O direito à preguiça

O direito à preguiça Paul Lafargue
Paul Lafargue
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Resenhas - Direito à Preguiça


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Luís Gustavo 10/02/2022

Tranquilo de ler e edição cheia de notas!
Essa edição da Veneta está com muitas notas do editor, que auxiliam na leitura do texto. Além disso, tem um prefácio que dá boas bases para o texto principal.
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Luccal1 21/02/2024

Bizarro que os problemas de 1880 são os problemas de hoje. Escrito nesse ano a partir da exposição dos abusos trabalhistas da Revolução Industrial é óbvio como a história é ciclica. Claro, não trabalhamos 16 horas por dia, mas a nossa cultura nos quer produtivos 24 horas por dia. Todos os povos antigos valorizavam o ócio, e graças a eles estamos aqui, serio mesmo que todos estavamos errados e o certo é se adoecer em busca de sobreviver? Muitos poucos realmente viviam na epoca e hoje é a mesma situação.

CITAÇÕES

"o trabalho só se tornará um condimento de prazer da preguiça, um exercício benéfico para o organismo humano, uma paixão útil ao organismo social, quando for prudentemente regulamentado e limitado a um máximo de três horas por dia"


Para desempenhar a sua dupla função social de não produtor e de superconsumidor, o burguês teve não só de violentar os seus gostos modestos, perder os seus hábitos de trabalho de há dois séculos e entregar- se a um luxo desenfreado, às indigestões trufadas e aos deboches sifilíticos, mas também teve de subtrair ao trabalho produtivo uma enorme massa de homens para conseguir ajudantes.

Todos os nossos produtos são adulterados para facilitar o seu escoamento e abreviar a sua existência.
A nossa época será chamada a idade da falsificação, tal como as primeiras épocas da humanidade receberam os nomes de idade da pedra, idade de bronze, pelo caráter da sua produção.

uma vez que a quantidade de trabalho exigida pela sociedade é forçosamente limitada pelo consumo e pela abundância de matéria- prima, por que razão devorar em seis meses o trabalho de todo o ano? Porque não distribuí- lo uniformemente por doze meses e forçar todos os operários a contentar- se com seis ou cinco horas por dia, durante o ano, em vez de apanhar indigestões de doze horas durante seis meses?

Se, desenraizando do seu coração o vício que a domina e avilta a sua natureza, a classe operária se erguesse com a sua força terrível, não para reclamar os Direitos do Homem, que não são senão os direitos da exploração capitalista, não para reclamar o Direito ao Trabalho, que não é senão o direito à miséria, mas para forjar uma lei de bronze que proíba todos os homens de trabalhar mais de três horas por dia, a Terra, a velha Terra, tremendo de alegria, sentiria saltar nela um novo universo?

Os filósofos antigos discutiam entre si sobre a origem das ideias, mas estavam de acordo se se tratava de abominar o trabalho

no entanto, o gênio dos grandes filósofos do capitalismo continua a ser dominado pelo preconceito do salariado, a pior das escravaturas. Ainda não compreendem que a máquina é o redentor da humanidade, o Deus que resgatará o homem das sórdidas artes e do trabalho assalariado, o Deus que lhe dará tempos livres e a liberdade.
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Nathalia.Camposs 31/12/2023

Fizeram a gente acreditar que o trabalho nos leva à salvação. Fizeram a gente acreditar que descanso está relacionado ao merecimento.

Ensinaram desde sempre sobre mérito, sobre alcançar objetivos e sobre o direito divino de ter uma vida confortável.

Esqueceram de nos dizer que o capitalismo tem cerca de 200 anos e que existem outras possibilidades viáveis.

É mais fácil pensarmos no fim do mundo do que no fim do capitalismo. O que deixaram de nos contar é que, sem o fim do capitalismo, obviamente haverá o fim do mundo.

A lógica da produção para acumulação nos afeta a todos, tanto fisicamente quanto mentalmente. Estão todos ficando doentes.

Ler este livro é quase um alívio, pois nos faz refletir que a lógica está realmente invertida, e também causa desespero ao imaginar como as pessoas podem temer um modo de produção que beneficiaria a classe trabalhadora, não esse bando de parasitas. Leiam, estudem, envolvam-se. Devemos buscar um mundo melhor ainda nesta vida.
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Mion 12/11/2023

Pq acreditamos que o trabalho liberta quando na verdade ele cercea nosso tempo?
Pq achamos e lutamos por direito ao trabalho quando na verdade deveriamos lutar por direito à vida, melhores condições, à arte, cultura, à comida?

O autor pontua e nos angústia com sua clareza sobre os problemas do trabalho - que se chocam com a vida a se vivida- desde os primórdios da modernidade, quando sobe ao poder a galera da burguesia.

É ler olhando para a alma se perguntando: QUANDO EU COMECEI A ACREDITAR NO TRABALHO COMO DIREITO BÁSICO E NAO APENAS MEIO?
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Mih Vicxin 19/04/2023

Intrigante
Eu achei um livro bem explicativo e realmente com vários termos políticos, foi uma leitura legal de se ler, eu gostei muito me ensinou muito
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Leo Carrer 06/08/2012

Ócio Criativo
O trabalho, como é escasso nos dias de hoje, deveria ser racionalizado. Em primeiro lugar, a produção deveria ser compartilhada com todos igualmente. Em segundo lugar, o trabalho também deveria ser compartilhado. Como? Fazendo com que a jornada de trabalho seja de 3 horas diárias, e somente durante os 6 primeiros meses do ano. No restante do tempo o trabalhador teria o tempo livre para a prática da preguiça, o que lhe permitiria um acesso à cultura e ao lazer, que hoje são regalias da elite que não trabalha, pois tem quem o faça por ela.

Leia na íntegra: http://antitelejornal2.blogspot.com.br/2012/03/o-direito-preguica.html
Arine 17/05/2017minha estante
mas nos outros 6 meses viveríamos comendo o q?


Ronaldo 28/12/2019minha estante
A moça que comentou a baboseira acima deveria ler o livro antes de perguntar besteira.




lari 08/03/2023

Apesar de eu ter feito essa leitura por conta de um trabalho da escola, foi uma leitura muito proveitosa e de muito aprendizado.
Mesmo eu já simpatizando com o marxismo, esse livro foi sim essencial pra entender mais ainda sobre o tema.
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Pedro 04/01/2023

Leitura leve e divertida
Paul Lafargue era companheiro de Laura Marx, filha de Karl Marx, seu sogro não aprovava a relação e escreveu uma carta chamando o genro de preguiçoso. Ouvi em algum lugar uma vez que esse livro é como uma resposta pra Marx.
Achei uma leitura bem tranquila e rápida, originalmente era um panfleto então eh bem pequeno e de linguagem simples. O ponto central é mostrar como ao longo do tempo a burguesia promoveu uma idéia da sacralidade do trabalho e o proletariado acabou absorvendo essa idéia, e, por vezes, perdeu de vista a luta pela redução da jornada de trabalho.
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Caian - Sonne 30/09/2010

A introdução da Marilena Chauí é o que fascina neste livro. Uma das melhores introduções que já ví tanto deste livro quanto dentre todos outros.
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Rafael Grudka 30/12/2023

Ideais
O livro foi escrito em 1880, em outro momento da sociedade e do autor. Apesar do tempo, parte do texto ainda é aplicado ao estilo de vida, afinal precisamos ter um tempo para relaxar. A apresentação dos temas é muito bem feita e até gera uma reflexão, mas às vezes o autor coloca muita opinião sobre o assunto e acaba deixando o parágrafo enfadonho.
O texto não pode ser envarado como uma história, mas como um relato e opinião sobre o assunto. E para entender a evolução do conceito de bem-estar.
Afinal um direito à preguiça é recomendedo a todos que tenham um ideal de bem-estar entar.
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Laureana 04/01/2024

Imprescindível
Estou apaixonada por esse livro.

O prefácio é impecável e as ideias de Lafargue ecoam na minha cabeça de tão atuais que me fazem questionar o quão estamos atrasados e adiantados ao mesmo tempo.
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Jocélia 01/02/2017

Escrita histórica, filosófica,crítica, trágica e cômica...rsrsrs.
Temos o direito à preguiça, que nos permite resgatar o bom e velho sentido de viver.
''“A paixão cega, perversa e homicida do trabalho transforma a máquina libertadora em instrumento de sujeição dos homens livres: a sua produtividade empobrece-os.”
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Anderson Luiz 21/03/2024

O Direito à Preguiça ? Paul Lafargue
Paul Lafargue (1842 ? 1911) foi um escritor, ativista político e socialista revolucionário franco-cubano. Genro de Karl Marx, tendo se casado com Laura Marx, seu trabalho mais conhecido foi o panfleto político publicado na França em 1880, pelo jornal socialista L'Égalité, intitulado Le Droit à la Paresse e traduzido como ?O Direito à Preguiça?.

Em um primeiro momento, no seu texto ?O Direito à Preguiça?, Lafargue aponta para degradação provocada pela ?paixão? exagerada pelo trabalho, que degradava cada vez mais o proletariado através das longas jornadas de trabalho nas fábricas do século XIX, podendo passar de 13 horas diárias na França da época. Para o autor, essa ?estranha loucura?, o trabalho, apresentado como algo ?benéfico? e ?dignificante?, seria o principal responsável por degradar os corpos e debilitar os espíritos das nações nas quais reinava o capitalismo, deixando as classes operarias sem tempo livre para desfrutar da vida e de suas alegrias.  

Para Lafargue, ao proclamar o direito ao trabalho como princípio revolucionário, o próprio proletariado acabou por produzir as misérias que recaíram sobre si a partir da superexploração de sua força. Assim, ao contrário, deveriam ter proclamado o ?Direito à Preguiça?.

O autor discute ainda a dominação que se deu através da religião, que construiu uma ideia de trabalho como uma forma de ?santificação? e termina por apontar essa ideia como um ?dogma desastroso?. Assim, não é por acaso que elege um pecado capital, a preguiça, como um direito a ser reclamado.

Um ponto interessante brevemente abordado por Lafargue é a ideia de que o aumento da produtividade, proporcionado pelas máquinas à vapor de sua época, já poderia garantir um aumento do tempo de descanso ou ociosidade dos trabalhadores, no entanto, isso não acontecia. Para o autor, é como se os trabalhadores estivessem constantemente competindo com as máquinas sem compreender que estas poderiam ser as ?redentoras da humanidade?. Aqui, podemos pensar que na medida em que temos mais ?tempo livre? apenas o completamos com outras tarefas. Em outras palavras, mesmo com a possibilidade de uma ampliação do tempo de descanso, a lógica capitalista faz com que preenchamos esse tempo com outros trabalhos, com cada vez mais produção. Afinal, se a máquina passa a fazer um trabalho, o homem precisa buscar outro para conseguir comprar o direito de não morrer de fome.   
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