Sagarana

Sagarana João Guimarães Rosa




Resenhas - Sagarana


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Jhe| @pompososliterarios 08/09/2019

Adorei conhecer sobre a escrita de João Guimarães Rosa!!
Primeiro contato que tenho com a escrita de João Guimarães. Essa leitura, me fez imergir, em uma época que eu não conhecia, só ouvia as Histórias que a minha avó me contava, quando era criança. EU AMEI ter este contato com a escrita deste autor, confesso que tive um pouco de dificuldade no começo da leitura, mas conforme foi passando o tempo, e a vontade de ler mais sobre esse livro, eu fui gostando cada vez mais, adorei a experiência que tive com esse livro!! recomendo mundo a leitura dele!! amei conhecer culturas diferentes e me senti na vontade de ter vivido aquela época! AMEEEI!!!!!

site: https://www.instagram.com/jessicaneris_/
Marcos.Azeredo 04/11/2019minha estante
Este dele eu nao li, Primeiras historias eu li e nao gostei muito.




Mauricio 04/09/2019

Realismo mágico com mineirês
Primeiro grande livro de João Guimarães Rosa, composto por nove contos, um melhor que o outro. Um verdadeiro patrimônio nacional da nossa língua e cultura, no caso a dos sertanejos do norte de Minas Gerais. A linguagem utilizada é bem solta, e expressa bem os dialetos, neologismos, aforismos e expressões linguísticas utilizadas pelos mineiros matutos da época. Há um grande lirismo nos contos, onde os componentes da natureza como árvores, aves, plantas, rios entre outros praticamente se fundem com os personagens dando um incrível aspecto mítico aos contos, que pra mim, dada a grande quantidade desses aspectos regionalistas, chega quase a perfeição!
Os contos que mais gostei foram: traços biograficos de Lalino Salãthiel, Duelo, Corpo Fechado e Conversa de Bois, mas todos são ótimos e contam a vida de sertanejos simples onde a satisfação na vida se dá somente com a posse de um burrinho, uma sela mexicana ou sentir o cheiro do orvalho e descansar sob a sombra de um bacuri num fim de tarde, mas que perdem a cabeça quando topam com algum adultério, traição ou disputas políticas (dica da trama de alguns contos).
Se tem uma lista de melhores livros da literatura brasileira, esse livro estaria nessa lista, com certeza!
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Julio 24/04/2019

"Para bezerro mal desmamado, cauda de vaca é maminha."
O livro trata de nove estórias que passam no sertão mineiro. A presença da cultura do sertão é tão aflorada que o leitor consegue submergir pelas características e pontos que rodeiam este tema. Com forte influência do neologismo e o regionalismo (intensas marcas de Rosa), Sagarana é recheado de variação linguística e o autor faz questão de mostrar sua importância no livro. Embora a obra seja escrita, Guimarães consegue transmitir para o ledor a língua em sua estrutura oral.
Sagarana é fantástico. Vale a pena ler.
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Vanessa - @livrices 19/02/2019

Aqui, temos nove contos, todos passados no sertão de Minas. A escrita de Guimarães é INCRÍVEL! Não encontro outra palavra para descrevê-la que não: arte. Arte! Arte caipira. As expressões, gírias, abreviações, combinações de palavras etc nos transporta a um mundo particular: o meu, o de Guimarães... o dos mineiros.
Ler esse livro transportou-me às minhas raízes e à minha infância na roça, aos diálogos e causos dos meus avós, tios, tias e todos os vizinhos. Hoje, já não tenho mais tanto contato com esse mundo... mas as lembranças e o sotaque continuam aqui, trazendo aquele quentinho no peito.
Recomendar Guimarães é apresentar Minas aos que desconhecem e presentear os que a reconhecem. Sensação de orgulho, pertencimento. A transformação do sertão em poesia!
Lista dos contos em ordem de (minha) preferência: 1- O burrinho pedrês, 2- Minha gente, 3- A hora e vez de Augusto Matraca, 4- Duelo, 5- Corpo Fechado, 6- A volta do marido pródigo, 7- São Marcos, 8- Sarapalha e 9- Conversa de bois.

site: https://www.instagram.com/livrices/
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Mindú 09/02/2019

A exposição de uma cultura
Guimarães Rosa serviu como diplomata durante bons anos, e algo que meus professores sempre usaram para descrever um diplomata é a alusão à um vendedor, alguém que vende e defende sua cultura perante aquelas diferentes. Isso é algo qe observo muito claramente na leitura desse clássico. Rosa, amava e buscava apresentar o modo de vida de seu povo, por isso o excesso de onomatopéias e expressões populares que por vezes tornam a leitura difícil e nos obriga a fazer uso do dicionário constantemente.
A montagem que faz dos cenários e muito bonita e conta com personagens muito bem construídos.
Cabe aqui, citar a pontada que o leitor sentirá no peito ao ler as descrições sobre a beleza de Bruamadinho e seu finado Paraopeba, hoje vítimas da vilania do capital.
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Mari 05/02/2019

Minha pequena [e falha] visão do: SAGARANA
Pra mim foi uma leitura bem complicada. Alguns contos eu gostei, alguns contos eu me perdi, alguns contos eu não sei se entendi... Mais assim é a vida, não é mesmo?!
Dos contos que eu intendi, o que ganhou meu coração foi "Minha Gente", Maria Irmã foi, pra mim, a melhor personagem do livro todo. Foi um conto rápido e delicioso em sua conclusão.
"O Duelo" também teve seu momento de glória na minha leitura. Comecei com receio e terminei satisfeita com a história.
Teve um conto, não me lembro mais o nome, que falava com alegria de Brumadinho, meu coração apertou...
Entre trancos e barrancos terminei esse clássico.

O que aprendi com o livro: Que as referencias contidas nas historias que lemos são as coisas mais eternas que teremos... (só um pensamento de uma conservadora & restauradora de bens culturais)
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Debora 05/01/2019

Várias histórias, o mesmo amor pelo Brasil sertanejo
Sagarana é composto por 9 histórias, irregulares entre si, diferentes, mas que destacam, cada uma a sua forma, o jeito de ser, viver, se relacionar, o amor à terra, mas tb o jeito bruto do sertão.
Guimarães começando a desenvolver sua escrita e trazendo pra todo o país um jeito de ser e viver desconhecido da maioria
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denis 24/10/2018

Bom demais da conta!
Li o livro Primeiras Histórias e não gostei. Li Manuelzão e Miguelim e não gostei. Mas Sagarana, vou te contar, gostei de todas as novelas. Sim, novelas e não contos. "Duelo" é ação na veia, meu irmão. "Sarapalha" é fenomenal. "A Volta do Marido Pródigo" é engraçada. "Corpo Fechado" é sinistra. Algumas descrições, de modo geral, chegam a ser líricas. "A Hora e a Vez de Augusto Matraga" é bizarra! A conversa com o padre é linda. Obra de Arte esse livro!
denis 24/10/2018minha estante
:O)




Dan 22/10/2018

A obra do neologismo e das adaptações linguísticas
Pulando a parte do resumo e indo direto para a análise: Depois de ler esse livro, tive a impressão (e, pelas minhas pesquisas, parece que estou certo) de que, acima da retratação do sertanejo, o que Guimarães Rosa quis demonstrar aqui é toda a sua capacidade de criação, adaptação e fusão da linguagem, quase como se o mesmo estivesse brincando com o nosso português.
A princípio, é importante salientar que apesar de ser encaixado nesta característica, a obra não pertence de maneira integral ao regionalismo tradicional, explicarei o porquê. Ao retratar a vida do sertanejo mineiro, o autor não insere em suas histórias fatores e problemáticas que são específicas dessa cultura, isto é, o mesmo trata de questões mais abrangentes que acometem toda a população, e não uma parcela dela. Além disso, podemos dizer que por ter uma narrativa oral e extremamente literária, ou seja, pautada na musicalidade, no jogo de palavras e no "eruditismo", o autor faz uma fusão linguística da variante do português em MG com outros termos, as vezes neologismos, arcaísmos, coloquialismos, etc. Isso quer dizer que Guimarães não mostra, de fato, como é o verdadeiro "mineirês", mas o torna esqueleto de uma composição maior constituída pela sua famosa capacidade de criação de novos vocábulos. Outrossim, o que faz com que a obra não possa ser encaixada de maneira integral ao regionalismo é o fato dela possuir um descritivismo exacerbado, além de, na maioria das vezes, as histórias terem cunho de uma visão transcendental, como abordar temas que convidam o interlocutor ao devaneio.
Por fim, há de se lembrar que no período em que foi escrita a obra, a ditadura Varguista, assim como a 2ª Guerra Mundial, já apresentavam seus últimos acontecimentos, sendo os 2 findados em 1945. O fim da repressão e tensão sociopolítica trouxe alguns sentimentos de mudança para o modernismo - movimento literário no qual Guimarães fazia parte -, inspirando os escritores a romper também com alguns valores tradicionais da época. Prova disso é que no livro percebemos a maior independência feminina quanto ao casamento e as relações, não estando mais tão subalternas aos homens e às instituições de controle (estado e igreja).
Contudo, se por um lado o autor insere em seus contos uma característica de esperança, por outro ele também não esquece de retratar a violência no interior de Minas Gerais, onde a tão sonhada civilidade não ganha espaço num ambiente marcado pela "lei do mais forte", que lembra muito as cenas de Faroeste norte-americanas.
Estou dando 3 estrelas apenas porque achei que o forte detalhismo e neologismo dificulta muitas vezes a compreensão da história. Espero relê-lo quando tiver mais bagagem cultural e linguística.

site: https://www.youtube.com/watch?v=Jfxx0UbCQk8
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monique.gerke 06/09/2018

Ô Minas Gerais, quero te conhecer meu bem...
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David.Albuquerque 13/08/2018

Sagarana, vida sertaneja
Sagarana reune nove contos de Guimarães Rosa, nascidos dos rincões, arraiáis, povoados e vilarejos do sertão... sertão dos coronéis, majores, siôres e seus agregados, de noivas e desnoivas, de jegues, burros, cavalos, cabras, mulas e tudo-o-que-é-bicho-do-mato, de favores e de vingança, onde a defesa da honra sua ou de parente mexe com o tino justiceiro de cabras valentes, destemidos e alguns muito sabidos, e também de mandingas e contas sobrenaturais a pagar, narrado todo do jeito que o sertanejo fala e sente, uma beleza só, obra de arte mesmo.
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Codinome 04/07/2018

Um pouco sobre "Sagarana"
O livro de contos "Sagarana" foi o primeiro em prosa publicado por João Guimarães Rosa, reunindo 9 contos. Minha primeira experiência com o autor e que gostei bastante, aquele tipo de literatura que te faz querer ler tudo o que o autor escreveu. Por ser uma linguagem meio desafiadora (mas que ao longo dos contos a gente, leitor do Brasil, vai se adaptando muito bem) e ao ler de forma bem corrida o prefácio "Novos mundos" (pois aborda diversos livros de Guimarães e prefiro chegar para ler um livro, quando é "bom" ou "ótimo" ou "excelente", sempre sabendo o mínimo dele), de Óscar Lopes; percebi que "Sagarana" é uma ótima obra (não só nesse sentido) para começar a se infiltrar na literatura do escritor, seguindo com as novelas de "Corpo de baile" e, para os mais ousados, encarar "Grande sertão: Veredas".

Logo pelo título, o leitor mais atento percebe que é apresentado a uma das características da escrita de J. Guimarães Rosa, que é o uso de neologismos: são palavras novas criadas pelo próprio autor; e "sagarana" é uma delas: a junção de "saga", que tem origem na língua nórdica antiga, significando uma epopeia ou aventura, e "rana", que provém do tupi-guarani, que pode significar semelhante, parecido, imitado, à maneira de. É como se o livro pretendesse ter um viés de narrativa heroica adaptada às nossas idiossincrasias e ao próprio e sólido estilo de Guimarães.

Os contos se passam nos sertões de Minas, que são lugares bem distantes dos grandes centros: pequenas vilas, trilhas, sítios e tudo bastante permeado pela natureza. Muitas vezes, a natureza também se torna uma personagem da história (ou estória, que é outra palavra criada) de forma bastante lírica, trazendo uma carga de poesia que é incrível. Isso combinado à maneira que o autor escolhe e cria as palavras gera, na minha opinião, uma obra-prima.

Todos os contos me chamaram a atenção, mas os principais e que mais gostei:
"O burrinho pedrês" (1º conto): uma aventura "heroica" desse burrinho e mostra como os animais também trazem sua carga de complexidade e riqueza, tal como as pessoas.

"Duelo" (4º conto): incrível esse conto, uma estória de perseguição quando bem escrita me atrai bastante. Me lembrou o filme "Onde os fracos não têm vez", de 2007, o melhor filme que eu vi dos Irmãos Coen.

"São Marcos" (6º conto): em que as religiões, a metafísica e, até mesmo, um tipo de feitiçaria é trazida à baila. Muito bom também!

"A hora e vez de Augusto Matraga" (9º conto): último conto e aquele que ainda tenho mais vivo em minha memória, fala sobre a decadência e a ascensão desse personagem. Talvez esse seja o que mais tenha cara de grande aventura/tragédia/epopeia, mas tal como revela o "rana" do título, à maneira brasileira e de Guimarães.
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Thiago275 21/03/2018

Desafiador, mas vale a pena
"Ir para onde?... Não importa, para a frente é que a gente vai!"

Sagarana é um conjunto de nove histórias do genial João Guimarães Rosa, autor que pertenceu à 3ª Geração Modernista, ou Geração de 45. O autor é conhecido pelo regionalismo, pela linguagem oral, pelo resgate das expressões usadas pelo povo simples e sábio da roça.

Como um bom mineiro, ao ler esse livro, acabei me reencontrando com minhas raízes. Através das palavras cuidadosamente escritas por Guimarães, pude sentir o cheiro do mato, ficar com medo da fúria dos bois bravos, andar por intermináveis estradas de terra, rezar as rezas do povo.

Fé e adultério são temas onipresentes no livro. Não a fé institucionalizada, mas a fé simples do povo, mistura de catolicismo e religiões afro/indígenas. Fé que ao mesmo tempo reza o Padre Nosso, roga a proteção da Virgem Maria e faz simpatias para fechar o corpo. Adultério não como pecado ou imoralidade, mas como fuga de uma realidade difícil, muitas vezes de maus tratos e humilhação.

Destaque para as histórias:

"Minha Gente": foi meu texto preferido. História despretensiosa, que conta o jogo de conquista entre primos. O modo como Guimarães faz a analogia entre o jogo de xadrez e as relações humanas é fenomenal. O fim do conto é muito bom e os personagens são os mais queridos. Mostra também como a política era feita naqueles tempos do coronelismo.

"Conversa de bois": um dos mais famosos de Guimarães e com razão. Um conto triste e enigmático. Fiquei com a pulga atrás da orelha sobre o final.

"A Hora e a Vez de Augusto Matraga": fecha com chave de ouro o livro. Uma linda história de redenção. Parece que Guimarães nos fala: Parabéns a você que chegou até aqui, toma essa história de presente!

Guimarães Rosa nos traz não só relatos, mas "causos" de redenção, de traição, de malandragem, de amor, de política, de vingança. Tudo em meio à espetacular paisagem do sertão das Minas Gerais, rodeado pelas aves, pelas montarias, pelos bichos peçonhentos.
Em simplórias cabanas ou em casarões de fazenda, conhecemos gente brasileira, que mata e morre, que corre atrás, que dá tiro de espingarda, que deseja o céu e tem medo do inferno. Gente como a gente: BRASILEIROS. Livrão.

"Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas sempre passa."
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MrDurden 08/03/2018

"E tudo foi bem assim, porque tinha de ser, já que assim foi."
Ao longo de nove contos, Guimarães Rosa nos conduz pelo sertão de Minas Gerais explorando tanto o ambiente geográfico como o social. E mesmo sem uma relação aparente de interdependência narrativa entre os contos, é possível estabelecer um sentido mais amplo analisando-se o período histórico, os cenários e os diversos temas abordados. Temas esses, que apesar das características regionalistas da obra, o autor consegue elevar a um status universal e nos oferecer uma fascinante investigação sobre o ser humano, seus questionamentos, angústias, paixões, fraquezas e virtudes.
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