A falência

A falência Júlia Lopes de Almeida
Júlia Lopes de Almeida




Resenhas - A falência


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vitoraprado 31/03/2024

A falência - 5/5
Se Machado de Assis fosse bom (e mulher), ele se chamaria Júlia Lopes de Almeida
Talvez esse livro seja uma das maiores surpresas que eu tive esse ano
Uma narrativa que se passa no início do século XX, mas que se mostra extremamente atual, visibilizando o dilema da emancipação feminina e do machismo na sociedade brasileira (resumo: o problema do mundo é o homem)
Apesar de ser um livro publicado a mais de cem anos, tem uma linguagem simples e acessível, que não é nem um pouco cansativa
Adorei a protagonista, já que ela se mostra como uma personagem muito imperfeita, mas que cativa o leitor e faz você torcer por ela, de alguma forma
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Daiana 17/03/2024

A emancipação feminina.
Esse livro de Julia Lopes de Almeida trás muitas camadas ao discutir sobre o papel da mulher na sociedade no final do século XIX. A protagonista desse livro é Camila, uma mulher linda e rica, casada com um homem que ascendeu financeiramente devido ao boom das exportações de café que houve nesse período, mas para além de Camila o livro é permeado por inúmeras outras mulheres fortes e sobrecarregadas do trabalho doméstico, na criação dos filhos, nos cuidados com os enfermos e com maridos. Essa autora deveria ser mais lida, as editoras podiam fazer um resgate da sua obra que diga-se de passagem é incrível!
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Vivi 16/03/2024

Retrato de um brasil (rio de janeiro do século XIX) que aborda temas atuais com muitas doses de hipocrisia e crítica social. uma falência? sim. abundância na escrita? também.
"que direito teriam uns a todas as primícias e regalos da vida, se havia outros que nem por uma nesga viam a felicidade?"
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@tigloko 09/03/2024

"A vida tem ironias: teria ele sido um tolo?"
Além de desenvolver os personagens muito bem, através destes o contexto da época é transmitido de forma envolvente. Gostei bastante desses momentos, quando um personagem passeava pelas ruas e descrevia o dia-a-dia, os lugares, as pessoas. Fiquei surpreso com a facilidade em ler ele, sem duvida foi um dos clássicos brasileiros mais fluídos que li até hoje.

Mesmo que a falência esteja no titulo e não seja uma surpresa, Julia mantém o clima de expectativa lá no alto e o interesse (soltando pequenas ironias ao longo do texto relacionadas à falência), principalmente pelo emocional dos personagens antes do fato. Para depois do fato, ser um excelente contraponto da situação e a mudança que ocorre na dinâmica da família ser ainda mais surpreendente. Achei interessante esse desenrolar antes/depois.

São vários temas debatidos durante as paginas do livro como religião, política, família, sempre com um toque critico e afiado aos costumes. Mas em especial destaque para a construção das personagens femininas na obra, com uma visão totalmente a frente do seu tempo. Os capítulos que desenvolvem Nina e Camila foram ótimos, os melhores da obra.

Recomendo demais
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Leitura.antiquada 05/03/2024

Leitura rápida
Texto de fácil compreensão, leitura de época e de fato a autora se expressou bem, me senti naquela época, uma tragicomédia de uma família em ?ascensão?; mentiras, traições, muitos causos.
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arthurzito 04/03/2024

Essa leitura me fez pensar sobre a História e em como ela construída de forma a ser excludente, já que é escrita sempre pelo vencedor, a versão do perdedor é deixada de lado e a História se faz num perspectiva de marginalização. Julia Lopes de Almeida foi uma mulher influente, uma escritora de qualidade ímpar, ajudou a construir a Academia Brasileira de Letras, recebeu em em sua casa grandes dos vários escritores importantes do século XX. O seu legado? Deixado de lado, não ingressou na ABL mas seu esposo sim. São detalhes que fazem refletir.
O enredo de "A falência" segue a trajetória da família Teodoro em meados do século XX. Francisco Teodoro é um empresário do café que se casa com Camila, juntos constroem uma família influente na vida urbana carioca. Pelo menos todas as resenhas que eu li já deixam explícito que haverá uma falência seguido do suicídio de Francisco Teodoro. Mas o enredo é construído de forma linear, sem menções ao futuro e com poucos flashbacks do passado, então eu tive durante toda a leitura essa expectativa de um tremendo desastre. Ler o cotidiano dessa família, assitir a vida tumultuada de Francisco, o caso de Camila com dr. Gervásio, as irresponsabilidades do filho mais velho, as aspirações das caçulas e sabendo que tudo isso está por um fio é extremamente inteligente, interessante e bem feito.
Além disso, Júlia Lopes faz um romance cheio de críticas sarcásticas à sociedade carioca e à Igreja, especialmente voltado ao papel da mulher nesses dois ambientes. Camila tem um caso duradouro com médico e amigo da família, dr. Gervásio, e sente a fúria da hipocrisia de suas tias católicas e de seu filho mais velho boêmio e irresponsável (mimado por ela mesma, mas mesmo assim hipócrita). Eu consigo sentir as inspirações que fizeram ela escrever os diálogos, principalmente quando depois da morte do esposo, Camila tem um monólogo que me deixou emocionado. É uma leitura que vale a pena!
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Cris 01/03/2024

Acabei gostando!
“Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por tudo - como se não pagássemos caro a felicidade que fruimos! Nesses livros tenho sempre medo do fim; revolto-me contra os castigos que eles infringem às nossas culpas, e desespero-me por não poder gritar-lhes: hipócritas! hipócritas! Leve o seu livro; não me torne a trazer desses romances. Basta-me o nosso, para eu ter medo do fim.”

A história deste livro se passa no Rio de Janeiro no final do século XIX. Francisco Teodoro é um português que enriqueceu no Brasil com o negócio do café. Conforme ele começa a prosperar, ele resolve se casar, e então entra em cena Camila, uma mulher linda que vem de uma família humilde.

Eu demorei um tempão para ler, empaquei na leitura. Por conta da época em que foi escrito, o livro apresenta um tipo de escrita mais rebuscado, e os primeiros capítulos foram difíceis de digerir, porém, fiquei feliz por insistir na leitura, porque acabei gostando bastante da história.

A história é tipo um novelão de época, em que acompanhamos a história de uma família abastada, cheia de filhos e agregados. Dos filhos, o único que foi insuportável de aturar é o mais velho, Mário. Ele é o reclamão, só gasta o dinheiro da família e é muito ingrato.

E como toda novela que se preze, temos os galãs e as mocinhas, muitos amores, casamentos por conveniência, brigas, ciúmes, traições e muita fofoca. Eu adorei ver neste livro um pouco de como era a sociedade na época, e achei que a autora fez várias críticas a esta sociedade aqui: o machismo, o preconceito e o maior destaque que foi o papel da mulher nesta sociedade. Interessante notar também, que apesar de já ter sido abolida a escravidão no Brasil, vemos pessoas negras em situações bem desprezíveis.

Se quiser ler, não leia a sinopse, traz um spoiler muito desnecessário!

“Cumpria a sua missão de mulher, adoçando sofrimentos, serenando tempestades e conservando-se na meia-sombra de um papel secundário.”



site: http://instagram.com/li_numlivro
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Dora Ies 01/03/2024

A Falência ??????1/2
Livro com alguns termos mais antigos mas mesmo assim fácil de entender.
Tive que ler como leitura obrigatória então por esse fato não gosto muito desse tipo de livro kkkkkkk
Mas assim a história me surpreendeu no final de verdade mas não sinto que é muito mais que isso
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Giovana917 25/02/2024

Não esperava que esse livro fosse tão bom e tão fácil de ler. Por ser de um século diferente do nosso ele possuiu comentários bem racistas e machistas mas levando em consideração que a sociedade da época funcionava assim não tenho o que reclamar da historia .
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Tiago 19/02/2024

Júlia Lopes de Almeida, uma autora ignorada por muito tempo
Uma ótima surpresa. Júlia Lopes de Almeida era uma autora do fim do século XIX que eu desconhecia até ver este título exposto numa feira do livro. O que posso dizer é que valeu a pena conhecê-la.

O livro conta a história da família de Francisco Teodoro e Camila. Eles são a típica família de classe alta do Rio de Janeiro, que conquistou a sua riqueza graças ao café. Francisco Teodoro é português de origem humilde e imigrou para o Brasil em busca de oportunidades (e conseguiu ter muito sucesso). É um verdadeiro workaholic. Camila é sua mulher e o casal tem 4 filhos: Mário, Ruth e as gêmeas Lia e Rachel.

A autora conta a história de forma bastante envolvente. Conhecemos a rotina da casa da Rua Voluntários da Pátria, do escritório de Francisco Teodoro, as fofocas da sociedade. Vários temas são tratados, como por exemplo, o adultério e o papel da mulher na sociedade (aqui, Camila tem um papel importante). Outros temas de fundo são a religião (uma visão bem crítica) e a vida pós-escravidão e pós- Proclamação da República. No fim, temos o retrato de uma elite decadente da sociedade da capital brasileira.

Numa nota mais pessoal, como ex-morador da Rua Voluntários da Pátria, fiquei mesmo curioso em ver imagens da rua naquela época.

Leitura recomendada. Já coloquei outras obras da autora no meu radar.
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Josi 17/02/2024

Que tal conhecer um clássico de autoria feminina e à frente de seu tempo?

Francisco Teodoro é um português que veio ao Brasil ainda adolescente e aqui, com muito trabalho, construiu fortuna como comerciante de café. Casado com Camila, a quem tirou da miséria, ele formou uma família acostumada ao luxo e ostentação, mas sua ambição desenfreada acaba cobrando um alto preço.

Enquanto narra os passos do protagonista rumo à derrocada, a autora aborda a infidelidade feminina e a hipocrisia da sociedade, que condena o adultério cometido pela mulher, mas fecha os olhos quando a falta parte do homem. Camila é uma mulher fútil, que mantém um caso amoroso com um amigo da família, traição que apenas o marido desconhece, e é essa trama que acaba se sobressaindo no enredo.

Dois pontos do livro me incomodaram durante a leitura. O primeiro é a forma racista e carregada de estereótipos como uma criada negra é retratada. Ruth, filha de Camila, é a única que se apieda da condição de violência a que a moça é constantemente exposta, mas sua compaixão é condescendente e vem acompanhada de certo desprezo e repugnância. O segundo se refere à visão claramente elitista da autora, que a todo momento associa a pobreza à imundície e ao desmazelo.

Levando em consideração o contexto da época, ambos os aspectos são comuns, mesmo em obras com teor abolicionista ou progressista, mas ainda que não cause estranheza, me trouxe desconforto. Em contrapartida, gostei da forma como a autora retratou o caminho do simpático protagonista rumo à ruína, causada por sua própria inveja e ganância.

Mas o ponto mais positivo do livro e que acabou compensando os aspectos negativos está no desfecho, que aborda a importância da união feminina para superar as dificuldades e a resiliência e cumplicidade das mulheres diante dos desafios, sem depender dos homens. E é nesse ponto que se destaca Nina, sobrinha acolhida pela família, tratada sempre com indiferença, mas que no final se mostra a mais forte e resoluta da história.

É uma obra com temática bem inovadora para a época e no fim das contas foi uma ótima leitura!
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Maria 14/02/2024

Comprei A Falência em uma dessas promoções da Amazon e, em ano de vestibular, o deixei de lado em razão de leituras "mais importantes". Já em meados de outubro, meu prof de literatura fez um breve resumo sobre ele e lembrei que o tinha.
Depois das primeiras páginas, após não ter engatado na leitura, o abandonei. Agora, no começo de janeiro voltei a me interessar pela história. Julia foi brilhante ao escrever a obra com destaque para o romance(s) paralelo de uma personagem feminina. Sinto que obra, apesar do tempo passado, ainda dialoga com a realidade brasileira.
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Paulo.Balbe 13/02/2024

Uma bela surpresa
O livro retrata de modo bastante peculiar a sociedade do século XIX, especialmente a posição da mulher e os arranjos sociais.
Muito bem escrito.
A autora é sagaz é às vezes o leitor quase se convence que o estilo, a agudeza de percepção, não deixam nada a desejar se comparado, por exemplo, às obras de Machado de Assis.
Sua leitura é um tributo necessário à obra dessa notável escritora brasileira.
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Lucas 09/02/2024

Muito bom não tem jeito
Camila eh a Mrs. Dalloway brasileira ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ??? ???
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