Bia.Patuelli 06/11/2021
Que livro incrível!
A premissa inicial é bem intrigante. Nessa leitura, acompanhamos a história de Ismae, uma jovem rejeitada durante toda a sua vida pelo pai e discriminada por ser filha do deus da morte. Até ser levada para o Convento e ser treinada e aperfeiçoada com habilidades mortíferas para servir esse deus. Posto isso, a protagonista é enviada em uma missão ao lado de Gavriel Duval com o intuito de proteger a duquesa e consequentemente cumprir os seus deveres a Mortain(deus da morte.
?? Ismae é uma protagonista instigante de acompanhar, ao mesmo tempo em que ela cresceu em meio ao ódio e se obrigou a ser forte por isso, ainda possui certa ingenuidade e pureza diante das situações mais adversas.
?? Outro ponto fonte do livro é a reflexão a respeito da lealdade. O debate sobre justiça, dever e sentimento. É errado questionar quem te salvou e deu um propósito para a sua vida mesmo que algumas atitudes dessa pessoa não pareçam corretas à sua própria moral? Afinal, por melhores que sejam as intenções de alguém, todos estão sujeitos a falhar.
?? Não houveram reviravoltas grandiosas e absurdamente chocantes. A narrativa é mais aberta em relação aos futuros acontecimentos, nos levando a acompanhar as pistas junto com a Ismae e também a desvendar junto com ela, mantendo sempre uma coerência óbvia. O que não impede a ocorrência de algumas surpresas ao longo da história que são capazes de nos entristecer, alegrar e emocionar!
?? O romance não é o foco principal da história (o que não é um ponto negativo pra mim), mas é bem construído e aprofundado ao longo dos capítulos de uma forma incrível que permite o leitor a criar uma conexão ainda maior com os sentimentos e dilemas dos personagens principais.