Resenhas - Onde o amor se esconde

Tammy 07/02/2017

Onde o amor se esconde (Livreando)
É um romance de época nacional que traz a história de Glória, uma moça encantada com a ideia do casamento e bailes, e que não vê a hora de ter a sua casa e construir sua família. Ao seu lado, na posição de melhor amiga, conhecemos Marisa, uma jovem mais livre, que acredita na força da mulher e na sua liberdade de viver, para estar ao seu lado, um homem deve seguir esse pensamento, pois ela não está disposta a viver infeliz na prisão do casamento.

"Sei que minhas ideias são chocantes, por isso as reservo para mim mesma. A Hipocrisia é o preço do amanhã." p.350

Glória sempre foi mais recatada, criada com fortes princípios religiosos, não compartilhava dos mesmos pensamentos de sua amiga, mas sempre viu em Marisa uma boa amiga, e por mais que a sociedade condenasse o comportamento, Glória só via Marisa como uma pessoa excêntrica.

"A vida é cíclica e não tolera a estagnação." p.288

Glória se casa aos dezessete anos com um homem que seu pai escolhera. Não seria seu tipo ideal, mas ela se esforçaria para que seu casamento fosse feliz. No início o casamento foi tranquilo, mas com o tempo, Erasmo se mostrou ser um homem completamente rude e com uma mente doentia. Ele não aceitava a amizade de Glória com Marisa, e por ela insistir nessa amizade, sofreu consequências devastadoras.

"Gostaria de sair à noite, viajar sozinha, fumar. Mas o mundo não é assim, e não serei eu a mudá-lo. Portanto, se devo jogar o jogo que me oferecem, preciso ser especialista em suas regras." p.17

Do outro lado, Marisa se casa com um homem que lhe compreende e não reprime sua liberdade, pelo contrário, compartilha dela. É um visionário, com certeza. Com os problemas conjugais de Glória, as duas ficam mais próximas e com isso, Glória se encanta por Fernando, cunhado de sua amiga, e mesmo ainda casada, não resiste aos seus encantos, só que isso, meus caros, será só o início dos seus problemas.

Tenho muitas opiniões a respeito dessa leitura, e já lamento, pois sei que não poderei colocar todos os meus pensamentos aqui, mas vamos por partes. Glória é uma personagem que nos apresenta certa infantilidade no início da história, mas é perceptível seu crescimento e sua força no decorrer da trama. Aceitou a violência que recebia gradativamente, e nessa parte, o leitor quer realmente que ela se manque e faça algo. Mas o que enxergamos são cenas e mais cenas de abusos sexuais e emocionais que vão quebrando aos poucos a inocência que Glória tinha, mas ainda assim, ela luta. E luta com o que a vida lhe oferece, não chega a ser revolucionária, mas com certeza uma sobrevivente, e forte!

Se não bastasse isso, onde ela achava que encontraria amor verdadeiro, encontrou grandes decepções. Uma atrás da outra e por um momento achamos que Glória só veio ao mundo para sofrer. Sua inocência a levou a muitos enganos e dores. Se ela tivesse uma percepção mais clara sobre o mundo, saberia melhor por onde estaria andando, pelo menos, foi o que percebi.

"Onde o amor se esconde" é uma história de muitos parâmetros, observamos a "escravidão" feminina no início do século XX, onde os maridos tinham o direito de fazer o que bem entendesse com suas esposas e permaneciam com a razão, onde a voz feminina não tinha tanta força na sociedade, e só tinham como opção acatar, mas também somos apresentados ao início dos pensamentos de igualdade. onde algumas mulheres já começam a ocupar lugar no mercado de trabalho e passam a não se importar tanto com os falatórios de uma cidade. Claro que isso aparece de maneira branda, mas já indica o início da mudança que estaria por vir.

"Antes que os olhos se fechem, a coisa mais linda que se pode dizer é "eu me permiti". Não é "eu me reprimi." p.185

A história também apresenta a luxuria, e não só do homem, mas também da mulher, e a descoberta dos seus próprios desejos. Mostra as consequências de uma infância traumática que traz como resultado a violência, descontrole emocional e a falta de parâmetro para o limite. É uma obra com diversos pontos de vistas, é como observar a realidade do dia a dia de dentro para fora.

"Entre o prazer e o risco, escolho a paz." p.207

Com uma narrativa bem envolvente, Veridiana Maenaka abordou em uma obra única as várias personalidades de uma sociedade que estava se encaminhando para grandes mudanças, mas também aborda de maneira íntima e visceral, algumas realidades que existem até os dias atuais. Apesar de tudo isso, ela ainda no brinda com sentimentos verdadeiros de amizade, cumplicidade e perdão. Realmente uma obra encantadora.

Patricia Chame 14/04/2017

E não é que é possível SIM inovar em um romance de época?
Comecei a leitura um pouco tensa e sem esperar muito, confesso...
O primeiro capítulo descreve cenas de violência que mexem com você. Fiquei nervosa.
Não seria uma boa história se não mexesse com a gente né?
De repente a coisa muda e vai tomando um rumo que não dá para largar até terminar.
Não espere aqueles livros água com açúcar: passa longe (no bom sentido).
Já li muitos, muitos e muitos romances de época (é meu gênero favorito) mas a autora conseguiu abordar temas diferentes como abuso sexual na adolescência, troca de casais e simplesmente desejo sexual.
Tudo isso como fundo de uma bonita história de amor - AMEI ter acertado "o par" rsrsrsrs
Enfim, recomendo e me pergunto: porque demorei tanto a ler?

DESATIVADO 11/09/2017

Surpreendente! Reflexivo. Recomendo!
Blog: Livros, Séries e Arte Mania.

"Até que ponto uma mulher pode se deixar levar pelo desejo?"

A sinopse diz tudo da essência dessa história. É de fato ousada, sedutora e principalmente perturbadora, pois nos faz sair da zona de conforto (o que é muito importante para nós leitores fazermos).

Confesso que não sou muito de ler romances, mas este livro foi uma grande indicação de uma amiga. Além de ser uma obra nacional, as quais eu procuro sempre conhecer.

A escrita da autora é fluída, delicada e prende ainda nas primeiras páginas. Ela consegue retratar bem a tensão inicial que nos é apresentada através de Flashforward (uma interrupção na narrativa pela interpolação de eventos ocorridos posteriormente) e Flashbacks. E quando digo tensão inicial é para valer. A autora não mediu pudores e nem tentou botar um véu em cima do que muito se aconteceu no passado e ainda acontece nos dias de hoje, estou falando da violência doméstica.

Assim como também soube abordar diversos outros assuntos como: o machismo, casamento arranjado, abuso sexual, abuso sexual na adolescência, estupro, tortura, liberdade sexual (que inclui prazer, desejo, homoxessualidade e escolhas diferentes do convencional), amizade, amor, família, traição, etc.

O livro é dividido em três partes bem específicas: 1 - A dor; 2 - O prazer; 3 - O amor. Na primeira, conhemos Glória, uma mulher de aproximadamente 17 anos, que vive em São Paulo no século XX. Glória é religiosa, bastante inocente e alienada não só aos dogmas, mas também aos costumes da época. Seu pai decide arranjar um casamento para ela, que seja vantajoso financeiramente para a família, sem nem ao menos se preocupar em conhecer o pretendente, se é ou não uma pessoa de boa índole, sabendo-se apenas que era de uma suposta boa família e que tinha grandes propriedades relacionadas a lavroura de café. O que era normal antigamente... Mas da forma como a autora conta nos faz refletir sobre o assunto, pois uma coisa é saber o que acontecia e ainda acontece em vários países sobre o casamento arranjado, outra coisa é ler e se deparar com essa realidade tão crua como foi apresentada e as possíveis consequências que contratos (pois não se podem dizer que são realmente casamentos como nós vemos hoje) assim podem trazer, imagina vivenciar ou ter vivenciado tudo isso!

“Não fez nada que possa ter provocado seu marido a ponto de levá-lo a cometer esses atos tão bárbaros?”
“Por que é tão difícil acreditar que o problema estava nele e não em mim?”

Esta citação acima demonstra bem como as mulheres eram tratadas no passado, o que me chocou até mais que a violência retratada nesse livro foi a total impotência da mulher daquela época. Sou feminista e não suporto não ser ouvida ou poder realizar algumas das minhas vontades, mesmo que singelas. Me agustiava muito ver como a Glória é sujeitada por uma sociedade totalmente bitolada e machista. E o pior não é só a visão exterior, mas o interior, a falta de ação da protagonista em relação ao que lhe acontecia por ter tido uma educação conservadorista e pensar como a maioria; os pensamentos um tanto levianos que ela tinha quando se esperava dela uma ação diferente. Porém entendi, entendi como é ter uma mente alienada numa cultura assim, entendi como é sofrer e não ter voz, como é sentir e não poder ter o que se deseja. Isso é o espetacular da obra, é te fazer ver com outra cabeça, é te chocar a ponto de você sair do seu mundinho de conforto que costumamos nos refugiar. Parabéns Veridiana! Parabéns a literatura nacional! E por mais livros assim! Por mais livros que fujam da receita do comum.

Quando Glória se casa com Erasmo ela acredita que pode ter sim um casamento próspero. Quando ela não consegue engravidar, depois de já mais de um anos de casamento, Erasmo começa a tratá-la pior ainda do que a tratou no começo do casamento. E quando ele descobre sobre o relacionamento de Glória com uma família de libertinos a situação da personagem desanda. A tal família libertina é a família de Marisa, amiga de infância de Glória que se casou com um homem rico, influente, o qual pôde escolher e que compartilhava dos mesmos príncipios libertinos que ela. É onde entra a segunda parte do livro, o prazer, em que a protagonista vivenciará um extremo contraste do que estava acostumada e do que pensava. Ela pôde depois de todo o sofrimento, tentar se curar, se abrir para o desejo e seus sonhos. Mas como toda boa história, nem tudo é como aparenta ser, quando menos se espera a autora joga um plot "bem na nossa cara". E isso acontece durante todo o livro, não temos a chance de perder a empolgação pela leitura, não é só repleto de debates como também tem toques de humor, erotismo, sensualidade e outros. Para quem curte algumas cenas hots em romances de época ficará bastante satisfeito(a), já para quem não curte muito, pode ter a mesma sensação que eu tive e tenho com essas cenas e nada melhor que um trecho do meu histórico de leitura para entender isso:

"(...) Como não estou acostumada com o gênero, não sei exatamente que críticas fazer. Pois quando um livro tem cenas Hot, as vezes me sinto lendo algo bastante irreal. Irreal porque todas as cenas de livros hot na maioria para mim são completamente deslocadas. Talvez porque eu não aprecie o gênero... Mas certas vezes é estranho na história. Tipo, na primeira vez que o casal se relaciona, consigo sentir a verdade e o contexto, mas vai indo, dentre as séries de coisas que vão acontecendo com a protagonista, não entendo como uma pessoa no estado que ela se encontra, fisicamente e psicologicamente falando, possa ser tão suscetível e assim vai."

Pode não parecer, depois de todo esse texto, mas o livro também é sobre uma história de amor (que não darei detalhes, claro!). E isso evolui de uma forma muito bonita no livro, podendo ser previsível para alguns leitores e para outros surpreendente.

"Antes que os olhos se fechem, a coisa mais linda que se pode dizer é "eu me permiti". Não é "eu me reprimi."

A mensagem final da obra é sobre valorizarmos e amarmos a nós mesmos, sendo donos de nós e dispostos a encararmos barreiras e dificuldades pelo que amamos ser, fazer e ter. Sermos donos também de nossas escolhas, sem preconceitos e conceitos.

"Infelizmente, memórias não podem ser reescritas, mas o fato de ter uma lembrança boa já ameniza a ruim, equilibra a balança. Isso faz parte da cura."


- Livros, séries e arte mania

site: https://livrosserieseartemania.blogspot.com.br/

Adrya.Ribeiro 17/02/2018

Nossa, como sofri com esse livro. Tive pensamentos conflitantes a respeito dessa leitura, gostei da autora ter saído do lugar comum dos romances históricos, mas vários detalhes me incomodaram.
Não gostei da forma que ela apresentou a "liberdade sexual", a relação pai e filha foi terrível para mim, principalmente porque acabou como acabou; o amor que ela tanto queria acabou muito rápido e do mesmo modo o interesse pelo outro de uma forma apressada.
Enfim, foi uma leitura bastante difícil, ela sofre quase que 75% do livro e quase se resolveu, esperava um pouco mais de leitura do seu "Paraíso" . Fez muita falta o epílogo.

Mariane Suzarte 23/09/2020

O que dizer de Glória...
Um romance bom! Conta a história de uma jovem que viveu no contexto do século passado, numa sociedade marcadamente paternalista, onde a mulher não tinha autonomia. Muito jovem se casa com um homem mais velho, escolhido pelo pai dela. Ela é amiga de Marisa, uma jovem de mente absolutamente livre, que vive a vida como bem entende, aproveitando o máximo que o prazer pode lhe dar. Apesar de amigas desde a infância, tem comportamentos divergentes, mesmo Glória reprimindo seus sentimentos e desejos, Marisa a estimula a aproveitar, embora ela tenha seus receios. Casada com um homem que vê mulheres como objeto a ser utilizado, decepcionante na cama e que por fim mostra-se violento, ela é lançada às tentações com ajuda de Marisa. Imersa em atitudes e pensamentos hipócritas e infantis, ela descobre que não é cedendo ao que seu pai delega ou obedecendo às regras sociais que será feliz.

site: https://www.versarmarinareal.com/

Taynara Lima / @taaynaralima 11/04/2018

Onde o Amor se Esconde
Foram muitas sensações lendo esse livro. Kkk

Parei ele por 3 vezes porque achei a primeira parte dele bem pesada. O livro é um romance de época, dividido em 3 partes (a dor, o prazer e o amor). A dor é a pior parte e foi por ela que procrastinei para terminar, porém, depois que passa dela, a leitura flui bastante.

O livro todo é narrado em primeira pessoa, no ponto de vista da protagonista, Maria da Glória. Ela é uma menina sonhadora, recatada e inocente, que vê no seu casamento a chance de construir uma família e ser feliz para sempre. (só que não).

Como era de costume, o casamento foi arranjado pelo pai dela e ela mal conhecia o noivo, sendo assim, não tinha como saber o que esperar. No início, tudo são flores, mas depois, Erasmo se mostrou o oposto do que ela conhecera. Era preconceituoso, machista e completamente rude com ela. Começou a querer proibi-la de sair e implicava com as amizades dela (e com uma amiga em especial).

Marisa era a melhor amiga de Glória desde criança, com uma personalidade e gostos excêntricos, elas se dão bem mesmo assim. Mas com o casamento de Glória, elas acabam se afastando por conta do marido de Glória. Erasmo sabe de boatos que correm a respeito de Marisa e quer Glória o mais longe dela possível. Marisa acaba se casando com um banqueiro que tem um estilo de vida bem parecido com o dela e dá a liberdade que ela tanto gosta.

As coisas começam a se complicar quando Glória se encanta por Fernando, cunhado de Marisa e toda as promessas de prazer que ele faz a ela, tudo sem compromisso.
Em casa, Erasmo vai se tornando mais possessivo e começa a agredi-la constantemente e o fogo pelo proibido começa a consumi-la até que ela cede e a partir daí um novo capítulo se abre na vida de Maria da Glória.

É uma história intensa, com reviravoltas e algumas surpresas. O livro se passa no início do século XX onde a liberdade sexual da mulher ainda era um tabu (na verdade, ainda é né?), em que a mulher não tinha voz em assunto nenhum e era simplesmente a senhora do seu marido. O marido tinha todos os direitos sobre a mulher e perante a sociedade sempre tinha razão e nada mais era do que seu dono.

Você vê ao passar das páginas a inocência de Glória se esvaindo, porém, em alguns momentos essa inocência me irritou profundamente, pensei demais naquele meme (caralho blue ivy, tu é muito burra), não é possível que você não tá vendo o mesmo que eu e vai escolher errado de novo. kkk

Os pontos que me incomodaram foram: a parte do amor foi bem corrida em relação as outras duas, não deu tempo de ter aquele amor todo (no máximo uma paixão), na minha opinião. Por se tratar de um romance de época eu esperava mais nesse quesito. Mas não foi nada que deixasse eu me arrepender da leitura, muito pelo contrário, indico bastante.


site: https://www.instagram.com/resenhasdatay_/

Amanda 27/01/2019

Dor, prazer e amor!
Confesso que estou um pouco sem palavras para fazer essa resenha, mas digamos que esse livro não pode ser lido por corações fracos... A autora nos remete a uma época de subserviência da mulher, em que o marido era a figura autoritária e unilateral dentro de casa, com isso nossa mocinha sofre tanto que me peguei chorando em algumas partes do livro.
Maria Glória é uma menina de família nobre, tradicional e endinheirada. Como toda menina sonha em se casar e ter filhos com um marido que a ame e respeite, e ela acredita ter encontrado isso tudo no frio e bem apessoado Erasmo, o noivo escolhido por seu pai. Mas mal sabia ela que estaria entrando em um pesadelo disfarçado de sonho.
Erasmo era um monstro, quando as coisas não seguiram o rumo que ele acreditou que levariam, passou a agredir Glória a fim de exigir decoro e respeito de sua esposa. A primeira parte do livro é excruciante, não a toa se chama "A Dor" em que Erasmo faz de tudo e humilha Glória da forma mais horrível possível. Após açoita-la e deixa-la amarrada em cativeiro, dois empregados chamam a antiga dama de companhia e ajudam a libertar a menina que quase morreu.
Voltando um pouquinho no tempo temos Marisa, a melhor amiga de Glória, uma tresloucada que vive inconsequentemente a frente do seu tempo e que por sorte casou com um homem a favor da emancipação feminina. Cesar Albuquerque é um dos homens mais influentes da sociedade paulista e junto com sua esposa e irmão gosta de chocar a sociedade e é nesse irmao que eu gostaria de chegar... Fernando Albuquerque é um homem lindo e mulherengo que vê em Glória um desafio e investe com tudo nela. Ele é o homem responsável pela segunda parte do livro entitulada de "O Prazer" e apesar de acontecimentos futuros, ele foi um desabrochar na vida da ingênua e pacata Glória.
Após o resgate de Glória e a morte de seu algoz, ela e Fernando iniciam um relacionamento proibido que vai trazer muita liberdade a mocinha antes tão devastada. Mas nem tudo são flores e Glória descobre uma trama doentia para trazê-la ao seio de perdição da família Albuquerque e resolver terminar seu relacionamento com o homem que acreditava amar. Na outra ponta temos ainda Marcelo, médico e primo de seu ex-marido, ele tenta ajuda-la e a previne sobre a maledicência de Fernando e Marisa para com ela.
Na terceira parte entitulada "O Amor", Glória descobre que nem tudo é o que parece e que o amor pode estar do seu lado o tempo inteiro só aguardando uma oportunidade de se revelar. Com muito sofrimento e dor, a trajetória de Glória é narrada de forma magistral. Um livro triste e tocante, mas ao mesmo tempo fascinante e realista, vemos um retrato de uma sociedade hipócrita e de como podemos chegar ao fundo do poço por causa de crenças arraigadas. O livro é muito bom e vale super a pena, mas novamente aviso: não é para corações fracos.

Aritany 26/03/2020

O livro me prendeu desde as primeiras páginas.
Uma história forte e a autora consegue nos fazer sentir toda dor da mocinha.
Uma história necessária

Lu 16/09/2019

Daria uma boa novela
Uma história com várias histórias para apenas uma personagem.

Trata-se de uma história rápida, objetiva e bem intrigante.

A nossa protagonista é quebrada, humilhada e desejada de formas bem doloridas e confusas.

São tantos altos e baixos, ela passa por tanta coisa. Tanta coisa triste, que vc termina a leitura cansada, assim como é possível imaginar que ela esteja.

Mas é uma boa história.
Gostaria que tivesse um epílogo pra aguçar a minha imaginação sobre o que houve após o fim.

Mas ainda assim, valeu apena ver a construção de uma menina mimada, se tornando uma mulher e superando todas as diversidades de uma época onde as mulheres não tinham querer, apenas deveres.

Tem tanto drama quanto uma novela Mexicana, mas como gosto de novelas, achei um livro bem interessante.

E a autora até da mais atenção a certas coisas, mais do que a outras, que seriam melhores, na minha opinião. Mas não deixa pontas soltas.