O amante japonês

O amante japonês Isabel Allende




Resenhas - O Amante Japonês


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Mari405 17/01/2023

História envolvente!
Comecei o ano com um achado que comprei lá na feirinha de livros do shopping de Maracanaú. É minha primeira leitura de Isabel Allende e eu adorei! Me senti muito envolvida na história.

O Amante Japonês nos apresenta a jovem Irina Bazili, uma imigrante da Moldávia, que apresenta-se para trabalhar em Lark House, uma residência que abriga pessoas idosas de baixa renda. Lá, ela conhece Alma Belasco, uma mulher idosa com "porte aristocrático" e um "campo magnético que a isolava do resto dos mortais".

Alma contrata Irina para ser sua secretária. A partir daí, a moça entra em contato com os segredos e a história daquela mulher tão diferente dos outros idosos de Lark House. Ela passa a saber sobre o amante misterioso com quem Alma vem se encontrando de vez em quando: Ichimei Fukuda.

O livro é bastante narrativo, com alguns diálogos aqui e ali, mas longe de ser entediante, somos envolvidos com a narração dos fatos, com os flashbacks da vida de Alma e até mesmo de Irina.

Um fato interessante é que o livro é cheio de personagens imigrantes, a começar por Irina, que veio da Moldávia para São Francisco; Alma é polonesa e, devido à guerra, viu-se forçada a deixar seu país e sua família para morar com os tios, que são judeus, nos EUA; na casa dos tios, trabalham os Fukuda, que são japoneses; em certo momento, fala-se de imigrantes haitianos em Lark House, além de outros personagens. O livro traz, então, uma mistura cultural muito bacana. São pessoas que precisaram deixar seu país em algum momento. São histórias que ultrapassam fronteiras e se cruzam em algum momento da vida.

Ao final do livro, são tantas revelações e reviravoltas, além de algumas cenas emocionantes. Para quem gosta de romances proibidos, histórias familiares e apaixonantes, eu recomendo a leitura! ??
MilenaSales00 27/09/2023minha estante
Vc já leu violeta ? Ele é tão superior !!!


Mari405 27/09/2023minha estante
Ainda não, mas pretendo!




Ladyce 29/10/2017

Devo confessar que não me encontro entre os leitores aficionados de Isabel Allende. Sua grande obra, A casa dos espíritos, muito influenciada por Gabriel Garcia Marques, está entre seus primeiros trabalhos. Mais tarde veio Eva Luna que não chegou ao mesmo nível e daí para frente a escritora chilena tem revelado livros mais ou menos insossos, repletos de lugares comuns, sem grande cuidado na linguagem literária. Continuo a encontrar esses mesmos problemas em O amante japonês.

Tudo se desenrola em torno de uma paixão mantida viva por 74 anos. Alma Mandel, que hoje mora numa casa para idosos, na Califórnia, havia nascido e vivido na Polônia, até ser embarcada para os Estados Unidos. Judia, seus pais decidem protegê-la, quando da invasão russa da Polônia, em 1939. Alma encontra abrigo com os tios Isaac e Lillian Belasco, em SeaCliff, Califórnia. Logo conhece Ichimei, um menino de origem japonesa cujo pai, jardineiro, trabalhava na propriedade. Um ingênuo romance toma os corações dos jovens, que se veem separados, quando o Japão ataca Pearl Harbor e os Estados Unidos entram na Segunda Guerra Mundial. O amor entre Alma e Ichimei, encontra diversos obstáculos através dos anos e é mantido às escondidas por Alma, por uma vida inteira. Cartas descobertas por Irina Bazili, cuidadora, na casa de idosos, finalmente o revelam. Em paralelo, Seth, neto de Alma, procura dados para escrever a história da família. Em tempo, junto a Irina, conhece o romance proibido de sua avó, não sem antes cair de amores por Irina. A partir daí, seguimos duas histórias de amor, cada qual com seus problemas fazendo eco uma à outra. Ambas mostram ter obstáculos que parecem intransponíveis. Nada mais corriqueiro.

Allende usa a duradoura paixão de Alma por Ichimei para desfiar, como contas de um colar, acontecimentos relevantes do século XX. Vamos da Polônia, a São Francisco, passando pelo Texas. Familiarizamo-nos com a perseguição aos judeus e sua diáspora, o Holocausto, o aprisionamento de pessoas de origem japonesa nos Estados Unidos, e aos preconceitos raciais no país. Por outro lado, seguindo o romance paralelo entre Seth e Irina, aprendemos sobre os problemas do mundo atual, a vivência inter-racial nos EUA, pornografia infantil, filosofias da eutanásia para idosos com doenças terminais, situação da população gay no país e em São Francisco em particular. Somos espectadores de uma panóplia de aflições contemporâneas.

Tudo é resolvido quando descobrimos que uma vida bem vivida dá conta de perdoar pecados do passado. E que há de haver resignação às reviravoltas do destino. Além de trama conhecida de amores proibidos, além das circunstâncias melhor descritas em outros obras sobre os fugitivos de guerra, este romance de Allende é recheado de rasas platitudes, frases prontas como as que encontramos nas postagens de redes sociais. Mais que isso, há um tom proselitista e, por vezes, a linguagem nas descrições do romance entre Alma e Ichimei parece bastante anacrônica, e por vezes melodramática. No todo, os diálogos são tediosos e Allende prefere contar mais do que mostrar.

No entanto tenho que admitir, que dos vinte e dois membros do meu grupo de leitura só três tiveram impressões semelhantes à minha. Confesso que eu não teria lido este romance, não tivesse sido escolhido para leitura pelo grupo. Li e confirmei as restrições ao estilo da escritora que já desenvolvera através dos anos e de outras leituras. Se você é fã de Allende, vá em frente e leia. Pelo que percebi não é obra tão singular quanto outros de seus livros, mas para os aficionados, tudo indica que passou a prova.

Por outro lado se você espera passar as horas lendo uma obra que produza além de uma boa história, conhecimento, cuidado com a arte da escrita, criatividade na trama e personagens críveis; se você se interessa por conteúdo e pela arte da escrita, recomendo que procure outro autor e outro título. É banal em todos os aspectos.
Marta Skoober 13/11/2017minha estante
Ou seja não é pra você.


Ladyce 26/11/2017minha estante
Pois é Marta, não é...




Alexandra 14/09/2022

Não reconheci a autora até a metade do livro
Fui com uma expectativa muito grande baseada na minha experiência com A casa dos Espíritos e Eva Luna e quase o abandonei. De início encontrei um romance clichê ambientado nos Estados Unidos, tão diferente dos contos latinos fantásticos. Mas eu insisti e fui agraciada com um apanhado histórico que também é marca de Isabel Allende que sempre nos presenteia com uma excelente descrição do cenário histórico, político e geográfico que ambienta suas histórias. Recomendo.
MilenaSales00 27/09/2023minha estante
Também abandonei uns meses atrás mas resolvi retomar




Livia790 07/04/2022

Confesso que deu uma cansada acompanhar essa história.
Sempre quis ler Isabel Allende e torço que esse não seja um dos seus melhores.
Não me conectei aos personagens.
MilenaSales00 27/09/2023minha estante
O melhor é Violeta




renanlp 29/04/2023

Este não foi um livro que me prendeu. A história é boa, mas não me conectei aos personagens e senti que algumas partes ficaram soltas. Mesmo assim insisti, terminei e não me arrependi. O final é lindo.
MilenaSales00 27/09/2023minha estante
Abandonei ele uns meses Atras e retomei hoje. Sei que Ela não decepciona, mas senti falta da ?mão dela? na obra




Jane.FAlix 12/06/2021

O Amante Japonês Isabel Allende
Resenha
O Amante Japonês de Isabel Allende

? Início 04/06/2021
?Fim 12/06/2021
? Número de páginas 290

O livro tem início numa casa de repouso para idosos onde uma jovem chamada Irina Bazili vai trabalhar. Lá ela conhece Alma Belasco, uma senhora solitária que não se apega a ninguém. Alma, apesar de reclusa sente que pode confiar em Irina e a contrata para ser sua secretária particular. Nesse meio tempo Seth, neto de Alma conhece Irina e se interessa por ela. Irina, tbm se interessa por Seth, mas algo a impede de se envolver amorosamente.

Seth tem muita curiosidade a respeito do passado da avó e tenta juntamente com Irina descobrir os segredos dela. E em meio as investigações e as conversas com a avó eles descobrem que o que Alma esconde é um grande amor.

Esse livro trás profundas reflexões sobre amor verdadeiro, senilidade, imigração, xenofobia, suicídio na velhice e eutanásia.

É uma narrativa tocante e vale a pena ser lida.

Leitura da vez da @acaixadepassaros
Cíntia.Coelho 23/06/2021minha estante
Já se tornou um dos meus livros favoritos. Amei demais essa narrativa




Patricia 31/08/2016

Resenha - O Amante Japonês
Me apaixonei quando li "A Casa dos Espíritos", um livro profundo e instigante, por esse motivo, quando vi este livro da mesma autora imediatamente senti vontade de ler.

Só que a medida que a leitura avançava fui me perguntando, "cadê a historia maravilhosa que a Isabel Allende sabe como ninguém escrever?" a leitura se tornou maçante pois a historia é fraca, em alguns momentos pensei até em abandonar o livro.

A proposta da autora era ótima, mas a maneira como a historia foi construída não condiz com o que vemos na sinopse do livro, resumindo a narrativa é boa mas a historia é chata e não prende o leitor. Decepcionada pois esperava mais.
Terezinha 10/02/2017minha estante
O que percebi no livro: a tradução para o português não foi feliz. Em grande parte da narrativa a linguagem fluente de Allende é recortada, fragmentada. O modo de narrar de Allende ficou muito prejudicado neste livro.




Marselle Urman 13/08/2019

La vie, comme elle est
Alma Belasco. Imigrante refugiada. Mulher. Dona de si e de uma vontade pétrea. Nathaniel Belasco, herdeiro, tímido e introspectivo e muito leal. Ichimei Fukuda, também imigrante e refugiado. Lenny Beal, radiante, belo e espontâneo.
O quanto passaram de dificuldades por conta da sociedade. O quanto amaram, e esconderam, e mentiram, por causa da sociedade. O quanto foram bons e compreensivos um com o outro porque entendiam o amor e as restrições. O quanto amaram, seja de amor ágape, eros ou thanatos. O quanto plantaram apenas o bem e o amor, embora cada um deles tenha tido que viver a vida longe de seus amantes, mas amados ainda assim.
Irina e Seth representam a nova geração e a renovação das dificuldades e da abnegação. Os ciclos se repetem. Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais.
Esse é um livro bonito, que fala como o amor é livre, é amor e não posse. E como algumas coisas jamais passam, alguns incêndios nunca terminam...


Porto Seguro, BA. 13/08/19
Nilva 06/09/2019minha estante
Gostei do enfoque que você deu às restrições sociais sobre o amor. Acabei de ler O Amante Japonês e como sempre faço, procuro as resenhas de outros leitores sobre o livro lido. Uma das minhas próprias observações foi esta, a de que muitas vezes é necessário proteger o amor, para poder vivê-lo sem permitir que sofra influência externa.




Aione 01/12/2015

Isabel Allende figurava há um bom tempo na minha lista de autores cujas obras eu pretendia conhecer, e finalmente tive a oportunidade de lê-la agora, com O amante japonês, lançamento da editora Bertrand Brasil.

Desde o início da obra, fica claro ao leitor suas peculiaridades. A narrativa, sempre em terceira pessoa, se altera de acordo com a visão de diversas personagens, ao mesmo tempo em que várias histórias são narradas ao longo da trama, ainda em que haja um foco maior na de Alma, senhora que vive há três anos em uma casa de repouso para idosos, onde Irina, uma jovem enfermeira, a conhece. Quando Irina e Seth, neto de Alma, ficam amigos e deparam-se com misteriosas cartas e presentes enviados à idosa, partem em uma busca sobre seu passado, no qual descobrem uma paixão resistente a quase 70 anos.

Como mencionado, são muitas as histórias contadas aqui. Retornamos ao passado diversas vezes, de forma a ser possível conhecer a infância de Alma e seus dois grandes amores, Ishimei e Nathaniel; os horrores da Segunda Guerra Mundial, bem como todo o preconceito racial envolvido na época; as origens e os traumas de Irina; além de toda a trajetória das personagens principais – e algumas secundárias, ainda que atreladas às protagonistas – com o passar dos anos.

Ao mesmo tempo em que a escrita de Isabel Allende traz consigo momentos de ironia, há também outros em que beira quase uma objetividade ao narrar os acontecimentos, talvez por sua capacidade de recriar tão detalhadamente bem os fatos históricos presentes no livro. Mas, sobretudo, há uma sensibilidade e uma intensidade em sua escrita, que podem parecer paradoxais se aliadas às primeiras características, capazes de conferir à obra uma singularidade e identidade próprias, sobretudo por todas essas qualidades estarem ligadas à própria figura e complexidade de Alma.

O que Isabel Allende faz, acima de contar uma história, é explorar as contrárias singularidades da psique humana, aprofundando-se nos dilemas, escolhas e obstáculos enfrentados por suas personagens. Independentemente das situações narradas, a autora permite uma compreensão das figuras por ela criadas, tão sujeitas aos mais complexos e intensos sentimentos quanto qualquer um. Em O amante japonês, são trabalhadas questões como a construção de identidade, inseguranças e redenções; acima de tudo, há a persistência e vitória do amor mesmo frente às adversidades impostas diariamente ao exercício de viver.

Em linhas gerais, O amante japonês foi uma leitura que fiz com calma, absorvendo cada passagem e os pesos advindos delas. Isabel Allende me proporcionou momentos de reflexão, leveza e, até mesmo, indignação e revolta, mas diminuídos pela admiração por seu talento e pela intensa emoção, possível, apenas, quando nos deparamos com a representação do mais belo e sincero amor.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2015/12/01/resenha-o-amante-japones-isabel-allende/
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gabrielrjf 21/04/2024

Muito bom o meu primeiro contato com a Isabel
Difícil escolher a nota que daria a essa história.

Foi meu primeiro livro e contato com a autora, e posso dizer que gostei. Quero e anseio por ler mais coisas dela.

Termino dando 3,5 porém com a sensação de que seria um livro 5 estrelas. Mas então, porque não pontuar com cinco.

Bem, alguns motivos. Primeiramente, acredito que esse livro funcionaria melhor se houvessem mais páginas. Umas 200 a mais ?

Senti que a Isabel correu em algumas partes e em outras se demorou em uma proporção desequilibrada. Se a mesma tivesse mais espaço para desenvolver melhor os arcos e personagens, descrever mais um pouco o cotidiano, de forma que passássemos mais tempo com cada um do livro, nos apegássemos mais profundamente, a história impactaria mais.

Segundo. Sinto que alguns diálogos foram jogados. Poderiam ter sido melhor escritos ou elaborados. Me parecia em alguns momentos, um roteiro de novela, aonde o ator põe a emoção na frase (ele lê o roteiro seco e dali tem sua liberdade artística)

Terceiro, acho que ela toca em assuntos muito pesados e que são muito válidos, porém não desenvolve a fundo. Exemplo: o passado da Irinia. Poderíamos ter mais umas 30 páginas sobre tudo que envolve sua história? as questões do Nathaniel, poderia ler mais 50 páginas e amar mais o personagem. A autora trata cada personagem com importância e desenvolve um pouco de cada um, porém não profundamente.

Se tivéssemos capítulos com os pontos de vista deles, seria bem mais interessante.

Por fim, o que mais atrapalhou na nota, foi a bagunça da narrativa. Não existe fluxo narrativo. Você está no presente, depois no passado (30 anos atrás).. depois no passado de 5 anos atrás. Depois presente. Entende? Ela volta no passado sem uma regra (não conta a história de forma linear) e nesse ponto, neste livro em específico, fiquei perdido algumas vezes. Ficou confuso.

É um livro, uma história, com potencial 5 estrelas. Mas a sensação ao ler, é que a autora tinha a ideia, mas não executou como poderia, deixando que a nota caísse e finalizasse em 3,5. Parece o primeiro livro de uma autora best seller.
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San... 04/01/2016

Um tantinho diferente da escrita usual de Isabel Allende, que me prende tanto com os aspectos surreais encontrados em grande parte de suas obras, ainda assim foi uma leitura deliciosa e encantadora. Encontrei no livro uma descrição que casou perfeitamente com a descrição existente no livro "Um hotel na esquina do tempo", de Jamie Ford (muito lindo), sobre os campos de concentração que foram instalados nos EUA para os japoneses, durante a segunda guerra mundial, o que me trouxe uma sensação confortável de familiaridade, como a visita a um local que nos marcou. Um romance que não se restringe a retratar uma epoca, mas antes nos fala do envelhecer e da riqueza de memórias (algumas impublicáveis e muito bem guardadas dos olhos alheios) que todos nós armazenamos e que, de alguma forma, acaba sendo o que nos move, o que nos dá sentido e direção. Recomendo.
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Sara 05/01/2016

Excelente!
Um livro belíssimo, que fala sobre a velhice com delicadeza, profundidade e algumas surpresas e mistérios. O enredo e fio da narrativa é excelente, como a maioria dos livros da autora. É impossível de largar o livro antes de terminá-lo. Li de um dia para outro!
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Fer Kaczynski 27/02/2016

Já considero a capa de livro mais bonita dos livros da escritora chilena Isabel Allende lançados no Brasil, isso instiga a leitura, porém achei que teria bem mais romance em sua história e isso não é uma crítica negativa, considero super positivo isso.


A história é sobre Alma, uma senhora idosa que contrata Irina como sua assistente, e durante muitas de suas conversas, relembra as suas memórias desde a infância através de cartas encontradas no sótão, cartas trocadas entre Alma e um antigo amigo de infância, Ichimei, que provavelmente seria seu amor que pode agora ter retornado

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2015/12/resenha-o-amante-japones-isabel-allende.html
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Kamila 10/07/2016

O Amante Japonês é uma daquelas histórias que nos mostram o verdadeiro sentido do amor, aquele que nem a maior das tragédias consegue apagar. Apesar de não ter palavras para descrever, começo contando que Irina Bazili, jovem nascida na Moldávia, havia começado a trabalhar na Lark House, na periferia de Berkeley, São Francisco, uma residência para idosos - não é exatamente um asilo, pois a maioria ainda consegue ter uma vida independente.

Irina trabalharia como cuidadora de alguns dos internos - os dos segundo e terceiro níveis, aqueles que ainda têm uma vida independente. Os idosos de primeiro nível são os mais saudáveis possível e os de último nível são aqueles que estão no aguardo da morte.

Até que Alma Belasco chegaria na Lark House. A Lark House (casa de cotovias, em português), aliás, era uma das melhores casas para idosos da baía de São Francisco, tinha até fila de espera. Porém, Alma e seu dinheiro burlaram a fila e se instalaram no segundo nível. Imediatamente, Irina passou a ser sua moça de confiança.

Enquanto isso, Seth, neto de Alma, quer escrever um livro sobre a família Belasco e gostaria de ouvir as histórias. Logo, Seth se apaixonaria por Irina, que é totalmente alheia ao amor, por um forte motivo. Após muito investigar, Seth e Irina descobriram a história de Ichimei Fukuda e sua família, que há muitos anos trabalharam para o avó de Alma.

Aí temos a junção de duas histórias até então bifurcadas: Alma Belasco antes era Alma Mendel, uma menina polonesa e judia que, para ser salva do nazismo, foi enviada de Varsóvia para a casa dos tios Isaac e Lillian Belasco, em São Francisco. Ao chegar em SeaCliff, a residência dos Belasco, Alma conheceu o primo Nathaniel e Ichimei, filho do jardineiro Fukuda, que trabalhava para a família. A partir daí, as vidas de Ichimei e Alma estariam para sempre unidas.

Claro que, depois dos ataques a Pearl Harbor, seria a primeira vez que Alma e Ichimei se separariam, eram apenas duas crianças. Desde episódio até a chegada de Alma a Lark House, se passariam quase 70 anos e várias situações que poriam à prova o amor e os sentimentos de Alma, que dado o contexto histórico, eram passíveis de acontecer com qualquer mulher que viveu nesse período.

Acho que todos já sabem que amo/sou/idolatro Isabel Allende, mas dessa vez ela me levou às lágrimas! Mas não de tristeza, são lágrimas que demonstram como eu não tenho coração de pedra ela é mestre em escrever histórias carregadas de delicadeza, com pitadas de fatos reais e, claro, sua amada São Francisco como plano de fundo.

Alma Belasco é aquela que viu a vida sob várias óticas, a de refugiada, a de moça que teve de tudo mas que se sentia só, a mulher apaixonada porém indecisa... enfim, um retrato de uma mulher única... É o tipo de livro que, depois que li, percebi como minha vida é insignificante e só me restou vestir meu capuz e ficar bem quietinha, remoendo minha vida e escondendo as lágrimas - até porque o ônibus estava lotado demais pra eu ficar mostrando meu choro assim, gratuitamente.

á cansei de falar como o trabalho de tradução/edição/revisão da Bertrand Brasil em relação aos livros da Isabel deixa um pouco a desejar, mas dessa vez, eles fizeram um ótimo trabalho, não encontrei erros graves e a capa é tão linda - igual a da versão em espanhol.

Então, só me resta reconhecer o quão talentosa e maravilhosa e perfeita é Isabel Allende e recomendar esse livro que é tão lindo, sem falar que tem vários fatos reais inseridos na história!

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2016/07/resenha-o-amante-japones.html
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Saionara.Zakrzevsk 30/08/2016

Esperava mais...
Bem, por já ter lido "A Casa dos Espíritos" e "Paula", que são livros com histórias um pouco mais complexas e que incumbem maior realidade aos fatos, esperava mais de Isabel neste romance.
A escrita, como sempre, impecável, adoro a forma como Isabel descreve.
Bem, se está a fim de ler um romance daqueles meio derramados que falam sobre o amor lindo e intransponível, manda ver.
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