Emerz 25/04/2021
Eu não lembro de ter tido uma primeira experiência tão boa com um mangá, ou com livros em geral, a sensação me lembrou algo como a primeira vez que li o guia do mochileiro das galáxias, algo como "eu queria ter escrito isso". Acho que esse é um bom resumo, o sentimento de ter gostado tanto de algo, que desejaria ter feito ele.
Eu não sei muito bem por onde começar, mas seguinte, eu já tinha conhecimento da obra, cheguei a vê um ep da adaptação em anime, mas não me recordava basicamente de nada, apenas de uma parte do enredo, envolvendo o parasita e a mão. Partindo disso a leitura foi muito surpreendente para mim, pois mesmo que soubesse dessa informação, que em suma pareça ser a mais importante, não se faz, já que a obra abrange muito mais do que só isso.
A história se inicia com questionamentos populacionais que querendo ou não são sempre pauta em alguma obra, a mais recente diria eu que foi a do Thanos em vingadores guerra infinita. Até sabermos do que estava por vir aqui no mundo real, covid-19.
Sim e é aqui que essa obra tem uma pequena semelhança com a realidade, mas que não imaginaria o autor. Na trama vários "alienígenas" ou "vírus" se quiser colocarmos assim, caem na terra e tens o objetivo de invadirem corpos humanos, assim se alojando no seu cérebro e tomando conta de seus corpos.
Como um belo clichê o protagonista acaba tendo apenas sua mão invadida por esse parasita, assim vamos ter essa relação entre os dois, já que um precisa do outro.
Além de termos ótimas interações entre os dois, com aquela trama padrão do personagem tendo que aprender como se comportar nessa nova realidade, ainda temos um ótimo texto, onde consegue mesclar muito bem o humor ácido com a ficção científica e os outros pontos do mangá.
Por fim elogio além da ótimo escrita, também o ótimo traço.