Resenhas - Vá, Coloque Um Vigia

Rafaela Medina 16/12/2021

Sabedoria, humanidade e crueza.

#desafioskoob
Na minha humilde opinião, esse livro é mais intenso que "O sol é para todos". Eu li em algum lugar que esse deveria ser o primeiro livro a ser lançado, mas a editora pediu que a história fosse "abrandada". Esse livro toca diretamente na ferida, e reflete uma situação que muito de nós vivemos diariamente: o choque de realizar que nem sempre as pessoas que nós amamos estão certas, e que e preciso ter coragem para enfrentar e defender o que é certo na nossa consciência. Profundo, tocante, reflexivo, essa leitura é mais que válida, é necessária.

xuxules 15/12/2021

Amei demais essa continuação
Não sabia que tinha continuação e gosto muito do primeiro livro. Esse não foi diferente, muito bem escrito e desenvolvido, trazendo uma realidade e uma discussão muito pertinente ate os dias hoje. Coloca muito em evidência a discrepância entre norte e sul dos estados unidos. Scout é tudo!

Davi.Miranda 06/12/2021

"Ame qualquer um, mas case com alguém de sua espécie"
O título é só pq a frase é muito interessante. Acredito que eu tenha posto uma expectativa maior do que deveria. Não digo que o livro me desagradou, mas faltou um meio e um final mais adequado. O meio acabou sendo enjoativo e parecendo ser muito drama de Scout e para tanto drama... O fim é um pouco "insosso", um tapa bem dado e uma dose de whisky kkkkkk. Ainda assim, recomendo o livro, tenho um imenso carinho pelas personagens e traz algumas perspectivas curiosas.

juliana.ost 05/11/2021

Boa leitura
O livro tem como enfoque as questões raciais enraizadas na época em que a história se passa, assunto ainda vivo nos dias atuais.

Nicolas.Morges 19/10/2021

Que livro...
Como o livro são fragmentos literários de anotações da autora, é natural que seja um pouco confuso. Nomes errados, lembranças desconexas e etc.
Mas apesar dos pesares, é um ótimo livro que aprofunda demais a personagem da Scout ou Jean Louise. Achei interessantíssimo essa conexão e visão dela sobre Atticus. E que nesse livro é realmente mostrado como realmente é, e não como a protagonista o projetave e pensava ser. Um Atticus humano, preconceituoso, hipócrita e que erra como qualquet outro ser humano.
A maioria das pessoas que leu o livro não gostou, justamente por essa quebra do personagem Atticus, que se comportava como um semideus em O Sol é para Todos. Eu gostei da obra justamente por isso. A quebra de perfeições e fantasias sobre como um ser humano deve se comportar e agir, a hipocrisia do ser humano perfeito.
O que me intriga é a dúvida em relação a publicação do livro. Será que foi a intenção real de Harper de criar um Atticus daquela forma retratado? Ou uma idéia obscura e esquecida entre os escritos? Enfim não há como saber.
Muitos ainda alegam que va, coloque um vigia foi uma exploração da autora por parte da editora: uma invenção feita pra vender. Coisas que colocam em dúvida tudo o que foi escrito.
O jeito é ler como uma espécie de fanfic e não tratá-lo como "canônico".

Marilia 01/10/2021

Leve e faz refletir
Uma delícia de livro do Harper Lee que ao mesmo tempo que contém críticas a uma sociedade separatista e racista americana, faz isso de forma leve pelos olhos da obstinada Scout.

Gi 15/09/2021

Mais uma vez Harper Lee me deixa reflexiva com as lições maravilhosas que trouxe nesse livro. Não acho que supera o primeiro livro ?O sol é pra todos? (muitos nem sabem que existe uma continuação dele), mas é tão bom quanto.

Ari 07/09/2021

Cuide do seu vigia
Sobre esse livro...
Não vou mentir, a leitura não é tão fluida como é O sol é para todos, porém eu ri muito, fiquei triste, fiquei curiosa, fiquei chocada e tirei lições valiosas.
Acho que todo ser humano deveria ler, principalmente em fase de adolescência onde estamos, querendo ou não formando nossa consciência.
Harper Lee não decepcionou

Lu @disse_umlivro 07/09/2021

Vá, coloque um vigia
Comecei querendo muito saber qual seria qual seria o desfecho da história e amei as sensações que o livro me trouxe.

Senti raiva de Atticus, da sociedade, senti por Scout, mas no fim entendi lindamente a mensagem.

Como a gente cresce, amadurece e começa a ?humanizar? pessoas que na nossa infância eram como Deus, mas que são só pessoas.

Harper Lee me ganhando de novo ??

Patresio.Camilo 24/08/2021

Porque assim me diz o Senhor: ‘Vá, coloque um vigia de prontidão para que anuncie tudo o que vier’.” Isaías, 21:16
Neste livro, recheado de polêmicas antes mesmo de ser lançado, Harper Lee nos traz o futuro da família Finch.
Tentarei ser o mais breve possível e evitar da spoilers.
Mas o livro já começa de forma dolorosa.
Primeiramente não temos mais Scout, mas sim a Jean Louise Finch, já adulta e moradora de Nova Iorque que vai passar uns dias de férias em sua casa em Maycomb, Alabama.
Em alguns momentos, aparecem flashes da infância e adolescência do período quem temos o Sol é para todos, ou como reza a lenda, a partir deles que Harper Lee remodelou o livro para escrever o Sol é para todos.
O clã Finch está bem presente, os três irmãos mais juntos do que nunca, Alexandra, Atticus e Jack, cada um à sua maneira, que nos faz os amar e odiar ao mesmo tempo.
Também somos apresentados ao jovem Henry Clinton, o jovem mais promissor do condado e auxiliar de Atticus.
Sim, este livro é cheio de polêmicas, desde o tempo que ele foi publicado, em que alguns alegam que a Harper Lee não estava completamente sã quando o autorizou, e o mistério de porque ele ter ficado tantos anos engavetado.
Bem, é um excelente livro.
Mas dois conselhos:
1 - Não o leia antes de O Sol é para todos
2 - Se você quer ficar com os personagens puros e intactos, não leia este livro.

E digo sério, pois chorei ao saber o destino da Calpurdia, que tanto amei no O Sol é para todos.

Amanda 19/08/2021

Ispirador
Maravilhoso, Harper Lee não decepciona. A visão de mundo da Scout é inspiradora. Senti muita falta do Jem, foi bom ter um capítulo onde podemos ter um pouquinho da presença dele.

Leonam8 16/08/2021

Leitura leve e divertida
Adorei o livro, foi uma continuação da obra da escritora Harper Lee: O Sol é Para Todos. Sinceramente adorei o livro, não vai ser um daqueles livros do panteão dos melhoras da vida, mas nem precisa, pois me cativou e me fez ficar horas lendo! Super recomendo e recomendo que lêem O Sol é Para Todos antes para poder pegar a sequência!

Flávia Menezes 05/08/2021

?Direitos iguais para todos; privilégios para ninguém!?
Durante 55 anos, o primeiro manuscrito de ?O Sol é Para Todos? (livro que recebeu o Prêmio Pulitzer de Ficção em 1961, e deu origem a um filme homônimo vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado em 1962) foi mantido guardado em um cofre pela irmã da autora.

Após a morte dessa irmã detentora dos direitos das obras da autora, a advogada que a substituiu, encontrou o original, publicando-o para conhecimento do público. Foi assim que ?Go Set a Watchman?, que no Brasil foi traduzido para ?Vá, coloque um vigia?, foi publicado apenas em 2015.

Nesse livro, a história avança alguns anos, e a garotinha Jean Louise Finch é agora uma mulher na casa dos vinte e seis, vinda de Nova Iorque para visitar o pai, já bastante debilitado pela saúde frágil de um homem que já se encontra na casa dos setenta e dois anos.

A escrita de Harper Lee é simplesmente encantadora, e sua voz traz com muita propriedade as características do romance sulista norte-americano, com seus costumes, valores e a sua constante luta racial.

Enquanto ?O Sol é Para Todos? é um livro em que Jean Louise Finch, mais comumente chamada pelo apelido Scout, nos conduz pelo caminho da inocência e da pureza do olhar da criança, nos fazendo perceber que entre brancos, negros e pessoas acometidas por problemas psicológicos, no final, somos todos humanos, e merecemos viver a vida na mesma intensidade e com os mesmos direitos; em ?Vá, coloque um Vigia?, ela nos abre os olhos para a essência dos problemas raciais que marcaram (e acredito que ainda marquem!) a cultura norte-americana, especialmente em sua região sul.

Harper Lee nasceu e cresceu no Alabama, e por isso, tem muita propriedade para falar dos problemas raciais vividos por essa região. Além disso, sua formação em Direito trouxe uma discussão política riquíssima para a obra (essa parte é bastante educativa!). A forma como pai e filha se olham, cada um com a sua costumeira diferença geracional, e percebem haver uma ruptura, uma diferença na visão que possuem sobre os direitos humanos, é tão absurdamente tocante, que foi impossível não terminar esse livro em lágrimas (e ainda precisei de um tempo para me recompor, até conseguir escrever essa resenha).

Sobre essa parte, sobre a discussão da questão da visão dos brancos em relação aos direitos dos negros, é importante ler tentando ao máximo manter o seu juízo de valor de lado, para compreender como cada um pensa. Eu não consegui conter as lágrimas, porque enquanto a mais jovem defende a igualdade, o mais velho nos aponta a visão norte-americana dos brancos em sua essência mais bruta. E se suspendermos nossos julgamentos, é muito rico perceber os valores de cada um em sua essência mais pura.

Se em ?O Sol é Para Todos? as crianças e adolescentes, em especial, podem aprender sobre a essência dos direitos iguais, em ?Vá, coloque um vigia? podemos aprender sobre a beleza de quando os pais entendem que seus filhos não são uma extensão deles, e permitem que eles possam se desprender, e se tornar uma pessoa inteira, com suas próprias opiniões sobre a vida. Quanta riqueza em duas obras que foram escritas trazendo, praticamente, os mesmos personagens? Difícil pensar no poder da mensagem desses livros sem que meus olhos voltem a ficar repletos de lágrimas.

Para mim, ambas as obras da autora ganham um lugar de destaque em meu coração como alguns dos melhores livros que eu já li em toda a minha vida. E, se você quiser dar uma chance a beleza por trás da crueldade das diferenças raciais sulistas norte-americana, eu te convido a ler esses dois livros. E se eu puder lhe dar uma dica, comece primeiro por ?O Sol é Para Todos?, para posteriormente ler ?Vá, coloque um Vigia?. Além de perceber que lhe fará mais sentido, os ganhos na leitura são um pouco diferentes, e esse último traz o amadurecimento do que nos é apresentado no primeiro.

Obrigada, Harper Lee, por tão belas obras! Sem dúvida, uma das minhas autoras prediletas, estando no topo onde abaixo vem os nomes de Sue Monk Kidd (autora também de romances sulistas norte-americano), e Celeste Ng.

rufininha 23/07/2021

Me pegou mais do que ?O Sol É Para Todos? a volta da, já adulta, Scout à sua cidade pode retratar o momento de choque que passamos quando vemos que nossos heróis familiares são mais complexos e tem defeitos. A sensação de estranhamento quando suas referências se mostram pessoas preconceituosas e elitistas. Destruir esses pedestais é um movimento muito doloroso, mas muito importante para uma convivência e relação com aqueles que foram importantes - senão, essenciais - em nossas formações. Entender que as pessoas são muito mais complexas e com muitas nuances para serem colocadas em caixinhas de esquerda/direita, por exemplo.