente triste como uma boa tragédia deve ser, mas que fascina devido a forma apresentada do papel da mulher.
Ela não faz o que fez por ser má ou não conseguir amar, na minha opinião, Medéia surge como um anjo vingador empossada de orgulho pra fazer sucumbir seu opressor tornando um exemplo.
Ela é elemento central, quem decide o seu futuro e quem paga o preço por suas decisões.
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Miguel 23/05/2022

dispensa comentarios né queridos, li para um trabalho da faculdade e é uma experiência excepcional!!!
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lari 22/05/2022

inicialmente li pra uma disciplina da faculdade, mas é extremamente interessante. a medeia é uma personagem forte e impactante, CERTAMENTE desequilibrada. a mesma medeia quem ajudou jasão a alcançar o prestígio, destruiu e tirou tuuuudo dele.

o tal do eurípedes sabia muito bem o que estava fazendo!!
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Natanael Nonato 06/05/2022

Bem trágico
LEITURA ACADÊMICA 1
Comecei a Faculdade de Letras e o primeiro livro lido foi esse! Geralmente os professores passam alguns pequenos capítulos para serem lidos, mas na matéria Seminário de Literatura Clássica - Grego lógico que eles pegariam mais pesado com a gente. Alguns meses atrás tinha lido Ilíada, então já entrei nessa leitura tendo contato com a literatura da Antiga Grécia.

O ponto central dessa tragédia na minha opinião é o orgulho. Medeia não faz o que fez apenas por ser uma mulher má. Ela faz isso porque seu orgulho é maior que o seu amor. Ao ver Jasão com novas prioridades, ela não suporta o peso de ser considerada como qualquer outra. Ela escolhe por prevalecer a sua cartada final.

Perguntei a professora se a tragédia grega era puro entretenimento ou se carregava em si a moral desse rico povo. Segundo ela, a continuação da identidade particular desses povos estava totalmente conectada com essas produções, sendo a moralidade grega passada de geração à geração por apresentações das epopeias e tragédias. É curioso saber que essa história tenha sido uma das mais apreciadas por eles...

E por último, mas não menos importante: a escolha da tradução nas leituras clássicas é essencial. Aqui está a diferença entre gostar muito de algo ou achar super chato e maçante.
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estelavaz.livros 05/05/2022

Uma feiticeira
Na mitologia grega, Medéia era uma feiticeira e bruxa que usou seus poderes mágicos para ajudar Jason , os dois tiveram dois filhos.

Uma tragédia grega , com vingança, assassinatos...

? Medeia não mede esforços e não poupa ninguém quando o assunto é vingança. Jason abandona a mulher e os filhos para se casar com um princesa,e acaba pagando muito caro.

Para entender melhor essa história entre eles, devemos saber do passado dos dois, de como Medeia para ajudar seu amado a recuperar o trono, engana seu pai , mata seu irmão, arquiteta assassinatos. Jason tenta chegar ao poder de uma forma ou de outra, até mesmo abandonando seus filhos.

Eurípides criou uma das maiores obras, uma tragédia grega.
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Jéssica (@simboraler) 04/05/2022

Uma deusa, uma louca, uma feiticeira ... ?
Esta peça é muito famosa e um marco, pois traz uma figura feminina como o centro das atenções, algo extremamente banalizado na sociedade grega daquela época.

Nesta tragédia grega, Medeia é traída por Jasão, seu marido, quando o mesmo a deixa para se casar com a filha do Rei Creonte. Agora, ela busca uma forma horrível de se vingar, causando dor e sofrimento ao mesmo, pois não pode suportar ser motivo de escárnio por ser trocada depois de tudo o que fez por ele.

Para contextualizar, Medeia é uma personagem da mitologia grega. Ela é uma feiticeira que se apaixonou por Jasão, e o ajudou em muitas conquistas, realizando as maiores atrocidades para isso, como trair a sua própria família, matar seu próprio irmão para que seu pai não persiga ela e Jasão em sua fuga, estimular as duas filhas do tio de Jasão à mata-lo para se vingar pelo seu amado, entre outros crimes.

É um livro curto e rápido de ser lido, dinâmico e um grande clássico do teatro grego. Vale a pena a leitura e prepare-se, pois aqui acontece o inimaginável.
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Andrea.Garcia 01/05/2022

Tragédia Grega
A história é interessante, mas não estou acostumada a ler peças de teatro.
No geral foi bom, não conhecia a história de Medeia.
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@entre.as.paginas 28/04/2022

Típico exemplo de como as mulheres eram taxadas de loucas por se revoltarem contra o desrespeito que sofrem. Medeia agiu de forma cruel? Sim, mas Jáson acabou com a vida dela e recebeu de volta a fúria.
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Erica.Barone 25/04/2022

Medeia foi uma surpresa. Nunca tinha lido uma peça de teatro grego e pensei que a compreensão não seria uma tarefa fácil. Com ela é possível ter exata dimensão do significado da palavra tragédia. O desfecho é algo repugnante e inconcebível, mas isso só corrobora com a intenção do autor de comover e chocar o leitor.
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deborattins 17/04/2022

Primórdios da vingança
Incrível a história de Medeia, e mesmo que pareça uma vingança por ciúmes amoroso, acredito que a motivação dos acontecimentos sejam mais íntimas, que a motivação seja o orgulho, a honra, a imagem.
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Fefê 17/04/2022

Achei que era outro livro
Foi o primeiro "clássico" que li só que me lembro da história começando com a Medeia prevendo a chegada de Jasão e dele ser seu destino. Esse é mais o final da história, mesmo assim muito bom. Resumo: Uma mulher enganada e em busca de vingança (gosto muito dessa temática).
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