Pseudônimo Mr. Queen

Pseudônimo Mr. Queen Loraine Pivatto




Resenhas - Pseudônimo Mr. Queen


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Daiane 11/07/2016

Como estaria nosso mundo hoje se a Profecia Maia tivesse se concretizado?
Este livro conta a história de um mundo pós-apocalíptico, no qual seus sobreviventes passaram a fazer parte de um novo mundo, onde não existiam mais doenças e as pessoas não morriam antes do tempo. Todos que, por ventura, sofressem algum acidente ou tentasse se matar, eram transferidos para um hospital para dias depois serem reimplantados na sociedade, com a memória recente completamente apagada, como se nada tivesse acontecido. Neste novo mundo, a vida dura exatos 150 anos, dividida em 2 partes: a 1ª vai até os 70 anos e a 2ª vai dos 20 aos 100 anos. Com esse novo mundo, esperava-se que seus sobreviventes tivessem oportunidades iguais de subsistência e que fossem mais humanos uns com os outros. Mas o ser humano, como bem sabemos, sempre arranja um jeito de se mostrar superior aos outros, e é a partir dessa corrida pelo sucesso e pelo status é que a história se desenrola.

Nesse mundo pós-2012, o dinheiro já não existe e há a criação do TUV, um sistema de pontuação que se baseia na própria vida da pessoa. Esse sistema leva em conta praticamente todos os aspectos de sua vida: seu emprego, sua saúde, sua família, seus amigos e até sua página no Happiness Book (uma rede social que lembra bastante nosso tão amado (não por mim) Facebook), e, a partir desses quesitos, a pessoa é avaliada anualmente e recebe uma determinada pontuação, que obrigatoriamente deve ser implantado na pele, feito tatuagem. Lendo sobre esse sistema, confesso que me assustei com o fato de que, surpreendentemente, não estamos tão longe de sermos avaliados através do que postamos ou deixamos de postar nas nossas redes sociais. Ao longo do livro, eu me identifiquei bastante com o personagem da Larissa, uma moça que não liga para toda essa loucura de pontuações e, como ela, também já tive que conviver com algumas Cecílias, que simplesmente achavam um absurdo eu não gostar de Facebook. É, talvez sob esse aspecto, nosso mundo atual não está tão diferente assim do ficcional.

Outro aspecto que eu achei interessante e quero destacar é o fato de que essas duas vidas ocorrem no mesmo mundo, ou seja, as pessoas que estão tanto na 1ª quanto na 2ª vidas coabitam em um mesmo ambiente, só que em dimensões diferentes. Além disso, há certas pessoas da 1ª vida que conseguem enxergar o que se passa na 2ª vida e vice-versa; elas não enxergam as pessoas em si, mas conseguem ver os objetos pertencentes a uma ou outra vida e, com isso, conseguem estabelecer uma comunicação entre as diferentes dimensões. Eu adorei isso na história, pois, ao meu ver, é reconfortante pensar que nossos entes mais queridos, depois da transição para a 2ª vida, estariam ainda por um bom tempo bem pertinho de nós.

No geral, eu me diverti bastante com a leitura; é um livro bem gostosinho de ser lido. O enredo é envolvente e cheio de reviravoltas, bem do jeitinho que a maioria de nós gosta e que em alguns momentos não nos deixa largar o livro. Espero que alguma editora se interesse em publicá-lo, pois eu adoraria que mais pessoas tivessem a oportunidade de lê-lo. Meus parabéns à autora, pela ótima obra produzida.
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Cris 16/07/2016

Muito bom, adorei!
“Desde que se entendia por gente, Vitória, assim como qualquer pessoa, tinha sido preparada para a morte. O único fato da vida absolutamente incontestável e inegociável. As horas, minutos e segundos eram respeitados com absoluta precisão, o que tornava a morte a única condição humana completamente justa e igualitária. Não importava o que fizessem, todas as pessoas tinham exatamente os mesmos setenta anos para usufruir. Nem um segundo a mais. A morte era imparcial e pontualíssima.” Pág. 280

Recebi este livro através de um convite da própria autora, a Loraine, que me convidou a participar de um Booktour de divulgação do livro.

A história começa no dia 21/12/2012, dia em que estava previsto para acontecer a temida profecia maia, em que aconteceria o apocalipse ou Fim dos tempos.

Eis que a história narra o que aconteceria se o mundo tivesse acabado naquela data :O.
A população mundial foi bruscamente reduzida, e os sobreviventes acordaram em um novo mundo, com novas regras. Os poucos sobreviventes receberam algumas informações através de sonhos sobre como seria este novo mundo. Pra começar, todos teriam duas vidas, uma da idade atual até os 70 anos e a próxima, dos 20 aos 100, ou seja, todos viveriam 150 anos, nem um dia a mais e nem um dia a menos!

Neste novo mundo não haveria diferenças sociais, dinheiro, doenças e nem a própria morte :O. Todos teriam exatamente as mesmas condições de sobrevivência e saberiam exatamente o dia da sua partida para a próxima vida.
Alguns sobreviventes inclusive foram premiados com o dom de enxergar alguns detalhes desta próxima vida.
Analisando até aqui, parece um paraíso, não? Igualdade de direitos, nada de doenças, acidentes, morte... só que não...
A história mostra que o ser humano é capaz das coisas mais terríveis para realizar seus próprios desejos. Aos poucos vemos que algumas pessoas tentam burlar o sistema construído e obter vantagens por pura ganância e egoísmo.
E assim, o livro é dividido em 3 partes, mostrando 3 gerações de mulheres da mesma família neste mundo novo.
Achei o livro incrível, a escrita da Loraine é impecável, me fez viajar realmente e imaginar como seria aquele mundo distópico. Achei tudo de uma originalidade fantástica. Nunca vi nada parecido, adorei os elementos fantásticos e o universo criado.
O livro me deixou tensa e impressionada, e me fez questionar muitos valores da nossa sociedade hoje. Como seria viver numa sociedade daquelas, e quais seriam os benefícios e desvantagens?
A história é escrita em terceira pessoa e é uma mistura de ficção científica, fantasia, distopia e suspense, e manteve meu interesse até a última página. O final foi bastante surpreendente para mim. Recomendo para todos os tipos de leitores, acho que agradará a todos.
Parabenizo e desejo sucesso para a Loraine! Aproveito pra agradecer também o convite e dizer que amei participar deste Booktour e me senti muito feliz em conhecer este livro tão diferente e bem escrito :)

“As únicas paixões que duravam para sempre eram as não correspondidas.” Pág. 281




site: http://instagram.com/li_numlivro
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Andressa 26/07/2016

O livro chegou até mim, como todo mundo que o leu: a autora entrou em contato via Skoob convidando para participarmos do Book Tour de seu novo livro.

Confesso que no começo fiquei em dúvida se aceitaria ou não a proposta, já que estou atolada de leituras esse ano. Mas lendo as resenhas, só vi coisas positivas sobre ele, e resolvi arriscar.

Eu tive uma surpresa com esse livro. Quando comecei a lê-lo, achei que o foco central seria o fim do mundo, como uma distopia. Esperava as pessoas lutando, ou algo do tipo que estamos tão acostumados, mas não. Na verdade, foi até uma agradável surpresa. Percebi que o foco são os personagens, a vida deles. Percebi que a autora trás várias críticas, algumas sutis e outras nem tanto ao nosso mundo através desse livro.

Pseudônimo Mr. Queen é diferente de tudo que eu já vi ou li. Achei muito original. O livro começa nos contatando sobre o “fim do mundo”. Aquela profecia maia que muitos de nós escutamos que o fim seria em 2012. Isso se cumpriu no livro de Loraine. Porém, só algumas pessoas foram salvas, começando um mundo totalmente novo. Um mundo igualitário, onde todos teriam posse das mesmas coisas. Nada de “uns com muito e outros com pouco”.

Pois é, isso seria perfeito né? Seria perfeito se os personagens não fossem humanos. Com o passar dos anos desse “novo mundo”, novas regras criada pelo governo foi surgindo, como as pontuações da TUV que é um sistema que pontua as pessoas de acordo com suas qualificações profissionais.

Até aí tudo bem. O problema é que isso foi evoluindo. Mais e mais profissões foram entrando nesse sistema de pontuação, e depois passou a ser não só as qualificações profissionais e sim também as emocionais e pessoais. Tudo era avaliado: sua vida profissional, sua vida social, seu casamento, relação com os filhos, tudo! Isso acabou gerando uma enorme competição entre as pessoas, de quem seria melhor em tal coisa. Tanto é, que alguns personagens respiravam pontuações da TUV. Viviam para ter o melhor lugar. Outros entravam em depressão por estarem abaixo da média. Pra alguns, isso era tudo que importava.

Por exemplo, como os personagens se esforçam tanto para parecer que são as pessoas mais amandas e felizes do mundo no Happinnes Book (isso te lembra algo?), a rede social criada pela autora. Tudo era postado nessa rede (inclusive, os perfis eram avaliados pelo governo para definir as pontuações) desde a saída com os amigos, até o que você comeu no almoço.

Outra coisa que eu amei, foi a segunda vida, que eu chamo de segunda chance que os personagens têm. Não sei se a autora tem como religião o espiritismo, já que eu achei essa parte do livro bem característico.
Quando os personagens começam nesse novo mundo, eles vivem até os 70 anos. Nem um dia a mais. Nem um dia a menos. Sem doenças ou qualquer outra coisa que possam impedi-los de viver. Quando chegam aos 70 anos, eles morrem e imediatamente iniciam uma nova vida. Desta vez, já chegam nessa vida com 20 anos. Com as mesmas características e memórias da outra vida. E vivem até os 100. Ou seja, cabeça de 70 mas corpo de 20.

O motivo de eu gostar tanto disso, é que eu gostaria de ter essa oportunidade. Não que eu esteja velha, tenho 27 anos, mas se eu pudesse ter 20 novamente com a cabeça que eu tenho hoje, talvez as coisas estariam bem melhores, talvez eu teria uma vida melhor. Cheguei a sentir um pouco de inveja dos personagens por terem essa chance e eu não.

Enfim, se eu colocasse todas as características desse livro, minha resenha ficaria gigantesca. Só lendo para compreender tudo. Gostei bastante do livro e do que ele nos trás. Senti vontade de marcá-lo com post it nas minhas partes favoritas, mas infelizmente, o exemplar não é meu, então, infelizmente isso não foi possível.

Só preciso terminar minha resenha, dizendo uma coisa, e quem leu o livro, irá entender: CHUPAAAA CECÍLIA! HAHA ;)
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Bela 31/07/2016

Pseudônimo Mr. Queen. Autora: Loraine Pivatto. Páginas: 404. Esse livro chegou até mim através de um BookTour. A autora é muito simpática e ainda estava contatando blogueiros para participar do BT. Então, se quiser participar, mande um e-mail para ela, de repente ainda há vagas.

"-Não deixe nunca que a sua felicidade seja dependente de nada e nem de ninguém. Seja simplesmente feliz por estar viva. Nenhuma pessoa no mundo, além de você, pode ser responsável por sua alegria."

É dia vinte um de dezembro de dois mil e doze e a profecia maia acaba de se cumprir. Algumas pessoas acordam em um grande ginásio, após sonharem com um mundo ideal, sem mortes ou doenças. Através do sonho lhes foi revelado que elas viverão ate os setenta anos e então terão uma nova vida, dos vinte aos oitenta. Cento e cinquenta anos no total. Imagine um jovem de vinte anos com todas as experiências e conhecimentos acumulados durante setenta anos e uma oportunidade unica de recomeçar, viver novos sonhos, novos amores, ou reviver um velho amor, a oportunidade de uma nova vida. A nova sociedade é então organizada de forma igualitária, são construídas habitações padrões para os habitantes e a moeda e a iniciativa privada são extintas. O governo passou a proporcionar o sustento dos habitantes em troca de trinta horas semanais de trabalho.

Regina é uma mulher de 45 anos, e apesar de ser presidente de uma grande empresa farmacêutica, está longe de viver a vida que sempre sonhou. Mas ela foi uma das escolhidas para integrar a população do novo mundo e, diferente dos outros, nos sonhos em que teve, ela viu que existia uma forma de morrer, mas esse segredo precisava ser guardado para manter a humanidade a salvo. Então, Regina conhece Lúcia, uma mulher com habilidade de ver objetos do mundo pró-apocalíptico. Pois, tudo que fugia aos padrões pré estabelecidos simplesmente desaparecia, como em um passe de mágica, alguns tentaram construir grandes prédios de luxo, mas no dia seguinte eles não estavam mais lá e, por fim, todos tiveram que se contentar com as instalações padrões. Lúcia podia ver os antigos arranha céus e todo tipo de coisa que existia antes. Assim, as duas mulheres seguem os seus dias com a missão de guardar o segredo da morte. E não é surpresa nenhuma quando a neta de Regina e o filho de Lúcia se tornam amigos. Larissa, Cristiano e seus amigos: Júnior, Cecília e Paulinho também se tornam protagonistas dessa história.

Mas, as pessoas precisavam criar um modo de sobressaírem e, segundo eles, valorizar os que eram mais dedicados e alcançavam maiores resultados. Assim surgiu o sistema de pontuação. Começou primeiro no meio artístico, mas logo alcançou toda a população, as pessoas eram avaliadas anualmente por uma equipe do governo tanto com relação a saúde, desenvolvimento profissional, emocional, físico e tudo o mais. E assim o mundo se segmentava mais uma vez.

"...pela primeira vez Larissa olhava para o seu pulso, lia a etiqueta e sentia, literalmente na pele, o significado daquele valor impresso. Ela analisava mentalmente os quesitos que a levaram àquela pontuação e era obrigada a concordar que, infelizmente, para os atuais padrões sociais, estava em promoção."

Confesso que não estava com muitas expectativas para essa leitura, porque apesar de eu amar distopias, a sinopse apresentava um cenário muito irreal e eu simplesmente não sabia o que esperar. De fato, o novo mundo descrito por Loraine é um pouco louco e eu levei um tempo para me acostumar. Mas, depois disso, a leitura fluiu com facilidade. Muitas coisas acontecem no livro, que é uma verdadeira novela. Cheio de intrigas, reviravoltas e acho que se fosse adaptado para o cinema, não bastaria um filme, ficaria melhor numa série televisiva. Além disso, a autora traz questionamentos bastante interessantes, para não dizer inteligentes, ela fala sobre caráter, mídias sociais, formas de governo, depressão e muitos outros assuntos.

"-Não há sistema de governo que sobreviva à podridão de caráter de seus administradores. Enquanto as pessoas não pararem de visar seus interesses pessoais e passarem a olhar para o bem coletivo, que em sua última instância é a vida humana, nenhuma forma de governo será bem sucedida. Em qualquer regime onde haja corrupção e distorção de poder o povo será penalizado."

Loraine criou personagens fortes e cheios de personalidade e eles são bem reais, cheios de defeitos. São muitos personagens, e talvez você se sinta um pouco perdido no início, mas logo se habituará a cada um deles. Acompanhamos a família de Regina até a quarta geração e as vezes eu me perguntava onde a autora estava querendo chegar, não porque estava ruim, mas por tanto tempo já ter se passado. Entretanto, as coisas se encaixaram perfeitamente no final, o que me deixou bastante satisfeita, pois mostrou como o livro todo foi bem construído. O livro é grande, não é um daqueles livros para ser lido numa sentada só, mas vale a pena!

site: www.sigolendo.com.br
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Gabs 10/08/2016

Há tempos não lia um livro que me prendia tanto a atenção
Esperava boas coisas deste livro, pelas resenhas lidas e sinopse, além do investimento da autora na divulgação via Correios, o que indica a confiança da mesma em sua obra.

Mas ainda assim, fui imensamente surpreendido. É incrível como a narrativa entrelaça muito bem contextos como a psiquê humana e os problemas sociais atuais, em um mundo um pouco futurista e com conceitos sobre a vida e a morte totalmente diferentes dos nossos. Mas fiquei boquiaberto em algumas passagens, e como mesmo sendo projetadas no futuro conseguem ser críticas atualíssimas, algumas das quais até me tirando da minha zona de conforto (como acho que deva fazer com diversos leitores).

É praticamente impossível o leitor não ter momentos de reflexão sobre sua vida, o sentido dela, e a sociedade, ao ler este livro. Me impressionou muito, espero que tenha o merecido sucesso. Poucas obras dou 5 estrelas, mas esta de fato mereceu!

site: https://www.clubedeautores.com.br/book/191268--Do_Ser_da_Sociedade_e_do_Cosmo
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Karina 13/08/2016

PSEUDÔNIMO Mr. QUEEN - Loraine Pivatto
Loraine Pivatto é uma jovem autora.
Nascida em Porto Alegre, a gaúcha libera todas as suas emoções e criatividade na escrita.
Seu talento é inquestionável.
Sua história é envolvente e emocionante.
"Pseudônimo Mr. Queen é uma obra única.
A autora conseguiu nos transportar para um mundo diferente. Um mundo de vidas distintas.
Palco de polêmicas por conta do misterioso Mr. Queen.
Regina Brandão era uma mulher, que ao seu modo, tinha muita determinação.
Inteligência sempre foi sua maior arma.
Porém sofria algumas humilhações vindas de seu pai.
Mas com a morte do velho, herdou e assumiu o cargo de presidente da empresa familiar Brandão.
Sua trajetória foi promissora.
Acreditava que seu trabalho realizado era satisfatório.
Só não esperava que o ano de 2012 lhe traria tantas surpresas.
Os boatos eram de que o mundo iria acabar.
Ninguém mais acreditava em tais especulações. Mas naquele dia, 21 de dezembro de 2012, após Regina Brandão descobrir traições que acabaram com sua vida, a profecia se cumpriu.
Uma das sobreviventes, Regina acordou em um mundo totalmente novo.
Rodeada de pessoas desconhecidas e com muito ódio em seu interior.
Agora seria um novo recomeço.
Duas vidas que seriam plenamente usufruídas.
Sem mortes, doenças.
Um mundo perfeito. Teoricamente.
Regina não imaginava que ali encontraria a filha da mulher que considerava sua melhor amiga, mas que a traiu violentamente.
Mas os anos foram se passando e o mundo começou a mostrar suas imperfeições.
Na verdade regras e pontuações que corromperam o ser humano.
Regina foi uma das sobreviventes escolhida para trabalhar ao lado de um grupo seleto que iria proteger um grande segredo.
A tarefa não seria fácil.
Os acontecimentos estavam tornando-se cada vez mais catastróficos.
Ganância.
Vaidade.
Manipulação.
Mentiras.
Alguns dos ingredientes especiais que Loraine Pivatto utilizou para compor uma história inesquecível.
Segredos serão revelados.
Quem é o verdadeiro Mr. Queen?
Traições virão à tona.
Uma história que todos devem ler.
Casa de Livro Recomenda!

E ali estavam os 100 pontos do Mr. Queen brilhando no escuro. Um segredo para sempre deles, que o mundo nunca iria conhecer.

Titulo: Pseudônimo Mr. Queen
Autora: Loraine Pivatto
Páginas: 404
Ano: 2015

Boa Leitura.
Casa de Livro.
Karina Belo.

Regina agora tinha consciência plena daquela raiva, guardada por anos e finalmente despejada na sua cara. O cheiro de álcool no hálito de Vanessa tornava os seus gestos ainda mais agressivos.

Foi a primeira vez que a Larissa viu a filha chorar por um motivo familiar. E também a última. Depois daquela tarde Larissa nunca mais viu a menina chorar, o que de certa forma a deixava preocupada. Ela sabia que a criação de Vitória não seria nada fácil.

Ele olhou para o chão a sua volta, e o monte de cacos de vidro mostrava que quase tudo ao seu alcance já tinha sido quebrado, mas então olhou para a foto do vestido branco, o mesmo vídeo, colada na parede lateral e arremessou o corpo nela.

Uma única maneira de morrer, mas que não pode ser revelada. Um segredo que precisava ser guardado. Para salvar a sociedade de si mesma.

site: www.casadelivro.com.br
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Driely Meira 17/08/2016

Uma distopia diferente
Então a profecia se cumpriu... – página 9

No dia 21 de dezembro de 2012, a profecia maia se concretizou. Aquela que dizia que o mundo que conhecemos acabaria, e Regina estava lá quando isso aconteceu. Herdeira de uma grande empresa, ela recém descobriu que seu marido a estava traindo. Ela é uma mulher insegura e dependente do marido, e, após confrontá-lo, ela acordou em um outro mundo. O novo mundo, onde tudo seria perfeito.

Não existem mais casas de luxo, não existe mais desigualdade social, fome, miséria, doenças e etc. As pessoas são iguais, e, quando alguém tenta construir uma casa mais luxuosa, diferente das outras, a mesma desaparece. Além disso, não é possível morrer.... Ao menos é o que todos acreditam, com exceção de uns poucos que conhecem o segredo. Segredo este muito perigoso, que colocaria em risco tudo e todos.

Acompanhamos então Regina, nossa até então personagem principal. Ela cuida da filha de Vanessa, sua ex-melhor-amiga-fura-olho- e faz novas amizades na nova vida, e que duraria até o seu aniversário de 70 anos; após isso, ela seria transportada para outra vida, outra dimensão, onde viveria dos 20 aos 100 anos de idade. Muitos anos de vida, né? E o melhor é que não se morre de doenças, acidentes ou nada do tipo, sendo assim, a maioria das pessoas têm vidas completas.

Digo maioria porque nem tudo é perfeito. As pessoas são classificadas de acordo com a função que exercem na sociedade, de acordo com sua vida social, pontuação, amizades, felicidade.... Sendo assim, muitos vivem escravos deste novo sistema, querendo sempre aumentar seus pontos. Essa parte do livro tem algumas coisinhas em comum com o que vivemos hoje, não é mesmo?

Alguns anos depois, conhecemos Larissa, filha de Maria Eduarda (filha de Vanessa, se lembram dela?), adotada por Regina. Maria Eduarda sumiu no mundo, e, como Regina nunca a amou de verdade, a partida da garota não foi bem um tiro no peito da senhora. Já com Larissa a coisa é diferente, pois Regina a ama como se ela fosse uma filha, e a trata maravilhosamente bem.

Larissa é uma moça muito inteligente e encantadora, namora com Paulinho, um rapaz ciumento que chega a dar nos nervos. Tudo ia bem, até Regina partir para a segunda vida, deixando Larissa completamente devastada. É aí que ela decide pedir um refúgio (é possível a pessoa pedir refúgio [dormir] por um determinado tempo, quando ela acorda, continua a vida normalmente, como se não tivesse dormido por meses, anos, décadas...), abandonando Paulinho. Quando Larissa volta, ele parece ter mudado bastante e a esquecido, além de ter aumentado sua pontuação, enquanto a dela continua igual, baixa. Mas Larissa nunca se importou com pontuações, diferente de muitas outras pessoas, como sua amiga, Cecilia, que vive pelas aparências.

Larissa tem uma filha algum tempo depois, e, com isso, passamos a acompanhar a vida da menina e de Larissa, até que a mãe completa seus 70 anos, indo encontrar Regina na outra vida, e deixando Victoria para trás. Victoria era uma menina amargurada, mimada e bem irritante. Por mais que eu tentasse, não consegui gostar dela, e, de alguma forma, nenhum personagem no livro me cativou.

Eu tinha visto TANTA coisa boa sobre o livro em outros blogs, e, se vocês derem uma passada no skoob de Pseudônimo Mr.Queen, verão que a maioria das resenhas dão nota 5 ao livro. Mas eu não consegui gostar tanto assim dele. Senti que faltou ação, faltou personagens mais cativantes, faltou mais... Distopia. Os personagens ficavam confortáveis demais na história, e as cenas de tensão ou ação são pouquíssimas, e algumas coisas na história ficaram meio perdidas, algumas cenas foram desnecessárias e mataram a minha vontade de prosseguir com a leitura.

Mas eu gostei da ideia da Loraine, e do mistério todo envolvendo o Mr. Queen, mas o final deixou a desejar. Achei que ficou muito felizes para sempre, não combinou muito com a proposta do livro, eu imaginei que seria algo mais impactante, para marcar o leitor mesmo. E os romances me pareceram mornos demais, como se tivessem surgido do nada e atrapalhassem a história, um pano de fundo apenas.

Enfim, infelizmente, o livro não me conquistou. Mas eu torno a dizer que muita gente gostou, então talvez você goste também. Achei bacana a autora lançar uma edição do livro apenas para divulgação da história, e também por ter criado uma história que não é totalmente fictícia; a forma como as pessoas no mundo de Regina, Larissa e Victoria se importam mais com registrar os momentos para que os outros vejam do que vive-los, como se importam com pontos, status... Infelizmente é algo real no mundo em que vivemos hoje, mas seria muito bom ter uma segunda chance de viver, né?

site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
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Geissiane Lustosa 18/08/2016

Adoreeeeei
Quando a autora entrou em contato comigo para participar do Book tour, me deixou super ansiosa. Primeiro por que eu tenho me empenhado muito em ler mais autores nacionais, e estes tem me surpreendido de forma muito positiva, segundo por causa do tema. Eu adoro enredos com essa pegada pós-apocalíptica e acho que o temido "fim do mundo" em 2012 estava merecendo uma história sobre ele. Pseudônimo Mr. Queen, no entanto, contraria muitas expectativas ao dar um novo mundo após o fim do mundo, uma nova vida a poucos sobreviventes, escolhidos. Um dos meus medos antes de começar a leitura foi em relação às duas vidas, a primeira que vai até os 70 anos e a segunda, a partir dos 20 e até os 100 anos. Resultando para os sobreviventes, 150 anos no total. Mas a escrita da autora é bastante lúcida e dinâmica, os pontos duvidosos são facilmente encaixados. Esse é mais um ponto que gostei no livro, a escrita. A autora consegue levar o leitor facilmente até as páginas finais, nos colocando dentro dos dramas das personagens... Um livro que me surpreendeu muuuito, aos que ainda irão recebê-lo no BookTour, vão se preparando hahaha
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Pri 21/08/2016

Após o fim do mundo
Recebi esse livro através do Book Tour organizado pela autora para divulgá-lo.

"O ser humano sempre cometerá erros, alguns mais outros menos, e não acho que esse tipo de punição olho por olho dente por dente melhore a vida de ninguém. Só vai aumentar o estresse, isso sim."

Todo mundo conhece a profecia Maia que dizia que o mundo iria acabar em 21 de dezembro de 2012, certo? Nós sabemos que ela não era real, mas e se tivesse se cumprido? Já pensaram no que aconteceria?
Regina Brandão é presidente de uma grande empresa, mas não é feliz. Mantendo um casamento sem futuro com um homem que não a ama, no dia do seu aniversário descobre que ele a trai com a melhor amiga. E quando chega ao ponto de cometer uma loucura, tudo acaba.

"(...) a felicidade que tanto buscava, o aconchego, a proteção, a paz e o amor, não poderia encontrar em ninguém, a não ser dentro dela mesma. (...) Tinha que relaxar e entender também que a vida não seria sempre como ela queria e que as pessoas não agiriam como ela pretendia que agissem. Suas expectativas seriam frustradas, decepções ocorreriam e também diferenças de gostos e opiniões. Uns simplesmente iriam embora, indiferentes à sua vontade de compartilhar o seu tempo com eles. E quanto a isso não havia o que fazer, apenas aceitar. Aceitar e compreender que o tempo curaria tudo, sempre."

Ela acorda em uma grande quadra, após ter estranhos sonhos sobre o fim do mundo. Nesse novo mundo em que ela e os outros sobreviventes se encontram, não existiriam diferenças entre as pessoas, não haveria dinheiro, todos teriam os mesmos direitos e deveres, e, principalmente, não existiriam doenças fatais nem mortes prematuras; todos, sem exceção, teriam duas vidas: uma até os 70 anos, e outra dos 20 até os 100. E as regras estabelecidas não poderiam ser quebradas.

"O que ainda não estava nada claro era por que ela tinha sobrevivido. Se realmente um novo mundo mais justo e igualitário estivesse surgindo, era de se esperar que os sobreviventes fossem escolhidos a dedo, por seus méritos e benfeitorias, ou ao menos por seus potenciais a serem utilizados para o bem comum, mas... Ela? O que tinha a oferecer? Como poderia ter sido premiada, após todos os erros cometidos?"

Mas Regina percebe que sonhou com algo que os outros não sonharam. Todos acham que é impossível morrer, mas ela sabe que há apenas uma forma, e que isso deve ser um segredo guardado de todos. Ela logo faz amizade com a jovem Lúcia, e descobre que ela pode ver coisas que ninguém mais pode, objetos do mundo antigo e do próximo. Mais um segredo que essas duas amigas inseparáveis devem portar.
Com o passar dos anos, a vida se estabelece e as pessoas vivem felizes nesse mundo. Regina tem uma neta, Larissa, e Lúcia um filho, Cristiano, que tornam-se muito amigos, juntamente com Cecília, Paulinho e Júnior. E essa amizade de infância dos cinco tem um desenrolar maior nessa história do que aparenta.

"Para o velho tudo era uma questão de competição, interesse, vaidade e orgulho. Não existiam sentimentos genuinamente bons e as pessoas em nada haviam melhorado após a catástrofe de dezembro de 2012. Aqueles indivíduos que se davam tanta importância não passavam de idiotas narcisistas, sedentos por reconhecimento, que não compreendiam a sua óbvia insignificância."

Depois de tantos anos, as pessoas já não conseguem mais viver sem que possam destacar-se das outras, e um método de avaliação através de pontuações é inventado, o que começa a segregar a população. Além disso, pessoas desaparecem misteriosamente e isso desperta a curiosidade para saber o que acontece, por que algumas voltam e outras não, e se há alguma forma de morrer. O segredo de Regina e Lúcia fica cada vez mais perto de ser revelado e elas precisam tomar muito cuidado.

"Desde que se entendia por gente, Vitória, assim como qualquer pessoa, tinha sido preparada para a morte. O único fato da vida absolutamente incontestável e inegociável. As horas, minutos e segundos eram respeitados com absoluta precisão, o que tornava a morte a única condição humana completamente justa e igualitária. Não importava o que fizessem, todas as pessoas tinham exatamente os mesmos setenta anos para usufruir. Nem um segundo a mais. A morte era imparcial e pontualíssima."

A história é narrada em terceira pessoa e diversos pontos de vista são explorados durante todo o livro. Ele é dividido em três partes, cada uma com uma personagem principal: Regina, Larissa e Vitória, três gerações de mulheres Brandão. Regina é a primeira protagonista. Após o fim do mundo, descobre em si uma mulher totalmente diferente do que era: forte, independente e decidida. Assim, usa essa nova chance na vida para ser realmente feliz. Larissa é sua neta adotiva, uma garota boa, inteligente e cheia de personalidade quando jovem, mas que depois de adulta perde sua impulsividade e aceita uma vida regular. Vitória é a filha de Larissa, uma menina rebelde, de personalidade instável, o oposto da mãe. Outros personagens também têm destaque na história, e os pontos de vista vão se revesando durante os capítulos. Por serem muitos, às vezes eu ficava um pouco confusa, mas a autora sempre fazia questão de nos situar em todos os casos.
O tempo passa rápido demais, afinal acompanhamos várias gerações, o que também contribuiu para me deixar perdida em alguns momentos. Os saltos temporais não são anunciados, então eu demorava um pouco para assimilar que tinham se passado, sei lá, 20 anos, e ficava me perguntando se não aconteceu algo que eu deveria saber nesse meio tempo. Apesar de confundir um pouco, a passagem do tempo não interfere no desenrolar da história e no final tudo se encaixa.

"— Pô, as regras são tão simples, cara. A vida é para ser tão simples, apenas cumprir com os nossos deveres e usufruir dos nossos direitos, sem passar por cima dos direitos dos outros, mas ainda assim tem gente que não entende."

O que não me deixou muito satisfeita com o enredo é que a sinopse me passou uma ideia completamente diferente do que esperar. Muitas das perguntas que eu tive não foram respondidas, como: por que aqueles sobreviventes foram escolhidos? Como eles foram parar naquele novo mundo? Por que tiveram aqueles sonhos? Quem inventou essas novas regras e agia para que não fossem quebradas? Como funcionava esse lance da pessoa voltar jovem na segunda vida? Entre outras questões. A autora apenas criou um mundo de um jeito misterioso e nos fez aceitar que era assim que as coisas funcionavam e pronto, e eu não gosto disso. Gosto quando tem uma explicação para o que está acontecendo. Mas as questões que ela mesma levantou ao longo do livro foram devidamente respondidas, o que me agradou mais.
Uma coisa interessante é que a autora, dentro da sociedade aparentemente perfeita que criou, faz diversas críticas à personalidade humana, aos governos, às redes sociais, etc; análises que se encaixam muito bem na forma como vivemos atualmente e nos fazem refletir em como os causadores de tantos problemas somos nós mesmos.
Sobre a diagramação, a autora fez a edição de forma independente para o book tour, e achei muito boa. Só a capa que não achei muito representativa.
Apesar de alguns detalhes que me incomodaram, achei a história muito bem montada e recomendo.

site: http://www.sigolendo.com.br/2016/08/resenha-pseudonimo-mr-queen.html
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Fran @paginasdafran 22/08/2016

Pseudônimo Mr. Queen
Imagine um mundo onde não há doenças, mortes prematuras nem a desigualdade social imposta pelo domínio do dinheiro. Em Pseudônimo Mr. Queen, de acordo com a profecia Maia, o mundo acaba em 2012 e com esse novo início, a promessa de um mundo justo e igualitário é dada aos sobreviventes.

Acompanhando a família Brandão, a história relata três gerações dessa nova sociedade. Regina Brandão é a matriarca dessa família e a única a ter conhecido o mundo antigo.

Agora, o mundo funciona da seguinte forma, são duas vidas: tanto sobreviventes quanto nascidos já no novo mundo, viverão até os 70 anos. Após, desfrutarão de uma segunda vida, iniciando nos 20 anos e indo até os 100 anos.

Um mundo igualitário, sem sofrimento, dor, fome ou guerras por poder e riqueza; mas a humanidade simplesmente não consegue aceitar o tédio que é uma vida assim; e após tentarem inúmeras e de várias formas burlar as leis do novo mundo, vendo mansões e prédios, assim como outros artigos de luxo, evaporarem um dia após ficarem prontos e perceberem que tudo será mesmo igual para todos, eles configuram uma tabela que medirá a pontuação de cada pessoa. Sendo assim, o grau de estudos, cargo profissional, desemprenho pessoal, social e emocional tornam-se critérios para uma pessoa diferenciar-se de outra, tornando-se ?superior? a sua própria maneira.

Com o passar do tempo, subir a pontuação na tabela TUV torna-se uma meta de vida para muitas pessoas e aos poucos a forma de viver vai moldando-se com base no que melhor caracteriza uma pessoa de alta pontuação. Quando esse novo mundo começou, algumas crianças eram simplesmente abandonadas por pais que desejavam curtir ao máximo a nova vida; o que se tornou praticamente obsoleto quando uma família estável, completa e feliz virou sinônimo de pontuação alta na TUV.

?Não há sistema de governo que sobreviva à podridão de caráter de seus administradores. Enquanto as pessoas não pararem de visar interesses pessoais e passarem a olhar para o bem coletivo, que em última instância é a vida humana, nenhuma forma de governo será bem sucedida.?

Achei incrível perceber que a lógica de se adaptar ao que uma tabela lhe propõe como valendo mais ou menos, se adapta a nossa própria realidade, onde a vida em uma rede social pode ser ao mesmo tempo, tão diferente da vida real.

Alcançar a pontuação máxima nessa tabela criada pela nova sociedade não é o único propósito a ser alcançado. Confiado a uma seleta parcela da sociedade, a única forma de morrer é um mistério que algumas pessoas se dedicam a desvendar; prova de que uma vida sem mortes não é suficiente nem proveitosa para todos, já que em posse desse segredo, as pessoas erradas poderiam tirar um proveito injusto.

Mas a busca pela superioridade pessoal não é o único tema proposto no livro de Loraine Pivatto, Pseudônimo Mr. Queen trata sobre relações familiares, política, religião e inúmeros outros fatores presentes em nossa sociedade. Um livro que traz uma grande reflexão sobre a vida em conjunto.

Regina Brandão faz a passagem dos mundos em um momento complicado de sua vida, após ser decepcionada com a infidelidade de seu marido com uma amiga, se encontra sozinha, a não ser pela filha de sua rival, que sem pai nem mãe, acaba sendo criada por Regina. A relação entre elas nunca foi boa e algum tempo após Maria Eduarda ir morar sozinha, ela volta e deixa sua filha, Larissa, que é criada por Regina como sua neta.

A vida passa e logo a protagonista principal da narrativa é Larissa, em seguida também relatando a vida de Vitória Brandão, sua filha. Com uma boa linha de acontecimentos, a história é instigante e prende a atenção do leitor, que busca saber o que aconteceu com alguns personagens que simplesmente somem no meio da história. Também há um vilão, e o personagem mais manipulador que já conheci em toda minha vida.

Foi incrível imaginar a possibilidade de uma segunda chance, onde a experiência da primeira vida não é esquecida, podendo-se aproveitar sem medo uma vida nova, além do fato de que a segunda vida se passa no mesmo lugar da primeira, como se fosse outra dimensão, dando credibilidade a uma teoria em que eu acredito. Mas foi decepcionante ver que mesmo assim, a humanidade não se contenta, já que chegando a nova vida, algumas pessoas preocupavam-se somente em recuperar o mais rapidamente possível a pontuação e o prestígio da vida antiga.


Pseudônimo Mr. Queen trata com facilidade de assuntos muito comuns em nossa vida; que mesmo inseridos em uma forma totalmente diferente de realidade, se espelham tão bem em nosso comportamento. Adorei a ideia do book tour, é realmente uma história que deve ser passada e disseminada de mão em mão, pois a mensagem que o livro traz é algo que nos faz refletir sobre para onde se encaminha nossa sociedade, que mesmo não tendo a possibilidade de um mundo diferente e continuando com sua única vida, sem saber certamente o dia de amanhã, luta mesquinhamente por bens materiais ou valores que no fim, não significam mais do que apenas números.
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Fernanda @condutaliteraria 26/08/2016

Resenha - Pseudônimo Mr. queen
A história é narrada em terceira pessoa e dividida em três partes. Em cada parte é uma geração da família Brandão.

Regina Brandão é presidente dos Laboratórios Brandão, situado em São Paulo e casada com Mauricio. Após flagrar o marido em uma traição, Regina comete um ato terrível.

Ocorre que após esse acontecimento, Regina desmaia e ao acordar percebe que tudo mudou - o mundo não é mais o mesmo. Lugares e pessoas mudaram, o mundo se tornou igualitário, ninguém tem mais ou menos que o outro, ninguém fica doente. Cada pessoa terá direito a duas vidas, ou seja, após os 70 anos, não morre, é teletransportada para uma outra “dimensão”, onde começara a segunda vida.


“Os escolhidos iniciam um novo mundo, baseado nas novas regras passadas através dos sonhos...A nova sociedade começa a surgir: sem desigualdade, sem dinheiro, sem doenças, sem possibilidade de mortes prematuras, exceto por uma maneira.”


Larissa é neta de Regina e nossa segunda protagonista. Nessa parte a trama tem um crescimento, além de mostrar as particularidades da sociedade, acompanhamos a “segunda” vida de Regina e o segredo que ela guarda: a fórmula da morte.

E é exatamente nessa parte que a questão “morte” começa a ser questionada pela sociedade.

Nessa parte também, com a necessidade de se diferenciar uns dos outros, são criados “selos”, os TUV (Tabela Universal de Valores), que ficariam marcados na pele de cada um. O prestígio e a popularidade era o que diferenciava.

Com isso a criação de celebridades começa a se destacar e o pior do ser humano também. Mr Queen é a representação disso tudo. Uma pessoa que esconde sua identidade, realiza atos cruéis e ainda assim é considerado um ponto de referência social. Uma crítica bem feita à ganância, egoísmo e ambição do ser humano.

O tempo passa, coisas acontecem e Larissa dá a luz à Vitória Brandão. Tão forte e inteligente quanto às outras, Vitória também é arisca, e essa parte da história serve para entendermos alguns aspectos da geração anterior e as conseqüências do TUV.


“Não há sistema de governo que sobreviva à podridão de caráter de seus administradores.”


Pseudônimo Mr. Queen nos mostra a história de uma nova sociedade e a evolução da família Brandão dentro dessas novas regras. Duas coisas me deixaram super curiosa durante a leitura: qual seria a única forma de morrer e saber quem estava por trás dessa nova sociedade com regras tão específicas?

A leitura é tranqüila, apesar de alguns momentos ter achado um pouco lenta, e levanta questões sobre a sociedade em que vivemos e nosso papel nela. Regras não precisam necessariamente serem mudadas e sim a conduta de cada indivíduo. Vale a pena a reflexão!

Essa resenha faz parte do Booktour que a autora Loraine Pivatto está realizando e eu gostei muito de participar.
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Domenica Mendes 30/08/2016

Quem não se lembra do temível 21 de dezembro de 2012, dia em que o mundo iria acabar?

Independentemente da crença pessoal, sobrevivemos e o mundo não mudou em nada, apenas mais um dia após o outro.

Já na segunda obra de Loraine Pivatto, “Pseudônimo Mr. Queen” não foi bem assim.
A Profecia Maia e uma ideia legal

No livro “Pseudônimo Mr. Queen”, Loraine Pivatto utiliza essa passagem de fim de mundo para começar o enredo de sua obra. Nessa obra de ficção, os personagens se vêem sobreviventes da Profecia Maia, porém em um mundo com novas regras.

As regras são simples: nesse novo mundo não existirão diferenças sociais, doenças e mortes prematuras. Os sobreviventes continuam suas vidas com a idade que tinham quando o mundo mudou, vivendo até seus 70 anos. Quando alcançam essa idade, uma nova vida começa aos 20 anos e ela durará até que a pessoa complete 100 anos de vida, nem um segundo a mais. Ao todo, são 150 anos de vida.

O mundo parece perfeito e todos poderão ser felizes. Será?
A reflexão

“Pseudônimo Mr. Queen” é um livro que oferece diversas possibilidades de reflexões em seu enredo. Para começar, os sobreviventes se veem obrigados a viver por mais 150 anos sem a possibilidade de morrer. Embora isso pareça interessante, não podemos esquecer que a maior parte das pessoas que eles conheciam já não estão mais ali. Além disso, o mundo é novo, mas as mentes são velhas, a própria adaptação para as novas regras levará tempo e exigirá um esforço por parte de quem ficou.

Eles estão livres das desgraças do mundo e da vida, mas em troca não podem morrer e não podem mais agir como agiam no mundo com o qual estamos acostumados, onde existe relação de troca com dinheiro, status social, conforto diferenciado e tudo o mais que se quiser. Igualdade ao extremo é a palavra de ordem aqui e tudo o que é extremo acaba mais atrapalhando do que ajudando.

Dentro dessas regras, vemos personagens que seguem suas vidas e logo se percebem diferentes: existe sim uma forma de morrer, apenas uma. Eles sabem qual é e estão dispostos a esconder esse segredo de todos, para o bem geral.

São esses personagens que vivem onde foi a cidade de São Paulo que acompanhamos durante todos os 150 anos e seus descendentes, em uma história que segue e onde os acontecimentos acabam se cruzando.
Análise Crítica

“Pseudônimo Mr. Queen” merece um destaque especial às reflexões que são oferecidas pela escritora. Os personagens também são cativantes e facilmente acabamos nos interessando por eles.

As frases não são muito longas, porém pela estrutura de escrita é preciso prestar atenção pois é possível se perder nas cenas onde os personagens começam a pensar no passado, diante de uma tomada de decisão importante para eles. O desfecho da primeira parte da história de Victória Brandão e Vicente, por exemplo, me deixou confusa e precisei voltar para reler depois de algumas páginas.

Dentro da obra existe mistério, ficção científica e romance. Existem clichês e existem pontas que se cruzam. Existe também inovação, mas ela não está presente na parte dramática do núcleo central da obra. Nesse aspecto, acabamos facilmente imaginando o que pode acontecer, o que pode causar algum desconforto no leitor. A parte que mais me desagradou foi a revelação sobre a origem do personagem Paulinho, cheio de violência que julgo desnecessária dentro do universo da literatura.

Em “Pseudônimo Mr. Queen” temos vilões e temos mocinhos e mocinhas. Infelizmente, os vilões acabam tendo um final que exige uma interpretação muito pessoal para saber se aprovamos ou não. Isso pode parecer inovador, contudo da forma como o personagem é construído, achei que faltou um pouco mais de decisão sobre o seu destino final.

Loraine acertou em cheio ao criar as características dos personagens. Temos pessoas diferentes, em idades diferentes, com mentalidades diferentes. Conforme vamos acompanhando seu crescimento e amadurecimento, com alguns nos afeiçoamos mais e com outros menos. Mas o ponto acertado da escritora é mostrar como a humanidade é feita por gente, não apenas por regras. Assim, mesmo dentro de uma sociedade absurdamente igualitária, sempre existirão diferenças, devido à individualidade.

Outro ponto que gostei é que acompanhamos todos os primeiros 150 anos dentro da obra. Como é um espaço de tempo muito grande, se acompanhássemos apenas uma personagem o livro ficaria maçante e insuportável. Assim, acompanhamos três gerações e é interessante ver como elas se cruzam.

Por fim, o Mr. Queen é uma surpresa à parte e a revelação de sua identidade, realmente é algo que surpreende. Não há como prever, pois não existem sinais na obra que levem o leitor a juntar peças. Essas peças, não são indicadas.

site: http://leitorcabuloso.com.br/2016/08/pseudonimo-mr-queen-book-tour-loraine-pivatto/
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Gabi 05/09/2016

SENSACIONAL!!
O livro começa com a profecia do dia 21 de dezembro de 2012 sendo cumprida. O mundo foi devastado e milhares morreram, apenas alguns sobreviventes que foram escolhidos para habitar esse novo mundo. Agora eles precisam seguir novas regras, que lhe foram passadas por sonhos, para que a vida possa recomeçar. Nessa nova fase do mundo, cada um terá duas vidas. A primeira será até os 70 anos, e a segunda dos 20 aos 100, totalizando 150 anos. Nenhum tempo a mais, e nenhum tempo a menos. Não existe mais doenças, desigualdades, dinheiro e a morte só pode ser feita por uma maneira, mas esse é um segredo que não pode ser revelado. No entanto, por mais que esse mundo seja mais justo, algumas coisas nunca mudam.

"Essa tal reputação que os homens lutam a vida inteira para manter não passa de uma fantasia. E essa benevolência que se ouve falar só existe para satisfazer interesses pessoais. No íntimo, todos pensam apenas em si mesmos". (p. 159)

A primeira coisa que tenho para falar desse livro, é que ele é sensacional. A autora conseguiu usar um tema batido e criar uma história nova e original, ao mesmo tempo que faz um belo paralelo com a nossa vida atual e o que ela pode se tornar no futuro.

O livro é dividido em três partes, cada uma focada em um membro da família Brandão. A primeira é Regina, uma sobrevivente do antigo mundo. Logo quando as coisas mudaram, ela não estava querendo aceitar, principalmente porque ela não merecia estar lá, visto o que fez momentos antes do antigo mundo acabar. Mas assim que percebe a grande oportunidade de vida que tem agora, ela faz de tudo para que seja uma boa vida, e que possa ajudar muitas pessoas, e principalmente, ajudar a guardar o segredo da morte. Regina é uma personagem forte, batalhadora e muito amada. Ela errou na antiga vida, e apesar disso atormentá-la, ela faz de tudo para se redimir agora. Eu me encantei com sua sabedoria e ensinamento, uma mulher que tem muito a mostrar.

Depois conhecemos Larissa, "neta" de Regina. Ela nasceu nesse novo mundo e é uma pessoa meiga, calma e ao mesmo tempo travessa. Curte a vida intensamente e tem um amor muito grande por sua avó, que sempre lhe aconselhou a seguir o caminho do bem. No início, Larissa parece ser bem fútil, mas depois percebemos que ela tem muito da força da avó. Um pouco temperamental, toma decisões sem pensar bastante, o que acaba trazendo algumas mágoas para as pessoas ao seu redor. Mas apesar disso, tem um bom caráter e faz de tudo para aqueles que amam.

A última membra da família é Vitória, filha de Larissa. Essa é a mais briguenta e cabeça dura de todas. Não aceita ordens, acaba mexendo com coisas erradas e pessoas erradas, mas com o seu crescimento, ela vai amadurecendo também. Eu fiquei muito estressada com Vic no início, mas com o decorrer das páginas fui me encantando com ela. A falta do pai na sua vida a fez ser uma pessoa rebelde, e apenas quando começou a se espelhar no pai da melhor amiga, é que conseguiu se encontrar. No final, uma das personagens mais incríveis que eu conheci.

Regina, Larissa e Vitória são três linhagens diferentes da mesma família. São personagens incríveis que vieram de momentos diferentes do mundo. É impossível você não se espelhar nelas ou extrai algum ensinamento, pois todas sofreram e lutaram demais em suas vidas.

O novo mundo começou desigual, mas infelizmente, nem todos os escolhidos se deram conta da maravilha que eles tinham agora. Apesar de ser impossível a criação de estruturas diferenciadas e do dinheiro (pois tudo sumia assim que fosse criado), o ser humano ainda dava um jeito de se destacar dos outros, o que foi criando uma espécie de pontuação de acordo com sua escolha profissional. Isso foi evoluindo de tal maneira, que no final, as pessoas viviam em torno dessa pontuação, a ponto de fazer coisas horríveis para chegar aos seus objetivos.

Infelizmente, pude perceber que por mais que o mundo tenha mudado, a ambição do ser humano continuava a mesma. Não importava ter tudo do bom e do melhor, e principalmente, ter esse acesso a todos igualmente, ainda tinha pessoas gananciosas que queriam se sobrepor as outras.

O livro me fez refletir bastante, principalmente com os personagens secundários. Alguns tem participações essenciais ao desenrolar da história, e fiquei de queixo caído diante de algumas revelações. O mistério em torno do Mr. Queen, que é o que dá nome ao livro foi muito bem trabalhado, assim como o segredo da morte. A autora utilizou vários elementos que nos fazem ficar presos na história, sem querer parar de ler até que tudo seja resolvido. Não consegui encontrar nada de negativo no enredo ou na escrita da autora. Sensacional.

Espero que um dia a autora consiga publicar esse livro para que todos tenham acesso a ele, porque é aquele tipo de história que precisa ser conhecida. A força e determinação das personagens, o quanto o ser humano pode ser cruel e os mistérios aqui colocados fazem Pseudônimo Mr. Queen ser uma grande obra de ficção. Editoras, agarrem ela!

Beijos e até a próxima :D
Leia a resenha na íntegra: http://goo.gl/c1YJlo

site: www.reinodaloucura.com
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