Onde Andará Dulce Veiga?

Onde Andará Dulce Veiga? Caio Fernando Abreu




Resenhas - Onde andará Dulce Veiga?


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Carla 17/07/2014

Fascinante.
Sou suspeita pra falar de Caio, mas esse livro é fascinante, te prende do começo ao fim,uma viagem maravilhosa de se fazer.
Caio descreve São Paulo e os personagens de uma forma tão mágica que é impossível não montar mentalmente a cena exatamente como ela é.
Devorei esse livro em exatamente 4 dias e quando eu acabei eu queria mais do Caio, queria recomeçar o livro, anotar os melhores trechos, estudar cada frase, aliás, pra mim TUDO que Caio escreve é doce, é esplêndido, e como eu sempre digo pra todo mundo que me conhece, Caio deveria ser eterno.

Enfim, leiam e se entreguem.
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larissa dowdney 25/02/2010

Começa muito bem, mas do meio pro final ele se perde um pouco na narrativa e nos personagens. Mas, ainda assim, é um livro cheio de sentimento e tiradas dessas que você sublinha no livro pra reler depois. Não é um dos melhores do Caio F. - que, por sinal, é magnífico - mas é bom.
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Marina 19/07/2011

Abri o chuveiro, mas a água fria não conseguia resgatar aqueles restos
e reflexos de imagens perdidas, viradas pelo avesso. Entre os pêlos negros do peito, contei à toa dois fios inteiramente brancos. Amanhã, serão três pensei. Depois dez, cem. Mil, em direção a quê? (ABREU, 2003, p. 76)

- São tudo histórias menino. A história que está sendo contada, cada
um transforma em outra, na história que quiser. Escolha, entre todas elas, aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo. Mesmo que ninguém compreenda, como se fosse um combate. Um bom combate, o melhor de todos, o único que vale a pena. O resto é engano, meu filho, é perdição.
(ABREU, 2003, p. 204)

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Thais645 21/11/2020

Quero encontrar outra coisa.
O segundo e último romance de Caio Fernando Abreu é um retrato da sociedade paulista da década de 80: assombrada pelos resquícios da ditadura pelo fantasma da AIDS, a solidão gritante, em meio a concrete jungle, e a busca por algo.

O romance policial narra a vida de um jornalista gaúcho, na casa dos 40 anos de idade (alguma semelhança?), que vai se apresentando enquanto nos conta o dia-a-dia no seu novo emprego, a redação de uma jornal paulista. Lá a nossa personagem principal, que também é o narrador, se vê envolto pelo desaparecimento da cantora Dulce Veiga, que não é vista há mais de 20 anos. Dulce, em um dia de show de estreia, simplesmente sumiu. Evaporou. Ninguém nunca mais viu: só restaram as canções, uma filha tresloucada, um ex-marido teatral e lembranças nebulosas.

A busca por Dulce (e a busca de Dulce), para mim, representa a nossa jornada pelo autoconhecimento, pela felicidade, tão comuns nos textos de Caio Fernando Abreu, sempre de escrita crua, intensa, inquieta, doida, real.

O livro - assim como nos adianta o prefácio de José Geraldo Couto - nos revela as referências artísticas, principalmente cinematográficas, do autor. Caio escreve e descreve cenas sob o olhar de quem registra com as lentes, o texto está cheio de jogos de câmeras e de menções à grandes películas. Foi uma alegria descobrir que “Onde Andará Dulce Veiga?” virou filme depois, pelas mãos de um grande amigo de Caio, Guilherme de Almeida Prado.

Quando terminei a leitura, cheguei a escrever que não conseguia para de pensar em Dulce. E no narrador. E no Caio. Sinais de ressaca literária? Talvez. Típica pós-leitura Caianesca

“Quero encontrar outra coisa.”, eu também, Dulce. Quero tanto.
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Gigio 12/03/2020

Caio
Caio é um dos meus escritores brasileiros favoritos. Cada frase lida é um deleite. Com esse livro não poderia ser diferente. Nos prende do começo ao fim, com passagens muito curiosas, as vezes divertidas, as vezes emocionantes, e um final inesperado.
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Jairo.Escudero 24/11/2012

Uma busca pessoal, com trama interessante, que toca em várias feridas de nossas cidades grandes.
A busca do personagem central (sem nome) por uma cantora de sucesso de tempos atrás, chamada Dulce Veiga, constitui o desenvolvimento e o suspense da história, a qual se passa numa só semana (de segunda a domingo). Bem contada, com momentos desvairados de descrições aleatórias, estranhos sonhos e "viagens" malucas, a história prende o leitor, fazendo com que ele queira realmente saber onde anda Dulce Veiga e porque ela desapareceu, há mais de 20 anos. A narrativa também expõe, se bem que sutilmente, pois fazem parte do ambiente habitado e traçado pelo protagonista, vários dos problemas das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, tais como os sem-tetos, as drogas e a violência.

Um dos melhores momentos epifânicos acontece quando finalmente, depois de encontrar Dulce Veiga, ela lhe dá um chá que faz com que, durante a longa alucinação que se desenrola, ele ouça uma voz, sem saber de quem, a qual diz:

"— São tudo histórias, menino. A história que está sendo contada, cada um a transforma em outra, na história que quiser. Escolha, entre todas elas, aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo. Mesmo que ninguém compreenda, como se fosse um combate. Um bom combate, o melhor de todos, o único que vale a pena. O resto é engano, meu filho, é perdição."

Literatura sempre deve fazer-nos refletir, e a citação acima juntamente com a metáfora do joguinho da gota de mercúrio no labirinto (cujo objetivo é chegar ao centro do labirinto inteira) foram as mais contundentes fontes de reflexão neste livro que, na minha opinião, vale a pena ler.
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Jamyle Dionísio 02/03/2022

Bom, mas?
Soube de ?Onde Andará Dulce Veiga?? Nas ?Cartas?, de Caio Fernando Abreu. É desse livro, construído em pelo menos cinco anos, que Caio fala com mais entusiasmo. Já conhecia os contos dele, mas não esse romance de mais de duzentas páginas.

O narrador, jornalista recém contratado por um jornal menor, é incumbido de fazer uma matéria com as Vaginas Dentadas. Descobre que a vocalista do grupo, Márcia Felácio (Márcia F.), é filha de uma cantora das antigas, Dulce Veiga, que desapareceu sem deixar rastros.

Como o próprio título adianta, o jornalista parte em busca de Dulce Veiga, que lhe faz súbitas e delirantes aparições no meio de São Paulo. Percebe-se, daí, que a mulher é mais do que uma cantora do passado, e que os personagens e a ação do livro são um simulacro de questões internas do próprio Caio.

Em suas cartas, ele revela que se trata de um homem em busca de sua anima (ou seu lado feminino, explicando porcamente o conceito de Jung). Encontramos ali outros espelhos de Caio: o narrador dilacerado pelo sumiço de Pedro, o misterioso Saul (sal que contrasta com o doce de Dulce). Encontramos a dificuldade de definição da própria sexualidade, o pavor da aids, a sensação de constante sujeira, desconforto e claustrofobia da São Paulo dos anos 1980. E também certos preconceitos e estereótipos comuns na época, pretos e nordestinos que servem de pano de fundo para a ação de outros personagens com vivências no exterior (mas fatalmente brasileiros, coitados!) e que, hoje, soam esnobes e limitados. Tudo envelhece. Até os livros.
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João Henrique 14/03/2021

Vaga Estrela do Norte
Alguns livros te esperam
Há tantos anos na prateleira
O olhar resabiado... ?Ainda não?.
Sei porque me esperou. Sei porque agora.
(Minha) Vaga Estrela do Norte.

Primeiros pensamentos sobre
Onde Andará Dulce Veiga? (1990)
de Caio F. Abreu

14/3/21
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mila 10/07/2012

Primeiro livro que li do Caio Fernando e tenho que admitir que me surpreendi. Esse livro me inspirou de tal forma que escrevi um poema. O modo como ele descrevera as ruas de São Paulo e os seus personagens foi algo muito tocante pra mim e claro todo o mistério envolvido no romance sobre a cantora Dulce Veiga. É um livro rock'n roll, posso dizer. Drogas e sexo embutidos. Tive o prazer de ter muitas sensações ao lê-lo. Um ótimo livro.
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Pascale <3 16/12/2013

Onde Andará Dulce Veiga?
Já li e reli essa obra por determinado motivo: Caio! Acompanho as obras desse autor fabuloso e considero esse livro o melhor de sua carreira. Por motivos diversos CFA dedicou-se a escrever crônicas ou textos curtos em detrimentos de histórias completas como esse caso. "Onde Andará Dulce Veiga" é uma exceção maravilhosa. O livro conta a história de um repórter, que vivendo uma vida solitária e doente redescobre o fascínio a partir do desaparecimento de uma antiga cantora fabulosamente conhecida. A trama envolve homossexualidade, Aids, suspense, drama e amor. Vale a pena uma conferida =)

site: @SagiPascale
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Felipe.Oliveira 18/01/2017

Percebendo o mundo e a si mesmo.
Essa obra trata da busca de uma cantora famosa a muito tempo sumida, onde nosso personagem principal não identificado, nos relata sua investigação para descobrir seu paradeiro e ao mesmo tempo nos relata as diferentes experiências adquiridas no caminho ao conhecer os diferentes tipos de pessoas envolvidos tanto com a cantora, como perceber melhor as pessoas que estão a sua volta. Sempre opinativo e observador, nos leva a perceber o mundo em que ele mesmo está perdido e essa visão(em construção) do que está em sua volta é simples no dizer e complexa em sentir. Esse homem de aproximadamente 40 anos na verdade procura um novo sentido na vida e a jornada para encontrar Dulce Veiga, faz parte da descoberta desse novo sentido.
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Caio Chaves 25/02/2016

Tinha muita curiosidade ler alguma sobre do Caio Fernando Abreu e não apenas aquelas frases desconexas que são postadas pra ganhar curtidas no Facebook. E esse romance dele acabou me chamando atenção, decidi dar uma chance, além de querer ler mais autores nacionais nesse ano de 2016.
Baixado o ebook, a história me envolveu logo, achei muita boa a narração do autor, muito fluída, repletas de referências a cultura pop, personagens bem ambíguos e situações hilárias.
Gostei bastante, só que na metade do livro a narração pra mim se perdeu um bocado em vários capítulos no excesso de referências e frases jogadas ao vento, só por isso não dei a nota máxima aqui no Skoob.
O submundo paulista narrado pela ótica do autor foi bem interessante e no clímax da história eu tive uma surpresa e fiquei triste que tenha sido tão rápida. A partir daí a história se torna bem melancólica.
É um livro que toda hora é uma montanha russa e isso é ótima, nem notei que 256 páginas depois não havia mais nada, fiquei triste ao me despedir dos personagens e não poderia pensar em um final melhor do que aquele.
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Adriana Scarpin 29/02/2016

Em honra dos 20 anos da morte de Caio Fernando Abreu
Se eu tivesse que escolher um livro para representar os anos 80 do século XX, escolheria esse, não só porque ele represetna uma simbologia deslumbrante daquela década, mas pelo estilo do Caio que comunga fortemente com o cinema, não é preciso que ninguém fale que ele é um cinéfilo, a forma de pensar dele é de quem injeta filmes nas veias e isso aparece nitidamente na escrita dele.
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Camila 02/01/2019

A indagação do título, que trata do desaparecimento de uma famosa cantora, me pareceu mais um pano de fundo para outros tipos de busca.
Os personagens, cada um a seu modo, estão tentando se encontrar, se compreender e compreender o mundo, a vida.
Ambíguo, um tanto amargo, mas bonito, como tende a ser a jornada de quem se dispõe a viver além do óbvio.
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James Ratiere 24/01/2018

Lágrimas
Caio F. Me faz desmoronar a cada letra. A trama forjada em suas próprias mazelas mostra a capacidade do autor de mostrar ao mundo que somos mais do que uma doença. Onde Andará Dulce Veiga me me chorar ao me perguntar o quanto humano somos, e o quanto nos deixamos envolver pela correria das grandes capitais e a sociedade que nos engole com seus veredictos finais. Caio Fernando choca.
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