fernandaugusta 10/08/2023Batismo de fogo -@sabe.aquele.livroApós a rebelião dos feticeiros na Ilha de Thanned, temos a seguinte situação: Geralt gravemente ferido e teletransportado para Brokilon por Triss Merigold, onde vai se recuperar com a ajuda das dríades. Yennefer desaparecida. Ciri com os Ratos em localização desconhecida. E a guerra entre os reinos do Norte e Nilfgaard a pleno vapor.
O imperador nilfgaardiano, Emhyr, convencido de que foi traído e que deixaram Ciri escapar, recorre ao ardil de colocar outra pessoa no lugar de Ciri e apresentar o embuste como futura imperatriz. Por baixo dos panos, todo seu serviço secreto está atrás da Ciri verdadeira com o intuito de matá-la para evitar que se cumpra a profecia em torno do poder do Sangue Ancestral.
O bruxo, assim que fica sabendo que Ciri está em Nilfgaard, parte para o sul em uma jornada que vai colocá-lo no meio das frentes de batalha, sem falar na direção completamente errada. Uma companhia vai se formando nesta viagem: Maria/Milva, a caçadora protegida pelas dríades, o bardo Jaskier são os primeiros integrantes. Logo se juntam a uma companhia de anões e refugiados, liderador por Yarpen Zigrin. No meio do caminho conhecem um estranho boticário, que depois se revela ser Regis, um vampiro superior. E todos estão sendo seguidos por Cahir, o soldado nilfgaardiano que perseguia Ciri, e agora é considerado traidor em meio aos seus, e está com a cabeça a prêmio.
Trata-se de um volume interessante, que tem movimento com o foco na viagem de Geralt em busca de Ciri. O personagem tem um amadurecimento muito interessante neste livro - Geralt sempre conseguiu resolver tudo sozinho, mas agora se vê diante de sentimentos de frustração e impotência que precisa administrar, além de ter que aceitar ajuda e lidar com o abalo de suas convicções pessoais, ao juntar forças com um monstro e poupar Cahir. Logo me vi torcendo pela trupe que acompanha Geralt, principalmente de Regis, Cahir e Milva (Jaskier eu já amava).
Yenneffer, depois de passar um tempão sumida reaparece em condições muito adversas em uma reunião secreta de feiticeiras, e logo some de novo. E neste meio tempo vemos que TODOS estão atrás de Ciri. Curiosamente, neste livro vemos que Ciri está ameaçada - Nilfgaard está muito perto - e que sua personalidade está se voltando a uma perversidade muito diferente da Cirilla dos primeiros livros, pois com os Ratos ela perde a inocência da infância e toma gosto pela vida de bandoleira na gangue. Uma pena.
O final é uma batalha sangrenta em que a companhia de Geralt é pêga entre uma guerrilha dos nortelungos e a cavalaria nilfgaardiana, e tem que decidir qual lado é o menos pior para abrir caminho, cada um passando por seu próprio batismo de fogo.