A época da inocência

A época da inocência Edith Wharton




Resenhas - A Época da Inocência


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kiki.marino 11/11/2021

A verdadeira solidão é viver no meio de toda essa gente atenciosa que só nos pede para fingir!"

Quando penso em Edith Wharton ,imediatamente isto me leva a ideia da glamourosa antiga Nova York,da Gilded era ,época do pós guerra civil, de promessas,novos sonhos prosperidade,novidades científicas e industriais, da semente do "american way of life ", era da inocência.A velha e nova geração. Mas ao tempo tão provinciana e com raízes protestantes e conservadoras comparada à Europa .

É este modo de viver e sociedade que ela descreve aqui, da elite ,suas tradições e comportamentos que aprisionam , num mundo ilusório de segurança frágil e hipócrita que começa a mostrar suas rachaduras .

O narrador da estória é Newland Archer , um jovem advogado que está para casar com a mais perfeita moça da cidade, porém ver suas convicções balançarem com a chegada da Europa da Condessa Olenska .

A partir daqui tudo que acontece é previsível,arrastado , pois é uma narrativa intimista e psicológica, do ponto de vista de Newland Archer um homem patético , resignado ,sem "cojones"que empata a vida dos outros e a sua própria. Ele é jovem,rico,homem,tem todos os privilégios/ liberdade e durante toda a trama fica a fazer papel de vítima das convenções sociais,o sofredor ,o "feminista" condescendente, com valores progressistas, mas no fundo é um tradicionalista, com ego masculino inflado, cujo sonhos,fantasia, imagem que faz de si mesmo não corresponde a realidade. que teme perder esta sua posição na vida.
Um retrato da América.

Inventa uma paixão pela Condessa Olenska,insípida na trama, uma intrusa no paraíso, que tenta quebrar padrões.Ela assim como ele, criam uma atração sensual uma distração dos seus medos.Um romance nada convincente, sim algo proibido, como uma fuga do quase casal dos seus dilemas interiores.

A personagem mais intrigante da trama é sua noiva May Wellland, pouco explorada assim como o restante dos personagens. Apresentada com o estereótipo de moça bonita,inocente,rica e vazia, porém a mais sagaz e perceptiva, sabe o papel restrito que as normas da classe social a impõe, e finge muito bem neste papel em que jogou e "venceu".

Ao final foi na sua batalha silenciosa ,da sobrevivência, a única que tomou uma decisão e ditou os rumos da vida de Archer e Olenska.
Décadas se passam,Olenska se emancipa na Europa, Newland enfim amadurece e entende a si mesmo,porém é tarde demais...
Afinal a liberdade individual é ilusória.

Comparada à sua outra obra "A casa da alegria, do qual devorei, com sua fascinante protagonista Lily Bart, este acabou me frustrando muito ,simplesmente achei Newland Archer um sonífero ambulante,um romântico "goethiano" , trágico e chorão, talvez Edith Wharton o quis assim propositalmente rs...

A obra tem seu valor em retratar os valores e estilo de vida de uma época ,da cultura estaduniense,bem escrito, mas não brilhante.
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Sarah 21/10/2021

Gostei muito da novelinha
A escrita de Edith é sensacional! A história confesso que não foi muito o que eu esperava, mas tem seu toque de especial, cheia de ironias da vida.
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Kiki 20/10/2021

Boa leitura
Sempre acho interessante livros que abordam aspectos da vida de tempos passados, especialmente quando dão foco na via das mulheres. Fico sempre indignada com tanto machismo. E com neste livro não foi diferente, quanta desigualdade, quanto machismo...
Sobre a história, fiquei bem envolvida na trama e gostei da escrita da autora, ela é bem detalhista. Foi uma boa leitura.
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Janaina.CrisAstomo 18/10/2021

A velha Nova York do final do século XIX
Esse livro foi premiado com o Prêmio Pulitzer de Literatura, sendo a Edith Wharton a primeira mulher a receber o prêmio. A história relata a alta sociedade nova-iorquina de 1870, realçando suas tradições, costumes e suas regras. Newland Archer vai se casar com a bela, recatada e do lar May Welland, uma jovem proveniente de uma rica família. Ela tem uma prima, a condessa Ellen Olenska, a qual resolveu se separar do seu marido e é vista como uma mulher escandalosa, justamente por querer o divórcio. Archer, Ellen e May conviveram bastante na infância, e agora Archer se vê envolvido por Ellen. A condessa representa uma mulher madura e a frente do seu tempo, com opiniões próprias e opiniões bem diferentes da sociedade de Nova York. O livro foi escrito contendo muitas ironias e tem um grande repertório que leva ao raciocínio crítico.
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Maira Giosa 30/09/2021

Meu primeiro contato com a obra de Edith Wharton foi através do belíssimo filme homônimo, dirigido por Martin Scorsese em 1993. Essencialmente, é um "livro de época" (daqueles que eu gosto) que trata sobre um romance. Mas, no fim, é muito mais do que isso.

Publicado em 1910 e vencedor de um Pullitzer, a autora descreve com propriedade sobre a alta sociedade nova-iorquina em meados do século XIX, em uma época de rápidas mudanças históricas, sociais e comportamentais. E disso Wharton tem plena consciência. Sua postura crítica com relação ao meio em que viveu rendeu-lhe um romance que não chega a ser tal.

Newland Archer é um jovem aristocrata, acostumado com as tradições e as maneiras de ser da "sociedade" da sua época - aquela que ditava as regras sociais e condutas morais a serem seguidas. Tudo muda quando, às vésperas de se casar com uma moça de seu círculo, uma mulher recém-fugida de um casamento infeliz retorna à cidade. Ela traz consigo uma série de questionamentos sobre o papel (imoral) das mulheres divorciadas da época, e da falta de liberdade que havia em viver uma vida escolhida - ao invés de uma socialmente imposta.

Uma história de amor impossível que nunca se realizou justamente por causa das barreiras que a própria sociedade impõe, cheia da mais realista e triste consciência dos papéis sociais que representamos e da falência da estrutura familiar quando sequer cogitamos romper com as amarras que nos prendem.

Um livro triste, mas importante e necessário para que reflitamos, também, sobre as hipocrisias do nosso entorno que continuamos reproduzindo.

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
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Cris01 28/07/2021

O livro poderia ter menos blá blá blá e mais acontecimentos. Quando chegava ao ápice da história a autora jogava um balde de água fria voltando na mesma mesmice. Pela primeira vez prefiro uma adaptação feita para o cinema do que a própria história. E mesmo assim a história deixa uma sensação de querer um final "feliz"
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rafinha 02/07/2021

perfeito!
a delicadeza dessa literatura é fenomenal, sinto pena pelo personagem da May entretanto. fora isso incrivel e leitura necessária
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Veronika Platkevicius 06/05/2021

Final chocante
Newland Archer me irritou profundamente no final do livro... Quando tudo que sempre quis esteve logo a sua frente, desistiu. Na minha opinião não era amor, mas sim paixão pelo proibido. Quando deixou de o ser, não se interessou mais. Porém também pondero o fato de a revelação de que May sabia de tudo, sofreu em silêncio e reconheceu sua mudança teria feito com que desistisse de Olenska quando ficou "livre" 30 anos depois.
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Carol Amaro 20/03/2021minha estante
Que resenha ótima!


Kamilla 20/03/2021minha estante
Obrigada!




Jesi 13/01/2021

Livro fofo, mas eu não gostei do final.
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Amanda Tonietti 25/10/2020

Eu tento... ?
Como um livro clássico, é um livro que agrega muito sobre literatura e historia. Mas... que povo chato! Esses personagens me deixaram entediada.
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Letícia 10/08/2020

três meses lendo....
Today I’ll talk a bit about The Age of Innocence (1920), an awarded book written by Edith Wharton. Being the first novel I read from the author, the book introduced me to the high society of New York during the 1870s, a context in which Wharton was born and raised. In fact, during all the book it is possible to notice the sympathetic indignation of the author, insofar as she raise her subtle criticism about the rules that dictated living in that age. The main theme of the book is, actually, that society and the ways allowed (or not) to behave in there. To illustrate this we’re lead to follow a classic love triangle between Newland Archer, May Welland and Ellen Olenska. Each and every of them belong to elite families of New York, which were living in peace until Olenska came to the city, separating from his husband with whom she used to live in Europe. In certain point, Archer, engaged to May, fall in love with Olenska and have to choose between them and deal with his desires and divergent societal pressures. From this process result an internal discovery and change, that slowly makes him questione the mores. After some chapters the readers are already able to understand the whole universe and social criticism of the author, and I personally got bored of Newland and his eye-opening process. The characters don’t have anything of interesting and the story is sluggish. After all, it is a medium book, which I neither recommend or disrecommend, it’s up to you.
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Rony 12/06/2020

Um romance histórico
A época da inocência é considerado o romance de guerra da autora Edith Wharton, que tanto contribuiu durante a Guerra Mundial e escreveu esse romance após o conflito.

A história se passa em 1870 em Nova York, tendo como personagem principal o jovem advogado Newland Archer. A vida deste passa a ter novas cores com a chegada da prima de sua noiva, a condessa Ellen Olenska, na qual o faz entrar em conflito com tudo o que acredita ser seguro e infalível.

A autora, a partir de cada personagem, retrata cada camada da sociedade, como os de grande prestígio, mas que já estavam ficando obsoletos, as gerações intermediárias, que ainda seguiam vários rigores, mas que também enfrentavam as mudanças que ocorriam com relutância e a nova classe de ricos que vinha surgindo, já sem tantas amarras sociais.

Apesar do personagem principal ser um jovem com tendências a inclinar-se para a evolução, ele está preso em uma tradição, à formalismos e é a partir disso que a trama se envolve: como sair desse mundo, abdicar da segurança que a família proporciona em prol de sua liberdade. Nisso me recordo do "contrato social" de Rousseau, em que essa troca é necessária para haver uma funcionalidade na sociedade.

Nesse romance, Newland parece ser o mais sonhador e inconsequente, mesmo que atribua a figura de sua noiva o aspecto ingênuo, as personagens femininas se apresentam bastante realistas e perspicazes.

O final, refeito 3 vezes muito me agradou, mostrando o amadurecimento do protagonista e até mesmo um processo mais real e consistente com alguém que foi criado como foi.

O passado e o futuro, as inovações e as mudanças são palco desse romance histórico, tendo referências reais de artistas, lugares e conflitos de gerações e padrões de comportamento. Tudo o que preocupava Archer quando jovem, não tem nenhuma importância para os jovens da nova geração.

Um ótimo livro, muito bem escrito, mas com um começo bem lento, com pouca ação. Perfeito para quem é apaixonado por História, sobretudo a de Nova York.
Alê | @alexandrejjr 12/06/2020minha estante
Muito bem escrita a tua resenha.


Rony 12/06/2020minha estante
Obrigada *-*




adrianovinicius1976 11/04/2020

Um livro que se passa num ambiente histórico onde todos vivem de castrar emoções, transformando todos em robozinhos da alta sociedade, com os mesmos pensamentos, vícios e opiniões compartilhados em fofocas depois de elegantes jantares abastados.
Neste ambiente, se desenvolve um amor onde o personagem principal, se casa com uma mulher, mas se vê apaixonado pela prima da mesma. Neste contexto de uma sociedade baseada em valores rígidos, os mesmos seguem reprimindo o amor e o desejo que permeia a relação entre ambos.
Uma escrita densa, bem detalhista da sociedade da época, e que flui para um final onde nos perguntamos: o amor pode ser mais forte que tudo?
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