Fernanda631 23/01/2023
Linda, Como no Caso do Assassinato de Linda
Linda, Como no Caso do Assassinato de Linda foi escrito por Leif G. W. Persson e foi publicado em 2005.
Na verdade essa trama é completamente real, mostrando a verdade em todos os aspectos de um ambiente policial-investigativo.
O livro trata-se da investigação do caso do assassinato de Linda, que foi estuprada e brutalmente assassinada em seu apartamento. Linda era o típico tipo de garota que era simpática e amável com todos, o que muitos diziam ser um grande defeito da moça, confiar demais nas pessoas. Linda era aluna da academia de policia de Växjö, localizada na Suécia. A trama toda se desenvolve nesta mesma cidade.
Linda é encontrada brutalmente espancada e morta no apartamento de sua mãe e a investigação de sua morte é arrastada por paginas, sem indícios do assassino, com detalhes insignificantes o que leva os investigadores ficarem dando voltas sem resultado.
Para solucionar o caso, a equipe de polícia da cidade de Växjö, conta com a ajuda da Divisão Federal de Investigações Criminais, na qual o policial Evert Bäckström, de Estocolmo, é designado para liderar as investigações. Ai é que começa o grande X da narrativa.
O policial Chefe Bäckström é o típico homem egoísta, preconceituoso e que se acha o único capaz de solucionar o caso, chegando a duvidar da capacidade de todos da sua equipe. O que se prova realmente contraditório dessa colocação do personagem, já que seus métodos antiquados e passados acabam por não solucionarem a investigação e sim retardar ainda mais a mesma.
Ainda falando sobre o Personagem Bäckström, ele não mostra dedicação ao caso, ele apenas espera que sua equipe de investigação apresente soluções, e em muitas reuniões quando lhe é apresentado algo que ele julga não fazer sentido, ele debocha e usa de ironia para responder seus companheiros de trabalho, o que o torna 70% um “Babaca e idiota”.
Bäckström é o policial responsável pelo caso e ele é a representação ideal de homem grotesco, machista e intolerável. Sempre se mostrando atencioso com os outros e ao mesmo tempo tendo vários pensamentos sujos e horríveis sobre as situações.
Bäckström cismava em continuar com essa historia de investigação por amostra de DNA, alguns membros da sua equipe estavam fazendo a investigação pelo método tradicional, colher informações, analisar, juntar com outras informações e nisso busca entender o que de fato aconteceu, enquanto Bäckström só pensava em beber (sim, ele bebia toda noite antes de dormir, afinal, estudar o caso pra quê?). Um bom policial investigador sabe usar a cabeça e juntar pistas para resolver uma trama.
Não digo que o livro em si é ruim, e sim a forma que o autor coloca alguns pontos, onde ele foca mais em certas coisas do que em outras, acabando por deixar o livro meio parado por grande parte da leitura. Nas primeiras 40 páginas eu estava lendo e quase dormindo, de tão parado que estava. Mas, a partir da página 60 o livro toma um ritmo diferente, e acaba te prendendo a narrativa. Sobre o desenrolar da história, eu realmente não esperava que fosse aquela pessoa, por que ele simplesmente só vem aparecer na narrativa bem depois da metade do livro, o que torna o livro bem lento.
O que eu achei interessante é que, uma das policiais envolvidas na investigação do caso, depois que o caso foi solucionado, ela entra de licença e se afasta da polícia para terminar os estudos, e na tese de doutorado dela denominada “Em memória da vitima?”, ela faz uma analise midiática sobre a abordagem dos casos de assassinatos envolvendo mulheres.
O interessante disso tudo é que, quando se trata de mulheres, a mídia usa apenas o nome dessas mulheres para chamar atenção em títulos de matérias, por exemplo, O “Assassinato de Linda”, e não podendo ser qualquer mulher, mulheres com faixa etária entre os 20 e 40 anos, aquelas mulheres denominadas jovens e na flor da idade, já que quando se tratava de casos com mulheres acima dessa idade a noticia se tornava não atraente, segundo a perspectiva da mídia o texto era entediante, sendo abordado apenas como “Assassinato com senhora de 60 anos…”, ou seja, um assassinato qualquer que não gera interesse ao público, as matérias carecem de valor midiático para poder fazer com que aquele jornal seja mais vendido ou assistido.