Resenhas - A Época da Inocência

Giovana420 13/02/2023

Novos Tempos
?[?] e estremeceu ao imaginar que seu casamento se tornaria igual à maioria dos outros casamentos que via a seu redor: uma insípida comunhão de interesses materiais e sociais mantida pela ignorância de um lado e pela hipocrisia do outro.?

A epoca da inocência é um romance pós Guerra Civil, ambientado na década de 1870, mas concebido para descobrir essas forças culturais que permitiram aos americanos sobreviverem à década de 1920.
O divórcio era considerado um absurdo sem tamanho, o rompimento com as leis cristãs e com o ?bom gosto e bom-tom? da sociedade.
O centro do romance é a busca da verdadeira felicidade, que coincidência com a busca da maturidade, por parte de Newland.

Cintia295 24/01/2023

É o segundo livro da escritora que leio e é uma escrita fácil, única coisa que pode atrapalhar é ser um pouco monótono em algumas partes, até mesmo repetitivas, mas tirando isso bem tranquilo de ler.
Archer, Archer o que falar de você? Gostei no começo, depois tive ranço, mais ranço, raiva, depois fiquei triste por algumas questões e consequências da época.
May pra mim uma mulher bemmm esperta mas que não confronta nada, mas sabe e percebe tudo.
Condessa Ellen achei que ia gostar de você por ser afrontosa, a frente do seu tempo masss não né simpatizei por vc.
Alguns outros personagens foram só para formar toda a trama da história.

Leiam e tirem suas próprias conclusões.

Maelen0 16/01/2023

O final me quebrou, sério eu não gosto de traição e achei bom o Newland ser respeitoso pela mulher dele e a Ellen pela prima, mas apesar de tudo é triste sabe que duas pessoas que se amavam tanto não puderam ficar juntos por causa de regras sa sociedade.

Maria 10/01/2023

"Enquanto isso, pessoas de verdade viviam em algum lugar", pensou, "e coisas de verdade aconteciam na vida delas."

Um clássico muito bom que fluiu super bem, também é surpreendente do começo ao fim e com críticas atemporais sobre classes, liberdade feminina e a constituição de um casamento. Me incomodei com a traição em certos momentos, mas fiquei triste com o final, o que é irônico.

Lil Angel 31/12/2022

o melhor livro com a capa mais horrível
Esse livro é meio antigo, mas ele é tão tão bom, flui tão bem.
Ganhei ele de aniversário e juro que amo quem me deu esse livro.

Tudo bem que do meio pro final tem um pouquinho de adultério, mas eu finjo que não vejo isso e sigo com a vida.

trizca 30/12/2022

ele foi embora?
Esse livro diz muito sobre a cega obediência as imposições da sociedade e sobre a consequência de não querer segui-las.
Dói ver a dificuldade do Archer no final de não conseguir se libertar da prisão do medo que criou a anos atrás e assim escolher não ter a oportunidade de viver com a Ellen o que desejou por tantos anos.

Michela Wakami 26/12/2022

Que leitura maravilhosa, com um final surpreendente. Pelo menos foi surpreendente para mim.
Acredito que na vida real, naquela época, deve ter acontecido muitas vezes, mas no mundo literário, foi a primeira vez que vi um desfecho assim.

SailorMagiccc 24/11/2022

Maravilhosoo
Ai gente esse livro tinha tudo pra ser perfeito,Mas esse final desgraçado horrível estrago,e o começo tbm,pq pra mim o livro começou a ficar bom dps da página 100,ainda bem que eu não tinha largado,mais no meio do livro FOI INCRIVEL,aí, tantas emoções cara, o meu livro tá todo marcado simplesmente lindo,so algumas partes que foram chatinhas,mas foi perfeito!o final que mais me chateou.
Eu recomendo o livro mais vc tem que ter paciência.mas,não é por causa do final que vai ficar fora dos meus favoritados kkkkk

deivison 28/08/2022

"Eu quero ser livre, quero varrer todo o passado."
A Época da Inocência foi uma leitura que me surpreendeu demais, já tinha ouvido falar na história mas quando li realmente eu entendi o motivo desse livro ser um clássico. A sociedade novaiorquina do final do século XIX foi retratada de uma forma impecável nesse livro, as questões sociais abordadas na leitura remetem a uma sociedade hipócrita mascarada por nomes de família e luxo.
O personagem principal Newland Archer está noivo de May Welland, ele é um homem que tem pensamentos controversos com relação as pessoas a sua volta, muitas vezes ele se sente deslocado em meio a toda essa gente "robotizada". Assim, ele se identifica com a madame Ellen Olenska, prima de May, que ao ter um casamento desastroso, volta pra Nova York e busca refúgio em meio a sociedade, a volta da "moça que fugiu do marido" causou um enorme escândalo que comprometeu o nome de sua família.
O livro é extremamente detalhado e talvez não seja do agrado de muitas pessoas ler uma página inteira sobre os costumes peculiares da sociedade novaiorquina, que rigorosamente Edith Wharton pôs na narrativa. A parte de falar sobre os costumes da época são muito importantes para entender o motivo daquelas pessoas agirem de tal forma, presos a costumes e ideias arcaicas, os cidadãos de Nova York de 1870 não perdoavam deslizes e nem pensamentos contrários, os tornando assim pessoas ensaiadas e que viviam escondendo opiniões e jeito de ser.
Essa leitura me marcou muito, principalmente por a autora descrever sentimentos "indescritíveis" que te faz se sentir na pele dos personagens, entender melhor seus pensamentos e etc, é um livro que cria uma imersão enorme e você devora vinte páginas disso rapidamente.
Confesso que fiquei bastante emocionado com o final, não darei spoiler, mas esse livro é incrível de lindo.

Larissa 21/04/2022

Realista
Nunca tinha lido nada de Edith Wharton ? e adicionei este livro a uma lista imensa de outros que tenho para ler. E ele me pegou pelo coração. O amor é vivido da forma que o temos ? e é real quando abdicamos de certas circunstâncias.

Bru 20/04/2022

NÃO
que livro frustrante ?? é muito bom mas eu tô muito triste afff quis jogar ele na parede aproximadamente 15 vezes por minuto mas me apeguei demais tô triste que terminei mas ao mesmo tempo não aguentava mais sofrer tanto com essa dupla infernal

Monaliza20 13/04/2022

Do que as aparências são feitas?
Um estudo muito real e triste de uma sociedade de raízes podres. Fiquei encantada com a crueza dos pensamentos e diálogos entre os personagens, que revelam muito mais do que a primeira vista podemos imaginar.

Quero rever o filme! Que também é ótimo.

@medusarm 23/03/2022

A época em que mais se preocupavam com status.
É um livro excelente no que concerne à vida social na segunda metade do séc. XIX.
Archer se encontra numa situação em que naquela época era difícil ir fora do padrão. As represálias, exclusões no circulo social e entre outros eram evidentes, mas executadas de forma velada. Não se falava abertamente, e foi exatamente isso que levou Archer a tomar suas decisões.

O romance mostra também o choque cultural com a proximidade das modernidades do fim daquele século.

Achei este livro muito bom. Se me causa emoção, mesmo que seja de raiva, pesar ou ranço, eu o considero recomendável. HAHA
Mas falando sério: Vale muito a pena esta leitura!

carol.dourado 13/02/2022

champagne problems
É um livro triste e adorável
O tempo inteiro que li ele eu precisava dar minhas simpatias à alguém, seja ao Archer, à madame Ollenska ou a May
Gostei como o livro encara a sociedade rígida e abastada da alta Nova York e não esperava, mas concordei com os diversos pontos e opiniões que Archer apontou sobre ela
E a maneira como ele defende a condessa é o auge do feminismo, o que é apenas o que ele deveria fazer, mas considerando a época e o fato que era ele contra todos, me permitiu admirar ele
Também amei imaginar os cenários, os ambientes, as roupas, a Edith mantém uma estética linda, inteiramente "old money"
E com isso, pra mim, a parte que me faz amar muito esse livro do jeito que amei, não é só as descrições de Archer sobre a sociedade e seus amores, mas o fato que dá para cantar diversas músicas dos álbuns folklore e evermore da Taylor Swift para esse livro, principalmente champagne problems!
E por fim, o final até me magoou, mas foi uma mágoa daquelas que você entende que tem que ser assim, mas ao mesmo tempo, não deixa de doer, e assim foi a relação de Archer e da condessa pelo livro inteiro, amando, doando e doendo...

Mari 21/12/2021

“A verdadeira solidão é viver entre essas pessoas gentis que só querem fingimento!”
Quando decidi ler “A Época da Inocência”, motivada pela leitura coletiva da @/lendogilmoregirls (inclusive recomendo essa página do instagram maravilhosa), eu não fazia ideia do quanto me deliciaria com a riqueza descritiva de Edith Wharton e sairia apaixonada pelo seu talento narrativo.
De origem aristocrática, ela soube transmitir com brilhantismo as hipocrisias e complexidades das relações sociais da elite de Nova York no Pós-Guerra Civil.
A trama se inicia na década de 1870 e acompanha Newland Archer, que está noivo de May Welland, mas apaixonado pela prima dela, a Condessa Ellen Olenska.
Esse triângulo amoroso se diferencia devido à profundidade dos personagens e à honestidade da narradora.
Os sentimentos de Newland são expostos ao leitor nos permitindo entender os dilemas que o atormentam. May, por sua vez, é uma personagem bem mais sutil, pois é nos detalhes de suas posturas e contradições que percebemos como ela é mais complexa do que aparenta em sua superfície meiga e dócil.
Somos apresentados também à figura dúbia e enigmática de Ellen, alguém que almeja a liberdade ao fugir de seu marido mau-caráter, deixando-o na Europa, mas depois de retornar para os EUA, torna-se a tentação do noivo de sua prima.
Ao final, Wharton nos brinda com um dos desfechos mais singelos e impactantes que já li. Terminei esse livro refletindo sobre como nossos silêncios e decisões podem influenciar em nossa felicidade ou frustração na vida. O título do livro se revela muito adequado para sintetizar tudo que foi deixado no passado dessa sociedade em que a tradição e os costumes mantinham intacta a inocência de jovens que aceitavam seu triste destino com resignação.
Rever a adaptação de 1993, depois de ler a obra original me permitiu compreender a riqueza de detalhes e sutilezas que o diretor Scorsese conseguiu transmitir do livro para as telas. Até a voz da narradora guiando o enredo me fez sentir como se estivesse ouvindo a autora enquanto assistia. A reconstituição da época com os cenários e figurinos é primorosa. Apesar de algumas diferenças nas características físicas dos personagens, considero a escalação de elenco perfeita, com Daniel Day-Lewis como Newland, Winona Ryder como May, Michelle Pfeiffer como Ellen e, por fim, Robert Sean Leonard como o filho mais velho de Newland e May.