"Ana Paula" 12/08/2015"Todo pai é um colecionador de histórias. Cada história é um presente que nossos filhos nos dão. Guarde bem os seus presentes."
Aí, você começa a ler um livro pequeno, cheio de crônicas, escrito por um pai de duas meninas... Na verdade, você não espera muito do livro, apesar de já ter lido uma ou duas resenhas positivas.... Mas o livro te surpreende, e mesmo você não sendo pai ou mãe, acaba se encantando com as palavras do autor e concordando com ele em muitas partes. Foi o que aconteceu comigo!
Piangers não é um pai exemplar, ele mesmo fala isso no livro. Digamos que ele é mais um escravo de suas filhas. O que gostei mais nestes textos simples, foram as simplicidades em suas palavras e a veracidade contida nelas. Piangers fala sobre quando era criança e compara a sua infância com a infância de hoje, e como sou quase (quase mesmo u.u) da mesma idade dele, também fiquei comparando e lembrando do que realmente era bom demais e nós não sabíamos.
O autor foi feliz em suas crônicas: ri demais e também fiquei com os olhos marejados. O livro é lindo e em todas as páginas encontramos desenhos e frases.
Me lembrei muito do meu pai, que já não tenho mais, quando ele citou o pai de um amigo. Realmente, na nossa época, o pai era o mafioso da casa, todo mundo tinha medo dele! rsrsrsrsrrs
A capa é linda e condiz com o enredo apresentado. A editora caprichou demais na edição: as páginas são amarelas, as crônicas são curtas, mas cheias de significados; as letras são de tamanho confortável para leitura e fisicamente, o livro é perfeito!
Uma pena ser pequeno! Possui somente 112 páginas que devorei em menos de uma hora, a narrativa é gostosa, deixa o leitor ávido por mais.
Se você procura um livro gostoso de ler, rápido e cheio de significados, este livro é para você! Não recomendo somente para os pais - mães e filhos podem - e devem - ler também. Mau pai não era de falar muito sobre sentimentos, mas pode ter certeza que ele também me via com os mesmos olhos que o autor vê suas filhas! Super recomendado!
"Senti saudade dessa fase, de idade específica em que tudo é prestatividade e amor. Eu senti saudade de ter que comprar fraldas para Aurora. Senti saudade de ter escrito este texto. Senti saudade desta frase. Ela acabou de fazer dois anos. Ela não consegue falar direito, se limpar direito, não consegue andar direito e precisa de ajuda e precisa de ajuda pra fazer a maioria das coisas.
Mais ou menos como eu, daqui a cinquenta anos."
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