Zac & Mia

Zac & Mia A. J. Betts




Resenhas - Zac e Mia


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LUA 24/01/2016

Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz
Resenha originalmente publicada no Mundo de Tinta:
Olá Pessoal,
Vou começar essa resenha plagiando um parágrafo de uma resenha da Sandra no Mundo de Tinta (se eu não me engano é a de "Apenas um Dia") que diz: - "Confesso. Confesso que não queria ler esse livro...Foi o senso de compromisso que me levou a abri-lo".
Porque é isso. Eu não queria mesmo lê-lo.
Quando recebemos a prévia da Novo Conceito, a Dani fez um pré -resenha fofa e deveria ter sido ela a resenhá-lo, mas por problemas operacionais aqui no blog, o livro acabou ficando comigo.
Querem saber porque rejeitei o livro de imediato e se mudei de ideia?
Vem comigo na resenha que te conto.
#Resenha:
Vou começar dando o spoiler máximo do livro. (Antes que me batam, ele está na sinopse.) Zac e Mia estão doentes. Estão hospitalizados. Se conhecem em função da doença.
Conhecem essa história?Pois é...
Eu sou uma leitora que pode ser chamada de "fases". Quando um tema me chama a atenção, eu procuro saber tudo o que posso sobre ele. Sou praticamente a Luna do "Show da Luna"
Então quando a "moda" dos sick-books chegou por aqui, eu li praticamente tudo relacionado ao tema. Não posso dizer que li todos, mas afirmo que 70% dos livros de adolescentes doentes ou que sofreram bullying ou que sofreram algum tipo de trauma e foram lançados na época, eu li.
Aí depois que o tema decaiu, esse livro vem parar na na minha mão. E eu pensei: - Sério? Mais um? O que esse livro tem demais que eu não tenha visto?
O segundo motivo de eu ter rejeitado o livro de pronto foi: - "Sem Or!" que capa horrenda. Tudo bem se você gostou, mas esse olho brincando de bem-me-quer me deu aflição. E pode ser que eu não tenha entendido a referência, mas ela não diz nada do livro. Só não posso culpar a Novo Conceito porque é a mesma da versão original.
Mas, "simbora" para o livro que é por causa deles que vocês vieram até aqui e não para ler meus lamentos.
Como a sinopse, eu mesma e Irene já dissemos, o livro fala de dois adolescentes doentes e que irão se encontrar e relacionar por conta de uma doença.
Se não fosse isso, Zac & Mia talvez nunca se encontrassem e/ou se relacionassem. Ele mora em uma fazenda ou um tipo de chácara, tem alguns amigos e um menino "normal". Já Mia é a urbana, descolada, com vários amigos, líder nata.
Zac já está no hospital, em isolamento, tendo companhia sua "intrometida" mãe e contanto os dias para sair dali, quando Mia chega.
Ela é posta no quarto anexo ao dele, de modo que suas cabeceiras ficam coladas, separadas apenas por uma parede.
A chegada de um novo paciente é sempre um motivo de especulação, tanto para a mãe de Zac que adora saber mais sobre os outros e para o próprio Zac que estando trancado sem contato exterior, fica imaginando quem é, o que a pessoa tem, quais o percentual ou nota da pessoa.(em questão de chance de cura/sobrevivência).
"Quando eu era pequeno eu acreditava em Jesus e Papai Noel, combustão espontânea, e no monstro de Loch Ness. Agora eu acredito em ciência, estatísticas e antibióticos."
Só que Mia não é uma paciente boazinha. Logo na chegada ouvem-se gritos, discussões e música alta, além disso irritantes batidas na parede e uma música altíssima de Lady Gaga que começa a tocar...
Até que um dia, Zac acorda com uma companhia em sua cama! E um pedido de amizade no facebook.
Contrariando as minhas expectativas, eu posso dizer que esse livro me mostrou muito.
Ele não é só "mais" um sick book. Talvez porque a história dele seja quase real.
A autora foi professora para pacientes jovens internados em hospital e usou essa experiência para ambientar o livro, que se passa na cidade de Perth, Austrália.
A título de curiosidade, essa cidade abriga um dos maiores Institutos de Pesquisa Médica do Mundo, o Harry Perkins Institute of MedResarch,( se quiser conhecê-lo é só clicar no link) especializado nas doenças dos nossos protagonistas.
Para compor o livro, a autora usou o conceito de aceitação e negação de pessoas acometidas com doenças graves.
Não conhecemos Zac no inicio da sua enfermidade, mas alguns flashbacks mostram que não foi fácil para ele aceitar e começar o tratamento. Quando ele aparece no livro, após o transplante de um orgão de um doador alemão, o que rende o apelido de Helga, ele já está mais que acostumado com o procedimento hospitalar e a corujice de sua mãe.
"O Google me diz tudo o que preciso saber sobre a morte, exceto o que vem depois."
Falando em mãe, a do Zac é uma figura, mas o comportamento dela é totalmente natural.
Eu, infelizmente, já tive oportunidade de fazer um longo acompanhamento de uma pessoa em hospital, e me reconheci na mãe dele. Porque, depois de um tempo, você é praticamente da "família hospitalar" e isso é também uma forma de te ajudar a "desopilar" da pressão de não poder fazer mais nada, além de acompanhar.
Já Mia, é o paciente novato, aquele que não teve tempo de "digerir" a doença e a gravidade dela.
Eu vi algumas pessoas criticando o comportamento da menina, mas eu posso afirmar que ele é completamente normal. Uma pessoa como Mia,mais sendo a "bambambam" e que tem que passar por um procedimento extremamente invasivo e urgente, muitas vezes tem um forte sentimento de não aceitação.
É como na música Via Láctea do Legião Urbana.
É esse comportamento "irresponsável" de Mia que os aproxima e que farão eles viverem algumas aventuras que darão suporte a história até a sua conclusão.
Além desse quê de realidade, o livro também conta com a família de Zac, a atitude deles com relação a doença dos dois, o acolhimento e as lições que eles também foram aprendendo ao longo do tempo.
"Eu não sei como ele faz isso, como ele me faz esquecer o relógio e a dor.Às vezes, mesmo que seja apenas por alguns segundos, eu posso esquecer que porcaria a vida é"
Mas, apesar disso tudo não espere um livro depressivo. A autora soube explorar a irreverência adolescente, o uso da cultura pop, seja na música, games e /ou nas redes sociais, as brincadeiras e a amizade para permear o livro e criar um clima mais ameno em uma situação tocante.
Sobre a conclusão, essa estória é única, estandalone e o final aberto, mas isso não faz diferença. O real significado do livro é esperança.
É, quem mandou eu achar que já tinha lido de tudo?
Fica aqui mais uma lição!
Recomendo o livro àqueles que já passaram por uma doença grave. Vocês se reconhecerão nos protagonistas. Aos que não passaram mas foram acompanhantes, mesmo que de longe, de pessoas nessa situação, e a todos os fãs de sick book e de livros que te deixem uma lição. Se você conhece alguém que está passando por uma situação ruim, mesmo que não seja doença, mas algum revés qualquer, indique o livro. É uma ótima leitura.
Até mais,
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GeL 15/01/2016

Zac e Mia
Hey pessoal!

Hoje a resenha é de mais um livro de parceria com a Novo Conceito. Quando li a sinopse pela primeira vez, eu imaginei uma história bem diferente da que encontrei. Zac & Mia tem um toque de humor, o que é interessante para um livro com um tema pesado, mas ao mesmo tempo tem toques amargos.

O livro se passa na Austrália, Zac e Mia são dois adolescentes muito diferentes, mas infelizmente com algo em comum: o câncer.

Zac está internado em quarentena após passar por um transplante de medula. O Quarto 1 é a sua “fortaleza” e onde vai passando seus dias na companhia da mãe, das enfermeiras e médicos que acompanham seu caso. Agora, imagine o quanto é difícil para um garoto passar vários dias apenas na companhia da mãe, sem poder fazer esforço e em um espaço bem limitado? Enlouquecedor!

Mia é uma menina aparentemente muito cool, cheia de amigos, um namorado sexy, faz e acontece... até que se descobre com câncer. Ela tem uma péssima relação com a mãe, é a típica garota revoltada. Se eu pudesse definir Mia em uma palavra no início desse livro seria: Fútil.

Ela é internada no Quarto 2, vizinho ao de Zac, para suas sessões de quimioterapia, e de forma improvável eles se tornam amigos e é quando toda a história começa.

Eu achei o livro bem legal, mas não emocionante. Na verdade achei a Mia uma garota muito irritante do começo até praticamente os últimos capítulos, ela está com tanta raiva por estar doente e isso é compreensível, mas a raiva dela é direcionada a pequenas coisas como: “será que não vou poder ir ao baile da escola” “as pessoas vão deixar de gostar de mim porque meu cabelo caiu” e coisas do tipo. Esse tipo de atitude poderia ser justificada pelo medo de enfrentar a doença e até por considerar isso injusto, mas não foi o que percebi em Mia. Ela era, na verdade, uma pessoa egoísta.

“Sem a minha aparência, o que resta? Não sou inteligente, nem gentil, nem talentosa, nem criativa, nem divertida, nem corajosa. Eu não sou nada.”

Por outro lado o Zac tem todo o apoio da família, uma mãe amorosa que eu adorei desde o começo. A irmã dele, Bec, é uma personagem que faz toda a diferença no livro, ela quem anima o irmão e o protege como uma irmã mais velha.

“Minha mãe: Coordenadora de Atividades, Comitê de Boas-Vindas Extraoficial, Detetive de Diarréia e Polícia da Felicidade. Ela salta de um papel para o outro, tampando buracos, trocando instrumentos, espetando, fazendo.”

Ele é um jovem que aparentemente está lidando com tudo muito bem, enfrentando a doença com coragem e bom humor (às vezes), mas logo percebemos que ele tira forças do apoio familiar, não se considera um jovem valente, corajoso ou especial, apenas alguém que não desistiu.

Zac & Mia é um bom livro, um jovem adulto da família de A Culpa é das Estrelas, e segue a linha, lidar com temas complicados e difíceis na adolescência. Eu achei interessante a forma como a autora abordou o tema câncer, não dramático como os livros do Nicholas Sparks, mas ao mesmo tempo sem ser leviana o que rendeu alguns diálogos bem sensíveis. Ponto positivo!

Gostei demais também das referências geeks no livro, o Zac é apaixonado pela Emma Watson então o nome dela é citado o tempo todo no livro rs.

Por outro lado, não senti profundidade na personalidade de nenhum personagem. Em vários momentos pensei que o momento estava chegando e que eu veria mais do que o superficial, mas com as passagens de tempo muito rápidas, isso não aconteceu. O livro acabou e eu senti que ainda não tinha conhecido muito bem o Zac e nem a Mia, sem falar nos outros personagens que são citados, são importantes - na minha opinião - mas nem aparecem.

A edição está bem bonita, páginas amarelas (

site: http://livrosentregarotas.blogspot.com.br/
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Cia do Leitor 09/01/2016

Zac & Mia
Dizem por aí que "os opostos se atraem", Zac e Mia fizeram jus a essa frase.

Zac é um jovem de 17 anos paciente de Leucemia e está internado no hospital por mais de 40 dias se recuperando do transplante de medula óssea, se não fosse sua determinação, confiança e paciência, e se não tivesse o apoio de sua família, principalmente de sua mãe que esteve presente a cada segundo. Zac certamente seria mais um número de pessoas sem vontade de continuar a lutar pela vida, entregue a própria derrota.

Zac era conhecido entre os médicos e enfermeiros como um paciente fácil e agradável de lhe dar, "O bom rapaz", sempre com pensamentos positivos, nunca reclamava de nada, apenas lutava por sua vida, facilitando muito o trabalho de seus cuidadores. De acordo com as estatísticas ele tinha 55% de chance de cura, pra Zac isso era uma boa notícia e faria de tudo pra que todos os esforços valessem a pena.

Já estava se adaptando a rotina de exames, agulhas, quimioterapia, enjoos e o entra-e-sai de novos pacientes nos quartos vizinhos, não questionava, não relutava, apenas sorria e compartilhava suas experiências com àqueles que se aproximavam a fim de manter algum vínculo de amizade temporária.

A paz foi interrompida no momento em que ganhara um vizinho no quarto 2, um tanto barulhento e irritante. Lá se vai seus dias de sossego. Quem seria a horrível pessoa que quase o levou a loucura com doses cavalares de Lady Gaga? Seja quem fosse, não tinha a mínima noção do era respeitar os demais pacientes, nem noção de que estava em um hospital! E era muito desrespeitosa com a equipe de médicos e enfermeiros que estavam ali pra ajudá-la, e o mínimo que podia fazer era ser gentil com eles.
Mas, foi na 20ª rodada de Lady Gaga que Zac resolve dar um basta na terapia de choque e foi agindo por impulso que um ponderado Zac conhece a descontrolada Mia.

"Esta noite quero me esquecer de mim mesma. Quero estar nos braços de outra pessoa, a salvo dos pesadelos: sem sonhar, dormindo Quero ser mais que uma fração."

Mia era o oposto de Zac, impaciente, irritante, grosseira, uma verdadeira rebelde que pensava apenas em status. Ela é um 98% na estatística, já que seu câncer era na perna, fácil de ser removido, bem, aparentemente fácil... Não aceitava sua nova condição, odiava tudo em sua volta, não queria um tratamento que a tirasse da sociedade, dos amigos, das noitadas e festas. Na escola ela era a "aluna popular" e assim gostaria de continuar sendo, mas os riscos eram grandes já que fora do seu habitat perderia a coroa para possíveis concorrentes. Isso a deixava cada vez mais irritada e descontrolada.

Ao contrário de Zac, (mais uma vez) Mia mal tinha a companhia de sua mãe. Também pudera, sempre a expulsava com palavras de baixo calão. Até os médicos e enfermeiros sentiam-se afugentados por Mia, por sua indelicadeza. Menos Zac que enxergou em Mia o que ninguém enxergara e resolveu investir e ajudá-la. Não seria nada fácil para Zac, mas ele era "determinado e confiante", como disse no incio. Lembra?

IMPRESSÕES:

De cara já encontro nas primeiras páginas um livro que se mostrou divertido, simples, sutil e com uma carga emocional muito grande, já que se trata de sick-lit. O Leitor se encanta com o jeito calmo e bondoso de Zac, a empatia é quase que imediata.

"Foda-se o mundo e toda a má sorte. Fodam-se os médicos e as agulhas e a dor. Foda-se o Google e todas as estatísticas, porque elas não significam nada quando é a sua vida que está em jogo."

E posso falar o mesmo de Mia, mesmo sendo esquentadinha e muito cabeça dura, a gente aos poucos vai entendendo que por baixo da armadura existe uma jovem assustada, temendo pelo amanhã. Sua forma de extravasar esse medo é repudiando as pessoas em sua volta, um "Give me alone!" para proteger os outros dela mesma. Mas, não surtiu efeito algum em Zac, pelo contrário, ela era pra ele um desafio, ele enxergava a alma de Mia como ninguém. E mais do que nunca ele quis fazer parte do processo de aceitação e cura.

Zac era forte, era coerente, era astuto e justo, ele usaria de todas as artimanhas pra convence-la a fazer a coisa certa, aos poucos vamos acompanhando uma transformação inimaginável em Mia e nos aproximamos mais e mais dela. Ela aprende a lição de forma tão singular que nos emocionamos quando a vimos praticando o aprendizado de forma especial e singela.

Um livro lindo, repleto de realismo, mas que ao mesmo tempo nos faz sonhar, querer o melhor para os personagens, o melhor para as pessoas que vivem essa doença, a cura, o fim de tantas histórias tristes ao redor do mundo . Nos prova que o amor e a amizade supera todos os obstáculos. Zac e Mia é uma lição inesquecível de vida, leitura obrigatória para os amantes de livros Sick-Lit, para pessoas que estão a procura de um livro divertido e emocionante.

Indicadíssimo.


site: http://ciadoleitor.blogspot.com.br/2016/01/resenha-zac-e-mia-de-aj-betts-editora.html
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Gio 30/12/2015

Zac & Mia
“O monitor do soro rodopia ao meu lado. Tinha me esquecido de que estava ali. Nos últimos cinco minutos não existiam máquinas ou remédios ou leucemia. Havia apenas duas pessoas com uma linha telefônica entre elas. Eu queria fazer Mia se sentir melhor. Não esperava que eu também fosse me sentir melhor.”
Zac&Mia é aquela história te transporta para o livro, te faz torcer o tempo todo pelos personagens como se os conhecessem, e não te deixa dormir direito pensando no que acontecerá. É um livro que nos enche de amor e esperança.
Tem um enredo que todos conhecemos muito bem: dois jovens cuja única coisa em comum é combate ao câncer. Mas as semelhanças com qualquer outra história que você já leu acabam por ai. Zac acaba de fazer um transplante de medula e conta os dias para se ver livre da leucemia. Ele é um 55 (55% de chance de sobreviver) que se agarra as estatísticas para se manter positivo e permanecer nesse mundo. É adorado por todos, o típico “cara legal” sempre muito divertido, amigável. Mia, por outro lado, é seu completo oposto: mal humorada e com muita raiva do universo por seu câncer no osso do tornozelo, ela faz as perguntas que ninguém mais tem coragem para fazer. Mas ela é uma 98, por isso Zac não entende seu comportamento e decide tentar seu amigo e ajudá-la a superar seus medos.
Para mim, Zac&Mia demonstrou com muita realidade o que é ser um adolescente com câncer, com toda a dor, sonhos, ressentimento, esperança e raiva. O livro mostra que não se pode viver direito sem pessoas que nos amam e se importam conosco ao nosso lado, amigos verdadeiros que estão conosco pelo o que realmente somos e nos ajudam a superar qualquer dificuldade.
O livro é contado na perspectiva dos dois personagens, primeiro Zac e depois Mia. Acho que seria mais interessante se a narrativa fosse intercalada, mas isso não prejudica a incrível história.

site: https://www.instagram.com/p/9T-Wr5St59/?taken-by=monlivre
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C. Aguiar 28/12/2015

Zac poderia ser um rapaz "comum como outro qualquer", mas infelizmente a coisa não é bem assim. Zac tem leucemia e está no hospital fazendo tratamento, se der tudo certo daqui há alguns dias ele irá sair de lá (isso se a medula óssea colocada nele não der problema).

Então o livro começa com Zac escutando uma das enfermeiras dando as instruções para o paciente no quarto ao lado e tanto ele como a mãe estão tentando adivinhar coisas sobre a pessoa do quarto ao lado apenas pelos sons. A essa "altura do campeonato" de tanto escutarem eles podem dizer se é homem ou mulher, se a pessoa está na fase de negação ou não, dentre outras coisas. Só que ninguém esperava que fosse uma pessoa da idade de Zac, e ainda mais uma garota.

Mia não é o tipo de garota que aceita bem as coisas e além de ser aquele tipo de garota popular, ela não quer que ninguém saiba que ela está com câncer, por isso ela tenta se isolar do mundo. Posso dizer que ela é um pouco chata e até mesmo irritante em diversos momentos, mas creio que ela está na fase de negação o livro todo, pois não aceita nada que acontece com ela.

Zac e Mia é um livro sobre amizade, amor, coisas ruins e boas que vão acontecendo, e sobre lutar a todo custo para se manter vivo. O começo da leitura foi divertido e até interessante, mas com o passar do tempo o clima de tristeza vai se instalando a cada página lida. Porém Zac tenta de tudo para se manter forte em diversos momentos.
Não sou uma das maiores fãs de sick lit, mas gosto de ler de vez em quando!

A leitura é fluída cada capítulo é do ponto de vista de um dos personagens, as vezes pode acontecer do leitor ler vários capítulos de um personagem específico.
O livro terminou de um jeito que eu não esperava, mas pelo menos deixou o leitor com um pouco de esperança, mas de qualquer forma não foi algo muito "feliz" por assim dizer.

O livro é cheio de pensamentos e você vai cada vez se envolvendo mais com os personagens. Zac é um garoto incrível, e cheio de qualidades. Com certeza o oposto de Mia que vive revoltada com a vida, mas as coisas vão se encaixando bem na medida do possível.

De qualquer forma foi uma leitura agradável até certo ponto, mas esperava muito mais do livro.
Não me recordo de achar qualquer erro na leitura e a diagramação está ótima.

site: http://www.seguindoocoelhobrancoo.com.br/
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Cretina 25/12/2015

Lindamente viciante!
Confesso que (antes) se este livro estivesse em alguma livraria eu não compraria, ele foi meu primeiro livro ganhado pelo skoob e fiquei incrivelmente feliz! A história é lindamente viciante, o mistério de Zac me fez chorar dolorosamente. O modo birrento e idiota de Mia me fez chingar ela constantemente durante a história. O modo como eles se relacionam é incrível e lindo. Uma amizade que eu adoraria encontrar.
O contexto do livro me impressionou muito pois imaginava que teria o mesmo fim da maioria dos livros onde o câncer ou alguma doença mortal está presente.
Se nesse momento você está procurando saber se vale a pena ler este livro com base nas resenhas (coisa que eu confesso fazer muitas vezes), eu lhe asseguro que não importa o seu gosto de leitura, você irá se surpreender com essa linda história, lindamente viciante!
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Carol D. Torre 25/08/2015

Zac & Mia é o meu tipo de livro, é um jovem adulto, é um drama e é um romance. Eu não tive nem que pensar duas vezes para decidir que ele seria uma das minhas próximas leituras. E esse é um dos poucos casos onde um livro foi tudo o que eu esperava dele: estória criada pela A. J. Betts é emocionante, divertida e envolvente!

Eu demorei alguns capítulos para realmente me envolver com a estória, mas assim que a narrativa me conquistou eu simplesmente não consegui lagar o livro. Tanto que terminei a leitura de uma vez, mesmo que tivesse mais um monte de coisa para fazer. Por mais que atualmente o número de livros adolescentes que tratam e temas sérios - como o câncer, que é caso de Zac & Mia - seja grande, são poucos os que conseguem acertar o tom de como se contar esse tipo de estória. Um das coisas que eu mais gostei no livro é que autora conseguiu dar o peso e a importância certa para a doença na vida do Zac, da Mia e das pessoas que se importam com eles. A A. J. Betts mostra muito bem como o câncer impactou a vida deles e os efeitos que causou, mas em momento nenhum o livro se tornou melodramático demais ou exagerou, fazendo da leitura algo leve e divertido de se acompanhar.

Na verdade, eu me surpreendi demais com o humor presente nas páginas de Zac & Mia. Existem passagem realmente engraçadas, sacadas e diálogos interessantíssimos e momentos descontraídos que se equilibram muito bem com as outras partes da estória. Gostei muito também de todas as referências à cultura atual presentes no livro, elas fazem com que você se sinta muito mais próximo dos personagens e de suas realidades. Preciso dizer que nesse sentido a família do Zac é o maior destaque, além de excêntricos, eles são os protagonistas das partes mais descontraídas do livro.

Falando sobre personagens, eu gostei muito do Zac como um dos protagonistas. Ele é inteligente, divertido, sarcástico e apaixonante (Sério, a forma como ele tenta cuidar da Mia é super fofo!), além de ter uma relação muito bonita com a sua mãe e toda a sua família. Não é por menos que os capítulos narrados por ele são os meus favoritos.
Por outro lado preciso confessar que tive alguns problemas com a Mia, ela me irritou um pouco ao achar que era a pessoa com os maiores problemas do mundo quando, evidentemente, não era esse o caso. Eu sei que quando algo ruim de acontece com você é normal achar que você é a pessoa mais injustiçada do mundo e tudo isso, mas ela tinha diversos exemplos em volta dela que mostravam o quanto ela tinha para comemorar e a sua recusa em fazer isso me incomodou bastante. Mas tirando isso a Mia é uma personagem interessante e que, aos poucos, conquista a sua simpatia,

Como eu já disse, Zac & Mia me envolveu de uma maneira pela qual eu não esperava. De repente lá estava eu, torcendo por esses personagens, rindo de seus comentários inteligentes e chorando pelas dores que eles não mereciam sentir. Esse é aquele tipo de livro que te proporciona uma montanha-russa de emoções e, no fim, se torna uma experiência incrível. Me apaixonei por esses personagens e por suas estória e tenho certeza de que o mesmo vai acontecer com vocês.

site: http://rehabliteraria.blogspot.com.br/
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@APassional 10/12/2015

* Resenha por: Samantha Culceag * Arquivo Passional
Resenha disponível no blog Arquivo Passional, no link abaixo.

site: http://www.arquivopassional.com/2015/10/resenha-zac-mia.html
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Khrys Anjos 08/12/2015

Aprendendo a superar os limites para podermos viver plenamente
Zac Meier tem leucemia e está se recuperando de um transplante de medula. Sua rotina diária é passar as horas na companhia da mãe sendo monitorado pelas enfermeiras do hospital. Até o dia que uma novata chega ao quarto ao lado para mudar completamente esta rotina e a sua vida.

Mia Phillips tem osteossarcoma localizado na parte inferior da perna. Extremamente mal-humorada briga constantemente com a mãe enquanto está internada. E acredita estar dentro do próprio quarto da sua casa ao ouvir música no último volume.

Este é o início de uma relação que trará um vendaval de emoções e sentimentos para estes dois jovens. Toc. Tap.

Zac é espirituoso e divertido. Tem esperança de que o transplante o cure e o permita ter uma vida normal outra vez.

Mia não aceita a doença e explode com a mãe que é quem está mais próximo a ela. Ela não admite não ser mais a menininha linda e mimada que costumava ser. E quando perde o cabelo por causa da quimio fica ainda mais feroz como uma animal encurralado que só pensa em fugir.

Os dois provavelmente nem se falariam se estudassem na mesma escola mas o destino resolveu uni-los colocando-os a apenas uma parede de distância. São opostos que se atraem para sem modificarem e se completarem

Zac tem um relacionamento super amoroso com a família. Ele vive numa fazenda onde animais são resgatados e cuidados por sua irmã Bec.

O relacionamento da Mia com a mãe é conflituoso. As duas são parecidas no quesito esconder os sentimentos. Mia por medo da rejeição acaba por rejeitar o amor da mãe criando uma fortaleza em volta do coração.

Quando ela conhece o Zac vê esta muralha ruir pouco a pouco até não existir mais nada que a impeça de finalmente ser tocada pelo amor.

No começo é extremamente difícil para ela deixar que ele se aproxime. Inclusive ficam afastados por um tempo por causa do seu gênio ruim dela. O fato de ter que amputar uma parte do corpo faz com que sua autoestima vá parar no chão.
Porém quando o Zac tem uma recaída é a Mia que lhe serve de porto seguro, o ajuda a se reerguer e voltar a lutar.

A autora A.J. tem uma maneira totalmente sentimental para escrever. Ela conseguiu transmitir cada emoção que os personagens vivenciam para o papel. A energia que flui de cada página transborda. É como se estivéssemos no lugar do personagem passando por cada etapa do desenvolvimento mental, espiritual e sentimental.

Um tema que nos remete a um único sentimento - tristeza - nos mostra que a vida é composta de muito mais do que isso. Tem o som do tapa na parede. O pulo do canguru. O desespero de uma mãe com medo de perder a filha. A união da família. Abrir o coração para o perdão a si mesmo e ao próximo. Ver o lado bom dos acontecimentos mesmo que na superfície só esteja visível a parte podre.
Nós estamos tão acostumados a olhar apenas para os nossos problemas que esquecemos de ver a solução.

Outra coisa que a autora fez de forma primorosa é explicar as doenças dos personagens. Não de maneira técnica como os médicos mas nos mostrando as consequências delas na saúde do paciente sem transformar a história num melodrama. Ficou absolutamente perfeito.

Para um adulto lidar com estas doenças é super difícil. Imagine para dois jovens que estão começando a viver. Acredito que seja uma prova para espíritos elevados pois a facilidade da queda é capaz de arrebentar o laço invisível que nos liga ao Criador.

Foram tantas lições e mensagens transmitidas nesta leitura que se torna quase impossível descrevê-las.

Ver a evolução do relacionamento do Zac com a Mia e o da Mia com a mãe é absurdamente emocionante. O aprendizado que ganhamos ao conviver com estes dois pequenos grandes guerreiros não tem preço.

Um dos pontos fortes da história é mostrar como o ser humano lida com o diagnóstico de uma doença.

Zac aceitou estar doente e foi atrás de tratamento. Mas também teve seu momento de dúvida, de amargura, de desespero e superou com a ajuda da Mia.

Mia não aceitou a doença e nem o tratamento. Fez de tudo para negar a verdade para si mesma até que termina por entender que o que realmente importa não são os bens materiais ou a aparência física mas o sentimento bom que alimentamos em nossa alma e no coração das pessoas que convivem conosco.

Esta não é uma história sobre doença. Pelo contrário, é sobre a vida. Sobre o valor que lhe damos.


P.S.: Muitos irão fazer comparações e dizer que se trata de uma versão para uma outra história que até virou filme. Posso garantir que isso está totalmente errado. A história da A.J. não tem comparação por ser muito melhor. Ela soube misturar os ingredientes na dose exata para criar uma trama emocionante que nos toca a alma e nos remete a ter esperança.

P.P.S.: Sei bem o que é passar as comorações de Natal e Ano Novo num hospital. Na história Zac e Mia tiveram o "privilégio" de ficarem em quartos individuais e com companhia. A internação prolongada cria um trauma mesmo que não percebamos. O medo de voltar faz com que tenhamos receio de ir ao médico por mais que estejamos nos sentindo mal. Recordei muito dos meus dias lá ao ler esta história. Lidar com a morte e a vida.

site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2015/09/resenha-zac-e-mia-j-betts.html
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Priscila 29/11/2015

Adorei!!!!
Bom a história começa com o Zac que está internado. Ele tem câncer e está em quarentena por ter feito um tranplante de medula. E durante a sua estadia no hospital, um novo paciente chega. Na verdade é uma paciente. Mas ele não sabe quem é e nem o seu nome.

Mas percebe que se trata de uma garota, quando há uma discussão dela com a sua mãe. Ela está no quarto ao lado do seu, e sua mãe está tentando ouvir toda a discussão através de um copo na parede. Mas quando a discussão termina, Zac percebe a saída de uma mulher mais velha saindo do quarto ao lado. E no mesmo instante, a nova paciente coloca uma música da Lady Gaga no último volume.

Zac quase surta com o tamanho o barulho. E surta mais ainda quando a música é repetida diversas vezes. E ele acaba pedindo para mãe dele, comprar alguma coisa para ele, para que possa ficar sozinho.

E quando ele fica sozinho, quase surtando com a música, ele começa a bater na parede. No começo a pessoa ao lado não percebe, depois ela desliga a música e começa a responder a batida na parede. E a partir daí começa a comunicação deles.

E com isso Zac fica intrigado para saber quem é a pessoa ao lado. E ele consegue essa informação com a enfermeira que cuida dele, Nina, que lhe conta quem é a tal paciente. O nome dela é Mia e ela tem um tipo de câncer na perna.

Mas um dia Zac é surpreendido pelos olhares de Mia, pela janela na porta do quato de Zac. E ele fica com aquilo na cabeça. Instantes depois eles voltam a se comunicar com as batidas na parede.

Mia é uma menina extremamente egoísta e não se importa com nada, apenas com a sua beleza. Sem contar que ela não tem um bom relacionamento com a sua mãe. Ela, ao contrário de Zac, não falou para ninguém que tem câncer, nem para as suas “amigas”. E com isso ela começa a mentir.

Ela não admite ter câncer e também não aceita. E por ela ter uma personalidade forte, vive discutindo com a sua mãe. Inclusive a discussão que Zac e sua mãe, ouviram foi justamente a sua internação.

E por aí a história entre eles vai acontecendo.

Bom confesso que não estava com nenhuma expectativa com a história, e estava achando que ela seria tão chata quantas outras leituras que abandonei. Mas conforme eu fui lendo, fui gostando da história e no final eu já estava amando.

O desenvolvimento da história me cativou totalmente, e gostei do Zac desde o início. E quando Mia entrou na história, achei que ser uma história de amor. Mas não foi, e foi isso que gostei.

Para quem não sabe, esse livro é um sick-lit e é o segundo que eu leio. E fiquei muito contente por ele não focar em um romance triste. A história é lindinha demais e me surpreendeu muito. E com certeza dá para tirar uma lição dela.

Confesso que conforme fui lendo, comecei a sentir uma raiva da Mia, pois ela é totalmente egoísta. Não se importa com nada e nem com ninguém, e não aceita ter câncer. Mas quando o livro chega na parte dela, percebemos como ela ficou sem chão com a notícia e a sua evolução como pessoa. E no final ela se torna forte.

No geral: a história é bem desenvolvida e os personagens são incríveis. O cenário é muito bom. É uma história que me tocou muito, de várias formas. Com certeza isso me surpreendeu bastante.

Recomendo muito esse livro.

site: http://resenhandobma.blogspot.com.br
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Vanessa Vieira 24/11/2015

Zac & Mia - A. J. Betts
O livro Zac & Mia, da australiana A. J. Betts, nos traz um sick-lit singelo e repleto de altruísmo e esperança. A autora não só soube trabalhar o tema com afinco, como também desenvolvê-lo de uma forma irônica e por vezes, até mesmo cômica. Apesar de não ter me afeiçoado completamente as personagens da trama, é impossível não destacar a minha admiração pela obra.

Zac é um garoto de 17 anos que possui leucemia. Sua vida resume-se a sair e entrar de hospitais, sempre na companhia de sua zelosa mãe. Porém, em um dia como outro qualquer, ela acaba conhecendo Mia, uma jovem bonita, irritante e extremamente mal-humorada. Incomodado com as músicas da Lady Gaga que a jovem coloca em seu quarto no último volume, Zac resolve dar algumas batidas na parede para que ela perceba que está passando dos limites e, assim, começa uma amizade completamente improvável e exótica entre os dois...

No mundo real, Zac jamais seria amigo de uma pessoa como Mia. Mas ali, no hospital, os dois acabam se afeiçoando e construindo uma amizade bela e surpreendente. Eles encontram forças um no outro para enfrentar os seus dilemas e medos e uma coragem descomunal para seguirem em frente...

"Talvez coragem seja apenas isto: atos impulsivos em um momento em que sua cabeça grita não, mas seu corpo vai em frente assim mesmo."

Zac & Mia é um romance tocante e envolvente sobre dois jovens que se conhecem em circunstâncias inesperadas e constroem uma bela e edificante amizade. Acima de tudo, é um relato de coragem, amor e abnegação. Com uma linguagem simples e intercalada por termos e referências coloquiais, o livro se destaca por sua sutileza e beleza peculiar. Me apaixonei pelo Zac logo à primeira vista, mas levei um bom tempo para gostar de Mia, visto que a jovem é temperamental demais e se mostra em alguns momentos muito mesquinha e arrogante. Narrado em primeira por Mia e Zac - sob pontos de vista alternados - o livro nos traz um belo romance e consegue arraigar em seu interior tanto o drama quanto a ironia, tal como em uma sinfonia doce e ao mesmo tempo amarga.

Zac é uma personagem fora de série. Mesmo sofrendo de uma grave doença, ele não se deixa abater e faz piada com tudo e com todos ao seu redor. Ele engole a própria dor para ajudar Mia e fazê-la enxergar um mundo mais alegre e primoroso e essa é uma virtude engrandecedora. A família do garoto também é espetacular e é praticamente impossível não se divertir com eles ao longo da leitura.

"É impossível, essa coisa de sorte. Eu queria que a sorte desse o fora e me deixasse cometer meus próprios erros. Quero ter o controle sobre a minha vida novamente."

Mia, por sua vez, foi uma personagem que demorou a ganhar minha afeição. Ela só consegue olhar pro seu próprio umbigo e fica ruminando sua dor o tempo todo, sem se importar com o que acontece a sua volta. É natural que quando estamos sofrendo, não consigamos enxergar o que se descortina ao nosso redor, mas de modo geral, achei que a garota demorou demais para sair do seu estado de autocomiseração e ver que a vida não é um mar de flores para ninguém. O bacana foi que depois de algum tempo, ela começou a evoluir e a se humanizar e conseguiu mudar um pouco o meu conceito sobre ela.

Em suma, Zac & Mia é um livro emocionante, belo e envolvente, que mostra lindas lições sobre amor, amizade e superação. Por mais que seja um sick-lit, o enredo não é melodramático e nos passa um ar até mesmo descontraído e bem-humorado. E, mesmo que eu não tenha gostado tanto da Mia, o Zac conseguiu me conquistar e me encantar com suas atitudes e gestos, se tornando com toda certeza uma personagem memorável. A capa é simples e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho, revisão de qualidade e ilustrações de flores no começo de cada capítulo. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2015/11/resenha-zac-mia-j-betts.html
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Paula 16/11/2015

Zac é um paciente constante na oncologia do hospital local. Ele tem leucemia, e acaba de passar por um transplante de medula que promete curá-lo. Enquanto se recupera, não tem escolha senão ficar preso ao Quarto 1, ouvindo o falatório da mãe e pesquisando escondido em seu tablet várias estatísticas sobre o câncer e a morte em geral. O leitor irá perceber que Zac é um fã de raciocínio lógico.

Para sua surpresa, a paciente que interna no quarto ao lado não é uma senhora idosa, como de costume, ou seu amigo Cam, mas uma jovem chamada Mia. A garota é a personificação da revolta, inconformada por estar presa a uma cama quando poderia estar curtindo a vida popular que conhecia: namorado, formatura e amigos badalados são tudo que ela tem, e o câncer está estragando seu conto de fadas.

Os dois são totalmente diferentes, mas ambos lutam pela vida da maneira que conhecem: Zac sendo paciente e compartilhando sua luta com a família e os amigos, Mia reclamando e negando a realidade, tentando esconder o que se passa com ela. E, olhando desse ângulo, até eu diria que duas pessoas tão opostas dificilmente estabeleceriam mais do que uma convivência civilizada. Acreditem, foi aí que a autora me surpreendeu.

Compartilhei no Instagram minha alegria ao ganhar uma cortesia do Skoob, isso nunca havia acontecido comigo. Fiquei eufórica quando o livro chegou às minhas mãos, e imediatamente fui lê-lo. No início, pensei "mais um inspirado em A culpa é das estrelas", mas peço desculpas pelo meu grande equívoco, pois o único ponto em comum entre eles é o fato de os protagonistas estarem lutando contra o câncer.

Com Zac e Mia tive uma noção da realidade da doença, e não acho injusta a reação da Mia, mesmo que o conformismo seja necessário. Ora, ela está com câncer, quem conseguiria receber essa notícia com tranquilidade? É algo que muda tudo aquilo que a pessoa conhece irreversivelmente, e toda a dor, sofrimento e angústia são totalmente compreensíveis.

A alternância de narração entre os personagens foi crucial para entender seus pontos de vista e as atitudes que adotaram em relação ao fardo que lhes foi dado. A diagramação está impecável, não encontrei nenhum erro (obrigada, Novo Conceito!). A capa não é lindíssima, mas também não achei feia, como ouvi comentarem. Ela é como a história: sem muitas firulas.

Nunca havia lido nenhuma história que tivesse como pano de fundo a Austrália, como é o caso do livro, e achei a experiência super agradável. Espaireci um pouco do tradicional. A forma como a autora escreve é muito gostosa de ler, simples e direta, sem excessos. Na verdade, me passou algo real e concreto, sem romantismo exagerado e clichês óbvios, só a vida como ela é. Uma recomendação: leiam com o coração e se deixem apaixonar por esses personagens incríveis!
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@retratodaleitora 15/11/2015

E a "fórmula" dá certo, mais uma vez...
"Quando estamos juntos ninguém cai, desaba ou desiste."


Zac Meier tem 17 anos e está internado em total confinamento junto apenas de sua mãe, que não larga do seu pé. A vida no hospital é totalmente sem-graça e sua rotina é entediante. Ele passou por um transplante de medula, depois que seu câncer se recusou a responder às quimioterapias, e agora precisa ficar trancado em um quarto esterilizado esperando e torcendo para que seu corpo aceite a novidade.

Sua rotina, que se resume a jogar palavras cruzadas com sua mãe e ter suas fezes monitoradas por enfermeiras, é quebrada quando uma novata ocupa o quarto 2, ao lado do seu.

Mia Phillips também tem 17 anos, e seu câncer é na perna. Mal-humorada, bonita e totalmente contra qualquer cirurgia que tentem fazer antes de sua formatura, dali a pouco tempo. Logo no primeiro dia testa a paciência de Zac colocando Lady Gaga para tocar no último volume. Quem ela pensa que é?

Logo eles vão aprendendo mais um sobre o outro durante o tempo que estão ali, seja por gritos e discussões familiares no quarto de um, ou uma espiada no quarto do outro. Ou também com o código só deles, batidas na parede às 3 da manhã podem significar muito.

Mia não consegue aceitar a realidade de sua doença. Zac já está a tanto tempo ali que não consegue mais lembrar de outra realidade. Ambos estão doentes. Ambos precisam conversar. Mas parece que só o Zac está disposto a fazer alguma coisa...




Narrado sob dois pontos de vista diferentes e com 39 capítulos, dividido em 3 partes, Zac & Mia é um sick-lit com todas as características presentes no gênero, mas possui a particularidade de não possuir um romance iminente.

Zac tem leucemia e está a meses passando por diversos tratamentos; agora se recuperando de um transplante de medula em um quarto pequeno e totalmente esterilizado tendo como companhia sua mãe, que nunca vai para casa. Zac aceita sua realidade, ele está nas estatísticas. Não tinha como ser diferente. São números. E ele se agarra nesses números para, quem sabe, estar entre os sobreviventes também.

Já Mia não aceita de jeito nenhum o rumo que sua vida tomou. Ela era uma garota bonita, forte e popular. O tipo de garota que causa inveja nas colegas e que está sempre em destaque nas festas, chamando atenção por onde passa. E agora, puff, está com câncer e seus cabelos estão caindo; além de ter que lidar com uma possível amputação. Não é fácil para ela acompanhar esse desenrolar e não poder fazer nada para pausar os acontecimentos e recuperar sua vida de aparências.

Os dois personagens não possuem nada em comum além do fato de estarem doentes e no mesmo corredor do hospital. Zac vive em uma fazenda com sua família amorosa e unida. Mia vive apenas com sua mãe, em uma relação baseada em brigas e mais brigas.

O Zac faz de tudo para ajudá-la, tirando força de onde já não tem para fazer com que ela se sinta melhor, bonita e interessante, sem querer nada em troca. E por ajudá-la tanto, acaba esquecendo um pouco seus próprios dramas, se doando para a garota que, sem mais nem menos, invade sua vida sem se importar com as pessoas que fere no caminho.




A narrativa tem um ritmo frenético do começo ao fim, o que faz com que o leitor devore suas páginas em pouquíssimo tempo.

Apesar de ter feito a leitura em poucas horas, algumas coisas me incomodaram no livro.
A personagem Mia é muito, muito chata e por vezes egocêntrica ao extremo! Ok, ela está passando por um momento horrível em sua vida, e não pode de uma hora para a outra aceitar isso e pronto. Mas a autora quis mostrar isso de uma forma que, para mim, deixou os capítulos da personagem bem repetitivos.

O Zac foi um personagem bem construído e com capítulos rápidos e gostosos de ler. Ele tem seus momentos de rebeldia adolescente, mas são coerentes e vêm em momentos oportunos. Nada nele é forçado, ao meu ver.

A escrita da autora é boa; simples e de fácil compreensão. Mantem certa previsibilidade no enredo, e introduz humor irônico e drama nos pontos certos. A personagem da Mia não me convenceu, mas todos os outros pontos foram bem construídos. Inclusive a reviravolta nos últimos capítulos, que contribuiu com o final fechadinho, mas que deixa o leitor livre para imaginar além.

Como um exemplar do já tão explorado Sick-Lit, o livro não foge muito além do que já esperamos. É mais um livro com adolescentes com câncer, sim, mas o segredo está nas características desses adolescentes, em suas atitudes e na maneira que encontram para lutar contra a doença. Por não possuir um romance logo de cara, a autora mostra que não precisa disso para prender seus leitores.



A edição está muito bonita e eu amo essa capa! A diagramação é ótima, bom espaçamento e letras de tamanho confortável. O trabalho de revisão está muito bom, também, e possui algumas notas de rodapé super bem-vindas!

Para os fãs do gênero, mais uma boa leitura para a lista!

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2015/11/resenha-zac-mia-aj-betts.html
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Taty Assis 07/11/2015

Adiei a leitura de Zac e Mia por dias, acho que estava com medo de ser mais do mesmo por causa da temática, mas decidi que precisava lê-lo, e confesso que depois que comecei a leitura foi difícil deixar o livro de lado. À vontade em saber como seria o desenrolar da história falou mais alto rsrs

"De todos, eu sou o menos corajoso. Nunca me alistei para essa guerra. A leucemia me convocou, essa filha da puta."

Zac e Mia está muito longe de ser só mais um livro sobre câncer, ele vai além. A Autora trabalhou muito bem os medos, a rotina, as chances, a realidade, a garra, os sonhos e as probabilidades de Zac e Mia.

Zac está em recuperação depois de receber transplante de medula, enquanto se recupera da pós-operação, ele deve permanecer dentro de um quarto de hospital na companhia de sua mãe, e dos enfermeiros e médicos. Tudo estava calmo, tranquilo, até que, uma garota se torna sua vizinha de quarto.

Enquanto Zac lida muito bem com a sua doença e sabe de suas chances diante do câncer, Mia não aceita sua realidade e por conta disso acaba se tornando uma garota rebelde e ouvindo Lady Gaga no último volume em seu quarto de hospital.
Zac acha inusitado e um tanto atrevido o comportamento de sua vizinha de quarto, e após algumas batidinhas na parede e conversas pelo Facebook, em meio a surtos e lágrimas, em meio a aceitação e apoio familiar de um lado, e incompreensão de outro, eles acabam criando um laço de amizade.

Mas como será a relação deles depois que cada um seguir seu caminho? Como Mia vai lidar com as consequências de sua doença? Zac continuará sendo forte apesar de tudo?

Zac é um personagem apaixonante. É incrível ver como ele lida com tudo, em como, apesar de tudo, ele vê o lado bom, mesmo que as estatísticas não estejam a favor. Ele é INSPIRADOR!
Já Mia, bem, por um lado eu entendi toda a sua revolta com a vida, mas por outro, eu não entendi. As chances dela eram bem maiores que de muita gente, e, mesmo assim ela optou em tentar lidar com sua realidade sozinha, e de uma forma, vamos assim dizer, imprudente.

A escrita da autora é instigante, e ouso dizer, diferente. Na verdade, Zac e Mia é diferente. Não se tornou um dos meus preferidos, mas com certeza eu recomendo a leitura.


site: http://www.aculpaedosleitores.com/2015/11/resenha-zac-e-mia.html
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