Maria Bia 13/10/2017A história tem potencial, masKiara (e aqui me refiro à personagem) é extremamente chata. Em nada impõe respeito como grande sacerdotisa que é, que foi treinada pra ser.
Talvez esse seja o intuito da autora, mostrar a jovialidade da personagem e sua consequente imaturidade para lidar com os problemas. É uma possibilidade, mas se de fato foi intencional: não convenceu.
Kiara demonstrou sua imaturidade logo que chegou em Atlântida. Quando finalmente se reencontrou com seu irmão, passou a maior parte do tempo procurando provocar o capitão da guarda real de seu irmão e rei.
As provocações eram recíprocas, é verdade, mas deram a impressão de que o leitor estava diante dois adolescentes de 14 anos de idade, quando na verdade era um homem de 25 anos e uma mulher - mas não uma qualquer, uma grande sacerdotisa - de aproximadamente 20 anos.
Achei pobre essa parte da história, mas com facilidade a ignorei com o desenrolar dos acontecimentos. Kiara (e aqui me refiro à obra) é envolvente e sedutor. Devorei suas páginas com uma agilidade que há tempos não fazia e isso faz com que toda essa parte ruim da história seja relevada.
Seus diálogos, contudo, sou forçada a reconhecer, não são dos mais elaborados e, por várias vezes, aparentaram um diálogo forçado. Mas ainda assim, vale a pena.
A história por si só é boa, mas tão boa que esses pontos que destaquei acima se tornam insignificantes e isso se confirma diante a agilidade com que li a obra.
O desfecho foi maravilhoso! O que a autora fez com Atlântida foi incrível e deu voz as antigas lendas. Kiara me decepcionou, mas em seu lugar talvez faria o mesmo, então preferi não julgar.
Eu senti falta dos mistérios e da sabedoria de Avalon. Kiara é sacerdotisa da Deusa, mas é apenas isso que se tem sobre Avalon: pessoas que "frequentaram" a ilha sagrada. Então sim, senti bastante falta de Avalon na história.
Apesar de tudo, é um bom livro e quero continuar lendo a saga. Por isso ganhou 3 estrelas.